domingo, 25 de setembro de 2011

Histórias do ex-prefeito Waldemar Costa Filho (XVIII)

Waldemar Costa Filho negou tudo até o fim. Estevam Galvão de Oliveira nega até hoje. Mas é certo que a história permanece até agora por conta das evidências e é lembrada por muita gente da época, nas duas cidades. Em 1976, Waldemar e Estevam se elegeram prefeitos de Mogi e Suzano. Waldemar no segundo de seus quatro mandatos; Estevam estreando num cargo executivo, que ele voltaria a exercer também por mais três vezes. Os dois ficariam até 1982. Tempo suficiente para grandes projetos. Diz a lenda que a certa altura do mandato, já com fama de "tocadores de obras", os dois se falavam ao telefone, quando Waldemar propôs ao colega fazerem juntos uma nova ligação entre Mogi e Suzano, que serviria como opção à antiga SP-66, à época já saturada. Estevam topou de pronto. O telefonema teria terminado com Waldemar dizendo: "Vamos tocar o pau, velho. Fazemos a estrada do lado esquerdo da linha férrea". O suzanense tratou de prolongar a Avenida Jorge Bei Maluf, no lado esquerdo da linha, no sentido Suzano-Mogi, enquanto o mogiano iniciava as obras pela Avenida Governador Adhemar de Barros, no lado esquerdo da ferrovia, sentido Mogi-Suzano. As obras já estavam avançadas quando os dois teriam chegado à conclusão de que algo estava errado e que, segundo as leis da matemática, duas paralelas jamais iriam se encontrar. A menos que fosse feita uma grande ponte ou viaduto sobre a linha do trem. O certo é que Waldemar, alegando falta de verbas, desviou sua obra para a SP-66, na altura da antiga Coca-Cola, enquanto Estevam chegava com a Avenida até o Rio Taiaçupeba. Os mandatos terminaram e só depois de muito tempo Waldemar retomou a ideia da ligação com Suzano, fazendo a Avenida Guilherme Giorgi, de Jundiapeba, se encontrar com o trecho de Estevam, ao lado do Rio. Não houve tempo para terminar. Quem concluiu a ligação foi Junji Abe, em seu primeiro mandato. Bertaiolli, hoje, tem planos para estender a Guilherme Giorgi na direção do Centro da Cidade. Por enquanto, apenas planos.


PSOL – 1


A ex-vereadora Inês Paz será mantida no cargo de presidente do Diretório Municipal do PSOL de Mogi, durante a Convenção Pública que o partido realiza hoje, a partir das 15 horas, na Câmara Municipal. Os demais membros serão escolhidos entre militantes.


PSOL – 2


Além de eleger delegados para o 3º Congresso do PSOL, o partido debaterá estratégias para retomar o antigo lugar na Câmara, no pleito de 2012. Discutirá também se lançará candidato a prefeito ou se coligará com algum candidato mais à esquerda. "Nossa meta é colocar o partido nas ruas, com um programa progressista para Mogi", diz Inês.


Esse merece!
O médico oftalmologista Carlos Roberto Fonçatti irá receber o título de Cidadão Mogiano, no próximo dia 7 de outubro, às 20 horas, na Câmara. Formado em Mogi, ele é o responsável pela Clínica Fonçatti, na Rua Antonio Meyer, no Jardim Santista.


Interior


O Consórcio Sorocaba, vencedor da concorrência para as 44 linhas daquele Município, no Interior de São Paulo, é formado pela CS Brasil e o Grupo Metropolitana (de ônibus). A CS Brasil, que já opera em Mogi, é controlada pela Julio Simões Logística (JSL).


Fonte:O Diário de Mogi

SP custeará ligações de esgoto da baixa renda

Geraldo Alckmin assina convênio com a Sabesp em Ribeirao Pires, no valor de R$ 15 milhoes.23/03/2011
Como parte do evento Tietê Vivo, em comemoração do Dia do Tietê, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) assinou ontem o projeto de lei para a criação do Programa Se Liga na Rede, que vai custear 100% das ligações na rede de esgoto para famílias de baixa renda, que ganham até três salários mínimos mensais. Este programa abriga a quarta parte do processo de despoluição do Rio Tietê, iniciado há 20 anos e que retoma com força agora na gestão de Alckmin.


A quarta etapa do trabalho de limpeza do Tietê começa a ser operada a partir desta semana pelas Secretaria de Recursos Hídricos e Sabesp. Segundo o governador, esta é a sequencia natural da fase três, já em curso com recursos de um financiamento da ordem de US$ 1,050 bilhão contraído junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Uma não faz sentido sem o outra, pelo que o governador deixou transparecer durante entrevista que concedeu após o cumprimento de agenda oficial no evento.


Com os recursos do BID, o Governo do Estado está realizando obras que permitirão o recolhimento e tratamento do esgoto dos 26 municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) que ainda não tratam integralmente ou nada do esgoto de suas cidades. "O financiamento do BID é só para esgoto. Não tem nada para água. É para coleta e tratamento de esgoto só na Região Metropolitana de São Paulo", disse Alckmin.


No entanto, ressalta o governador, não faz sentido o governo do Estado gastar mais de US$ 1 bilhão na construção da estrutura para coleta e tratamento de esgoto se as famílias de baixa renda não têm condições de ligar seu esgoto na rede. É aí que entra o Projeto de Lei que autoriza a Secretaria de Recursos Hídricos e a Sabesp a procederem o custeamento integral das obras de ligação do esgoto das famílias de baixa renda na rede. Este serviço custa ao cidadão algo entre R$ 1,5 mil e R$ 1,6 mil. "O Estado vai custear 80% do valor e a Sabesp vai entrar com os 20% restantes", disse Alckmin.


Só com a fase 3 do projeto de despoluição do Tietê, o tratamento do esgoto na RMSP saltará de 70% para 84%. Há 16 anos, segundo Alckmin, apenas 24% do esgoto produzido na RMSP era tratado. Esta região acomoda cerca de 20 milhões de pessoas. Depois virá a fase de educação ambiental, principalmente na rede escolar estadual, para conscientizar as pessoas a pararem de jogar lixo no rio. "Todos os dias são jogados 500 toneladas de lixo no Tietê. Nós conseguimos tirar 200 toneladas, mas até o final do ano vamos tirar quase meio milhão de toneladas. Ao menos 450 toneladas", prometeu o governador.


Projetos


Outros projetos de menor proporção compõem o grande projeto de despoluição do Tietê. Um deles, é o Jardim Metropolitano de 16 quilômetros - oito de cada lado - na área do Parque Ecológico do Tietê. O projeto paisagístico é de Ruy Ohtake e integra o Projeto Parque Várzeas do Tietê, capitaneado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). "Publicaremos o edital já na próxima semana", disse o governador. Para ele, em mais seis ou oito semanas o projeto já começará a ser implementado.


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM), que também participou das comemorações do Dia do Tietê, afirmou que as ligações de esgoto clandestinas no município de São Paulo serão todas regularizadas de forma gratuita. "Quando o poder público e a sociedade civil estão juntos, ninguém pode", discursou o prefeito, enfatizando que muito do que foi feito no sentido de despoluir o Rio Tietê foi por pressão da sociedade civil que nutri o desejo de ver o Tietê livre da poluição.


Alckmin lembrou que a mancha de poluição do Tietê que se estendia até o município de Barra Bonita, interior do Estado, já retrocedeu 160 quilômetros. "O último lugar a ser recuperado é São Paulo", disse o governador, que também lançou hoje o Manifesto Tietê Vivo - Compromisso de todos nós, um livro com um milhão de assinaturas.


Fonte:O Diário de Mogi



Trabalho abriga cúpula do PDT

No comando do rateio de recursos milionários do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, abrigou parte da cúpula do seu partido, o PDT, na pasta e encontrou brecha para turbinar centrais sindicais, impedidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de receber dinheiro público devido a irregularidades no passado. Só neste ano, entidades vinculadas a centrais já receberam R$ 11 milhões.


