terça-feira, 12 de abril de 2011

Após massacre, Congresso debate referendo de armas

Após massacre, Congresso debate referendo de armas

APOIO O líder do PSDB, senador Alvaro Dias, é um dos que simpatizam com a ideia levantada por Sarney
BRASÍLIA

Para tentar mais uma vez dar uma resposta a um fato que chocou o País, o Senado vai discutir agora a possibilidade de fazer um novo referendo sobre a venda de armas. A proposta será levada pelo presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), aos líderes partidários, na reunião de hoje, como reação ao massacre na Escola Tasso da Silveira, no Rio. Ontem o governo federal anunciou que vai adiantar o início da Campanha de Desarmamento para 6 de maio.
Em 2005, a consulta popular levou à derrubada de um artigo do Estatuto do Desarmamento que proibia o comércio de armas no País. Para Sarney, o resultado contrário ao desarmamento não é um impeditivo para que se realize nova consulta popular. "O que não se deve é mudar do bem para o mal e do mal para o pior. Nós estamos mudando do mal para o bem, de maneira que acho que a população será sensível."
Referendos são feitos para que a população ratifique ou rejeite lei aprovada pelo Congresso. Portanto, Câmara e Senado teriam de votar nova legislação proibindo a venda de armas, antes de levar o tema à consulta popular. A lei que trata dos referendos não menciona prazos para a realização de consultas populares semelhantes às já realizadas.
O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), foi um dos que simpatizaram com a ideia levantada por Sarney. "O referendo estimula a participação do povo nas decisões, então é positivo. Em democracias avançadas, isso é uma rotina."
Já o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), foi mais cauteloso. Ele defendeu que nova consulta popular sobre a venda de armas seja feita apenas após um grande debate na sociedade. "Sou a favor do desarmamento, mas deve-se fazer amplo debate. Caso contrário, corremos o risco de fazer isso isoladamente e sermos derrotados mais uma vez."
O senador gaúcho Paulo Paim (PT) classificou a proposta como "interessante", mas sugeriu outro caminho para tentar resolver o tema. Para ele, seria mais útil o governo chamar as indústrias de armas para negociar. "Se nós fizéssemos um acerto entre os fabricantes e o governo - de que as armas seriam vendidas apenas para o Estado -, acho que resolveríamos essa questão", disse.
Paim diz que as indústrias topariam a negociação. "Conversei com representantes das empresas neste fim de semana e eles concordam com a ideia. Os próprios representantes da empresa me disseram que o que é vendido para o cidadão comum é pouco no negócio deles." O Rio Grande do Sul, Estado de Paim, foi onde o desarmamento sofreu a maior derrota no referendo realizado em 2005.
Já o governo federal vai antecipar para maio o lançamento da nova Campanha de Desarmamento. A data prevista para o início da campanha é 6 de maio, exatamente um mês após o assassinato dos 12 estudantes na Escola Tasso da Silveira, em Realengo. A previsão inicial era de que a nova campanha só tivesse início em junho.

