segunda-feira, 22 de maio de 2017

Número de gestantes internadas na Santa Casa é 60% acima da capacidade

20 de maio de 2017  QUADRO DESTAQUE  
Pacientes da unidade foram instaladas em outros setores do hospital. (Foto: Arquivo)
Pacientes da unidade foram instaladas em outros setores do hospital. (Foto: Arquivo)

DANILO SANS
A maternidade da Santa Casa de Mogi das Cruzes tem 38 leitos, mas ontem pela manhã mantinha 58 gestantes internadas. Como medida de curto prazo para resolver a superlotação, o hospital remanejou pacientes para outros setores, como ortopedia. A situação, porém, já foi pior.

Nesta quinta-feira, estavam lotados os 26 leitos do alojamento conjunto – ala onde as mães permanecem com os recém-nascidos sadios logo após o parto. Além disso, 16 leitos da ortopedia e outros 16 da ginecologia e obstetrícia mantinham gestantes. Na quarta-feira, o hospital chegou a abrigar 71 grávidas.


As medidas de contingenciamento do hospital foram mantidas. Por enquanto, o hospital continua atendendo à demanda espontânea, formada por gestantes que procuram o pronto atendimento por conta própria, por isso a necessidade de realocação de pacientes em outras alas. Já os casos de internação provenientes de entes externos, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), são encaminhados à Central de Regulação de Oferta de Serviços da Saúde (Cross), que os redireciona a outras unidades do Estado.

A Santa Casa diz que não precisou, até agora, transferir nenhuma paciente que teve o primeiro atendimento na unidade. Também é importante destacar que o setor de UTI Neonatal do hospital não foi prejudicado pela superlotação da maternidade, porque de acordo com a Santa Casa, o número de gestações de risco se manteve em baixa.

Ainda de acordo com a Santa Casa, em um dia normal de funcionamento, são realizadas entre 10 e 15 internações, já de 12 a 15 de maio, quando o número de pacientes aumentou de forma excepcional, a Santa Casa passou a internar uma média de 20 gestantes.

Em nota, o Departamento Regional de Saúde (DRS), da Secretaria de Estado da Saúde, afirma que recebeu comunicado formal da Santa Casa de Mogi em relação à superlotação da maternidade, mas diz que não registrou suspensão nos atendimentos. “Caso exista a necessidade, as pacientes são redirecionadas a serviços de referência conforme grau de complexidade e pactuação regional”, completa.

O DRS acrescenta que acompanha a situação e garante que “nenhuma paciente ficará sem atendimento”, cabendo à unidade de atendimento inicial da gestante redirecioná-la ao serviço de referência. “Vale ressaltar que o SUS funciona em rede e, se houver eventualmente ocupação máxima de leitos em uma determinada cidade, os pacientes podem ser transferidos a outros hospitais da Região e do Estado que oferecem esse recurso”, finaliza.

Suzano
A Santa Casa de Suzano também chegou a trabalhar com a capacidade máxima esgotada, na última quarta-feira. No entanto, a entidade garante que a situação já voltou ao normal. Ontem, dos 39 leitos de maternidade, apenas 25 estiveram ocupados.

Suzano diz ainda que a lotação do dia 17 pode ter sido reflexo da restrição imposta pela Santa Casa de Mogi. Mesmo com os leitos cheios, o hospital suzanense garante que manteve os atendimentos. “Alguns leitos para alto risco ficaram reservados, até porque a unidade é referência para alguns municípios, como Guararema e Biritiba Mirim”, completa o DRS.

Ampliação
Mogi das Cruzes precisa de 20 novos leitos de maternidade pública, segundo avalia o secretário municipal de Saúde, Marcello Delascio Cusatis. Ele e o prefeito Marcus Melo (PSDB) estiveram reunidos com o secretário de Estado da Saúde, David Uip, para discutir a ampliação do Setor de Maternidade da Santa Casa ou a possível implantação de um novo serviço na Cidade.

O secretário aguarda também um retorno do Ministério da Saúde para ampliar a estrutura de maternidade em Mogi. Entre as possibilidades para criação de novos leitos, estão o investimento na própria Santa Casa ou até mesmo a locação de leitos em outros hospitais. “Precisamos resolver esse desafio. Dados técnicos comprovam que é preciso expandir”, acrescenta.