O ministro mantém 10 integrantes da Executiva do PDT em postos de comando do ministério e um outro personagem da cúpula partidária na Fundacentro, instituição ligada à pasta. O tesoureiro do partido, Marcelo Panella, foi chefe de gabinete de Lupi até o início do mês passado, auge da faxina ministerial, quando deixou o cargo a pretexto de cuidar de negócios pessoais.


"Todos são filiados ao PDT, o que pesou, sim, para suas nomeações", disse o ministro, confirmando a lista de correligionários que nomeou. "Reitero que todos os seus cargos são de livre provimento", completou. No jargão burocrático, isso significa que ele entende que cabe a ele preencher os cargos da forma que entender melhor.


Panella e Lupi são amigos há 25 anos, segundo o próprio ministro Os dois chegaram a ser sócios no Rio de Janeiro, no Auto Posto São Domingos e São Paulo, mas a falta de alvarás não permitiu o funcionamento do negócio.


Sucessor de Leonel Brizola na presidência do PDT, Lupi chegou ao bloco F da Esplanada dos Ministérios em 2007, após perder a disputa para governar o Rio e por ter apoiado a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele tirou licença do comando do PDT para assumir o ministério, mas continuou mandando no partido, numa confusão de fronteiras entre o cargo no governo e a militância.


Loteamento


O critério político-partidário pesou na escolha de alguns dos principais cargos do ministéro. Além de Lupi, o secretário executivo da pasta, Paulo Roberto Santos Pinto, também é integrante da Executiva Nacional. Da mesma forma, comandam o partido quatro assessores diretos do ministro: o secretário de Políticas para o Emprego, Carlo Roberto Simi, e a diretora de Qualificação, Ana Paula da Silva.


Completam a lista dois coordenadores-gerais: o responsável por Estudos, Anderson Brito Pereira, e Rafael Oliveira Galvão, que cuida de empreendedorismo juvenil. A Fundacentro, instituição de pesquisa sobre segurança do Trabalho, vinculada ao ministério, também é comandada por um membro da Executiva do PDT, Eduardo de Azeredo Costa. Neste ano, a Fundacentro recebeu R$ 45,7 milhões.


No mesmo ano em que assumiu o ministério, Lupi abriu caminho para o repasse de verbas do FAT a centrais sindicais, por meio de convênios com sindicatos ligados às centrais, proibidas pelo Tribunal de Contas da União de receber dinheiro público por fraudes e irregularidades na prestação de contas. A justificativa foi "a necessidade de novos parceiros" para cuidar da intermediação de emprego nas cidades de São Paulo e do Rio.


Sob Lupi, a Força Sindical tomou a liderança do repasse de verbas para agências de emprego. O convênio em curso com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos soma R$ 46,4 milhões.


Fonte:O Diário de Mogi

Dilma ainda não acabou a faxina

destaque A presidenta Dilma discursa na abertura da 66ª Assembleia Geral da ONU, na última semana


BRASÍLIA


Mesmo com o apoio da população, que chegou a ir às ruas para aplaudi-la no dia 7 de Setembro, em Brasília, e na semana passada, no Rio de Janeiro, a presidente Dilma Rousseff (PT) fez uma faxina incompleta nos setores do governo envolvidos em corrupção, irregularidades diversas e mau uso do dinheiro público. A limpeza só ocorreu na cúpula do Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).


Na Valec, a estatal responsável pela construção das grandes ferrovias previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como a Norte-Sul e a Oeste-Leste, foi afastado só o presidente José Francisco das Neves, o Juquinha. Ele saiu no rastro do escândalo que abalou o Ministério dos Transportes, no início de julho. Investigações aa Controladoria-Geral da União (CGU) indicaram desvios de R$ 279,7 milhões na Valec.


Juquinha foi substituído interinamente por Felipe Sanchez da Costa, diretor da Valec, mas segundo informações de dentro da estatal quem manda mesmo na empresa é Luiz Carlos Oliveira Machado, diretor de Engenharia, um protegido do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A Ferrovia Norte-Sul, uma das principais obras da Valec, foi iniciada no governo de Sarney (1985-1990) e nasceu envolvida em escândalos. Na época, descobriu-se que a licitação havia sido dirigida e os vencedores já eram conhecidos havia meses.


