quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Greve de bancários causa transtornos aos clientes

Quem precisou de serviços bancários ontem encontrou portas fechadas na maioria das agências. Trabalhadores decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado


Daniel Carvalho
Fechado: Bancários suspenderam os trabalhos por
tempo indeterminado. Categoria pressiona por reajuste
 


A greve dos bancários, deflagrada ontem pelos trabalhadores do setor, atrapalhou a vida dos mogianos que precisaram realizar diversas operações nos bancos da cidade. Mais de 50% dos serviços foram paralisados por tempo indeterminado e todas as agências foram afetadas. Os bancários reivindicam reajuste de 11% no piso salarial. A categoria recusou a proposta de 4,29% proposta pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em assembleia na terça-feira. Caso a paralisação persista, os clientes dos bancos podem contar apenas com os caixas eletrônicos, que funcionam normalmente. Algumas agências atendem parcialmente, pois nem todos os funcionários aderiram à greve.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Mogi e Região, Francisco Cândido, além do reajuste salarial, a categoria quer maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), combate ao assédio moral e às metas abusivas, igualdade de oportunidades, mais contratações, segurança contra assaltos e sequestros e proteção ao emprego, entre outros. "A greve é uma mobilização para que os problemas sejam solucionados", diz Cândido. "Não queremos prejudicar a população, mas melhorar as condições dos bancários, para que possam atender melhor aos clientes".
Para a recepcionista Sara Estela de Brito, 20 anos, a greve é um transtorno, pois atrapalha a solução de problemas diários dos cidadãos. "Fui ao Bradesco resolver um erro com a minha conta e estava em greve", conta. "Não deram a informação antecipadamente. Não é todo dia que temos tempo de ir ao banco".
O mesmo problema foi encontrado pelo marceneiro industrial Manoel Dias da Silva Neto, 63, que foi à Caixa Econômica Federal para receber o fundo de garantia e encontrou as portas lacradas pelos adesivos da greve. "Todos nós precisamos do banco. Tomara que eles consigam resolver logo esta greve", disse Neto. A serígrafa Márcia Miranda, 37, enfrentou transtorno ainda maior. Moradora de Suzano, Márcia veio a Mogi para utilizar os bancos, pois as agências de sua cidade estavam todas fechadas. "Perdi a viagem. Não sabia que a greve era geral", disse.



Guilherme Peace
Da reportagem local Mogi News 30/09/2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Russomanno busca votos de mogianos hoje na região central

O candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PP, Celso Russomanno, fará campanha no centro de Mogi das Cruzes hoje, a partir das 10h30. Ele será recebido por correligionários, lideranças e políticos da região.
Russomanno viria na segunda-feira à cidade, mas cancelou a visita por conta de outros compromissos. O candidato será acompanhado por Maria Luiza Bozzolo (PTC), candidata a deputada federal, e por Sérgio Cabral Chebel (PP), que concorre a deputado estadual.
O candidato mantém uma agenda intensa de viagens pelos municípios paulistas. "Essa campanha é a oportunidade que temos de visitar cidades onde já desenvolvemos ações e também de conhecer as necessidades de cada uma delas" afirmou.
Depois de Mogi, o candidato deve seguir por outras cidades da região do Alto Tietê, como Suzano, Póa e Itaquaquecetuba. Em todos os compromissos, ele falará sobre seu programa de governo. "Vamos encontrar nossos amigos e aliados e reforçar a divulgação de nossas propostas de campanha", disse.

 
Luana Nogueira
Da reportagem local Mogi News 29/09/2010

Procon e Câmara cobram soluções da empresa Vivo

Dori Boucault e parlamentares farão uma reunião com representantes da companhia na próxima semana para discutir os principais problemas dos mogianos com a operadora                                                                                                                 Guilherme Peace
         Da reportagem local