O diretor técnico da Santa Casa de Mogi, Ricardo Bastos, afirma que a ampliação do setor de maternidade do hospital envolve as secretarias municipal e estadual e não depende apenas da entidade. No entanto, ele destaca que as conversas já tiveram início. “De imediato, tivemos que tomar uma medida de curto prazo para resolver a superlotação”, diz. A saída foi destinar alguns leitos da ortopedia para a obstetrícia a fim de receber a grande demanda e manter o atendimento. “Também já sugerimos para as secretarias municipal e estadual que seja feita uma reconfiguração dos leitos da Santa Casa”, completa.

Em entrevista à TV Diário, Bastos disse que registrou boletim de ocorrência de preservação de direitos, porque tinha chegado um número “exagerado” de pacientes: eram 38 leitos para atender 71 gestantes. “Precisamos emprestar, inclusive, berços para acomodar os bebês”, destacou o diretor.

A entidade diz que o aumento no número de pacientes pode ser reflexo da migração de pacientes da rede particular, que dispunham de plano de saúde mas perderam o benefício, seja por desemprego ou redução nos gastos, e passaram a utilizar a rede pública de saúde.

Fonte:O Diário de Mogi

Atividades para todos: Jundiapeba recebe mais uma edição do Programa Bairro Feliz

Prefeito reforçou que ação une vários serviços em um só local, e que intenção é facilitar acesso da população
Dezenas de pessoas aproveitaram o sábado para participar das atividades do Programa Bairro Feliz da Prefeitura de Mogi das Cruzes. Corte de cabelo, esmaltação de unhas, emissão do cartão do Sistema Integrado de Saúde (SIS), brincadeiras para as crianças e a clínica de basquete com os atletas do Mogi/Helbor foram algumas das atrações disponíveis. A emissão do primeiro RG foi um dos serviços mais procurados pela população. Nessa edição o Bairro Feliz foi realizado no Centro Municipal de Programas Educacionais (Cempre) Professora Lourdes Lopes Romeiro Iannuzzi, no distrito de Jundiapeba. Uma das grandes atrações da iniciativa foi a participação de alguns atletas do Mogi/Helbor que deram aulas às crianças junto com o técnico Jorge Guerra, o Guerrinha.
A auxiliar de serviços gerais Daiane Ramos, de 25 anos, chegou cedo para aproveitar os serviços. "Trouxe meus dois filhos para tirar o primeiro RG. É uma ação muito boa, pois oferece diversão para as crianças e facilita o acesso aos serviços. No caso do RG, teria que ir ao Poupatempo, mas agora posso fazer aqui", ressaltou.
A desempregada Gilda Ferreira, 46, passou por todos os serviços de beleza oferecidos pelo Bairro Feliz. "Já fiz as unhas, depois vou tirar a sobrancelha e fazer limpeza de pele. É uma oportunidade para todos, pois ficaria caro fazer tudo isso. Podemos aproveitar os serviços e as crianças podem brincar. É um dia diferente, um dia feliz", destacou.
O prefeito Marcus Melo (PSDB) explicou que o Bairro Feliz é a junção de vários programas e serviços da prefeitura que são oferecidos em um só lugar. Ele acrescentou que a intenção da iniciativa é facilitar o acesso da população. "Estamos levando os atendimentos do PAC (Pronto Atendimento ao Cidadão), que normalmente funcionam de segunda a sexta-feira, para o sábado. A pessoa que trabalha e não tem como sair do trabalho tem seu pedido atendido nesse dia", acrescentou.
Melo informou que o Bairro Feliz tem evoluído a cada edição. "O RG foi uma parceria que solicitei ao delegado seccional Marcos Batalha, que tem permitido que muitas famílias tirem seu documento. A prefeitura tem feito esse papel de ajudar e facilitar o dia a dia trazendo novos serviços. O Bairro Feliz leva serviços, atividades de lazer e cultura. É a prefeitura presente nos bairros", afirmou.

Até Melo entrou no clima e arriscou arremessos no Cempre de Jundiapeba

Daiane: 'Trouxe meus filhos para tirarem RG'.

Gilda: 'É um dia diferente e muito feliz'.

Fonte:Mogi News