quinta-feira, 26 de maio de 2011

André do Prado: definidas as próximas pautas da Frente Parlamentar do Alto Tietê

André do Prado: definidas as próximas pautas da Frente Parlamentar do Alto Tietê

Assistência Social; simplificação do financiamento para os pequenos agricultores; e lei especifica para o Alto Tietê Cabeceiras estão na pauta de prioridades










Em reunião realizada pelos deputados André do Prado (PR), Luis Carlos Gondim (PPS), José Candido (PT) e Heroilma Tavares (PTB), além dos assessores dos deputados Estevam Galvão (DEM) e Alencar Santana (PT), para discutir as pautas da Frente Parlamentar em Apoio aos Municípios do Alto Tietê.

Na reunião, ficou decidido que no próximo dia 02 de junho, quinta-feira, será realizada uma reunião com os secretários de assistência social da região do Alto Tietê, no Instituto Federal em Suzano, para que os secretários apresentem aos parlamentares as principais demandas regionais do setor.

Após o encontro em Suzano, a Frente Parlamentar irá entregar o relatório com as principais necessidades ao secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, no dia 06, segunda-feira, agenda marcada pelo deputado André do Prado.

Também foi discutido sobre a questão do financiamento para os pequenos produtores. Segundo Prado, até março de 2010, não havia regulamentação precisa sobre a liberação de financiamento para os agricultores, sendo que a partir desta data, foi publicada pela Secretaria de Meio Ambiente, a Resolução CMA 016, disciplinando os critérios para obtenção de licença ambiental e outorga (medida necessária para se conseguir o financiamento).

“Assim, com a publicação, o Banco do Brasil, através de um “protocolo verde” se comprometeu a liberar o financiamento somente para quem tivesse regularidade ambiental. Ocorre que a resolução é bastante restritiva, e, diante disso, criou-se um grande problema aos pequenos e médios agricultores, que precisam da regularidade ambiental da outorga para serem beneficiados com o financiamento. Por isso, vamos defender uma simplificação do procedimento para aquisição da outorga, beneficiando os pequenos agricultores do Estado de São Paulo.

Outro ponto abordado foi sobre a lei especifica para o Alto Tietê Cabeceiras. “O Alto Tietê Cabeceiras precisa de uma Lei Específica, ainda nos moderamos pela legislação da década de 70, trazendo prejuízos ambientais para os municípios. É preciso que seja criada uma legislação especial para o Alto Tietê, preservando nossos recursos naturais sem atrapalhar o desenvolvimento sócio-econômico dos municípios”, destacou André do Prado.

Segundo Prado, haverá uma reunião com todos os assessores jurídicos dos deputados da Frente com objetivo de debater os estudos técnicos da Lei Especifica. “Após, marcaremos a realização de audiências públicas na Assembleia Legislativa e na cidade de Mogi das Cruzes para discutir, junto com as autoridades da região, a elaboração da minuta de lei”.

Fonte:Assessoria de Imprensa Clarissa Johara

Início da Mogi-Guararema também deverá ser duplicado


Início da Mogi-Guararema também deverá ser duplicado




O prefeito Marco Bertaiolli (DEM) tem encontro marcado com o superintendente do DER, engenheiro Clodoaldo Pelissioni, na Capital, para discutir a inclusão da duplicação do trecho inicial da ligação Mogi das Cruzes-Guararema-Jacareí no projeto de melhorias anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), durante visita a Biritiba Mirim, na última terça-feira. Bertaiolli vai pedir que o trecho entre César de Souza e Botujuru da Avenida Francisco Rodrigues Filho, que corta a área urbana da Cidade, seja ampliado de maneira que possam ser implantadas duas pistas de rolamento visando reduzir riscos de acidentes e facilitar a chegada e saída dos motoristas que se utilizam da SP-66. Hoje, a via de pista única possui apenas duas faixas de rolamento, além de acostamentos não pavimentados e com vários pontos em desnível. Uma das propostas do prefeito será a utilização dos acostamentos para a duplicação, sem a necessidade de desapropriações. Depois de haver conversado com Geraldo Alckmin sobre o assunto, o prefeito acredita que a obra deverá ser executada já no segundo semestre deste ano. "Se conseguirmos o que iremos pleitear junto ao DER, Mogi terá todos os seus principais acessos duplicados", afirmou Bertaiolli, referindo-se à situação atual das ligações com a Dutra, Bertioga, Salesópolis e Suzano, todas com duas pistas de rolamento. Bertaiolli também busca acertar o asfaltamento da Estrada da Volta Fria no trecho entre a Perimetral e Jundiapeba, com a substituição da Ponte do Rio Abaixo, de madeira, por outra de concreto.

