segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Congresso Nacional: Senado oficializa defesa para reeleição

 Na primeira manifestação oficial sobre o assunto, o Senado defendeu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de os presidentes das duas casas do Congresso se reelegerem

Foto: Antonio Augusto/Câmara dos Deputados

Constituição veda a reeleição na mesma legislatura

Na primeira manifestação oficial sobre o assunto, o Senado defendeu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de os presidentes das duas casas do Congresso se reelegerem. O documento escancara a intenção do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) de continuar no comando do Legislativo por mais um mandato. A articulação também conta com a participação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A Constituição veda essa possibilidade na mesma legislatura, mas o Senado recorre a dois pareceres diferentes - da Mesa Diretora e da Advocacia da Casa - para sustentar a tese de que a regra pode ser flexibilizada.

Em um dos documentos, o Senado cita que a proibição de um parlamentar se reeleger do Legislativo teve como origem um ato da ditadura militar. O argumento é de que a norma foi incorporada à Constituição de 1988 na esteira do artigo que também proibiu a reeleição de presidente da República, mas que este já foi derrubado.

A manifestação cita ainda que a emenda à Constituição que autorizou a reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso, aprovada em 1997, só não foi estendida aos cargos de chefe do Legislativo por uma questão política. "A análise histórica dos precedentes mostra que eles foram construídos, aparentemente, para resolver situações imediatamente contemporâneas àqueles momentos da política nacional", diz o parecer assinado pelo secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira. (E.C.)

Fonte:Mogi News

Presencial: Retorno das aulas é tema de reunião

 Representantes de escolas particulares se reuniram ontem com o Comitê da Retomada Gradativa, Diretoria Regional de Ensino e com a Secretaria Municipal de Educação para tratar sobre o possível, mas ainda não confirmado, retorno das aulas presenciais neste ano

Foto:

Representantes de escolas particulares se reuniram ontem com o Comitê da Retomada Gradativa, Diretoria Regional de Ensino e com a Secretaria Municipal de Educação para tratar sobre o possível, mas ainda não confirmado, retorno das aulas presenciais neste ano.

Com o avanço para a fase amarela do Plano São Paulo, no último dia 13, praticamente todos os setores da atividade econômica e comercial tiveram liberação para retorno, com exceção das escolas, que continuam fechadas desde março. No encontro de ontem, o comitê mogiano traçou três primordiais quesitos a serem cumpridos para que a volta das aulas presenciais ocorra em 7 de outubro, como prevê o governo do Estado. 

Será necessário que cada escola, no âmbito privado ou estadual, contate sua comunidade escolar para colher a opinião dos integrantes do sistema sobre o retorno das aulas. Após o posicionamento oficial da comunidade, as escolas precisarão entregar os resultados à Diretoria Regional. Além disso, ainda em setembro, serão finalizados os protocolos de segurança sanitária, para que, posteriormente, um terceiro item seja concluído: o treinamento do pessoal envolvido no funcionamento da rede escolar.

"Existe um plano estadual que contempla a possibilidade de retomada das aulas presenciais em 7 de outubro, mas ainda não é uma data certa", reforçou o presidente do comitê mogiano e vice-prefeito, Juliano Abe (MDB). Segundo o representante do grupo de trabalho da Prefeitura, caso as metas não sejam atingidas, o retorno em 7 de outubro está descartado. "Além destes itens, precisamos manter os indicadores referentes à pandemia estáveis. Isso é tão primordial quanto a execução deste planejamento", completou.

Inadimplência

As escolas particulares do Alto Tietê sentiram considerável aumento na inadimplência no pagamento das mensalidades durante o período de pandemia do novo coronavírus. As instituições de ensino ouvidas pela reportagem, em maio, já afirmavam estar tratando individualmente a negociação das mensalidades. (F.A.)

Fonte:Mogi News

Rodovia Mogi-Dutra: Líder de movimento contra pedágio apoia posição de Melo

Em repercussão à reportagem publicada pelo Grupo Mogi News, ontem, um dos líderes do movimento contrário ao pedágio em Mogi das Cruzes, o professor Paulo Bocuzzi, afirmou que a fala "mais incisiva" do prefeito Marcus Melo (PSDB) descartando a instalação do pedágio na rodovia Mogi-Dutra (SP-88) no município é "válida" e "animadora"

Foto: Mariana Acioli

Instalação de praça de pedágio na Mogi-Dutra virou assunto polêmico para o Estado

Em repercussão à reportagem publicada pelo Grupo Mogi News, ontem, um dos líderes do movimento contrário ao pedágio em Mogi das Cruzes, o professor Paulo Bocuzzi, afirmou que a fala "mais incisiva" do prefeito Marcus Melo (PSDB) descartando a instalação do pedágio na rodovia Mogi-Dutra (SP-88) no município é "válida" e "animadora".