Queixas: Entre as principais reclamações estão falta de sinal,
chamadas não-recebidas e mau atendimento
A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Mogi realizará na semana que vem uma reunião com a Diretoria Técnica da operadora de telefonia Vivo. O encontro tem como objetivo tratar de reclamações dos usuários mogianos, que o Mogi News mostrou na quinta-feira passada. Falta de sinal, ligações cortadas, chamadas não-recebidas e má qualidade do atendimento ao usuário serão os principais pontos discutidos pelo Procon com a operadora.
A reunião aconteceria hoje, mas foi adiada para contar com maior número de vereadores, especialmente os da comissão da área de telefonia, pois a discussão sobre o assunto foi iniciada pela Câmara, com Olimpio Tomyama, depois de receber inúmeras reclamações dos moradores da cidade.
De acordo com o coordenador do Procon em Mogi, Isidoro Dori Boucault Netto, a reunião tem como objetivo definir o que a operadora pode fazer para solucionar os problemas apontados pelos consumidores. "A Câmara Municipal preparou um requerimento com todas as reclamações, que apresentaremos durante a reunião, entre elas, o atendimento prestado ao usuário". Segundo Dori, a Vivo sempre foi a operadora com menor número de reclamações registradas no Procon, mas, recentemente, isso mudou. "De dois meses para cá, as reclamações têm sido constantes. Espero que com esta reunião possamos encontrar soluções".

Cliente

Os problemas dos usuários com a Vivo se estendem às lojas autorizadas. Segundo os usuários, os atendentes não têm preparo para lidar com os defeitos dos aparelhos e com as constantes reclamações quanto aos serviços de sinal da operadora.
O mogiano Gil Nóbrega entrou em contato com o Mogi News após ler a matéria sobre o assunto e disse que o sinal em um aparelho smartphone recém-adquirido em uma loja da Vivo estava "picotando" a ligação.
"Fui à Vivo do Mogi Shopping, onde comprei o aparelho, para reclamar e a atendente, ainda na porta da loja, disse que o problema não era no aparelho, mas na rede. Hoje, por sugestão de um amigo, coloquei o chip num aparelho simples, sem rede 3G, e funcionou perfeitamente".
Nóbrega concluiu que o problema era na rede WCDMA, mais conhecida como 3G. "A rede GSM (usada por aparelhos mais simples) funciona sem problemas. Voltei a usar o aparelho velho, de R$ 99, e deixei um smartphone novinho de mais de R$ 1 mil de lado", disse Nóbrega, indignado.
O leitor disse que falta valorização do cliente: "A Vivo não respeita o consumidor que paga mais caro por novas tecnologias e por planos mais completos".




Mogi News 29/09/2010


Reunião Lideranças no São Marquinhos








“Com a ajuda de Jesus Cristo e do Deputado Federal Valdemar Costa Neto (Boy), hoje, Luizinho fala mais do que pobre na chuva!”


                                                                                                  Luiz Carlos dos Santos José

http://www.boy2299.com.br/#

terça-feira, 28 de setembro de 2010

CQC questiona Candido sobre acessibilidade

Programa da Band veio a Suzano gravar o quadro "Proteste Já" sobre o problema enfrentado pelos deficientes no transporte público do município.


Proteste Já: Entre os ouvidos por Danilo Gentili
para a matéria estava o vereador Lacerda.
O repórter do CQC Danilo Gentili fez uma "visita surpresa" ao prefeito de Suzano, Marcelo Candido (PT), na tarde de ontem, para gravar uma matéria do quadro "Proteste Já". Contudo, o petista evitou "acareação" com o presidente da Câmara, Israel Lacerda (PDT), sobre de quem seria a responsabilidade acerca da situação em que vivem os deficientes físicos diante da falta de acessibilidade no transporte público, tema da reportagem. A matéria será veiculada pela Band na próxima segunda-feira.
O DAT foi a única a acompanhar a gravação. Quando Gentili saiu do gabinete de Candido, foi questionado do assunto da matéria. "Viemos falar com o prefeito sobre a falta de acessibilidade aos deficientes físicos", contou. "Ele disse que não consegue fazer nada para melhorar isso por dois motivos: por estar preso a um contrato de 14 anos com a empresa (Viação Suzano Ltda.) e porque a Câmara sempre nega os projetos que ele apresenta".
Gentili, ao saber que Lacerda estava em seu gabinete, decidiu "confrontar" o vereador. Para isso, sentou em uma cadeira de rodas para se encontrar com o parlamentar. Ao ser questionado pelo repórter sobre a situação que envolve a Visul, o Executivo e o Legislativo, Lacerda falou que nada é feito por causa da "má vontade" de Candido. "É uma situação complicada. Não há políticas públicas para esse assunto. O prefeito não faz o papel dele", disse o vereador.
O repórter do CQC contou a Lacerda que Candido prometeu na gravação que em até 20 dias protocolaria um projeto em prol aos deficientes. "Se isso acontecer eu me comprometo a votar em regime de urgência", disse Lacerda. Gentili, então, sugeriu uma "acareação" entre os dois.
Toda a equipe se dirigiu ao gabinete de Candido e por 10 minutos esperaram por uma resposta, até que o chefe de gabinete, André Rota Sena, informou que Candido não receberia Gentili nem Lacerda. "Ele já atendeu vocês e agora está ocupado", disse. "Eu trouxe aqui o Legislativo para quebrar a barreira entre os poderes e o prefeito não vai nos atender?", questionou Gentili. "Olha que isso foi um pedido do prefeito. Ele falou que precisava da nossa ajuda para falar com a Câmara".
 