Acampado
Como se considera o pai da Ferrovia Norte-Sul, o presidente do Senado nunca desencarnou dela. Em 1989, ainda presidente da República, Sarney fez uma visita ao canteiro de obras da Norte-Sul de Açailândia (550 quilômetros ao sul de São Luís). Vivia um momento difícil e enfrentava uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava corrupção em seu governo. Prometeu que nos governos subsequentes acamparia nos trilhos até que a ferrovia fosse concluída.


Sarney não precisou fazer nada disso. Mudou seu domicílio eleitoral para o Amapá e voltou ao Congresso. Em 2002 aliou-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, outrora um adversário da Norte-Sul, e defensor dela depois de assumir o mandato. Para não correr riscos, Sarney passou a influir na indicação dos diretores da Valec. A obra está atrasada, como ocorre com todas as de tamanha grandeza e valor - seus custos já estão em mais de R$ 5 bilhões. Mas deverá ser inaugurada integralmente durante o governo de Dilma Rousseff.


Na quinta-feira a Subcomissão das Obras do PAC da Câmara esteve em Palmas e Gurupi, no Tocantins, para visitar dois trechos da Ferrovia Norte-Sul, onde teria havido desvios de R$ 84 milhões, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU). "É uma coisa complicada, porque 85% dos serviços já foram feitos. Desmanchar não dá. Temos é de ver se conseguimos reduzir os preços", afirmou o presidente da subcomissão, deputado Carlos Brandão (PSDB-MA), que comandou a visita dos parlamentares.


Fonte:O Diário de Mogi

Volumoso

Daniel Carvalho



O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi e Região, Airton Nogueira, afirmou à coluna que Mogi poderá receber R$ 15 milhões em investimentos caso o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) venha a se instalar na cidade


Sem escritura...
O impasse, conforme a coluna antecipou com exclusividade nesta semana, diz respeito ao fato de a Prefeitura não ter a escritura do imóvel que foi oferecido pela administração municipal da área onde funcionou no passado a fábrica da NGK, no centro.


Comodato
Nogueira declarou que Mogi pode ser a primeira cidade do País onde o Senac não terá a posse definitiva da área, pois agora, com a mudança na legislação federal, que proíbe as administrações municipais de doarem áreas, a diretoria regional já disse que topa e aceita a cessão em comodato por um período determinado. Nogueira já conseguiu reduzir também outro entrave: a contrapartida que o município teria que dar para conquistar a unidade do Senac, que baixou de R$ 3 milhões para R$ 1 milhão.


Cobrança
Depois, outro ponto que começou a pegar foi o fato de a cidade ceder uma área municipal para uma instituição que cobra pelos cursos. Nogueira desmonta tal discurso, pois as contribuições incidem sobre a folha de salários das empresas pertencentes à categoria correspondente do sistema S (formado por Sesi, Senai, Sesc, etc.) sendo descontadas regularmente e repassadas a estas entidades de modo a financiar atividades que buscam o aperfeiçoamento profissional e a melhoria do bem-estar social dos trabalhadores.


Cobrança
A cada ano, o Senac vem aumentando a grade de cursos gratuitos: "Há 20 anos estou nesta luta, mas o Senac não tinha disponibilidade financeira ou interesse por Mogi, e de quatro anos para cá passou a ter. Ou resolvemos esta questão ou o Senac escapará das nossas mãos", alertou. Agora, a pendência está na indicação de uma nova área para o Senac, mas uma pergunta vem à mente: o que está por trás deste imbróglio envolvendo a Prefeitura, Airton Nogueira e o Senac? Há quem aposte que pendengas políticas travam esta novela. Aguardemos os próximos capítulos. 


Divulgação



Homem do tempo
O deputado federal Junji Abe (PSD) foi apelidado de "homem do tempo" pelo vereador Francisco Moacir Bezerra de Melo (PSB), o Chico Bezerra. 