"Eu me sinto muito satisfeito com a confiança do nosso principal governante contra o pedágio. Muito positivo, algo que não víamos antes", disse o organizador do movimento que, desde outubro passado, vem manifestando sua insatisfação em relação a proposta da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). "Sobretudo no início, quando o projeto foi apresentado, ele (prefeito Melo) não demonstrou exatamente sua opinião sobre o assunto. Eu vejo que ele aguardou a opinião pública para se posicionar. Agora mais incisiva, vejo com bons olhos", disse Bocuzzi.

O prefeito Melo disse nesta semana que o município não receberá o posto de cobrança pretendido pelo departamento estadual, por meio da concessão de rodovias. "Pedágio em Mogi passa longe. Não teremos, não vou deixar instalar um pedágio aqui", descartou o chefe do Executivo.

Embora a fala animadora do chefe do Executivo municipal represente um importante apoio ao movimento resistente à proposta do posto de cobrança, Bocuzzi se mostra preocupado com o silêncio da classe política e da própria população sobre o tema, muito em razão da pandemia do coronavírus (Covid-19). "Os estudos da Artesp estão avançando. Recebo contato das pessoas falando sobre o contador de veículos em diversos pontos da Rota do Sol. Está muito claro, que o projeto continua avançando", alertou Bocuzzi, afirmando ainda que há um movimento para que o assunto não seja amplamente discutido entre a classe política.

O representante do movimento "Pedágio Não" disse que o grupo irá se manifestar novamente, ainda neste ano, respeitando as medidas de segurança contra a Covid-19 e de forma criativa. Ainda não há data para o ato.

Com o recente posicionamento categórico do prefeito Melo, a possibilidade do pedágio se afasta, podendo o posto de cobrança ser instalado em outro ponto da rodovia, em Arujá.

A possibilidade que era ventilada logo após a oficialização do cancelamento do posto de cobrança no km 45 da Mogi-Dutra foi a alteração do projeto que resultaria na colocação do pedágio nos limites da cidade vizinha.

Concessão

A Artesp possui planos concretos para a região: duplicação da estrada do Pavan, fortalecimento da Rota do Sol, com a eliminação de semáforos; implantação de oito novos viadutos; construção de cinco acessos e retornos e a instalação de dez novas passarelas. A proposta também incluía a instalação de um pedágio no km 45 da Mogi-Dutra, já descartada, entretanto, quando questionada sobre a instalação de uma praça de pedágio em outros pontos da via, a agência paulista dá poucos detalhes e informa que a prioridade é a conclusão da duplicação da Mogi-Dutra, na ligação entre as duas cidades.

Fonte:Mogi News

REDE BÁSICA: Baixa procura por consultas na rede de saúde de Mogi ainda persiste

 30 de agosto de 20205 min. - Tempo de leitura

Larissa Rodrigues

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PERFIL Unidades de saúde da cidade voltaram a ampliar o atendimento ao público, mas mantêm cuidados como limite de público em prédios. (Foto: arquivo)

Mesmo com o frio intenso nos últimos dias, a demanda nos pronto atendimentos de Mogi das Cruzes não aumentou. Na verdade, os números vêm caindo desde o início da pandemia do novo coronavírus. De maio a julho de 2019, as unidades mogianas prestaram 138.410 atendimentos de saúde, enquanto no mesmo período deste ano, esta quantidade diminuiu quase 45%, ficando com 76.377. No Pró-Criança, a queda foi de 53%, indo de 13.044 para 6.134.

A Secretaria Municipal de Saúde destaca que a procura por atendimentos de urgência e emergências caiu significativamente e que essa queda se mantém acentuada. Especificamente no caso das crianças, o período de isolamento (sem aulas e outras atividades em grupo) está contribuindo para prevenir, além do Covid-19, doenças comuns no período de inverno.