Fonte: O Diário de Mogi

Samu atenderá Arujá e Guararema

Samu atenderá Arujá e Guararema


MARA FLÔRES
Arujá e Guararema foram anunciadas como as novas cidades que serão beneficiadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em fase de implantação em Mogi das Cruzes, mas com raio de atuação também em Biritiba Mirim e Salesópolis. O programa está previsto para funcionar em 29 de julho e contará com oito bases nas cinco cidades que têm 532.132 habitantes e formam o Consórcio Regional do Samu (Cresamu), criado oficialmente ontem. Ao todo, 11 ambulâncias – duas delas equipadas com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – serão disponibilizadas para o programa, que demandará uma equipe de 122 profissionais e um investimento mensal de R$ 677,4 mil, dos quais R$ 186,5 mil virão do Governo Federal e o restante será rateado entre os municípios de acordo com o número de habitantes.
Nos próximos dias, a direção do Cresamu solicitará ao Ministério da Saúde a habilitação para que o Samu possa funcionar, o que implica numa vistoria da estrutura física do serviço, e também fazer o chamamento público para a contratação da organização de saúde que ficará responsável pela operação do programa – esse modelo já é utilizado nos postos de saúde 24 horas da Prefeitura e nas unidades do Programa Saúde da Família (PSFs). A essa organização caberá a contratação dos profissionais que vão trabalhar no Samu e fazer a gestão dos serviços. "O consórcio será responsável pelo Samu e essa organização de saúde será o braço funcional", ressaltou o secretário de Saúde de Mogi das Cruzes, Paulo Villas Bôas de Carvalho, durante a assembleia que reuniu os prefeitos das cinco cidades da Região.
A Central de Regulação do Samu funcionará em Mogi das Cruzes, junto à sede do Corpo de Bombeiros, no Bairro do Shangai, mas serão montadas bases avançadas – com a presença 24 horas de uma equipe – em cada uma das outras quatro cidades atendidas, além de outros três pontos em Mogi (veja quadro nesta página).
"Estamos na fase de acabamento da Central de Urgência e Emergência de Mogi das Cruzes, que concentrará também a Central de Regulação do Samu. A partir do funcionamento do serviço, o que está marcado para acontecer em 29 de julho, todas as ligações feitas para o telefone 192, dessas cinco cidades, cairá aqui, onde haverá um médico 24 horas para atender o chamado e deslocar o atendimento mais indicado e mais próximo", explicou o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (DEM). "Um dos aspectos importantes será na segurança das estradas, já que com a localização das bases do Samu estaremos cercando todos os principais acessos da Região", acrescentou.
Embora os repasses sejam diferenciados para cada Cidade, foi assegurado na reunião de ontem que todos os municípios terão a mesma participação nas decisões que serão tomadas.