Desimpedido

Após 31 anos de trabalho junto à Suzano Papel e Celulose, o médico Zeno Morrone Júnior deixa a empresa para cuidar apenas do consultório e de suas atividades junto ao Instituto Médico Legal de Mogi. Também está pronto para assumir a Secretaria Municipal de Saúde, como desejava o atual prefeito, no início de seu governo.


Carbono



Durante solenidade de assinatura do contrato para construção dos viadutos na Cidade, nesta semana, o prefeito Marco Bertaiolli assumiu publicamente que se espelha em Waldemar Costa Filho para conduzir o seu trabalho na Prefeitura Municipal. Ele lembrou que Waldemar chegou a prever sua eleição a prefeito de Mogi, o que acabou se concretizando.


Na FEB

Histórias vividas pelo professor Miled Cury Andere durante a Segunda Guerra Mundial, estarão reunidas no livro "Memórias de um Mogiano na FEB", da Com Arte – editora laboratório do Curso de Editoração da ECA-USP, que será lançado, no próximo dia 31 de maio, às 19h30, no Centro Cultural e Cívico Expedicionários Mogianos, à Rua Coronel Souza Franco, 735, Centro de Mogi. O Coral 1º de Setembro irá se apresentar durante a noite de autógrafos.

Em Sampa


O ativista ambiental Mário Berti, da Oscip Guerrilheiros do Itapety, promete levar o "caixão do lixão" para a porta da Fiesp, em São Paulo, como protesto pela entidade haver cedido seu lugar no Consema para que o advogado da Queiroz Galvão fizesse a defesa da manutenção da data da audiência pública do lixão, contrariando os interesses de Mogi e dos empresários do Taboão, que são contra a instalação do aterro da construtora na Cidade.

Fonte:O Diário de Mogi

Mogi quer doar R$ 400 mil à AACD

Mogi quer doar R$ 400 mil à AACD

JÚLIA GUIMARÃES
Mogi das Cruzes deve arrecadar R$ 400 mil nos próximos meses para doação à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). A meta foi definida pelo prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (DEM) durante o lançamento da pedra fundamental de construção do Centro de Reabilitação da entidade, que será erguido no Rodeio, em Mogi, e deve iniciar atendimentos em outubro (leia mais nesta página). Os cofrinhos de arrecadação serão espalhados por toda a Cidade e a expectativa é de que cada mogiano contribua com pelo menos R$ 1,00 para que se alcance o objetivo da campanha.
Bertaiolli declarou que a arrecadação será um gesto simbólico de agradecimento à AACD, que vai injetar cerca de R$ 4 milhões no Município. O prefeito lembrou que a meta representa 10% do investimento destinado ao prédio. "Não gosto de trabalhar com metas financeiras, mas somos uma Cidade de 400 mil habitantes e, se cada um de nós contribuir com uma moeda de R$ 1,00, poderemos atingir a meta de doação de R$ 400 mil. Este é um dia de agradecimento", destacou.
As doações serão coletadas em pequenos cofres e, posteriormente, depositadas em uma conta corrente aberta especificamente para a campanha mogiana. A AACD deverá receber os donativos entre os dias 21 e 22 de outubro, quando acontecerá o próximo programa Teleton, que vai ao ar anualmente para veiculação da campanha nacional de arrecadação de recursos para apoio dos projetos de reabilitação das crianças com deficiência.
Bertaiolli anunciou ontem os nomes da professora Onélia Miranda e do engenheiro Rubens Marialva como os primeiros diretores da futura entidade. Eles deram início à campanha ontem, com a entrega dos primeiros cofres a representantes dos poderes Legislativo e Executivo e das entidades presentes na cerimônia. O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio, Jair Mafra, manifestou apoio à arrecadação. "Pode ter certeza que cada um dos 20 mil comerciários contribuirão", disse ao prefeito.
No último ano, o Teleton arrecadou um total de R$ 23.970.150. O valor é o recorde da campanha, sendo que a meta prevista para 2010 era de R$ 20 milhões. Os recursos serão aplicados na manutenção das 10 entidades já administradas pela AACD e na construção da unidade de Mogi. O prédio terá mil metros quadrados de área construída e será erguido em um terreno do Bairro do Rodeio. O presidente voluntário da AACD, Eduardo de Almeida Carneiro, destacou que a Cidade foi escolhida para implantação do projeto em razão de suas políticas públicas de apoio aos deficientes e à persistência da Administração Municipal.
Cápsula do tempo
Ainda durante a cerimônia, Bertaiolli informou que a Secretaria Municipal de Assistência Social receberá uma "cápsula do tempo", que ficará à disposição da população até a inauguração da AACD. Quem se interessar poderá depositar mensagens na urna, que será aberta pelas gerações futuras, daqui a algumas décadas. As primeiras cartas foram colocadas no recipiente na manhã de ontem. A cápsula também recebeu jornais da Imprensa local, que noticiaram o lançamento da AACD em Mogi das Cruzes. A urna deverá ser enterrada no dia da cerimônia de inauguração do novo prédio.

