sábado, 5 de fevereiro de 2011


Empossado na Câmara Federal na última terça-feira

Empossado na Câmara Federal na última terça-feira, o deputado federal Junji Abe (DEM) não perde tempo e procura ganhar espaço não só na Região, onde há tempos é uma das principais lideranças políticas, mas também em Brasília, onde chegou agora, aos 69 anos. De cara, já se tornou um dos membros efetivos da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que é presidida pelo deputado Moreira Mendes (PPS-RO), com o propósito de defender políticas públicas para pequenos e médios produtores que cultivam itens destinados ao mercado interno. O convite veio por conta do perfil de produtor e empresário rural – Junji atua no cultivo de orquídeas em Mogi, entre outras áreas – e dos mais de 35 anos na liderança de entidades agrícolas, incluindo 10 anos na presidência da Comissão de Agricultura e Pecuária da Assembleia Legislativa de São Paulo, onde atuou por três mandatos. Na Região, Junji reforça a sua mais nova posição política se colocando à disposição dos prefeitos como intermediário entre os municípios e o Governo Federal. Ontem, ele visitou os prefeitos de Poá, Francisco Pereira de Sousa (PDT), e de Itaquaquecetuba, Armando Tavares Filho (PR), o Armando da Farmácia. Nesta segunda, tem uma reunião marcada com o chefe do Executivo de Mogi, Marco Bertaiolli (DEM), e seus assessores trabalham para agendar encontros com os demais prefeitos do Alto Tietê. O Vale do Paraíba também é foco do democrata, mas como lá são mais de 40 municípios, e distantes uns dos outros, Junji vai programar reuniões no seu escritório político, já que os compromissos na Câmara Federal exigem a sua presença em Brasília três vezes por semana, sobrando só as segundas e sextas-feiras como dias úteis.



Fonte: O Diário de Mogi

Estudo técnico é vital para extensão de trem até César

Transporte ferroviário
Estudo técnico é vital para extensão de trem até César
Para especialistas, só vontade não basta para que trens de passageiros cheguem ao distrito
NOEMIA ALVES
Da Reportagem Local
Adriano Vaccari

Malha ferroviária terá de ser totalmente trocada, entre outros investimentos necessários para a extensão dos trens até César de Souza
"É preciso planejar. Verificar não apenas a vontade popular, mas também a viabilidade técnica e todo impacto financeiro e estrutural que um investimento deste porte pode acarretar. Um trem até César de Souza é viável, porém, depende de uma série de fatores". A observação é do engenheiro elétrico e consultor de transporte ferroviário Mário Edison Picchi Galego.
Ex-ferroviário (trabalhou por 30 anos no transporte ferroviário da região) e presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, Galego conhece como ninguém a malha que corta o Alto Tietê.
E alerta: "A malha da avenida Manoel Bezerra de Melo, no Centro Cívico, até a avenida Ricieri José Marcatto, em César de Souza, precisa ser totalmente trocada e talvez construída uma segunda linha de trem para manobra de algumas composições. Além disso, há a questão da alimentação aérea utilizada pelas composições da CPTM e que não existem no trecho reivindicado, assim como instalação de mecanismos que resolvam o problema das passagens em nível. Tudo isso precisa ser minuciosamente estudado e apresentado um relatório ao governo do Estado. Somente assim é que haverá qualquer resposta concreta a respeito do movimento popular para levar o trem até César de Souza".
Na avaliação de Galego, que é "extremamente" favorável à extensão do transporte ferroviário à região leste da cidade, a vinda em definitivo do Expresso Leste é "outra luta que precisa ser ressaltada perante o poder público".
"A vinda do Expresso e a extensão do trem até César de Souza são duas mobilizações diferentes e que precisam caminhar juntas para o bem de toda a população", afirma.



Cancelas
O diretor do Sindicato da Construção Civil e conselheiro da Associação dos Engenheiros Arquitetos e Agrônomos (Aeamc), Orlando Pozzani, tem a mesma opinião. "Sou favorável à extensão do trem até César de Souza. Contudo, somente levar o trem até o distrito seria prolongar os problemas no trânsito com o fechamento das cancelas (avenidas Manoel Bezerra de Melo e Ricieri José Marcatto). Por isso, é preciso se lutar pela vinda em definitivo do Expresso Leste para conseguir a garantia de um serviço de qualidade no transporte ferroviário e que no futuro poderá ser estendido à região leste da cidade, que mais se desenvolve. Enfim, é preciso resolver o problema das cancelas com viadutos ou passagens subterrâneas", completou



Plano diretor
Ex-secretário de Obras durante os quatro governos do ex-prefeito Waldemar Costa Filho, o engenheiro Jamil Hallage também é favorável à ampliação dos horários do Expresso Leste e à extensão do serviço de transporte ferroviário a César de Souza. Segundo ele, a extensão da malha ferroviária à região leste do município já estava prevista no primeiro Plano Diretor da cidade, elaborado em meados da década de 60.
"Está bem sucinto, mas muito claro que Mogi teria quatro estações: Jundiapeba, Brás Cubas, Central e Engenheiro César de Souza. Naquela época já se previa o crescimento da cidade para a região leste. O serviço só não veio por completo por inviabilidade econômica", contou.
Na avaliação dele, não há, portanto, impedimento técnico para que os trens sigam até o distrito. "O que falta é dinheiro e vontade política, porque condições técnicas existem", ga
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