 
 
 
Vivian Turcato de Suzano - Diário do Alto tiête 25/09/2010

Poupatempo fica pronto em 90 dias

Secretário visitou área onde será instalado o posto de serviços e estabeleceu três meses como prazo máximo para conclusão.

                                                 Mauricio Sumiya
Agilidade: Monteiro apresentou a planta do posto
 de serviços que está em fase de instalação em Mogi

A instalação da estrutura do Poupatempo de Mogi das Cruzes será concluída em até 90 dias. A expectativa foi revelada ontem pelo secretário estadual de Gestão Pública, Marcos Antonio Monteiro, durante uma vistoria no Hipermercado D´Avó do centro, onde o órgão funcionará.
Monteiro anunciou a conclusão do projeto executivo e apresentou a planta do posto de serviços a ser instalado na área de 2,5 mil metros quadrados onde hoje funciona o setor de eletrodomésticos do supermercado. Ele também explicou que uma licitação será aberta em 30 dias para contratar o consórcio de empresas que será responsável pela instalação, contratação de funcionários e manutenção do posto por um período de cinco anos. O investimento é estimado em R$ 5 milhões.
Segundo o secretário, as condições da área oferecida - com toda a infraestrutura do supermercado - permitirão a rápida conclusão do projeto, limitando os imprevistos à licitação. "Em tempo normal, até novembro estaremos com esse pessoal contratado. Sobre as obras, aqui, a intervenção física é baixa e, por isso, de 60 a 90 dias são suficientes para entregar a obra", afirmou.
erão 74 funcionários terceirizados, além de outros 36 servidores do governo do Estado, atuando no Poupatempo de Mogi. "Teremos aqui 110 pessoas", disse Monteiro. Ele também prometeu agilidade na preparação dos profissionais. "O treinamento leva de 20 a 45 dias".
Embora tenha demonstrado otimismo quanto à conclusão das obras, o secretário evitou fixar uma data para o início das atividades. "Nossa expectativa é o quanto antes. O orçamento está garantido. Depende do quanto nos vamos conseguir agilizar o processo que passa pela customização [do projeto executivo] pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, pelo processo licitatório, a contratação da empresa e as obras".
Monteiro ainda definiu a construção da infraestrutura que abrigará a unidade como a parte mais fácil do processo. No entanto, o secretário alertou para eventuais dificuldades para a instalação do sistema de comunicação. "Teremos é uma intervenção pesada em logística. Tem muita fibra ótica que precisará entrar aqui".


Ampliação

O Poupatempo mogiano reunirá diversos serviços públicos, entre os quais estão: Acessa São Paulo (acesso gratuito à internet), Banco Nossa Caixa, CDHU, Detran, E-Poupatempo (serviços públicos eletrônicos), Instituto de Identificação, Secretaria do Emprego e Secretaria da Fazenda do Estado.
Monteiro explicou que, em algumas unidades, serviços do governo federal e da própria Prefeitura são incluídos no projeto. Em Mogi, entretanto, a ampliação do posto estaria condicionada ao aval do Hipermercado D´Avó. "Sempre existe a possibilidade de ampliar, o problema é que aqui estamos com um terceiro. Há que se debater o interesse comercial disso".
O Hipermercado D´Avó não cobrará aluguel do espaço cedido ao governo estadual. Em contrapartida, a Prefeitura de Mogi das Cruzes isentou a área da cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) - o restante do imóvel continuará sendo tributado. Além disso, o supermercado será beneficiado com o fluxo de pessoas que o Poupatempo atrairá: até 5 mil por dia.



