segunda-feira, 16 de abril de 2012

A MISSÃO DE contribuir com a SAÚDE


Desde os 15 anos, Marcello Delascio Cusatis sabia exatamente em que área trabalharia e vem desempenhando seu papel com grande paixão
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Mayara de Paula

Atuar na área da saúde sempre foi o sonho de Marcello Delascio Cusatis. Aos 14 anos, durante o curso técnico do ensino médio, em uma escola particular da cidade, ele descobriu o gosto pelo corpo humano e as doenças que podem ser contraídas. Decidiu que, para o resto da vida, teria a missão de "salvar vidas", fosse investigando a forma como as doenças surgem ou combatendo-as com ações preventivas ou tratamento. 
Com pouco mais de 20 anos se alistou, e passou, em um dos processos seletivos de gestão hospitalar mais concorridos do País: o Programa de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas. Ao fim do curso, atuou em hospital na capital. A convite de médicos, Téo, como é chamado por amigos e profissionais da área, voltou a Mogi, para gerenciar o Hospital Santana, e, mais tarde, assumir como adjunto a Secretaria Municipal de Saúde.


Além de colocar em prática o sonho da adolescência, cabe a ele, membro do Conselho Nacional de Gestão de Saúde da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH), resolver situações de crises na rede pública e por em prática a "universalização" e modernização da saúde municipal.


Mogi News: Por que Biomedicina e não ser comerciante como seu pai?
Marcello Delascio Cusatis: É difícil explicar, mas desde muito jovem sempre gostei da área de biomédicas e de exames. Acho que tudo começou ainda no colegial (ensino médio). No São Marcos, onde eu estudava, tinha um curso de Patologia e comecei aprender mais sobre a técnica. Tinha uns 15 anos e me apaixonei de imediato, sem sequer cogitar trabalhar em outra área. Como falei antes, é difícil de explicar a origem, mas a questão de investigar as doenças em laboratório e por meio de realização de exames sempre me atraiu e, depois, ao aprender um pouco mais sobre a profissão, percebi que nada me tornaria mais realizado profissionalmente. Aliás, estava tão certo da carreira que iria que até planejei montar um negócio próprio. Ter um laboratório para pesquisas sobre a hepatite.


MN: O que fez desistir dos planos de ter um laboratório e para atuar em gestão hospitalar? 
Cusatis: Na verdade, eu não desisti, só aprimorei os conhecimentos e ampliei os projetos (risos). Quando cheguei ao quarto ano de faculdade, cheguei a um impasse: ou prestava vestibular para Medicina e me tornava médico de formação ou fazia um curso de pós-graduação e seguia para o setor de administração. Fiquei com a segunda opção porque entendi, na época, que seria um complemento profissional para o projeto de laboratório. 


Mogi News: O curso era o que você esperava?
Cusatis: Não, foi melhor. Consegui participar do Proahsa (Programa de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde), um programa do pós-graduação do Hospital das Clínicas em parceria com a Fundação Getulio Vargas, que é muito disputado e referência para quem quer atuar na área de administração hospitalar. Foram dois anos dentro do Hospital das Clínicas, na área de diretoria, e descobri que saúde não tem preço, tem custo. E é preciso saber administrar esse custo oferecendo um serviço de qualidade. 


MN: O que fez voltar para Mogi? A saudade da terra natal falou mais alto?
Cusatis: Alguns amigos, entre eles o Austelino (Mattos), tinham acabado de assumir a diretoria do Hospital Santana e me convidaram para entrar na administração porque eles queriam "dar gás" a novos projetos. A ideia era estabelecer metas e planejar ações para instalar novos serviços de saúde, e, aos poucos, diminuir a dependência do convênio. E, para mim, fazer parte dessa reestruturação do Hospital Santana era um grande desafio profissional. 