Fonte:O Diário de Mogi

PMDB mostra poder no Congresso

PMDB mostra poder no Congresso

BRASÍLIA
O Código Florestal mostrou o poder de fogo do PMDB no Congresso. A votação praticamente unânime do partido contra a orientação da presidente Dilma Rousseff foi um recado claro para o governo: o PMDB tem seus próprios interesses, é parceiro e não aceita ser tratado como "empregado" do Palácio do Planalto. A rebelião peemedebista já se transferiu para o Senado.
Depois de derrotar o governo e o PT na Câmara, o PMDB do Senado decidiu enfrentar o Planalto e vai indicar o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) para relatar o Código Florestal em duas comissões e no plenário da Casa. Ex-governador de Santa Catarina e considerado alinhado com os ruralistas, Luiz Henrique anunciou ser favorável à emenda aprovada na Câmara que concede anistia a quem desmatou Áreas de Preservação Permanente (APPs) às margens dos rios e encostas até 2008, contrariando posição do governo.
A proposta foi apresentada pelo PMDB e apoiada pela maioria dos partidos aliados e de oposição da Câmara. A presidente Dilma Rousseff considerou a emenda uma "vergonha", segundo informou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Mesmo assim, a base aliada não se intimidou: dos 273 votos favoráveis à emenda, 184 foram dados por deputados governistas. O PMDB votou em peso contra o governo, enquanto o PT ficou ao lado do Planalto.
A votação do Código mostrou, que apesar de numericamente forte, a base de Dilma a abandonou. De nada adiantou a presidente procurar os governadores e acionar os ministros para tentar convencer os deputados a votar com o governo. Em seu discurso, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que os ministros não deveriam interferir na votação do projeto. "Antes de serem ministros, são companheiros de partido. Não constranjam a minha bancada", afirmou o peemedebista.
O discurso do líder teve dois destinatários. Para os deputados, ele se cacifou como principal candidato à presidência da Câmara, em 2013, além de mandar o recado de que o PMDB não se curvará automaticamente ao governo. Foi o próprio Henrique que na votação do salário mínimo subiu à tribuna para garantir que todos os votos seriam a favor do Planalto. Na época, ele alertou que a unidade do partido poderia ser usada contra o governo.
E foi o que ocorreu na madrugada de ontem quando 98,63% da bancada votaram contra a orientação de Dilma. "Mostramos que estamos unidos. Hoje foi o dia do contra", disse um interlocutor peemedebista.
Com o discurso enfático, Henrique também tentou evitar o "crescimento" de uma eventual candidatura de Aldo Rebelo (PC do B-SP) à presidência da Câmara junto aos deputados. O comunista, que já foi presidente da Casa, passou a ser cotado para voltar ao cargo depois de ter elaborado um relatório para o projeto de Código Florestal que agradou tanto governistas quanto a oposição.
O processo de votação do Código teve ainda como efeito colateral o enfraquecimento dos interlocutores de Dilma no Congresso. O líder Vaccarezza conseguiu se indispor com a base e não conseguiu derrubar a emenda do PMDB que dá anistia aos desmatadores. Por sua vez o líder do PT, Paulo Teixeira (SP), mostrou-se fraco e sem o controle da bancada.