CLAYTON CASTELANI

Da reportagem local - Moginews 28/09/2010

Orçamento de 2011



Vereadores podem ter direito a R$ 1,6 milhão em emendas em 2011





O presidente da Câmara de Mogi das Cruzes, Mauro Araújo (PSDB), confirmou ontem que está perto de fechar um acordo com o Executivo para que os vereadores passem a ter direito a apresentarem emendas ao Orçamento municipal. O valor estaria limitado a aproximadamente R$ 100 mil para cada um dos 16 parlamentares. O assunto pode ser debatido hoje, quando Araújo despacha com o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (DEM).
"Temos um acordo muito próximo do valor. Já conversamos várias vezes durante o ano sobre esse assunto. Devemos agora, durante essa semana, dar a palavra final sobre essa situação", confirmou Araújo.
Ainda ontem, a Câmara informou que deve receber da Prefeitura até a próxima quinta-feira o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2011. O orçamento previsto para o próximo ano é de R$ 809 milhões. Confirmado o valor almejado pela Câmara, R$ 1,6 milhão desse total seria destinado a investimentos determinados diretamente pelos vereadores.
A apresentação de emendas parlamentares para obter verbas diretamente do orçamento do município recursos para ações definidas pelos próprios vereadores é uma medida inédita na cidade. "É o primeiro ano que isso vai acontecer. Não vai ser nada tão significativo. Os vereadores também vão aprender a trabalhar com esse novo sistema. Eu acredito que será uma grande conquista da Câmara Municipal. O prefeito entendeu isso e achou justa a nossa reivindicação".
Araújo também explicou como o sistema funcionará. "Os vereadores vão apresentar as emendas e vão poder escolher, dentro de um valor pré-determinado, alguma coisa que eles gostariam para ser realizada no ano seguinte. Então, o vereador passa a ter uma forma de trabalhar diferente, podendo assumir compromissos com a população".
A Prefeitura de Mogi deve encaminhar até à próxima quinta-feira à Câmara Municipal o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2011. De acordo com a Secretaria Municipal de Finanças, que participou ontem de uma audiência pública no Legislativo, o texto está pronto e foi apresentado em audiência pública, com valor previsto de R$ 809 milhões. "Estamos aguardando o envio do orçamento para que possa ser avaliado, mas pelo que a Prefeitura nos informou, a perspectiva é muito positiva. Mogi tem crescido bastante, atraído novas empresas, e isso se reverte em mais arrecadação, que propicia mais qualidade de vida para a população sem aumentar os impostos", destacou o vereador Pedro Hideki Komura (PSDB), presidente da Comissão Permanente de Finanças e Orçamento da Câmara. (C.C.)


de Guilherme Berti, 28/09/2010 Mogi News

Vantagem de Dilma sobre a soma dos adversários cai a 2 pontos, diz Datafolha

DE SÃO PAULO

A seis dias da eleição, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, já não tem mais garantida a vitória em primeiro turno, revela nova pesquisa Datafolha realizada ontem em todo o país. Segundo o levantamento, Dilma agora perde votos ou oscila negativamente em todos os estratos da população.
Nos últimos cinco dias, Dilma perdeu três pontos percentuais entre os votos válidos (exclui brancos, nulos e indecisos) que decidirão o pleito. Ela recuou de 54% para 51% --e precisa de 50% mais um voto para ser eleita.
Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, Dilma pode ter 49% dos votos válidos. Ou 53%, o que a levaria ao Planalto sem passar por um segundo turno eleitoral.

Ainda considerando os votos válidos, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, apenas oscilou positivamente, de 31% para 32%.



