segunda-feira, 28 de maio de 2012

Dirigente do PR diz a Alckmin que descarta apoio ao PT

28/05/2012 - 21h44


Valdemar Costa Neto escapou por 16 votos contra 2Cacique do PR, o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) disse ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que o apoio ao PT na eleição municipal paulistana este ano está descartado.


Réu no processo do mensalão, Neto esteve na tarde desta segunda-feira (28) no Palácio dos Bandeirantes para falar da disputa em São Paulo.


Alckmin negocia apoio do PR à chapa tucano em SP


O PR esteve ao lado do PT na eleição de 2010, mas ficou melindrado com o partido depois que seu presidente nacional, o senador Afredo Nascimento (PR-AM), foi obrigado a pedir demissão do Ministério dos Transportes após denúncias de corrupção na pasta, no ano passado.


Cientes do desgaste na relação com os petistas, interlocutores de José Serra, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, investiram na aproximação com o PR.


A conversa de Neto com Alckmin, segundo aliados do governador, foi amigável. Interlocutores de Valdemar Costa Neto afirmam que a direção nacional do partido tende a fechar com Serra, para fustigar o PT.


Os petistas contavam com o PR para ampliar o tempo de TV de seu candidato, Fernando Haddad. Neófito em eleições, Haddad precisa da propaganda eleitoral para se tornar mais conhecido.


Se o acerto do PR com o PSDB se concretizar, será o golpe mais duro que os tucanos trão conseguido impingir nos petistas na pré-campanha em São Paulo. Além do PSDB, o PMDB, cujo candidato é Gabriel Chalita, também corteja o PR.


Fonte:Folha.com

Prática de bullying poderá virar crime



Crime, que será chamado de lei 'intimidação vexatória', terá pena de até quatro anos de prisão
Ricardo Brito - Agência Estado
BRASÍLIA - A comissão de juristas do Senado que discute mudanças ao Código Penal aprovou nesta segunda-feira, 28, proposta para criminalizar a prática de bullying. O crime, que será considerado no anteprojeto de lei "intimidação vexatória", terá pena de um a quatro anos de prisão.
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Pela proposta, pratica o crime quem "intimidar, constranger, ameaçar, assediar sexualmente, ofender, castigar, agredir ou segregar" criança ou adolescente "valendo-se de pretensa situação de superioridade". O delito pode ser realizado por qualquer meio, inclusive pela internet. Se o crime for praticado por menores, ele será cumprido, em caso de condenação, em medida sócio-educativa.


A comissão também aprovou a criação do crime de stalking, conhecido popularmente de perseguição obsessiva. A proposta sugere a punição de até seis anos de prisão para alguém que perseguir outra reiteradamente, ameaçando sua integridade física ou psicológica ou ainda invadindo ou perturbando sua privacidade. O colegiado aprovou ainda o aumento da pena de prisão para o crime de ameaça, que subiu de um a seis meses para seis meses a um ano de prisão.


Fonte:Estadão.com.br

Distribuição gratuita de sacolas biodegradáveis


Na tribuna da Câmara, deputado classifica proibição como inútil, diz que consumidor tem direito a meios gratuitos para transportar compras e prega que foco deve ser a conscientização

Em pronunciamento na tribuna da Câmara, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) fez a veemente defesa do direito do consumidor de ter meios gratuitos para transportar suas compras. “Não basta simplesmente proibir a distribuição de sacolinhas e fazer o consumidor pagar por biodegradáveis ou retornáveis”, criticou. Com a medida, apontou ele, “ganham apenas supermercadistas que transformaram a venda de ecobags e afins em fonte de renda”.
De acordo com o deputado, a proibição é inútil para o meio ambiente porque todos os outros produtos continuam em embalagens, “contendo chamativas propagandas, feitas com tintas ambientalmente nocivas”. Defendendo a distribuição gratuita de sacolas biodegradáveis para o transporte das compras, Junji disse que as classes de menor poder aquisitivo são penalizadas em dobro.
Além de ser obrigado a pagar por sacolas biodegradáveis para transportar suas compras, o consumidor, principalmente o de baixa renda, fica impedido de reutilizar as sacolinhas plásticas para acondicionar os resíduos domésticos. “Paga para carregar o que compra. Paga pelo saco, bem mais poluente, onde colocará o lixo”, protestou Junji.
Ao falar na tribuna da Câmara no final da semana (24/05/2012), o deputado apontou que “o pecado original do Brasil na gestão dos resíduos sólidos é a utilização de aterros sanitários para disposição final dos detritos”. Segundo ele, “enquanto não houver ações para substituir a prática arcaica de enterrar lixo por modelos de tecnologia limpa, associada à implantação efetiva da coleta seletiva e da reciclagem, continuaremos patinando em medidas paliativas de parcos resultados, com transferência de contas para a população e danos irreparáveis para as gerações futuras”.
Junji evidenciou que o problema não são as sacolinhas, mas sim o descarte inadequado delas e de qualquer outro material. A prática do rejeito indevido causa o entupimento de bueiros, provocando enchentes, assim como a decomposição do plástico e de diversos recicláveis leva mais de cem anos. Na visão do parlamentar, esta constatação mostra, por si, que a proibição das sacolinhas é “inócua”, sem a conscientização da população para separar lixo úmido (orgânico) do seco (reciclável), a devida coleta seletiva para reciclagem e a substituição dos aterros por modelos ambientalmente sustentáveis, como incineração e aproveitamento de resíduos para biomassa.
No pronunciamento, Junji citou a decisão do Conar – Conselho de Autorregulamentação Publicitária que manteve a suspensão da campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco” em todas as mídias, inclusive as eletrônicas, como blogs, sites, rádios, TV e publicidade interna das lojas de supermercados. Por quê? “Porque é uma mentira descabida”, disparou Junji, acrescentando que o fim da distribuição gratuita de sacolinhas “não vai tirar planeta algum do sufoco”.
A manifestação do Conar responde à ação movida pela Plastivida – Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos que acusou a propaganda veiculada pela Apas – Associação Paulista de Supermercados de ser enganosa e não atender às normas éticas para apelos de sustentabilidade por meio da publicidade, como explicou o deputado.
Na ausência de políticas públicas eficientes para conscientizar a população sobre os meios sustentáveis de transportar suas compras, observou Junji,  a distribuição gratuita de sacolas biodegradáveis pelos supermercados, farmácias, quitandas e demais estabelecimentos comerciais para acondicionar os produtos adquiridos é a única solução viável.
Por fim, Junji cobrou que as boas práticas ambientais envolvam todas as cadeias produtivas, desde a produção da matéria prima até a casa do consumidor.  Tudo isso, prosseguiu ele, aliado a investimentos em educação ambiental para conscientizar as pessoas a reduzirem a geração de lixo e viabilizar a reciclagem, além de uma mudança radical na destinação final dos resíduos sólidos visando sepultar os arcaicos aterros sanitários. “Só assim, começaremos, de fato, a cuidar do planeta. Sem hipocrisia, com justiça e em favor do povo. Tudo, sob medida para nossa obrigação como cidadãos e homens públicos.”


Fonte:Mel Tominaga