Fonte:O Diário de Mogi

Ala do PMDB ligada a Kassab já resiste a Chalita

Ala do PMDB ligada a Kassab já resiste a Chalita

Deputado vai ingressar na sigla no dia 4 com a promessa feita por Temer de comandar diretório, mas grupo ligado ao prefeito não reconhece acordo

25 de maio de 2011 | 23h 00



Fernando Gallo, de O Estado de S. Paulo
A ala do PMDB paulistano ligada ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, resiste a entregar o comando da legenda ao deputado federal Gabriel Chalita, que vai se filiar ao partido no próximo dia 4. O grupo, capitaneado pelo presidente licenciado do diretório municipal, Bebetto Haddad, se opõe a uma proposta feita pelos correligionários mais próximos do vice-presidente da República, Michel Temer, para que o diretório paulistano se dissolva.
Ao convidar Chalita a ingressar no PMDB-SP, Temer prometeu ao deputado a presidência do diretório municipal. No entanto, conforme o estatuto da legenda, um filiado só pode presidir uma instância da sigla se nela estiver há pelo menos seis meses.
A única possibilidade de Chalita assumir o comando é a dissolução do diretório permanente e a nomeação de um provisório. Para que isso ocorra, metade mais um dos membros do diretório municipal têm de renunciar.
Segundo Haddad, a mudança de comando só poderia ser feita por uma intervenção do Diretório Nacional. "Isso tem que ser feito via intervenção. O Michel Temer teria que intervir. É complicado. Não fizemos isso com o Paulo Skaf (presidente da Fiesp, recém-filiado ao PMDB) nem com o próprio Kassab quando ele quis entrar no partido".
Avesso à ideia, Haddad, que se tornou secretário de Esportes de Kassab no começo do mês, quando o prefeito abriu espaço para o PMDB em seu governo, afirma que apoia a candidatura de Chalita à Prefeitura em 2012, mas diz não ver necessidade de entregar o comando do diretório ao deputado. "O Chalita é o nosso candidato a prefeito. Estamos fortes com ele. Agora, não vemos a necessidade nem a possibilidade de entregar o comando do partido para ele porque somos um partido orgânico."
O sinal de alerta sobre a expansão da influência de Kassab no diretório municipal foi aceso no grupo de Temer quando o prefeito passou a dizer a líderes do PMDB nacional que Chalita era o candidato do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na eleição de 2012.

Fonte:O Estado de S.Paulo

Itamar Franco está internado em São Paulo para tratar de leucemia


Itamar Franco está internado em São Paulo para tratar de leucemia
Rosa Costa, Daiene Cardoso e Eduardo Kattah

O senador Itamar Franco em sessão no Seando no dia 15 de março. Foto: André Dusek/AE
Internado no centro de hematologia e oncologia, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde sábado, o ex-presidente e senador Itamar Franco (PPS-MG) teve diagnóstico de leucemia. Segundo o hospital, “a doença foi diagnosticada bem no seu início e o paciente está se sentindo muito bem com todas suas funções vitais normais” e “terá alta em breve”.
De acordo com a assessoria do senador, o incômodo que ele sentiu foi inicialmente atribuído a uma gripe, provocada pelo ar-condicionado do plenário. Só depois de fazer exames de sangue é que a leucemia foi diagnosticada.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ter conversado com Itamar por telefone e informou que ele se licenciará do cargo por 30 dias. Aécio disse aos colegas de plenário que Itamar já deu início ao tratamento e teve uma “reação extraordinária”. Contou que ele está bem disposto e poderá voltar a exercer suas funções no Senado em breve.
“Conversei com seu médico agora há pouco. Ele pede que eu comunique a seus pares que estará ausente nos próximos 30 dias. Solicitou a licença oficial da Casa, mas tem plena convicção e a mesma compartilhada pelos seus médicos, dr. Nelson Hamerschlak e dr. Oscar Fernando dos Santos, que superada essa primeira fase, dentro de 30 dias, estará de volta aqui conosco, compartilhando do nosso dia a dia”, disse o senador.
Amigo e secretário parlamentar de Itamar, o ex-deputado Marcello Siqueira afirmou, em Belo Horizonte, que o ex-presidente recebeu com “tranquilidade” o diagnóstico. “Claro que não é uma notícia boa, mas faz parte da vida”, observou Siqueira. “No geral, o estado dele é muito bom. É um sujeito muito forte e agora vai fazer o tratamento. Vamos esperar pela cura.”
O presidente do PPS mineiro, Paulo Elisiário, foi surpreendido pela notícia. “Não posso dizer da repercussão porque estou sabendo agora”, disse ao Estado. “Obviamente que vai ter um impacto, primeiro um impacto humano, porque é uma pessoa muito querida. E a gente deixa temporariamente de ter uma voz qualificada de oposição ao governo no Congresso.”
O primeiro suplente do senador é o ex-deputado José Perrela de Oliveira Costa, o Zezé Perrella, mais conhecido por presidir o clube Cruzeiro. O segundo suplente é a vereadora de Belo Horizonte Elaine Matozinhos (PTB).
Fonte:O Estado de S.Paulo