Marina Silva, do PV, também oscilou positivamente dentro da margem de erro. Passou para 16%, ante os 14% que tinha na última pesquisa, realizada entre os dias 21 e 22 de setembro.
Houve queda ou oscilação negativa para a candidata escolhida pelo presidente Lula para sucedê-lo em todos os estratos da população, nos cortes por sexo, região, renda, escolaridade e idade.
Uma das maiores baixas (queda de 5% nas intenções de voto) se deu entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos (entre R$ 1.020,00 e R$ 2.550,00). Cerca de 33% da população brasileira se encaixa nessa faixa de renda.
Dilma vem perdendo votos desde a segunda semana de setembro. Foi quando o escândalo envolvendo tráfico de influência na Casa Civil levou ao pedido de demissão de sua ex-principal assessora, Erenice Guerra.
De lá para cá, o total das inteções de voto em Dilma caiu de 51% para 46%. Já a soma de seus adversários subiu de 39% para 44%.
Considerando somente os votos válidos, a diferença entre Dilma e os demais candidatos despencou de 14 pontos há duas semanas para dois pontos agora.
A pesquisa mostra também que houve forte "desembarque" da candidatura Dilma entre as mulheres (queda de 47% para 42%) e entre os eleitores mais escolarizados, com curso superior.
Na simulação de segundo turno entre Dilma e Serra, a vantagem da petista também caiu. No levantamento anterior, Dilma tinha 55% das intenções de voto. Agora, tem 52%. Serra, que antes tinha 38%, agora tem 39%.

Matéria Publicada na Folha.com 28/09/2010

Lula faz mais comícios para Dilma que para si em 2006

Para emplacar sua sucessora no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre neste ano uma agenda eleitoral mais intensa do que em 2006, quando disputou a reeleição.

Lula fechará este mês com participação em 13 comícios para Dilma Rousseff (PT), mais que o dobro do que fez no mesmo período, há quatro anos, quando ele próprio disputava a reeleição.

A mobilização do presidente nesta campanha também começou mais cedo do que no ano da reeleição, antecipando em quase um mês os comícios para Dilma. Lula também ampliou a rota visitando o Norte e mais Estados do Sul e do Nordeste.
Há quatro anos, o presidente fez em setembro apenas seis comícios, em cinco Estados (MG, PE, SC, RN, RS). Em agosto, fez um ato de campanha dia 11 no Rio.
Agora, o presidente começou a pedir votos para a ex-ministra em 16 de julho, também optando pelo Rio. Desta vez, Lula fez campanha para Dilma em Minas, Rondônia, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, entre outros.
Principal cabo eleitoral, Lula também comandou comícios sem Dilma em Belém (PA) --sendo que ela não foi à região Norte na campanha-- e em Campinas (SP).
O presidente fechará sozinho sua participação em atos políticos com eventos em Aracaju (SE), na quarta-feira, e em São Bernardo do Campo (SP), seu berço político, na quinta-feira.
A ausência de Dilma ainda pode ser revertida no caso de Aracaju. Ela pediu para ficar de fora para se dedicar ao último debate, marcado para o dia 30, na TV Globo.
Mas, no caso do comício de São Bernardo do Campo, a ida é inviável. Ontem, Lula esteve com Dilma para o último comício da petista no Sambódromo de São Paulo.
Pelo calendário eleitoral, quinta-feira é o último dia para as campanhas realizarem grandes atos políticos. Até sábado, véspera da eleição, os candidatos ainda poderão ir a eventos menores, como caminhadas.
Com a atenção voltada para a campanha, o presidente diminuiu sua permanência em Brasília e cumprirá agenda em setembro apenas quatro dias na capital federal. Em 2006, Lula despachou 14 dias no Planalto.
Lula aumentou as viagens Brasil afora em campanha e relegou a participação em eventos oficiais no exterior. Todo o esforço do presidente é para definir a eleição ainda no primeiro turno.



SIMONE IGLESIAS

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA    Reportagem Folha.com 28/09/2010

Hora do voto :Serra critica ação do PT que quer impedir uso de dois documentos

Candidato do PSDB alegou que o presidente aprovou a obrigatoriedade e agora quer "mudar as regras do jogo" .          


Com tudo: Serra aproveitou encontro feminino para criticar
a postura do PT às vesperas da eleição de outubro

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou ontem a ação direta de inconstitucionalidade (Adin 4467) impetrada pelo PT para derrubar a obrigatoriedade de dois documentos para votar: o título de eleitor e um documento oficial com foto. De acordo com ele, a exigência partiu de uma lei aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Essa foi uma lei aprovada pelo Lula", afirmou, após reunir-se no Esporte Clube Sírio em encontro com mulheres, organizado por sua esposa Mônica Serra.

