domingo, 28 de maio de 2017

QUADRO DESTAQUE: Mogi registra superávit de R$ 94,2 milhões no primeiro quadrimestre

27 de maio de 2017  QUADRO DESTAQUE  

O balanço foi apresentado ontem, na Câmara, pelo secretário de Finanças, Aurílio Caiado. (Foto: Arquivo)

O sinal de alerta acendeu nas contas da Prefeitura de Mogi, ao se confirmar uma queda de 5,6% nas receitas orçamentárias, considerado o primeiro quadrimestre do ano. O balanço foi apresentado ontem, na Câmara, pelo secretário de Finanças, Aurílio Caiado. Ele focou em três aspectos básicos: as receitas municipais (impostos cobrados pela própria Prefeitura) vão bem e registraram aumento de 8,1% no IPTU e de 12% no Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis, mas as transferências do Estado e União caíram. Resultado: enquanto no primeiro quadrimestre de 2016 entraram nos cofres do Município R$ 477,7 milhões, neste ano o arrecadado foi de R$ 469,1 milhões. Uma quebra de R$ 8,6 milhões.

“De qualquer forma – disse Aurílio – a administração tem conseguido manter o equilíbrio, graças à redução de gastos implementada este ano e que gerou uma economia de R$ 94,2 milhões”.

No período, considerando a Prefeitura, Semae, Iprem e Câmara, Mogi das Cruzes arrecadou R$ 469,1 milhões e gastou, no todo, R$ 374,9 milhões. O que resulta em um superavit de R$ 94,2 milhões.

Em audiência com vereadores, à qual compareceram também o superintendente do Iprem, José Carlos de Aguiar Calderaro, e o diretor do Semae, Paulo Beone Jr., o secretário das Finanças destacou outra preocupação: a grande possibilidade de não se confirmar o orçamento previsto para a Prefeitura este ano, e elaborado em 2016, onde se estima um total de R$ 1,23 bilhão. “Se houver o que chamamos de frustração de receita, não será possível investir em tudo o que foi previsto”.

Uma das maiores quedas ocorreu nas transferências do ICMS, a principal fonte de receita indireta do Município: foi de menos 10,5% em relação ao ano passado. E a parte do Município no IPVA, referente a licenciamento de veículos, também caiu: menos 7,9%.

Fazendo questão de dizer, sempre, que a administração está alerta ao cenário, o secretário de Finanças apresentou o percentual despendido com o quadro de funcionários públicos: foi de 41,79% da receita nos primeiros quatro meses do ano. A Lei de Responsabilidade Fiscal impõe como parâmetro de alerta o percentual de 48,6%, de “prudencial” o de 51,3% e, de máximo, 54%.

Desinformados

Durante o encontro com os vereadores, o secretário Aurílio Caiado recebeu um pedido inusitado: o presidente da Câmara, Carlos Evaristo, e o vereador Pedro Komura, confessando-se com pouca informação sobre o tema, pediram-lhe um encontro para que lhes explique os trâmites da Lei de Diretrizes Orçamentárias, da Lei Orçamentária Anual e do Plano Plurianual.


“São leis distintas, complexas e pedimos ao secretário uma reunião para esclarecer os vereadores. Há vereadores novos e eles têm dificuldades em entender”, disse Komura. “Tanto o Tribunal de Contas como o Ministério Público estão cada vez mais exigentes no cumprimento desses orçamentos”.

Também o presidente da Câmara, Carlos Evaristo, se confessou sobre o tema: “Seria uma aula para nós, vereadores. Mesmo o Pedro Komura, com 30 anos de Câmara, tem dúvidas. Estou há 12 anos como vereador e também tenho”.

Fonte: O Diário de Mogi

QUADRO DESTAQUE: Livro fotográfico ilustra a história da barraca de afogado da Festa do Divino

27 de maio de 2017  QUADRO DESTAQUE  
O modo de preparo de cada alimento que faz parte do afogado e o trabalho de dezenas de voluntários são retratados na obra. (Foto: Jorge Regato)
O modo de preparo de cada alimento que faz parte do afogado e o trabalho de dezenas de voluntários são retratados na obra. (Foto: Jorge Regato)

O afogado, prato mais tradicional da Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes, ganhou destaque pelas lentes do fotógrafo Robson Regato, que lançará o livro “A Barraca do Afogado” na segunda-feira, a partir das 18h30, na Carmela Cantina. A rotina exaustiva durante os 11 dias de festa, a cozinha, o modo de preparo de cada alimento que faz parte do afogado (caldo de carne, batata e temperos) e o trabalho de dezenas de voluntários são retratados em 96 páginas do livro fotográfico, de autoria do mogiano. O evento de lançamento é aberto ao público e no local haverá venda dos livros.

Este é o segundo trabalho de Regato sobre a Festa do Divino que, em 2010, fez os livros “O Trabalho” e “A Fé”, ao lado do também fotógrafo Lailson Santos, documentando em imagens as partes religiosa e do trabalho voluntário da festa centenária em Mogi e uma das principais tradições culturais do Brasil.


“Fui fotografar a barraca do afogado com o intuito de registrar o trabalho do Airton [Nogueira] e posteriormente fazer uma exposição fotográfica com o material. Além de meu amigo pessoal há 40 anos, ele coordenava tudo aquilo desde 1998 e de uma forma magnífica. Mas logo no primeiro dia fui pego de surpresa com a quantidade de trabalho, de pessoas envolvidas e naturalmente fui contagiado por elas. De repente, não era mais só o Airton que me atraía ali, embora o objetivo fosse homenageá-lo. Quando me dei conta, tinha material fotográfico para editar um livro e então eu decidi mostrar o quão mágica e abençoada é aquela cozinha. Quem me abriu essa porta foi meu grande amigo, que partiu sem que eu pudesse dar esse presente, materialmente, para ele”, comenta o autor. Nogueira morreu em dezembro de 2016.

O livro Barraca do Afogado teve o apoio das empresas Alumifran Descartáveis, Arrumando a Casa, Carmela Cantina, DCO Advogados, Faberge Concessionárias, Helbor Empreendimentos, Mogi Shopping, Sancet Laboratório Médico, Sincomércio, Sincomerciários, Spock Burger, Timeline Comunicação e VM Hortifruti.

O lançamento do livro para o público será na Cantina Carmela, Rua Carmela Dutra, 174, no Parque Monte Líbano, em Mogi. A publicação também será lançada na própria barraca do afogado, reservada aos voluntários, quando cada um deles será presenteado com um exemplar.

Visita
Os festeiros e capitães de mastro da Festa do Divino Espírito Santo de Mogi visitaram ontem o Instituto Pró+Vida São Sebastião, na Vila São Sebastião. A visita das bandeiras é um dos compromissos que os festeiros João Pedro dos Santos Oliveira e Marcia Regina Pauletti Oliveira e os capitães de mastro Sérgio Paschoal Gomes e Nilde de Lima Gomes terão nos próximos dias até o encerramento da festa, no dia 4 de junho.

As próximas visitas com as bandeiras ocorrerão na terça-feira, na Santa Casa de Mogi, às 14h30; na quarta-feira, no Instituto Anna de Moura, também às 14h30; na quinta-feira, no Hospital Santana, às 14h30; e na sexta-feira, às 10 horas, na Casa São Vicente de Paulo.

Hoje acontece a primeira alvorada deste ano, com expectativa de receber 2 mil pessoas. A concentração ocorre a partir das 4h30, em frente ao Império, na Praça Coronel Almeida. Às 5 horas, festeiros, capitães de mastro, padres e devotos saem em cortejo pelas ruas centrais do entorno da Catedral de Santana, ponto de chegada dos fiéis para o café no salão paroquial.