Desta forma, além do Pró-Criança, todos os outros serviços registraram queda na demanda. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Universo foram 8.435 atendimentos a menos entre maio e julho deste ano, comparado aos mesmos meses do ano passado. Já na UBS de Jundiapeba a queda foi de 4.894 assistências, indo de 20.192 para 15.298.

O Hospital Municipal, que funciona como Centro de Referência do novo coronavírus, também apresentou uma queda significativa no pronto atendimento, que tem atendido somente os casos de Covid. Em maio, de 2019 foram prestados 8.719 assistências, enquanto no mesmo mês deste ano o número caiu para 2.346. No comparativo entre junho dos dois anos a quantidade foi de 8.158 para 3.710, enquanto em julho foi de 5.511 para 4.632. No total, foram 11.700 atendimentos a menos.

Já na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Oropó, a diminuição durante os três meses foi de 49%. Em 2019, foram 27.614 atendimentos, enquanto desta vez foram 14.075. Na UPA do Rodeio a queda foi um pouco maior, de 51%, indo de 32.326 no mesmo período do ano passado, para 15.771 agora.

Consultas

Demanda em Pronto Atendimento – Mai a Jul

Unidade 2019 2020

Hospital Municipal 22.388 10.688

Pró-Criança 13.044 6.134

UBS Jardim Universo 22.846 14.411

UBS Jundiapeba 20.192 15.298

UPA Oropó 27.614 14.075

UPA Rodeio 32.326 15.771

Total 138.410 76.377

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde

Ao final de março, a Prefeitura suspendeu o agendamento de consultas pelo número 160, do Sistema Integrado de Saúde (SIS). O serviço foi retomado no dia 20 de julho e, antes disso, a Secretaria de Saúde atendeu todos aqueles que já tinham seus horários marcados mas que precisaram ser suspensos em decorrência da pandemia. Desde a retomada, mais de 6 mil agendamentos já foram realizados. A Clínica Médica e a Ginecologia têm sido as especialidades mais procuradas.

A fim de evitar aglomerações e manter o distanciamento social, as consultas têm sindo marcadas em horários mais espaçados. Além disso, os agendamentos dependem também da disponibilidade de vagas e outras especificidades. Odontologia, por exemplo, mantém apenas atendimentos de urgência e emergência.

Os pacientes que precisam passar por clínico geral, pediatra ou ginecologia, especialidades ofertadas na Rede Básica, devem entrar em contato para o agendamento das novas consultas seguindo o mesmo calendário semanal adotado antes da suspensão dos serviços: às segundas-feiras acontece o agendamento para ginecologia; às terças-feiras para clínica geral; e às quartas-feiras pediatria. Nas quintas-feiras e sextas-feiras são agendadas vagas remanescentes ou desistências.

As unidades de saúde seguem ainda todos cuidados de segurança necessários, respeitando limites de público, uso de máscaras e um planejamento especial para tentar garantir a segurança dos pacientes e profissionais, uma vez que as unidades ainda atendem eventuais demandas espontâneas suspeitas de Covid-19. Também foram alteradas as rotinas dos profissionais em suas respectivas unidades de trabalho.

Cidade registra 12 casos de meningite até agosto

Há tempos que a meningite deixou de ser uma doença típica de inverno, mantendo casos registrados em todos os períodos. Porém, é importante ficar atento que alguns dos sintomas se assemelham aos sintomas de doenças de frio, como a gripe. Em Mogi das Cruzes este ano, foram registrados 12 casos de meningite até agora, sendo nove bacterianas, duas meningocócicas e uma por pneumococos.

Na meningite bacteriana, os sintomas incluem início súbito de febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço. Muitas vezes há outros sinais, como mal estar, náusea, vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz) e status mental alterado (confusão).

Já na meningocócica, além dos sintomas descritos acima, podem aparecer outros como fadiga, mãos e pés frios, calafrios, dores severas ou dores nos músculos, articulações, peito ou abdômen (barriga), respiração rápida, diarreia e manchas vermelhas pelo corpo. Enquanto na meningite viral os sinais também são semelhantes e podem incluir ainda irritabilidade, sonolência ou dificuldade para acordar do sono e letargia (falta de energia).

Geralmente, a transmissão na meningite bacteriana, é de pessoa a pessoa, por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções das vias aéreas superiores (do nariz e da garganta). Já na meningite viral a transmissão é fecal-oral. Devido à gravidade do quadro clínico, os casos suspeitos de meningite sempre são internados nos hospitais, por isso, ao se suspeitar de um caso, é urgente a procura por um pronto-socorro hospitalar para avaliação médica.