Fonte:O Diário de Mogi

Alckmin é avaliado por mogianos

Alckmin é avaliado por mogianos


KARINA MATIAS
Poucas conquistas, algumas promessas e muitos desafios. É desta forma que Mogi das Cruzes avalia os primeiros 100 dias de Geraldo Alckmin (PSDB) à frente do Governo do Estado. De concreto para a Cidade, o governador ampliou as viagens do Expresso Leste e assinou o convênio para implantação do projeto Atividade Delegada - que ainda não engrenou no Município. Por outro lado, investimentos importantes que tinham sido garantidos na gestão passada foram adiados, como a reforma e ampliação do Fórum de Braz Cubas e a implantação de uma clínica de reabilitação de dependentes químicos. Além disso, o projeto da Queiroz Galvão para instalação de um aterro sanitário no Taboão ganhou força dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Apesar das inúmeras mobilizações realizadas pelos mogianos contra o lixão, uma audiência pública sobre o empreendimento deverá acontecer em 21 de junho. O próprio prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (DEM), defensor do governo Alckmin, admitiu que levou um "passa-moleque" do secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas.
A Cidade acumula ainda outras pendências, como a inauguração do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e a conclusão da passagem subterrânea ao Jardim Aracy, na Mogi-Dutra. Ambas são prometidas para o segundo semestre.
Nestes pouco mais de três meses no governo estadual, Alckmin não visitou Mogi, mas esteve em Suzano e Itaquaquecetuba, e hoje participa de evento em Arujá. Nas visitas já realizadas a municípios da Região, ele fez promessas para Mogi: a inauguração do Poupatempo em outubro e a destinação de um maior número de delegados e policiais militares. No último final de semana, em entrevista à Associação Paulista de Jornais (APJ), anunciou também nove trens zero quilômetro que devem operar em Mogi e Suzano, a partir do ano que vem. Aliás, a vinda do Expresso Leste em todos os horários até a Estação Estudantes é uma das promessas mais esperadas pelos mogianos, ao lado da duplicação do trecho de pista simples da Mogi-Dutra e da duplicação da Mogi-Bertioga. A expansão do transporte ferroviário até César de Souza é outro pleito da Cidade.
"O governador Alckmin imprime um ritmo sério, transparente e de muito trabalho, nestes primeiros dias, uma característica que deve acompanhá-lo por todo o mandato, porque conhecemos bem o governador e sabemos da sua capacidade de administração", defende o prefeito Bertaiolli. Ele ressalta que já visitou as secretarias de Estado apresentando os dossiês sobre projetos que podem ser desenvolvidos em parceria com o Município. "Todos foram recebidos de forma bastante positiva e com respostas rápidas. Veja, por exemplo, o caso da área da CDHU para construção de uma creche em César de Souza. Já nos foi entregue a cessão do terreno e iremos abrir o processo de licitação, assim como também tivemos a confirmação da Secretaria da Agricultura sobre a mudança da Casa do Agricultura a fim de que aquele local possa ser utilizado para ampliação do Fórum", enumera.
O deputado federal Valdemar Costa Neto (PR) corrobora. "Eu nunca vi um governante trabalhar como ele vem trabalhando neste início de governo. É um ritmo impressionante. E o Bertaiolli foi muito correto com ele na eleição. Não tenho dúvidas de que Mogi será beneficiada, mas tem que ter paciência", pondera. O deputado federal Junji Abe (DEM) pontua que, em todas as instâncias de governos, a execução dos projetos só começa de fato a partir do segundo ano. Ele ressalva, porém, que Alckmin é um político "competentíssimo e experiente" e já sinaliza com investimentos para Mogi, como os novos horários do Expresso Leste. "A partir do ano que vem, Mogi será alvo de vários benefícios do Governo do Estado", acrescenta.
Já outros políticos, até mesmo os da base aliada de Alckmin, se mostram menos entusiasmados com os primeiros 100 dias de governo. O deputado estadual Luiz Carlos Gondim Teixeira (PPS) aponta que Mogi não está recebendo a atenção devida. "Mas esperamos que ele realmente assuma os compromissos, como a reforma do Fórum de Braz Cubas e a questão do lixão, da qual ele está se informando agora e, talvez, assuma o compromisso de nos ajudar". Em visita a Suzano, Alckmin declarou que não considera o Taboão um local adequado para receber um aterro sanitário e informou que a retomada do processo de licenciamento só se deu por decisão da Justiça.
O vereador Geraldo Tomaz Augusto, o Geraldão (PMDB), é o mais crítico em relação à atuação do governador. "Mogi não tem nada a comemorar nestes 100 dias de governo do Alckmin. Ele está em dívida com a Cidade que, da Região do Alto Tietê, foi o município que deu a maior votação para ele. Na questão do lixão, estamos vendo que o Governo está contra a Cidade. O que foi anunciado até agora é muito pouco para um município de quase 400 mil habitantes como Mogi", alega.
Jean Carlos Soares Lopes (PC do B) é outro que não poupa o governador, embora ressalve que ainda é cedo para análises. "O Governo do Estado cortou todos os investimentos e Mogi também foi afetada pelos cortes. Ele está sendo cauteloso, o que é natural neste início. Preocupa a situação da segurança pública, que é o calcanhar de Aquiles do Estado", observa. Alckmin anunciou a contratação de 140 delegados para todo o Estado. O tucano, contudo, não deixou claro se um mesmo delegado poderá responder, num mesmo plantão, por dois distritos policiais, como chegou a ser cogitado pelo seccional João Roque Américo.
Até mesmo o presidente da Câmara Municipal de Mogi, Mauro Araújo (PSDB), do mesmo partido de Alckmin, demonstra um certo ceticismo com a atuação do tucano. "Nós estamos ansiosos e na expectativa de que algumas situações se confirmem, como a implantação da clínica para tratamento de dependentes químicos, que estava prevista para este primeiro semestre, mas foi adiada, o que me deixou muito chateado. Cem dias é um prazo pequeno, mas estamos no aguardo sobre as posições do Governo do Estado em situações primordiais. Grandes obras, grandes anúncios ainda não aconteceram", observa. De positivo, ele lembrou o aumento no efetivo de policiais militares. De fato, porém, a Cidade contará com 15 homens a mais na corporação.
Embora avalie que Alckmin enfrentou problemas neste início de governo, o vereador Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB) aposta que ele superará as dificuldades e promoverá melhorias em Mogi, especialmente, na questão do lixão. "Acho que ele fará um bom governo, como já demonstrou no passado".

Fonte:O Diário de Mogi

Frente Parlamentar do Lixão deve ser instalada até o fim do mês

Frente Parlamentar do Lixão deve ser instalada até o fim do mês
BRAS SANTOS
Da Reportagem Local



O deputado estadual André do Prado (PR-SP), informou que a Frente Parlamentar que trabalhará para impedir a implantação do aterro regional da empreiteira Queiroz Galvão no Taboão deverá ser oficialmente instalada na Assembleia Legislativa até o fim de abril. Em Mogi das Cruzes, a apresentação da frente está prevista para maio.
Na última sexta-feira, o presidente da Câmara, Mauro Araújo (PSDB), questionou a demora de Gondim para a reativação da frente de deputados. Araújo sugeriu uma ação mais efetiva do deputado na Assembleia Legislativa após Gondim ter cobrado uma posição mais clara da Câmara contra o projeto da Queiroz Galvão.