Fonte:O Diário de Mogi

Sucesso: Barbosa festeja cinco décadas dedicadas à música em Mogi

Músico, com influências no jazz e bossa nova, conta sobre sua carreira e os desafios para conquistar o público
Foto: Daniel Carvalho


Barbosa Sebastião da Silva - Saxfonista
Sebastião da Silva é o nome do saxofonista nascido no município de Resende, no Rio de Janeiro, que trouxe o seu talento para Mogi das Cruzes, onde mora atualmente. Conhecido como Barbosa, ele conquistou o público da cidade. Com 76 anos de idade, 50 deles dedicados à música, faz shows frequentemente no Mais Brasil Bar, localizado em Mogi, além de casas noturnas de São Paulo.
O motivo do apelido, que ganhou na adolescência, refere-se às semelhanças físicas com o goleiro da seleção brasileira de futebol de 1950, Moacir Barbosa Nascimento, o Barbosa. "Eu vim para Mogi ainda criança, com apenas 10 anos. Na época, o meu pai trabalhava em uma empresa e acabou sendo transferido para atuar na cidade", conta.
Em Mogi, começou a jogar futebol profissionalmente pelo Clube Vila Santista e foi então que o apelido surgiu. "No clube, os garotos se reuniam para jogar conversa fora e tocar instrumentos. A partir desses encontros, formou-se um grupo musical", lembra.
Segundo Barbosa, o dom pela música veio de berço, já que o seu pai tocava sanfona. "Toco instrumentos como gaita e pandeiro desde os 17 anos, e nunca fiz aulas para aprender nenhum deles. No grupo musical formado no futebol, trocávamos experiências", recorda-se.
Mais maduro, o músico aprendeu a tocar saxofone, instrumento que ganhou seu coração e que permaneceria com ele para toda a vida. "Sempre gostei e admirei muito a bossa nova do Brasil e o jazz e blues dos Estados Unidos. Lembro que a primeira música que aprendi a tocar foi 'Samba de uma nota só' de Tom Jobim. A partir de então, peguei gosto por este instrumento, acabei adquirindo mais experiências e passei a estudar".
De acordo com Barbosa, era praticamente impossível viver apenas da música quando era jovem. Por este motivo, conciliava um emprego em um banco da cidade com o futebol e apresentações nos bares à noite. "Quando o banco foi vendido, houve um acordo entre os funcionários, e, partir desse período, decidi me dedicar totalmente à musica. No início, ia sozinho para São Paulo procurar locais para tocar. Eu era pouco experiente na época e isso dificultou", lembra.
Por volta dos anos 1970, Barbosa montou um grupo com amigos e começaram a tocar em bailes e bares de Mogi. E, desde então, nunca mais parou. Muitos compositores o inspiram, em especial as mulheres. "As minhas maiores inspirações são cantoras, como Diana Ross, Billie Holiday, Elis Regina, além de Roberto Carlos".
Apesar das dificuldades do meio musical, Barbosa incentiva aqueles que desejam ingressar na área. Persistência e determinação precisam fazer parte do perfil. "Estude, insista no que almeja, e nunca deixe de ouvir músicas de qualidade. E não se esqueça de ser humilde e se valorizar", finaliza. (*Texto sob supervisão do editor)
Fonte da cidade será lembrada em novo álbum
Com uma carreira dedicada à música, Barbosa se apresenta em diversas casas noturnas, dentre elas o Mais Brasil, em Mogi
Com uma carreira dedicada à música, Barbosa se apresenta em diversas casas noturnas, dentre elas o Mais Brasil, em Mogi. "Há alguns anos realizo o show 'Rio New York' em Mogi. A apresentação é em homenagem ao meu aniversário, celebrado em 9 de outubro. Neste ano, estou preparando mais uma edição, e esta é uma oportunidade de mais pessoas conhecerem o meu trabalho", convida. O título do show, segundo Barbosa, combina seu gosto musical pela bossa nova e o jazz dos Estados Unidos. O Mais Brasil fica na rua Engenheiro Gualberto, 199 , no centro. A programação pode ser consultada na página do Facebook (fb/maisbrasilbarerestaurante). 
Com um CD lançado há cinco anos, que recebeu o nome "Recordações", Barbosa já pensa no segundo disco que deve se chamar "Barbosa canta Fonte Luminosa". "O álbum contará com músicas que tocavam entre os anos 1955 e 1965. O nome remete aos encontros de amigos e às paqueras da sua época, quando elas ocorriam em volta de uma fonte localizada no Largo do Rosário, conhecida como Praça da Marisa, no centro da cidade. Ali tivemos muitas histórias",  revela. Mais informações sobre o músico pelo telefone 9-9201-1050. (V.F.)

Fonte:Mogi News