Sobre a obrigatoriedade de dois documentos para votar, Serra defendeu: "Na verdade, é uma garantia para não ter enganação porque o título de eleitor não tem foto. Todo o processo eleitoral se organizou em função disso." E continuou: "O presidente da República, meses atrás, sancionou essa lei. Vem o PT de última hora querer mudar a regra do jogo? É muito esquisito."


No evento, Serra pediu que suas eleitoras multipliquem o voto e consigam convencer os eleitores indecisos na reta final da campanha. "Se cada um conquistar mais um voto, seriam votos demais, mas trata-se de uma média. Quem puder conquistar quatro ou cinco, maravilha. Sobretudo, quem for da área da saúde", afirmou.


Confiante na possibilidade de ir para o segundo turno com sua principal adversária, Dilma Rousseff (PT), Serra disse que o trabalho de conquista dos votos não termina no domingo. "É um trabalho grande que não termina domingo. Segunda-feira começa um trabalho que vai ter o dobro da intensidade de agora."


Aliados

Do encontro no Sírio participaram também o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), o governador do Estado, Alberto Goldman (PSDB), o candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, a vice-prefeita da capital, Alda Marco Antonio, além de mulheres de políticos aliados, como Ika Fleury, Fernanda Richa e Silvia Afif. A vice-prefeita fez um dos discursos mais inflamados.


Ao explicar porque as mulheres do local preferiam votar em Serra, em vez de Dilma e da candidata do PV, Marina Silva, ela afirmou: "Mulher que pensa como homem e age de forma autoritária, nós não queremos não. Mulher que nomeia o braço direito, que emprega a família inteira para fazer negociata, é ruim para nós."




Matéria publicada em 28/09/10
Anne Warth Agêcia Estado



Jornal Mogi News

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Políticos apostam em 2ºf turno entre candidatos Dilma Rousseff e José Serra

A maioria acredita que o nome do novo presidente só será decidido em 31 de outubro. Petistas e tucanos devem se enfrentarNOEMIA ALVES



Da reportagem local

Bertaiolli: Aposta em SerraQuatro de sete representantes de partidos políticos de Mogi das Cruzes, entrevistados ontem pelo Mogi News, afirmaram que a disputa presidencial para a sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será decidida somente no dia 31 de outubro, quando ocorrerá o segundo turno.

Três dos entrevistados acreditam que a disputa será centralizada entre a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (PT) e o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB). Um dos políticos, no entanto, aposta na candidata do Partido Verde (PV), Marina Silva (PV) como a "surpresa" das eleições e eventual adversária, no segundo turno, de Dilma.



De acordo com as pesquisas de intenção de voto, Dilma e José Serra lideram a preferência do eleitorado, seguidos por Marina. O mais recente levantamento, do Datafolha, divulgado na sexta-feira, mostra Dilma Rousseff com 49% das intenções de voto, José Serra com 28% e Marina com 13%.



Já um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) aponta a candidata do PV com apoio de 12% dos entrevistados, Serra com 28% e Dilma com 50%.

"A disputa só acaba após a leitura do último voto. Tenho certeza de que José Serra receberá uma votação bem mais expressiva do que a apresentada nas pesquisas e irá para o segundo turno com a Dilma. Aí, a conversa será outra, porque a campanha começará do zero", comentou o presidente do diretório municipal do PSDB e vice-prefeito, José Antônio Cuco Pereira.

O prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (DEM) fez a mesma previsão. "A disputa presidenciável não vai encerrar no domingo que vem, dia 3 de outubro, mas no dia 31, quando haverá as eleições para segundo turno", disse. "A eleição para presidente é diferente da para o governo estadual. Ela servirá para definirmos os rumos que o País terá. O futuro da nossa nação: se pela ´ditadura´ ou pela democratização. Tenho certeza de que a segunda opção prevalecerá e José Serra disputará a Presidência em segundo turno, saindo vencedor", completou Bertaiolli.

O presidente do diretório do PP, Gustavo Ferreira, concorda. "As pesquisas não são confiáveis. Estão mascarando a diferença entre Dilma e Serra. É claro que teremos segundo turno", afirmou.

