terça-feira, 31 de março de 2020

LEGISLATIVO: Mulheres se unem por cadeira na Câmara de Mogi das Cruzes

29 de março de 20203 min. - Tempo de leitura
Eliane José

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JUNTAS Advogada Luana Guimarães, especialista em saúde materno-infantil, Fabiana Guerra e ex-conselheira tutelar Ana Rosa Apolinário querem mandato coletivo. (Foto: divulgação)
O grupo formado pela advogada Luana Guimarães, a ex-conselheira tutelar Ana Rosa Elias Apolinário e a especialista em saúde materno-infantil, Fabiana Guerra, pretende disputar uma das 23 cadeiras da Câmara Municipal nas eleições de outubro próximo. Elas lançaram o Coletivo MogiAnas, que promete instituir um mandato coletivo municipal dedicado à defesa de bandeiras ligadas à mulher, criança e ao adolescente, e exercido pelas três igualitariamente, embora a candidata a figurar na disputa eleitoral pelo Podemos seja Luana.

Luana, Ana Rosa e Fabiana têm na atuação política voltada à proteção dos direitos da mulher. Elas se encontraram a partir da atuação individual em organizações sociais e órgãos como o Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente, e em formações em política iniciadas no ano passado. Surge, então, o projeto do mandato coletivo, que atuará de forma colegiada, com a divisão das responsabilidades entre as três. Já existem algumas iniciativas dessa ordem em cidades como Belo Horizonte e São Paulo e discussões sobre o modelo que, espera o trio, poderá entrar em vigor na legislação eleitoral no futuro próximo.

“A representatividade da mulher, hoje, está centrada apenas em um mandato na Câmara. Queremos mudar essa realidade”, aponta Luana, que presidiu o Conselho Municipal entre 2018 e este mês. Foi dessa atuação que surgiram algumas das demandas a serem elencadas na plataforma de governo.

Entre as deficiências apontadas estão a melhoria da rede de atenção à criança e ao adolescente vitimas ou não de violência familiar. “Nós temos questões graves como a falta de creche para mães em determinados bairros e a inconsistência de dados sobre esses e outros atendimentos”, observa a advogada.

Um exemplo disso reside na inexistência de dados atualizados sobre quantas vítimas da violência – mulheres e crianças – precisariam de um atendimento especializado nos centros de Especializados de Atenção à Vítimas de Violência, destinados a esses dois grupos da população. Luana estima que entre 700 e 900 crianças necessitariam desse acolhida nessas unidades que Mogi das Cruzes pleiteia há alguns anos. Em 2017, foram 983 casos de violência registrados oficialmente na cidade.

“Cidades próximas como São Paulo estão melhor aparelhadas do que nós”, confirma a pré-candidata a vereadora. Outra questão a ser trabalhada seria a melhoria da notificação desses casos e a ampliação da oferta de serviços, como o atendimento 24 horas da Delegacia da Mulher de Mogi das Cruzes, outra necessidade antiga.

Para além da defesa da mulher e da criança, o grupo mira pautas sociais – inclusive a atenção ao homem, com a adoção de cursos similares aos realizados em outras cidades com sucesso destinado a pais e companheiros violentos.

Filha da advogada Maria de Lourdes Corrêa Guimarães e de Evaldo Oliveira, Luana tem 38 anos, dois filhos e formou-se em Direito pela Universidade Braz Cubas.

Fonte:O Diário de Mogi

COVID-19: Força Nacional vai atuar na prevenção e combate ao novo coronavírus

4 horas atrás2 min. - Tempo de leitura
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Agencia Brasil
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Equipes da Força Nacional de Segurança Pública vão participar das ações de prevenção e combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19) em todo o país. A autorização do Ministério da Justiça e Segurança Pública para que parte do efetivo da tropa seja empregada no apoio às ações do Ministério da Saúde foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta segunda-feira (30).

A Portaria nº 151 estabelece que a Força Nacional poderá ajudar os profissionais da área de saúde para que possam atender, com segurança, as pessoas com suspeita de estarem infectadas pela covid-19. Os agentes também poderão reforçar, nos estados e no Distrito Federal, as medidas policiais de segurança, que garantam o funcionamento dos centros de saúde (hospitais, UPAs etc), a distribuição e o armazenamento de insumos médicos e farmacêucos e de gêneros alimentícios e de produtos de higiene.

“Em caráter episódico”, a Força Nacional também poderá ser utilizada para auxiliar no controle sanitário em portos, aeroportos, rodovias e centros urbanos; para evitar saques e vandalismos e protegendo os locais onde estejam sendo realizados testes rápidos para a detecção da doença, bem como na aplicação das medidas coercivas previstas em lei.

As ações deverão ser sempre planejadas juntamente com o Ministério da Saúde e coordenadas com as autoridades responsáveis dos governos estaduais e do Distrito Federal. Caberá à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, definir o total de agentes a ser empregado nessas ações.

Inicialmente, a medida vai vigorar por 60 dias – ou seja, até o dia 28 de maio-, mas poderá ser prorrogada, de acordo com a necessidade. Durante esse prazo, os agentes que estejam atuando em outras missões de apoio aos estados e ao Distrito Federal poderão ser realocados.