Estado de SP é o 1º do mundo a ter padrão mais rígido de qualidade do ar

Estado de SP é o 1º do mundo a ter padrão mais rígido de qualidade do ar

26 de maio de 2011 | 0h 00
Paulo Saldaña - O Estado de S.Paulo
São Paulo é o primeiro Estado do mundo a adotar padrão mais rígido de limites para poluição, em acordo com recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A mudança foi aprovada ontem pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema).
O documento, discutido e elaborado por um grupo de trabalho desde março de 2010, delimita metas de qualidade do ar mais exigentes que as vigentes hoje. Esses são os parâmetros usados para que a cidade de São Paulo, por exemplo, seja colocada em estado de alerta, atenção ou emergência por causa da poluição. Para se ter uma ideia, o nível aceitável hoje de material particulado - as chamadas partículas inaláveis, um dos poluentes mais presentes nas cidades - é três vezes superior ao padrão internacional que foi aprovado.
Esse novo paradigma da má qualidade do ar deverá ter reflexos importantes a médio prazo. Novas metas influenciarão os requisitos para empresas obterem licenças ambientais e a aplicação de medidas mais extremas nas cidades, como a interrupção de aulas e a ampliação do rodízio de veículos sempre que o nível de poluição atingir índices críticos.
"Agora temos um novo desafio", afirmou o secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, que preside o Consema. "Os padrões atuais são de 1976. E são padrões, não metas como agora. É importante que as pessoas percebam que deve haver uma mudança de comportamento e cabe ao Estado ser o indutor das alterações para atingir essas metas." Na cidade de São Paulo, 4 mil pessoas morrem por ano de doenças provocadas ou agravadas pela poluição.
Segundo a diretora de Tecnologia e Avaliação Ambiental da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Ana Cristina Pasini, esse é um passo importante para combater a poluição, mas não pode vir desacompanhado de ações para redução de emissão de poluentes - que não fazem parte do relatório. "É preciso ter um acompanhamento de políticas públicas, como transporte e energia", diz ela. "Isso torna mais transparentes as condições e a população tem de acompanhar e cobrar."
Prazo. A revisão ainda será encaminhada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que deve publicar um decreto com essas determinações. Antes de se alcançar os níveis finais preconizados pela OMS, outras três metas intermediárias deverão ser contempladas. Só para a primeira há prazo estabelecido: três anos. Já para as outras metas a definição de datas ocorrerá ao longo da primeira fase.
Esse foi um dos pontos mais criticados na reunião de ontem. "O primeiro nível da meta, a ser alcançado em três anos, é relativamente baixo. E é um pouco frustrante que a meta final não tenha um prazo definido", afirma a bióloga Sonia Maria Gianesella, professora da USP. 