MN: E o resultado foi satisfatório?
Cusatis: Melhor, impossível. Afinal, nos primeiros cinco anos de diretoria (de 2004 a 2009), o faturamento quadruplicou. O Santana passou a realizar 15 mil atendimentos e 400 cirurgias por mês, inclusive cirurgia cardíaca, além de serviços de alta complexidade, como hemodinâmica, tomografia, enfim, tudo de altíssimo nível. O hospital passou a ter também a melhor avaliação de atendimento ao paciente segundo a Associação Paulista de Medicina, por conta do sistema de Ouvidoria ativa. Isso, sem contar no aumento de leitos no pronto-socorro e ampliação da maternidade com a realização de 140 partos por mês, se tornando uma das maiores maternidades particulares da região. É um trabalho que dá muito orgulho. 


MN: Como vê a saúde pública de Mogi?
Cusatis: A saúde pública de Mogi deve ser orgulho para todos nós. Está acontecendo uma verdadeira revolução em todos os níveis de atendimentos (rede básica, exames, especialidades e cirurgia). O Única, implantado em Jundiapeba, o tomógrafo no Posto da Vila Suíssa, a ampliação do PSF, a AACD e o hospital de Brás Cubas, enfim, são recursos que vieram somar no atendimento. Hoje, é possível afirmar que conseguimos atender várias necessidades com uma velocidade maior que muitos planos privados. Iremos passar por uma forte sedimentação de atendimentos por meio do SIS (Sistema Integrado de Saúde) que resultará na verdade melhora de atendimento e humanização.


MN: Mas nos últimos três anos, houve momentos difíceis e que você teve de administrar, como a superlotação da UTI Neonatal da Santa Casa, que voltou ocorrer nas últimas semanas... 
Cusatis: É verdade, tivemos e, infelizmente, teremos situações adversas para enfrentar. A superlotação da UTI Neonatal da Santa Casa, com o fechamento da maternidade, há cerca de dois anos, necessitou de uma atenção e ajuda maior da administração municipal. Contudo, acredito que no trabalho conjunto houve uma grande evolução. Agora, a superlotação volta a preocupar, mas em uma situação diferente, já que são gestantes de outras cidades que procuram a Santa Casa. Desta vez, há uma necessidade maior de ação do Estado, embora, a Secretaria Municipal de Saúde também esteja disposta a colaborar, nos casos das mães de Mogi. 


MN: Não pensa em concorrer a um cargo público? Afinal é vice-presidente do diretório municipal do PMDB...


Cusatis: Nas eleições de 2000, me filiei ao PMDB a convite do Padre Melo (Manoel Bezerra de Melo, ex-prefeito) e ajudei a fundar o PMDB Jovem. Na sequência, me candidatei a vereador por insistência de dois amigos, o Ado (José Eduardo Cavalcante Teixeira), então vereador do partido, e do Chico Bezerra (Moacir Francisco Bezerra, médico e atual vereador). Consegui pouco mais de 360 votos na época, sem fazer campanha, o que foi positivo. Contudo, gosto mais de atuar nos bastidores, além de ter um compromisso com o prefeito Bertaiolli até o fim do ano. Quem sabe mais para frente...


Fonte:Mogi News

Saúde leva diversos serviços ao Parque Centenário


Publicado por Marco A. Mendes


Para celebrar a Semana da Saúde nos Parques e Praças, promovida anualmente em comemoração ao Dia Mundial da Saúde (7 de abril), uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde estará neste sábado (14/04/2012), das 9h00 às 16h00, no Parque Centenário, em Cezar de Souza. O objetivo é facilitar o acesso da população aos serviços de saúde e ampliar as dicas de prevenção às doenças e melhoria da qualidade de vida.

Serão oferecidos testes de glicemia, aferição de pressão arterial, coleta de material para exame de Papanicolau e o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Itinerante, com orientação e serviços de prevenção à Aids e doenças sexualmente transmissíveis. “O evento é mais uma oportunidade para que as pessoas tenham acesso a serviços básicos, mas de extrema importância para a prevenção ou o diagnóstico precoce de doenças“, informa o secretário municipal de Saúde, Paulo Villas Bôas de Carvalho.

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes