quinta-feira, 25 de outubro de 2018

PROPOSTA: João Doria e Márcio França falam sobre a ponte do Rio Abaixo

17 horas atrás7 min. - Tempo de leitura
Eliane José

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Antiga ponte de madeira, em péssimo estado e bastante utilizada por veículos na Volta Fria, eleva riscos de acidentes. (Foto: Edson Martins)
A mais antiga pendência do Governo do Estado com Mogi das Cruzes é a construção de uma nova ponte no Rio Abaixo, no bairro da Volta Fria. O projeto começou a ser executado no final da década de 1970, parou depois de a construtora responsável abandonar o canteiro de obras, e nunca mais foi retomado.

É insegura a passagem pelo caminho estreito, de madeira, e com constantes problemas de conservação.

O trajeto já foi bem pior, em governos passados e recentes, mas ela ainda está longe de voltar a receber o tráfego pesado porque são visíveis os problemas estruturais.

As tábuas soltas e desgastadas, as defensas frágeis e a precariedade das condições de circulação dos pedestres levaram a Prefeitura a proibir a passagem de ônibus e caminhões pesados ou sem carga.

A norma, no entanto, costuma ser desrespeitada, para temor de trabalhadores e estudantes que vivem do lado de cá da ponte, mas vão rotineiramente para o Distrito de Jundiapeba, onde estudam, buscam a atenção de saúde e o transporte ferroviário.

O perigo maior, na avaliação dos moradores, é no período da noite, quando a escuridão torna a passagem por ali um verdadeiro teste de acuidade visual e de habilidade.

A região do Rio Abaixo é desconhecida por muitos moradores porque atende praticamente aos residentes e a quem trabalha nos negócios instalados pelas redondezas. Apesar disso, ela serve mais de cerca de três mil moradores do entorno.

No passado, o lugarejo ficou muito conhecido por abrigar o antigo Lixão da Volta Fria, e portos de extração de areia. Atualmente, é endereço da estação de transbordo do lixo domiciliar de Mogi das Cruzes. Os detritos são separados nesse setor para posteriormente serem encaminhados para Jambeiro, destino final dos resíduos da coleta municipal.

Há alguns outros negócios como uma empresa de reaproveitamento de entulhos da construção civil. Apesar de ter características rurais, por conta de sítios e chácaras, a região é urbana. Os moradores pagam o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o que reforça a antiga luta daquela comunidade.

Uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) sugerida pelo vereador Iduigues Ferreira Martins (PT) fez um amplo levantamento sobre a insegurança e a longa história de abandono da ponte.

Como as bordas são frágeis, e o leito do acesso é para apenas um veículo, carros e carroças já foram parar dentro do Rio Tietê.

Os pedestres passam pelo lugar somente após a circulação de veículos. E a manutenção de estruturas e da sinalização que informa a proibição da circulação de caminhões pouca diferença faz para os condutores que desrespeitam a determinação.

Ferreira Martins afirma que trabalhadores e muitos estudantes são obrigados a chegar a Jundiapeba a pé, porque os ônibus não atravessam a ponte. É um trajeto de três a quatro quilômetros.

Para o vereador, a obrigação de construir a nova ponte é do Governo do Estado, que paralisou a obra e nunca mais assumiu a responsabilidade. Mas ele sugere, no entanto, a realização de uma revitalização de peso, que dê as condições adequadas para a passagem dos veículos e dos muitos pedestres prejudicados pela insegurança do acesso.

Se não souber que pertence a Mogi das Cruzes, quem passa pelo lugar tem a impressão de que está em um município de menor porte e vitalidade financeira. O orçamento do Município deste ano foi de R$ 1,2 bilhão.

“Eu costumo dizer que a Volta Fria é um bairro do esquecimento, de problemas esquecidos. Temos a ponte de madeira e também outras pendências, como a descontaminação do terreno onde funcionou o Lixão, e da outra área contaminada após o vazamento de combustível (da rede da Transpetro)”.

A demora no atendimento a esse pedido popular, para o vereador, é uma questão política. “A ponte do Rio Abaixo não é uma prioridade do governo, e possui três mil moradores. Agora mesmo, a Prefeitura pretende trocar o asfalto da Rua Navajas, que dá mais visibilidade”.

Além da ponte, outra demanda antiga da Volta Fria, é a melhoria da estrada que interliga o bairro. Em várias oportunidades, o Governo do Estado chegou perto de assumir a obra de asfaltamento, em programas de atendimento às estradas vicinais. Promessas foram feitas por diferentes governadores tucanos. Até hoje, nada. Buracos, depressões, lama, barrou ou poeira são as marcas da ligação viária.

Construção teve início na década de 1970
É uma longa e simbólica história, boa de ser lembrada em momentos como esse, de definição eleitoral. A construção da Ponte do Rio Abaixo ocorreu durante a administração do ex-prefeito Antônio Carlos Machado Teixeira (1983-1988), mas havia sido iniciada antes disso, no governo anterior de Waldemar Costa Filho. Era uma obra do Governo do Estado, tocada pelo Departamento de Obras Públicas (DOP).

O acesso para a Volta Fria foi aprovado no mesmo pacote de outras duas pontes, a da Avenida José Meloni, no Mogilar; e a da Avenida Cavalheiro Nami Jafet, na Vila Industrial, que foram entregues nos prazos acordados.

A última delas não teve o mesmo destino, a construtora contratada abandonou o canteiro de obras. Várias tentativas de se retomar o projeto foram feitas por diferentes prefeitos. Em vão.

Naquele período, a construção de pontes era feita pelo Governo do Estado porque as cidades não tinham autonomia para executar obras em rios. Todas as autorizações, contou o ex-prefeito Machado Teixeira, em uma de nossas muitas reportagens sobre a ponte que nunca foi concluída, eram dadas pelo Ministério da Marinha.

Bem, a obra parou e não se tem sequer a documentação dela. O DOP foi criado no governo de Orestes Quércia. Quando ele deixa o Governo doEstado, o departamento foi extinto e, com isso, todos os arquivos também se perderam.

Os serviços que estavam sendo tocados naquela época pelo Governo do Estado, com o fim do departamento, foram suspensos. E, segundo a Secretaria de Estado dos Transportes, também em uma explicação oficial dada no passado, as pontes concluídas, foram tocadas pelos pelos próprios municípios. O que não aconteceu em Mogi das Cruzes.

Mas e o dinheiro reservado para a obra? E quais foram as responsabilidades cobradas da empresa que abandonou o serviço. Sobre isso, ninguém sabe… ninguém viu.

João Doria
“Estudaremos a possibilidade de um convênio com a Prefeitura para fazer uma nova ponte do Rio Abaixo, na Volta Fria, que permita também o tráfego de ônibus. Ela será uma ligação de importantes bairros e, com o acesso à Avenida das Orquídeas, ajudará a reduzir os congestionamentos na região. São necessários novos projetos, mais modernos, para remodelação dos acessos, o que pode melhorar a fluidez no trânsito urbano, sempre em parceria com as prefeituras.

Durante as visitas à Região na campanha, tomei conhecimento das demandas relacionadas à mobilidade no Alto Tietê. Entre os projetos que temos nesta área, está melhorar os hoje precários acessos às cidades, entre elas Suzano, Poá, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba. Isso será possível com investimento da concessionária que explora a Rodovia Ayrton Senna. Vamos expandir o período de concessão e, entre as contrapartidas, estarão as obras destas alças e o monitoramento por câmeras. João Doria é candidato a governador de São Paulo pelo PSDB

Márcio França
A Secretaria de Estado de Logística e Transportes e a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos não receberam solicitação de intervenção no local, mas podem falar diretamente comigo. Se a obra é importante para o município, tem impacto direto na vida da população, é claro que vou fazer. Volto a dizer: eu não vou parar nada.

Basta olhar para a minha trajetória. São mais de 30 anos de vida pública, de vida limpa. Nunca deixei nenhum projeto pelo caminho, ninguém pra trás. Márcio França é candidato a governador pelo PSB

Fonte:O Diário de Mogi

Segurança e reforma: Praça Oswaldo Cruz receberá base da Guarda Civil Municipal

Estrutura será implantada onde antes abrigava um posto da PM; local e outras duas áreas serão revitalizadas
Foto: Felipe Claro


Praça Osvaldo Cruz, ou 'Praça do Relógio', voltará a ser melhor monitorada
A praça Oswaldo Cruz, no centro de Mogi das Cruzes, além de ser revitalizada, será contemplada com uma base da Guarda Civil Municipal (GCM). Além dessa, outras duas praças serão recuperadas - a Diego Leme Chavedar e a Sacadura Cabral. A informação foi divulgada ontem pelo secretário de Obras, Walter Zago, que destacou que o investimento para a licitação que escolherá a empresa que vai realizar os trabalhos nos três locais é de R$ 5.202.155,85, com prazo para execução de 18 meses. As obras devem começar no início de 2019. 
Ontem foi divulgado um aviso de licitação pela Prefeitura de Mogi para empresas interessadas em realizar os serviços. De acordo com o documento, os envelopes com as propostas serão recebidos na Secretaria de Gestão Pública até às 8h30 do dia 26 de novembro. Com isso, a abertura dos envelopes será feita no mesmo dia, às 9 horas. As obras fazem parte do conjunto dos túneis na região central.
Será realizado, nas três praças, um serviço completo de revitalização, com a troca de pisos, calçadas, iluminação, paisagismo e revestimentos. Outro local que também está aguardando a revitalização é a praça do Conjunto do Bosque. "Temos outra obra com o contrato finalizado que é a do Conjunto do Bosque. Ela está parada por causa do período eleitoral, pois é verba federal de R$ 278.513,22.
Segurança
Em meados de 2015, a base da Polícia Militar instalada na praça foi desativada. Desde então, não há nenhuma base de segurança no local.
Assim como a implantação de uma base da GCM, Mogi também aguarda a construção do Polo Municipal de Segurança, no distrito de Jundiapeba, e a Central de Inteligência, que será construída na avenida Engenheiro Miguel Gema, no Socorro, abrigando a sede da GCM, a Central Integrada de Emergências Públicas (Ciemp) e a Defesa Civil. Somente essas duas obras estão orçadas em 
R$ 7 milhões.

Fonte:Mogi News