quarta-feira, 25 de maio de 2011

Lixão:"Se Mogi é contra, eu também sou"

Lixão:
"Se Mogi é contra, eu também sou"
Governador Geraldo Alckmin afirmou que vai trabalhar para que a audiência pública da Queiroz seja adiada
Bras Santos
De Biritiba Mirim
Adriano Vaccari
Geraldo Alckmin esteve ontem em Biritiba Mirim para a inauguração de um Pronto Atendimento e recebeu pessoalmente o pedido de ajudar de Bertaiolli para adiar a data da audiência da Queiroz Galvão
"Se Mogi das Cruzes é contra (o aterro sanitário da Queiroz Galvão), eu também sou". Com essa afirmação, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem que acredita que a posição da cidade será levada em conta, mas que os trâmites legais devem ser respeitados. "Ninguém pode fazer um empreendimento se não tiver a autorização da lei municipal, a licença e a certidão do município. A gente não pode passar por cima da lei. Eu vou procurar ajudar, para que, na reunião do Consema (que será realizada hoje), a audiência (pública sobre o aterro da Queiroz Galvão) seja adiada. Mas não posso chegar aqui e dizer que já está adiada, porque isso prejudicaria o processo. Os conselheiros do Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente) diriam ´então, o que nós estamos fazendo aqui?´."
Alckmin falou sobre o assunto ao final da cerimônia de inauguração do Pronto Atendimento em Biritiba Mirim. Prefeitos, vereadores, deputados e cerca de 300 moradores e convidados participaram do evento.
O governador de São Paulo afirmou que, ao contrário do que muitas pessoas podem estar pensando, o secretário de Estado do Meio Ambiente e presidente do Consema, Bruno Covas, estaria trabalhando para evitar que a Queiroz Galvão instale o seu aterro em território mogiano: "O Bruno Covas é uma pessoa responsável, séria. E ele está colaborando mais do que vocês imaginam. Nós estamos atentos ao problema de Mogi das Cruzes e vamos ajudar para obtermos a melhor solução", garantiu o governador, que não enfrentou nenhum protesto por causa do andamento do processo de licenciamento do aterro, ao contrário do que havia prometido o movimento "Aterro Não".
Alckmin não confirmou, mas também não desmentiu a informação de que os conselheiros do Consema teriam sido instruídos a conceder mais tempo para a Prefeitura de Mogi analisar as alterações feitas pela empresa no projeto original do aterro.
Os integrantes do conselho se reunirão a partir das 9 horas de hoje na sede da Secretaria de Meio Ambiente do Estado, na capital. Alckmin ressaltou que não tem o poder de mudar a data da audiência, mas que o interesse da cidade será respeitado. "Não é o governador que muda a data da audiência pública, mas estou otimista e afirmo que a vontade da cidade será respeitada".


Sem protestos
Integrantes do movimento "Aterro Não" estiveram ontem em Biritiba, mas não fizeram o protesto com bonecos e caixão prometido por eles na véspera do evento.
Monitorados pela Polícia Militar e pela segurança do governador, as lideranças da sociedade civil só conseguiram entregar um "dossiê" a Geraldo Alckmin. No documento, os ativistas reforçaram os argumentos técnicos contra a instalação do aterro sanitário no Taboão.
Mário Berti, um dos membros do movimento, disse que na reunião do Consema de hoje será diferente. "Cada uma poderá se manifestar por cinco minutos. Vamos aproveitar esse tempo para destacar os danos que esse projeto causará para as águas subterrâneas, para a agricultura e para a produção industrial".
O deputado estadual Luiz Carlos Gondim (PPS) também confirmou presença na audiência e afirmou que "o objetivo é mostrar que aterro é uma solução ultrapassada para resolver o problema do lixo em Mogi e região", adiantou.

Fonte:Mogi News