Já o presidente do PV em Mogi, Romildo Campello, aposta todas as fichas na candidata de seu partido. "Ela vem crescendo em relação aos levantamentos anteriores, em especial no Rio de Janeiro, onde empata tecnicamente com Serra e, agora, vai aumentar sua cotação em São Paulo. Será uma eleição histórica, disputada entre duas mulheres", acrescentou ele, em referência a Dilma Rousseff como adversária de Marina.



O presidente do diretório municipal do PT, Clodoaldo de Moraes, o vereador Francisco Moacir Bezerra, o Chico Bezerra, presidente do diretório do PSB, e Inês Paz ,do Psol,acreditam na eleição da candidata do PT. "A campanha do Psol é para tirar os votos do PSDB", afirmou Inês Paz.

Matéria Publicada do jornal Mogi News 27/09/2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tiririca da Silva

O impacto da repercussão da candidatura de Tiririca, com seu poder de comunicação, surpreendeu os conservadores e provocou reacionários


O partido que propõe "uma sociedade livre, pluralista e participativa", conforme consta do programa do PR (Partido da República) em seu primeiro parágrafo, não pode se apresentar como a legenda das restrições prévias para o reconhecimento da legitimidade de uma candidatura à representação popular.

A rigor, nos parece contraditório que alguém se apresente como democrata enquanto questiona a legitimidade da candidatura de qualquer cidadão em dia com suas obrigações e no gozo dos seus direitos civis. Alheias aos costumes de regime democrático, algumas opiniões sobre o conteúdo da propaganda política de televisão confessam saudades da chamada Lei Falcão.

Aparentemente insatisfeitos, os falsos democratas esperavam que os republicanos amordaçassem candidatos ou censurassem suas formas de expressão e conteúdos.

Felizmente, este não é e não será o papel de um partido como o PR. O Partido da República não partilhará do pensamento ressentido que orienta as viúvas do totalitarismo de direita ou de esquerda.

Não há constrangimentos ou subterfúgios para falar do pluralismo que praticamos em nossas listas de candidatos por todo o país. Defendemos, sem exceção, a legitimidade de todas as candidaturas do nosso partido.

A candidatura do artista Francisco Everaldo Oliveira da Silva, o Tiririca, é um símbolo do pluralismo praticado pelo Partido da República. Repentinamente, sem que houvesse qualquer pirotecnia ou preparação prévia, Tiririca e a espontaneidade de sua mensagem conquistaram as atenções na democrática internet brasileira.

O impacto da repercussão da candidatura de Tiririca, com seu poder de comunicação com o povo, surpreendeu conservadores e provocou reacionários adormecidos.

Aceitamos todos os questionamentos e, por vocação democrática, respeitamos inclusive as manifestações injuriosas. Sobretudo depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) reafirmou o compromisso da Constituição brasileira com a ampla liberdade de expressão.

O candidato Francisco Everaldo Oliveira Tiririca da Silva representa um relevante segmento entre os brasileiros. Ele tem todo o direito de se apresentar para o eleitorado da forma que o eleitorado o conhece.

Caso contrário, os candidatos cantores não poderiam cantar, os que usam chapéu teriam de mostrar os cabelos e os médicos estariam proibidos de aparecer na televisão em roupas brancas.

Tiririca é livre para escolher a forma e o conteúdo que lhe parecer conveniente quando se apresenta para pedir o voto nas ruas ou no horário de propaganda política da TV.

Cabe ressaltar, entretanto, que o republicano Francisco Everaldo Oliveira Tiririca da Silva, no exercício do mandato de deputado federal, assumirá dever de obediência ao programa e ao estatuto do Partido da República, além de estar subordinado às restrições impostas pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

Os artistas Francisco Everaldo Oliveira Tiririca da Silva, Agnaldo Timóteo e Juca Chaves não foram os únicos agraciados com um convite para ingresso no PR.

Da mesma forma que, em todo o país, convidamos para filiação no PR personalidades de outros segmentos da vida brasileira. Sempre orientados pelo propósito de ampliar a representação social na vida política e partidária deste país.

SÉRGIO TAMER, mestre em direito público pela UFPE, doutorando pela Universidade de Salamanca, professor universitário, é procurador federal e presidente do Conselho de Ética do Partido da República.

Retirado do jornal Folha de S. Paulo, segunda-feira, 06 de setembro 2010/ opinião pag. A3