Fonte:O Estado de S.Paulo

Lula relata a Palocci insatisfação de aliados

Lula relata a Palocci insatisfação de aliados

Para ele, ou ministro atende parlamentares ou até base pode apoiar CPI no Senado

Vera Rosa e Christiane Samarco, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Preocupado com as insatisfações e ameaças da base governista no Congresso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu nesta quarta-feira, 25, a senha da operação destinada a abafar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o patrimônio do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Em conversa reservada com Palocci, na terça-feira, 24, Lula foi taxativo: avisou que ou o ministro atendia os parlamentares ou até aliados poderiam endossar uma CPI no Senado, encurralando o Planalto.
O ex-presidente relatou o diálogo que teve com Palocci durante café da manhã com dez líderes de partidos aliados do governo, nesta quarta, na casa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). "Você tome cuidado porque sua situação no Congresso não é boa. Todo mundo está insatisfeito com sua conduta", disse Lula a Palocci, de acordo com relatos de senadores.
Na tentativa de evitar a CPI, Palocci passou a telefonar para os senadores e pedir apoio. Disse estar sendo vítima de uma "campanha de difamação" e se prontificou a marcar conversas privadas com os parlamentares, para esclarecer as denúncias que pesam contra ele.
Lula jantou com a presidente Dilma Rousseff, Palocci, Gilberto Carvalho (ministro da Secretaria-Geral da Presidência), Miriam Belchior (Planejamento) e com seu assessor Luiz Dulci, na terça-feira, no Palácio da Alvorada. Cobrou de Dilma e Palocci mudanças urgentes na articulação política do governo, disse que era preciso atender os aliados na montagem do segundo escalão e acenou com um cenário nada animador. Para Lula, se o governo não agir rápido para conter os dissidentes da base aliada e estancar a crise, a CPI no Senado pode sair.
Queixas. Na manhã de terça-feira, um dia depois de almoçar com senadores do PT, o ex-presidente ouviu mais queixas dos líderes da base aliada - do PMDB ao PTB, passando pelo PR e PP- e assumiu as rédeas da coordenação política do governo. Em tom de apelo, Lula pediu um "voto de confiança" em Palocci e, mais uma vez, tentou contornar a crise política, sob o argumento de que o alvo da oposição é o governo Dilma.
"Palocci é o homem que prestou muitos serviços ao nosso governo e não podemos desampará-lo", disse o ex-presidente. Enquanto o café era servido, com pastel de queijo e bolo de aipim, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) "monitorava" o andamento das comissões no Senado, pelo celular, na tentativa de barrar qualquer pedido de convocação de Palocci.
Fonte:O Estado de S.Paulo

Para salvar Palocci, Dilma cede e suspende kit anti-homofobia

Para salvar Palocci, Dilma cede e suspende kit anti-homofobia

Bancada evangélica ameaçou apoiar ida do ministro ao Congresso caso cartilha continuasse sendo produzida

25 de maio de 2011 | 17h 52

BRASÍLIA - Assustado com a ameaça feita na noite desta terça-feira, 24, no plenário, de convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, caso o governo não retire de circulação o chamado "kit anti-homofobia", o governo decidiu receber as bancadas religiosas no Planalto e anunciar a suspensão de divulgação de qualquer material sobre o tema. Essas decisões foram anunciadas nesta quarta-feira, 25, pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, logo depois do encerramento de uma conversa com parlamentares das bancadas evangélica, católica e de defesa da família.
Sob forte pressão da oposição, Palocci vem sendo cobrado a dar explicações sobre a rápida evolução do seu patrimônio, que se multiplicou por 20 nos quatro anos em que o ministro exerceu mandato de deputado federal.
Gilberto Carvalho anunciou que a presidente Dilma Rousseff determinou a suspensão da produção de vídeos e cartilhas contra a homofobia e mandou suspender a divulgação do que já havia sido distribuído. Os ministros da Educação, Fernando Haddad e da Saúde, Alexandre Padilha, serão chamados ao Planalto para conversar sobre o caso.
"A presidente assistiu ao vídeo, não gostou e vai conversar com os ministros. Ela achou que o vídeo era impróprio para o seu objetivo. Não se trata de uma posição só de aparências. A presidente tem as suas convicções e acha que o material é inadequado. Ela foi muito clara nesse sentido e determinou que esse material não circule oficialmente por parte do governo", declarou Gilberto Carvalho, confirmando a informação dos deputados evangélicos. Abaixo, um dos vídeos que fariam parte do material:

Os parlamentares evangélicos já haviam transmitido a indignação da presidente Dilma sobre o material que trata de homofobia. Os deputados Anthony Garotinho (PR-RJ), Ronaldo Fonseca (PR-DF), e o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG) consideraram que o material se tratava de "uma apologia ao homossexualismo". Disseram que "trazia cenas e desenhos de sexo anal e oral", com "uma didática muito agressiva" e se mostraram "preocupados com a maneira virulenta com que esse material está sendo apresentado".
Apesar da pressa do Planalto em receber os parlamentares e atender ao pedido de suspensão das publicações e dos vídeos, Gilberto Carvalho disse que "não houve recuo" do governo em relação à política de discussão sobre homofobia e que "não tem toma lá, dá cá".

Fonte:O Estado de S.Paulo