quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Banco Central vê 'indícios de crime' no Panamericano

Alexandro Martello Do G1, em Brasília

Declaração foi dada pelo diretor de Fiscalização do BC, Alvir Hoffmann.Também houve problemas com operações com cartões de crédito, diz BC.
O diretor de Fiscalização do Banco Central, Alvir Hoffmann, afirmou nesta quinta-feira (11), no Congresso Nacional, que vê "indícios de crime" no Banco Panamericano, instituição financeira que recebeu um aporte de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) nesta semana após serem detectadas "inconsistências contábeis" em seu balanço. Segundo ele, essa avaliação já foi comunicada ao Ministério Público Federal.
Segundo o presidente do BC, Henrique Meirelles, que participou de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento nesta quinta-feira, haverá punições caso sejam constatados crimes. "O BC está conduzindo o processo de investigação, que é sigiloso", declarou ele, acrescentando que as inconsistências atingiram, também, operações com cartões de crédito, no valor de R$ 400 milhões.
Meirelles lembrou que a Caixa Econômica Federal fez diversas avaliações do Panamericano antes de comprar 49% da instituição. Ele lembrou que foram contratadas auditorias e que, baseado nos pareceres, a Caixa assumiu a integralidade do balanço, mas com "garantia do sócio majoritário". "E, portanto, o final do processo é que o banco foi entregue ao mercado, aos depositantes, e ao novo sócio com balanço saneado [após o aporte de R$ 2,5 bilhões do FGC]", disse.
O presidente do Banco Central também disse que, até o momento, não há indícios de que outros bancos médios estejam em situação semelhante, mas acrescentou que não pode dar garantias sobre a inexistência de problemas no futuro. "Não encontramos instituições com esse problema", declarou ele.

G1.globo.com - 11/11/2010

Bruno depõe em audiência sobre o desaparecimento de Eliza Samúdio

O ex-goleiro Bruno depõe no fórum de Contagem, em Minas Gerais. Ele é acusado de participação no assassinato de Eliza Samúdio.

Bruno disse que não pediu para Eliza abortar e que ela não ficou em perigo enquanto esteve no sítio dele em esmeraldas. O jogador falou que ficou calado até agora porque foi ameaçado pela polícia para inventar uma versão baseada no primeiro depoimento do menor. O menor disse que Eliza foi morta pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.

O goleiro disse ainda que a mancha de sangue de Eliza encontrada no carro dele foi de um ferimento causado pelo menor. Segundo Bruno, o menor agrediu Eliza quando ela disse que faria um escândalo porque o goleiro não queria assumir o filho.

G1.globo.com 11/11/2010

Acusada de ser sanguessuga pede demissão do governo de transição

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

A servidora do governo de transição Christiane Araújo de Oliveira pediu exoneração nesta quinta-feira após a revelação de que ela foi denunciada em 2008 pelo Ministério Público Federal sob acusação de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. A exoneração será publicada no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira.
Christiane, que é advogada, está entre os 50 funcionários que o governo de transição pode contratar. Ela receberia um salário mensal de R$ 2.600 para exercer a função de secretária, com a atribuição de "atender telefonemas e anotar recados".

Até hoje, 25 nomes foram confirmados. A assessoria da equipe de transição informou que o nome de Christiane, assim como os dos outros já nomeados, passou por análise prévia da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que não teria detectado nada que a desabonasse.
A Abin confirmou, por meio de sua assessoria, ter sido acionada para a checagem dos nomeados, mas disse que não poderia comentar qualquer caso concreto.
A assessoria informou que a opinião da agência "não é vinculante" para a escolha dos assessores.
O esquema de sanguessugas foi descoberto em 2006 e consistia no direcionamento de licitações para a compra de ambulâncias por prefeituras com dinheiro de emendas parlamentares em troca de pagamento de propina para congressistas.

Folha.com 11/11/2010

Tiririca faz pausa para almoço em audiência para provar alfabetização

ALINE PELLEGRINI
DE SÃO PAULO


Tiririca participa de audiência que deverá contar com teste de ditado e leitura de um texto simples. O objetivo é provar que ele é alfabetizado.
O deputado eleito interrompeu a audiência para almoçar. Sua volta ao TRE está prevista para as 14h.
Recordista de votos nestas eleições, o deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o palhaço Tiririca, deixou o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo pouco depois das 12h desta quinta-feira.

Tiririca participa de audiência que deverá contar com teste de ditado e leitura de um texto simples. O objetivo é provar que ele é alfabetizado.
Tiririca chegou no local às 9h, ao lado do advogado. Negou entrevistas à imprensa, que acompanho o caso do lado de fora do prédio --o processo corre em segredo de justiça.





Mauricio Piffer/Folhapress
Tiririca deve passar hoje por teste de ditado e leitura em SP
Tiririca deve passar hoje por teste de ditado e leitura em SP

Ele foi acusado pelo Ministério Público de entregar à Justiça Eleitoral declarações falsas sobre sua alfabetização e bens.
Segundo o juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Sérgio Rezende Silveira, a medida servirá para que "o juízo possa analisar melhor a defesa apresentada pelo humorista na ação penal".
A denúncia levou à abertura de uma ação penal sob a acusação da prática de falsidade ideológica contra o humorista, eleito deputado federal no último dia 3, com 1,3 milhão de votos --o recorde deste ano para as vagas da Câmara dos Deputados.
A perícia já apresentada no processo levanta a suspeita de que a declaração de alfabetização de Tiririca entregue à Justiça Eleitoral não foi redigida pelo humorista.



TESTE

Silveira disse que na audiência o perito deverá pedir que Tiririca escreva um texto para a obtenção de material gráfico, para a eventual realização de novas perícias.
Em seguida, o magistrado pretende solicitar que o humorista aceite realizar um ditado com palavras simples.
Na última parte da audiência, o juiz pedirá que Tiririca faça a leitura de um texto de baixa complexidade.
Segundo Silveira, a audiência poderá ser decisiva, uma vez que antes do início da fase de depoimentos de testemunhas ele terá oportunidade de decidir pela absolvição sumária de Tiririca ou pela continuidade da causa.
O humorista apresentou defesa em que admitiu ter tido a ajuda da mulher para escrever a declaração de alfabetização entregue à Justiça Eleitoral.
Indagado sobre o tema, o juiz da 1ª Zona Eleitoral disse à Folha que só poderia falar sobre questões de forma do processo, mas não a respeito do conteúdo da defesa ou da acusação, pois a causa está sob segredo de Justiça.
Silveira então se limitou a explicar que a constatação do crime de falsidade ideológica depende do conteúdo da declaração, ou seja, se Tiririca é realmente alfabetizado, e não da forma como o documento foi produzido.



Folha.com 11/11/2010