Fonte:O Diário de Mogi

MEDIDA: Cidades da região receberão verba para combater o novo coronavírus

4 horas atrás3 min. - Tempo de leitura
Larissa Rodrigues
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Municípios receberão repasse de R$ 40 milhões para combater o coronavírus. (Foto: arquivo)
Entre as medidas para intensificar o combate ao novo coronavírus, o governador João Doria (PSDB) anunciou repasse total de R$ 40 milhões para municípios do Estado com menos de 100 mil habitantes. No Alto Tietê, cinco cidades integram esse grupo: Arujá, Biritiba Mirim, Guararema, Salesópolis e Santa Isabel. A previsão é de que a verba comece a ser enviada ainda nesta semana.

Dentre esses municípios, Santa Isabel – com 56.792 habitantes, segundo levantamento de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – é uma das que possui o maior número de casos suspeitos. Até a tarde de ontem, eram 64 no total, sendo um confirmado e um descartado. Além disso, foram registrados por lá quatro óbitos de idosos com suspeita da Covid-19.

“Os governos Federal e estadual estão anunciando algumas medidas, mas que ainda não chegaram aos municípios. Nós já pleiteamos via ofício e solicitamos esses recurso, mas por enquanto só ficou no discurso, até agora não entrou nada pra nós. Estamos atrás disso o tempo inteiro para ver se a gente consegue mais recurso para que a gente possa investir nos respiradores e insumos para que não falte nenhum tipo de atendimento para a população”, disse a prefeita de Santa Isabel, Fábia Porto (PRB).

Ela aponta ainda que a cidade conta hoje com 12 respiradores, mas que há a possibilidade de fazer adaptações e ampliar a disponibilidade em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) usando, por exemplo, os leitos de Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A intenção é conseguir comprar ou alugar outros 30 respiradores, a fim de que os pacientes isabelenses não precisem ser levados para tratamento em outros municípios.

Os recursos anunciados por Doria foram definidos por critério demográfico e de acordo com o piso de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), que é de R$ 4,00 por habitante. Ou seja, o valor total repassado a uma cidade com 10 mil habitantes será de R$ 40 mil, enquanto que uma cidade com 50 mil habitantes receberá R$ 200 mil, e assim por diante. Portanto, em Santa Isabel essa verba seria de R$ 227.168,00. (veja mais no quadro).

Do Governo Federal, a Região aguarda por um aporte de R$ 10,7 milhões. Deste total, R$ 6 milhões serão destinados ao combate do coronavírus nas 12 cidades que integram o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat). Já os outros R$ 4,7 milhões fazem parte da verba federal destinada à Região Metropolitana de São Paulo.

Fonte:O Diário de Mogi

ENTREVISTA: Médico mogiano que se recuperou da Covid-19 relata experiência

12 horas atrás6 min. - Tempo de leitura
Larissa Rodrigues
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AVALIAÇÃO Austelino Mattos alerta que a doença pode ser bem grave e complicada para os pacientes. (Foto: arquivo)
No último dia 15, o médico e ex-vereador Austelino Mattos começou a ter febre e sentir falta de ar. Não demorou para desconfiar que seria um quadro de Covid-19. Ele teve contato com a primeira paciente da doença confirmada em Ferraz de Vasconcelos e havia viajado para Maceió, em Alagoas. Ele procurou por um hospital, onde fez tomografia que apresentava imagens sugestivas ao coronavírus. Somente na última sexta-feira, o morador de Mogi das Cruzes obteve alta médica.

“Foi em um domingo que procurei o hospital pela primeira e como meu quadro era leve, optei por me isolar e ficar em casa enquanto me recuperava. Quando chegou na quarta-feira, meu quadro piorou muito. Comecei com falta de ar, andava um pouco e já sentia falta de ar, com febre de 38,5º, 39º. Voltei ao hospital, fiz outra tomografia e a imagem já era muito pior. Então, falei que poderia me internar. A saturação de oxigênio normal é acima de 92 e a minha estava em 86. Mais um pouco precisaria da ventilação mecânica, mas fiquei no oxigênio”, relata.

Internado, a saturação começou a melhorar, ficando entre 92 e 93. Para curar esses sintomas mais fortes, ele foi tratado com a cloroquina e azitromicina, medicamentos que vêm sendo testados na cura da doença, além de mais um antibiótico. Ainda assim, o médico sentia fortes dores no tórax, que só foram melhorando com o decorrer dos dias.

Seis dias no hospital já tinham passado, quando ele começou a apresentar melhora. Na quarta-feira e quinta-feira não teve mais febres e na sexta-feira começou a conseguir respirar sem restrições para puxar o ar.

Hoje, ele ainda não se sente totalmente recuperado e está em casa tomando bastante líquido e se alimentando, já que voltou a sentir o gosto dos alimentos. Cirurgião vascular e atuando também na emergência, ele conta que pretende voltar a trabalhar somente na próxima semana, porque neste momento precisa ajudar o sistema de saúde.