Fonte:O Diário de Mogi

ANÁLISE: Em avaliação sobre Mogi, prefeito Marcus Melo elege a infraestrutura e o emprego como desafios

 30 de agosto de 20209 min. - Tempo de leitura

Carla Olivo

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DUAS FACES Apesar de destacar a qualidade de vida e o potencial de desenvolvimento ofertada por Mogi das Cruzes, o prefeito Marcus Melo admite as dificuldades encontradas para atender os bairros que nasceram sem pavimentação e saneamento básico, apontados por ele, como um dos desafios da administração pública. (Foto: arquivo)

A retomada da geração de empregos e das atividades ainda paralisadas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), além da ampliação de investimentos em saneamento, pavimentação, saúde, educação e segurança, e a construção de espaços públicos para atividades esportivas e de lazer, são os principais desafios de Mogi das Cruzes, que na próxima terça-feira completa 460 anos de emancipação político-administrativa. A avaliação é do prefeito e pré-candidato à reeleição Marcus Melo (PSDB) em entrevista a O Diário, a quatro meses do término do seu atual mandato.

No balanço das conquistas e principais demandas da cidade de 450 mil habitantes, o tucano aponta a falta de recursos agravada nos últimos seis meses pelos impactos da atual crise, que levou à redução de diversas despesas e revisão de contratos, impedindo a realização de projetos, a exemplo da continuidade dos trabalhos de revitalização da região central, mas enfatiza que o município conseguiu priorizar as obras já em andamento, mesmo que com alteração no cronograma de entrega, e garantir a manutenção de serviços em várias áreas. Confira a entrevista:

Conquistas dos 460 anos

A cidade tem que comemorar tudo o que tem e o que já fez nestes 460 anos. Mogi das Cruzes é um município muito bom para morar e viver, tem uma boa qualidade de vida e o melhor daqui, como sempre digo, é o povo mogiano. Temos que comemorar, por mais que neste ano não possamos ter festas, desfile cívico e eventos. Precisamos ser muito gratos pela cidade. Mogi tem sua característica própria e nos últimos anos, a Prefeitura, no que cabe a ela em seus compromissos, não só no período em que eu estou prefeito, porque temos que ser gratos aos prefeitos que um dia estiveram aqui, tem conseguido que a cidade esteja sempre em uma condição diferenciada quando se faz uma avaliação em comparação com outros municípios do Brasil e até de outros locais do mundo. Enfim, temos que comemorar tudo o que Mogi nos oferece, uma boa saúde e educação, as características que ela possui, a preservação ambiental e toda a história destes 460 anos.

História x modernização

Precisamos nos lembrar da nossa história, de que chegamos aqui antes do descobrimento dos bandeirantes e que Mogi é uma das cidades que deu origem a vários municípios. São José dos Campos pertencia a Mogi, assim como Biritiba Mirim, Salesópolis, Jacareí e Suzano. Lembrar desta história e da amizade com estas cidades é muito importante para sabermos onde estamos. Esta questão de preservar a história e a questão ambiental deve sempre ser lembrada porque precisamos deixar para as próximas gerações uma cidade melhor do que aquela que nós encontramos.

Desafios

É preciso manter tudo funcionando e atender as necessidades das pessoas, porque cada uma tem suas particularidades. O maior desafio sempre é manter a cidade funcionando com segurança, respeitando a questão ambiental, com um progresso organizado, e conseguir controlar tudo isso. O papel do poder público é manter a ordem dentro do convívio da sociedade das pessoas. Aliás, este é um desafio muito grande, não de hoje, mas da própria história da humanidade, manter a ordem e o convívio entre as pessoas para que possamos evoluir, porque o ser humano não é fácil.

A cidade do futuro

A Mogi das Cruzes do futuro vai ser uma cidade onde a gente possa crescer pessoalmente e proporcionar dias felizes. O grande desafio da vida é ter dias felizes, com tranquilidade e segurança, onde as coisas funcionem bem. Nos últimos 20 a 30 anos, estamos vivendo uma transformação da informação e de relacionamento, e a sociedade mudou muito. Precisamos construir uma sociedade através do respeito e do diálogo, respeitando as diferenças para que possamos chegar a um denominador comum, onde todos possam demonstrar seus interesses e desejos. A cidade tem que ser um local de paz, alegria e harmonia.