O deputado disse que, teoricamente, a frente parlamentar contra a instalação do aterro já foi reativada: "Uma frente parlamentar, para ser efetivada, deve ter ao menos 23 deputados inscritos. Em relação à primeira fase dos trabalhos (entre 2006 e 2008), dois deputados foram eleitos prefeitos, mas vamos convidar os deputados André do Prado (PR) e Heroílma Tavares (PTB) para fazer parte e com o apoio deles teremos 24 deputados", ressaltou.
Os deputados vão alertar a sociedade civil e o governo do Estado sobre a inviabilidade de se instalar um aterro sanitário em uma área que tem grande potencial para a implantação de indústrias.

Outros grupos também estão trabalhando para barrar o Lixão. No sábado, entidades da sociedade civil, liderados por Mario Berti, fizeram uma manifestação no largo do Rosário para denunciar vereadores que estariam favoráveis ao empreendimento.

Fonte:Mogi News

Chuva de granizo Gelo permanece intacto 27 horas depois do incidente

Chuva de granizo
Gelo permanece intacto 27 horas depois do incidente
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Adriano Vaccari

Desespero. Este é o sentimento da operadora de telemarketing Luciana Sartori do Carmo, de 31 anos, que teve a casa invadida pelo granizo na tarde de domingo. O gelo quebrou a porta dos fundos da casa, que fica no Jardim Aeroporto, e, em questão de minutos, todos os cômodos foram invadidos. Até as 18 horas de segunda-feira, 27 horas depois da chuva, havia ainda cerca de 80 centímetros de gelo dentro da casa. "Eu estou desesperada, porque já liguei para a Defesa Civil de Mogi e eles me falaram para jogar sal no gelo para derreter. Mas, com a quantidade de granizo que tem aqui, eu precisaria de quilos e mais quilos de sal. Com a pá, não dá para tirar, porque todos os cômodos estão cheios. Eu preciso de apoio, senão, vou levar semanas até voltar para casa", destacou.

Na hora da chuva, Luciana não teve muito o que fazer, a não ser tentar salvar a própria vida e a da filha. "Eu só subi em um criado mudo e fiquei esperando parar". Por sorte, ninguém se feriu. Ela e a filha foram abrigadas em casa de amigos.
Outras casas do Jardim Aeroporto III estão na mesma situação: repletas de gelo. "Não tinha como ninguém prever que iria chover granizo deste jeito? Com tanta tecnologia e bons equipamentos, a Defesa Civil não sabia que isso aconteceria para avisar a população?", disse Ana Clara Medeiros Gusmão, de 51 anos. Segundo os moradores, no domingo, as equipes da Defesa Civil estiveram no bairro para orientar os moradores.

Fonte:Mogi News

Chuva de granizo Treze pessoas ficam feridas tentando consertar telhados

Matéria publicada em 12/04/11
Chuva de granizo
Treze pessoas ficam feridas tentando consertar telhados
Willian Almeida
Da Reportagem Local
Guilherme Berti
O Corpo de Bombeiros de Mogi das Cruzes atendeu 13 solicitações de socorro entre 13h50 e 20h de domingo por causa da chuva. Todos eles caíram enquanto tentavam arrumar o telhado de suas residências, que foram destruídos pelo granizo, e ficaram feridos.

Segundo o comandante dos bombeiros, Silvio Tito Camilo, as vítimas sofreram ferimentos leves e foram encaminhadas ao Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo e à Santa Casa de Mogi das Cruzes. Nenhum acidente de trânsito foi registrado nesse período. Houve ainda uma queda de árvore em Brás Cubas.

Do total de vítimas, três são do Conjunto do Bosque. Nos bairros Vila Cintra, Jardim Universo, Jardim Aeroporto III e Vila Municipal, foram atendidos dois homens em cada um. Na Vila Celeste, uma pessoa também ficou ferida.

Segundo o comandante, todos os feridos tentavam consertar os danos nos telhados na hora da queda. "Também teve uma queda de árvore sobre a fiação elétrica e só não tivemos mais porque o vento não foi tão forte", contou Camilo.

"A orientação é para que todo o trabalho em altura seja feito com escadas apropriadas. Além disso, a pessoa tem de estar sempre presa, ancorada, em um local seguro ou na própria escada. É imprescindível que ela fique amarrada em algum local e, se possível, usar capacete para evitar lesões mais graves", alertou.

Fonte:Mogi News