“A gente só tem noção mesmo da doença quando sente na pele. Sentir a dor dos outros é mais difícil. Mas posso dizer que o coronavírus é grave e é difícil. Não tem isso de ‘gripezinha’ não. Pode ser que em um ou outro paciente, ela se manifeste como uma doença mais leve, mas a realidade é que ela pode ser bem grave e complicada”, pondera Mattos.

Ele ressalta ainda que é importante cumprir as recomendações das secretarias de Saúde, assim como as do Ministério de Saúde, para conter o avanço da doença, sempre lavar as mãos, usar o álcool em gel, evitar aglomeração e ir para o hospital sem necessidade, já que esses locais são contaminados.

Confira o que já se sabe sobre a doença

ORIENTAÇÃO Lavar as mãos com água e sabão é uma das principais medidas para evitar a contaminação. (Foto: divulgação)
Eliane José

Com pesquisas ainda em andamento, as informações sobre o comportamento do novo coronavírus, que tem o nome científico de Sars-cov-2 e transmite a doença Covid-19, estão ainda sendo processadas. Mas alguns dos estudos já são mapeados por agências e associações internacionais médicas. Uma pesquisa pela internet revela que entidades brasileiras estão alimentando seus sites com notas e informes oficiais sobre o tema. Há estudos que dizem que cada infectado pode contaminar duas a três pessoas, ou até seis pessoas. Isso ocorre por causa das características do vírus que pode sobreviver em cima de objetos plásticos ou inoxidáveis por até três dias – tempo suficiente para infectar uma pessoa, e a forma de contágio: pelo ar, por meio de gotículas que podem ser transmitidas por espirro, tosse ou fala, ou o toque das mãos em cima de um objeto ou paciente contaminado, e a colocação das mãos no rosto (boca, nariz, olhos).

Por isso essa corrida preventiva contra esse efeito dominó, verificado nas cidades que registraram grandes números de doentes. A seguir, algumas das principais informações sobre o coronavírus, extraídas de sites como Ministério da Saúde (www.saúde.gov.br) e da Sociedade Brasileira de Infectologia (www.infectologia.org.br).

Sintomas

Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca e cansaço. Mas também coriza, obstrução nasal, dor de garganta e diarreia, esta última menos frequente. Há pacientes que relatam a perda temporária do olfato e do paladar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulga um estudo com 56 mil pacientes e destaca que 81% dos infectados desenvolvem sintomas leves (febre, tosse e, em alguns casos, pneumonia), 14% sintomas severos (dificuldade em respirar e falta de ar), necessitando internação para oxigenioterapia e 5% doenças críticas (insuficiência respiratória, choque séptico, falência de órgãos e risco de morte). O grande desafio é: pessoas sem os sintomas transmitem o vírus para outros indivíduos.

Maior risco

A população que apresenta sintomas graves e tem morrido possui mais de 60 anos e doenças preexistentes (hipertensão arterial, diabetes, doença cardíaca, doença pulmonar, neoplasias, transplantados, uso de imunossupressores).

Quando ir ao hospital

Quando o paciente apresentar “síndrome gripal”: tosse e febre por mais de 24 horas ou dificuldade para respirar, mesmo que sem o aparecimento de febre (temperatura acima dos 37 graus). O grande dilema está no fato de que os sinais de gripe podem ser causados tanto pelo novo coronavírus ou pelo vírus da influenza, que voltou a fazer vítimas neste ano no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, “não é possível diferenciá-los clinicamente”, o que pode ser feito apenas por testes diagnósticos virológicos.

Isolamento

As pessoas com sintomas leves de resfriado ou com sinais leves de gripe devem permanecer em isolamento respiratório domiciliar por 14 dias, mesmo que não possam fazer o exame específico para a Covid-19.

Infecção

Ainda não se tem a certeza se uma pessoa pode ser infectada mais de uma vez pelo novo coronavírus. Foram divulgados dois casos de reinfecção pelo vírus, um na China e outro no Japão; entretanto, pode se tratar de casos de infecção prolongada, como observado em outras infecções. E um estudo chinês com macacos rhesus não demonstrou reinfecção (Baoet al., 2020).

Transmissão

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa pelo ar, por meio de gotículas exaladas pela pessoa doente quando ela fala, tosse ou espirra. Quando a pessoa doente toca em objetos ou aperta a mão de outra pessoa e esta coloca a mão à boca, nariz ou olhos, também ocorre a infecção. Como há muitas pessoas assintomáticas, é recomendável não cumprimentar as pessoas com as mãos.

Duração

Ainda não se sabe quanto tempo o vírus vive fora do organismo. Estudos sugerem que ele pode persistir em superfícies por algumas horas ou até vários dias, por isso a importância de se higienizar as mãos e objetos de uso público ou coletivo.

Grávidas

Gestantes devem se proteger e seguir as mesmas recomendações do público em geral para evitar o contágio pelo vírus. Até o momento, elas não parecem ser um grupo de maior risco para doença grave, como ocorreu na pandemia da gripe H1N1. O novo coronavírus não é transmitido ao feto ou ao bebê durante a gravidez ou no parto, segundo estudos disponíveis até o momento.

Fonte:O Diário de Mogi