sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tribuna Livre Abestados

Tribuna Livre
Abestados
Dirceu Do Valle
Mal começou o mandato, e Tiririca, para gáudio de seus eleitores, mostrou todo seu preparo para o cargo de deputado federal.

Anteontem foi aprovado pelos deputados projeto de "aumento" do salário mínimo para R$545. Sem entrar no mérito se demagogia ou oportunismo porque vozes que antes nada diziam sobre o tema só agora se levantaram, congressistas da oposição e outros poucos da própria sustentação propuseram aumento maior. Alguns R$600 e outros R$560.

No meio daquele palco, entre discursos vazios, líderes dos partidos indicavam o caminho que seria seguido por sua sigla, bem como parlamentares rebolavam usando da palavra para justificar o por que de votar assim ou assado.

Avesso ao microfone - salvo se para palhaçadas - , Tiririca não usou da tribuna, mas adiantou que votaria pelo mínimo pretendido pelo Planalto. Surpresa geral, votou pelos R$600.

Lampejo de lucidez? Não. Confusão. Entre a complexa dicotomia monossilábica do "sim" e do "não", confundiu-se.
Agora, pior do que não ler o que em votação é não ler o que há tempos votado, aprovado e promulgado.

Não é preciso buscar socorro nos índices do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) para saber que o mínimo não cumpre a Constituição Federal. Aliás, segundo consta nos levantamentos daquele departamento, deveria o mais baixo salário vigente no País ser de R$2.227,53.

Isto porque, conforme preceitua o artigo 7º, inciso IV, da Lei Maior, deveria - assim mesmo, no futuro do pretérito - suprir o trabalhador em suas "necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social".

E, desrespeitado diretamente o dispositivo mencionado pelo Poder Executivo, incorreria em crime de responsabilidade a presidente que prestou compromisso de "manter, defender e cumprir a Constituição", zelando pelo "bem geral do povo brasileiro" (vide artigos 78 e 85), mas também em quebra de decoro a corriola que em troca de espaço na máquina vende a mãe sem passar recibo, assinando em cruz desde que recebido algo em troca.

Agora, não se sabe se é mais triste um parlamentar que não sabe distinguir o "sim" do "não" ou se representantes do povo que há tempos representam apenas a si, aumentando em 61,8% o próprio subsídio, irmanados na máxima de Justo Veríssimo.

Enquanto isso, na sala de Justiça, necas de pitibiribas para o trabalhador com um "aumento" que só repôs a perda inflacionária e nem um centavo a mais.


Dirceu do Valle
é advogado e professor da pós-graduação da PUC/SP.
Fonte: Mogi News

Fenomenal

Ney Sarmento - PMMC


Fenomenal
A foto do prefeito Marco Bertaiolli (DEM) ao lado do Ronaldo Fenômeno, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, e do governador Geraldo Alckmin (PSDB), publicada ontem na capa do Mogi News, ganhará um espaço exclusivo no gabinete da Prefeitura.


Lugar cativo
Bertaiolli já recomendou à sua assessoria a ampliação da foto, maior até que a existente hoje de sua posse como prefeito, em que ele divide a imagem com o vice-prefeito, José Antonio Cuco Pereira, e com o atual secretário de Desenvolvimento, Guilherme Afif Domingos.



Presença despercebida
Ontem, o prefeito deu mais detalhes a respeito de seu histórico encontro com o Fenômeno. Durante o lançamento do guia das cidades que poderão ser subsedes da Copa do Mundo em 2014, entre elas, Mogi, Bertaiolli foi até o Museu do Futebol e no meio do evento, viu uma sala reservada onde estavam presentes Alckmin e Kassab.



Gordo e transparente
Um dos funcionários de Kassab que já o conhece, chamou-o para que ele participasse da conversa. Bertaiolli só viu Alckmin e Kassab e, apesar do tamanho todo do Fenômeno, nem se deu conta de que ele estava próximo a Alckmin. O governador foi quem o alertou.


Obrigado!
Bertaiolli cumprimentou o "Fenômeno" e deu os parabéns pelo trabalho dele. Aí, o presidente da Federação, Del Noro, intimou Bertaiolli: "Você não é corintiano? Tem de falar obrigado para o Ronaldo, por tudo o que ele fez!". 


Piadas à parte
Dizem as "más línguas" que o presidente do Corinthians, André Sanches, teria dito que Bertaiolli havia pronunciado "obrigado" pelo fato de Ronaldo ter saído do Corinthians. Agora, segundo esta tese, o time deslancharia sem a presença dele.



Roxo de inveja
A foto de Bertaiolli com Fenômeno teria matado de inveja muitos corintianos fanáticos da Prefeitura, como o secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, João Francisco Chavedar.




Estatuto do Idoso
Na próxima semana, num evento no Cemforpe, deverá ser lançado o Estatuto do Idoso, um instrumento importante que o município passará a contar com as diretrizes municipais de proteção e atendimento à terceira idade.



Murcho
O presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara, vereador Jolindo Rennó Costa (PSDB), estava completamente "murcho" ontem, durante vistoria nas obras da alça de acesso da rodovia Mogi-Dutra (SP-88). Não fez brincadeiras e nem piadas, como é de costume, provavelmente porque estava se recuperando da saraivada de críticas feitas anteontem pelos colegas envolvendo as obras da avenida Miguel Gemma.



Avenida da discórdia
Vereadores como Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra, queriam saber o motivo da comissão presidida por Costa não ter verificado os problemas envolvendo a avenida.



A defesa
Nabil Nahi Safiti (DEM) partiu em defesa do presidente, alegando que a comissão verificou, sim, os problemas, mas providências mesmo caberiam à Prefeitura e não à comissão.



Asfalto comunitário
Venceu no último dia 15 o prazo dado pela administração municipal para que a Enplan devolvesse o dinheiro pago pelos moradores da Divisa pelo asfaltamento comunitário. Um número mínimo de moradores receberia o dinheiro, porque a maior parte deixou de pagar pelo parcelamento. A Prefeitura vai cobrar a Enplan sobre um novo prazo. Parece que o diretor da empresa estaria viajando.



Salário mínimo
Dois "nãos", duas abstenções e um "sim". Este foi o placar de como votaram os deputados federais do Alto Tietê no primeiro teste de fogo de uma votação importante - a definição do novo valor do salário mínimo. 
Divulgação


Com o governo
Na votação que teve este placar, os deputados se posicionavam sobre o novo mínimo para R$ 560, mas o valor foi derrubado. Como era de se esperar, os parlamentares aliados com ampla margem de folga votaram "não" para o reajuste e conseguiram a aprovação do teto de
R$ 545, como pretendia o governo.


Rejeição
O valor ainda depende de aprovação no Senado Federal, mas tudo indica que ficará mesmo nos minguados R$ 545. Valdemar Costa Neto (PR) e Keiko Ota (PSB) votaram contra o reajuste para R$ 560.



A favor do aumento
Já o deputado federal Junji Abe (DEM) seguindo a recomendação da bancada do DEM votou favorável ao valor de R$ 560. Dois simplsmente fugiram da votação: os "verdes" Guilherme Mussi e Roberto de Lucena. O polêmico Tiririca se embananou todo com o painel de votação e primeiro votou com a oposição; depois, na segunda rodada, votou certo