O que não faria?

Fizemos tanta coisa que é difícil falar em deixar de fazer algo. A gente aprende com tudo o que faz ou deixa de fazer. Tudo é aprendizado, quando faz e quando não se faz, porque aprendemos também errando. Um dos erros que cometi foi a questão do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que não teria feito, mas foi um aprendizado. Confesso que gostaria de ter feito mais pela cidade e temos vários projetos e ideias que não conseguimos tirar do papel por causa do momento econômico que estamos vivendo. Queria fazer mais em todas as áreas, investir mais em saúde, educação, segurança, infraestrutura, para proporcionar mais qualidade de vida às pessoas em geral, na cidade inteira.

Cortes de despesas

Tivemos uma diminuição dentro daquilo que é possível, suspendemos as aquisições de compras e tudo aquilo que pode ser postergado. Naturalmente, tivemos que reduzir despesas em todas as áreas, o que foi feito por todos os colaboradores, e reavaliamos contratos. Mas, por outro lado, também tivemos a preocupação de manter tudo funcionando. Nas escolas, por exemplo, houve a diminuição do funcionamento, mas com a manutenção dos empregos, inclusive das organizações sociais. Não tivemos despesas em eventos na cultura, lazer e turismo, por conta da própria pandemia e, consequentemente, houve uma redução natural de despesas nestas áreas. Outra preocupação foi manter as obras que já tinham sido iniciadas, porque quando há paralisação, a retomada dos trabalhos se torna muito mais cara, então, apertamos o cinto e estamos dando continuidade a estas obras, com readequação do cronograma. Se havia a previsão de terminar um trabalho em um determinado mês, estamos postergando isso para que possamos cumprir com estas entregas.

Deficiência

Falta recurso de uma maneira geral para podermos fazer tudo o que as pessoas precisam. Mogi ainda hoje tem bairros sem pavimentação, mas são locais em que isso não existe desde a criação. Temos locais que precisam de investimentos em saneamento básico e existe uma necessidade grande de ofertar mais espaços públicos destinados ao lazer e às atividades esportivas, principalmente aos finais de semana, a fim de melhorar ainda mais a qualidade de vida das pessoas. Mas tudo isso não foi implementado por conta da falta de recursos de uma maneira geral.

Final de mandato

O centro das atenções é manter tudo funcionamento no meio de toda esta crise causada pela pandemia. Precisamos todos nos unir para a retomada dos empregos e das atividades que ainda estão paralisadas. A Prefeitura depende que as coisas funcionem corretamente para que as pessoas possam retomar o dia a dia e os empresários consigam empreender. Não tenho a preocupação de entregar ou não obras. Quero que as coisas funcionem, que as pessoas consigam tocar suas vidas e todos possamos chegar ao final de 2020 com saúde e vivos. O desafio agora é a retomada para os próximos anos, mas sou muito otimista e entendo que o ser humano, o brasileiro e o mogiano têm uma grande capacidade de retomada, de querer trabalhar, empreender e retornar à normalidade.

Mogi +Ecotietê

Este é um projeto que foi discutido por mais de um ano entre os técnicos da Prefeitura, representantes da Associação de Engenheiros e Arquitetos e a sociedade em geral. A cidade se desenvolve muito e este grupo de trabalho identificou que esta região leste, de César de Souza, precisa de mais investimentos para poder acompanhar o crescimento do município nos próximos 50 anos. Temos alguns gargalos, principalmente nas áreas de mobilidade e saneamento. O rio Tietê, por exemplo, que ajudou a cidade a começar a crescer no passado, começa a ser poluído naquela região. E, simplesmente, quando ele foi poluído, a cidade virou as costas. Queremos, em um futuro próximo, devolver e inserir o rio na cidade, como já é feito em outros países do mundo todo. Mogi tem uma legislação ambiental bastante rígida, mas precisamos salvar o Tietê. Este é um projeto ambiental, de mobilidade e de criação de parques e áreas de lazer. Durante a análise realizada pela Prefeitura, ouvindo a população, as pessoas nos pediram mais áreas de lazer e cultura e, quando se pede isso em primeiro lugar, é porque se entende que a saúde e a educação estão bem. Há um lado muito positivo nisso. Queremos tornar Mogi uma cidade que tenha atendimento em todas as áreas. A saúde é muito bem avaliada pela população, mas não é obra pronta e sempre pode ser melhorada. A educação em Mogi recebe investimentos há muitos anos e temos um ensino de excelência, mas manter tudo isso em ordem na cidade é desafiador, principalmente diante das atuais dificuldades que todos nós estamos enfrentando.

Revitalização do centro

Temos conversado bastante com a Associação Comercial de Mogi das Cruzes sobre o projeto de revitalização da região central e, atualmente, estamos realizando a troca de toda a iluminação antiga por lâmpadas de LED. Desenvolvemos projetos internos para dar continuidade à esta revitalização no centro, mas não conseguimos recursos para isso. Na hora em que houver capacidade, devemos retomá-los.

Disputa eleitoral

Sou pré-candidato à reeleição, agora estamos no período da pré-campanha, começando a conversar com os pré-candidatos e a preparar as convenções, que o meu partido, o PSDB, realizará no próximo dia 5 de setembro.

Coligações partidárias

Estou conversado com vários partidos que já me apoiaram há quatro anos, quando me elegi prefeito, e que estão conosco no mesmo projeto. Mas prefiro aguardar as convenções para tornar oficial este número de coligações e dizer quais são os partidos que estão nos apoiando.

Apoio BertaiolliEstamos conversando com todos os partidos e tenho falado também com o deputado federal Marco Bertaiolli, que foi o meu apoiador nas últimas eleições, trabalhamos juntos e espero contar com o apoio dele por conta da preocupação que ele tem com a cidade e pelo projeto que tenho, que é de continuidade da administração dele. Estive presente em tudo o que ele implementou e meu compromisso é que possamos sempre melhorar. Então, estamos conversando e espero contar com o apoio dele também nas eleições deste ano.

Fonte:O Diário de Mogi

ATUALIZADO: Pioneiro do ensino superior em Mogi, Mauricio Chermann morre aos 93 anos de Covid-19

8 horas atrás2 min. - Tempo de leitura

Silvia Chimello

PERDA Mauricio Chermann

estava internado com Covid-19. (Foto: arquivo)

A morte de um dos fundadores e ex-reitor do Centro Universitário Braz Cubas, Mauricio Chermann, teve muita repercussão na cidade. Entidades ligadas ao setor de educação, lideranças, amigos e muitos admiradores do professor lamentaram a perda e destacaram a participação dele no desenvolvimento tecnológico e inovação no processo de introdução da educação a distância (EAD) nas universidades.

O educador, de 93 anos, que dedicou sua vida ao ensino, faleceu no último domingo (30), vítima de Covid-19, após 21 dias internado no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. A filha, Eliane, disse que o pai deixa um grande legado para o ensino a distância, “um dos métodos de ensino que hoje tem sido fundamental por causa da pandemia”, destaca. Ele deixa outros dois filhos: Davi e Débora, e também netos e bisnetos.

A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), além de destacar o entusiasmo para introdução do sistema EAD no ensino superior brasileiro, enumera outras contribuições do professor Chermann para a educação, como a implantação do Núcleo de Arqueologia e do Centro de Computação Gráfica da Braz Cubas, a informatização de museus em Salvador e a atuação na Comissão Mista do Crédito Educativo junto ao Ministério da Educação (MEC), na Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) e no Conselho dos Reitores das Universidades Brasileiras (Crub).

O prefeito Marcus Melo (PSDB) afirma que a história do professor Mauricio está diretamente ligada à educação mogiana. “Ele foi o pioneiro na instalação de um curso superior em Mogi, como conta uma reportagem publicada há algum tempo pelo jornal O Diário. Hoje, nossa cidade desponta como um dos polos universitários mais importantes do País, mas tudo começou pelas mãos de Mauricio Chermann há quase 60 anos. É uma perda dolorosa para Mogi, uma mente brilhante que dedicou sua vida à educação”, comentou.

“Ele era um homem à frente do seu tempo, um visionário”, enfatiza a pesquisadora Luci Bonini, que acompanhou todo o processo para implantação do sistema EAD na Braz Cubas. “Sempre visitava outros países para trazer novas tecnologias. O nome dele está gravado na memória histórica sobre a mudança de políticas educacionais do ensino superior no nosso país”, enfatizou.

Veja mais detalhes da história de Chermann, na Entrevista de Domingo, que ele concedeu a O Diário em 2017.

Fonte:O Diário de Mogi