Direto de Brasília
Tudo por conta dos comentários do parlamentar toda quarta-feira no programa Radar Noticioso, da Rádio Metropolitana. Sempre ao falar com a jornalista Marilei Schiavi, âncora do programa, e que dispensa apresentações, Junji dá um panorama sobre o tempo em Brasília: se está frio, sob nuvens ou com sol de lascar na capital do País.


Herdeiro político
Na última semana, o parlamentar comentou sobre o filho Juliano Jun Abe, que está filiado no PSD e deve sair candidato a vereador nas eleições de outubro de 2012. O pai, Junji Abe, garantiu que o filho não é nenhum grande "puxador de votos", mas se interessou pela política como ele. 


Safra jovem
O deputado afirmou que o caminho da política é muito sacrificante, por experiência própria, por estar na maior parte defendendo interesses públicos e longe da família. Juliano é advogado especializado em Direito Ambiental e deve fazer parte da safra jovem de políticos que tentam uma vaga na Câmara de Mogi.


Bebezinho
Sobre o PSD, recém-criado, Junji Abe analisou que o partido, tal qual um bebê, ainda precisa passar por pelo menos três eleições antes de se firmar de fato no cenário político brasileiro.


Concorrentes
Junji garante que não tem inimigos ou adversários na política, apenas concorrentes, assim como em todos os setores. Discurso bom de político!


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O melhor
E para fechar a coluna deste domingo, com o melhor da semana, na política e nos assuntos locais da cidade e da região, o troféu vai para... o advogado Paulo Passos, que, durante os debates dos "Meninos da Marilei", da Rádio Metropolitana, disse que também acreditava em Papai Noel, fada do dente, duende, mula sem cabeça e por aí vai, ao comentar sobre a "nova" mobilização para que Mogi receba um aeroporto: "Mogi não consegue nem trazer o trem para cá, que dirá o aeroporto", tascou.


O pior
Lamentável foi a postura da Prefeitura de Suzano, que entrou na Justiça contra a decisão que a obrigava a dar respaldo para a família do bebê de três meses que nasceu com má-formação do sistema respiratório. A Justiça obrigou a administração municipal petista a custear o tratamento que está sendo realizado no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, em Bauru. 


Solidariedade
Felizmente, a sociedade, indignada, se mobilizou após reportagem do Diário do Alto Tietê, jornal do Grupo Mogi News, mostrando a situação, e a família ganhou o aparelho que o bebê precisava. Além disso, a criança precisa de um leite especial para evitar o refluxo, já que respira pela boca, fora fraldas e medicamentos específicos para o caso, que é bem raro.


Fonte:Mogi News

Caso skinheads Vítima diz que pulou de trem para sobreviver


Flávio Cordeiro, que perdeu um braço, reafirmou que ele e o amigo, que morreu, foram obrigados por três homens armados a pular de composição
Deize Batinga
Da Reportagem Local
Jorge Moraes

O advogado Paulo Passos (à esq.) e a vítima Flávio Cordeiro querem que acusado pague por crime
"Estou tranquilo e sei exatamente o que aconteceu naquele dia. Eu não seria louco de acusar um inocente, uma pessoa que não tivesse feito nada comigo e com o meu amigo". Foi assim que Flávio Augusto do Nascimento Cordeiro, hoje com 24 anos, rebateu a tese do advogado de defesa de Vinícius Parizatto, o criminalista José Beraldo. Para o defensor, o chamado caso skinhead, considerado um crime, pode ter sido um acidente. Parizatto vai a júri popular nesta quarta-feira.


Cordeiro perdeu um braço no dia 7 de dezembro de 2003, quando teria sido obrigado por Parizatto, Juliano Aparecido de Freitas, o Dumbão, e Danilo Gimenes Ramos a pular de um trem em movimento na estação de Brás Cubas. O amigo dele, Cleiton da Silva Leite, que também teria sido ameaçado, morreu após se jogar da composição. "Os três estavam armados e vieram de forma violenta para cima de nós. Eles gritavam: ou pula ou morre. Na época, pensamos que, ao pular, teríamos chance de escapar com vida", lembrou.


Para o advogado das vítimas, Paulo Passos, dizer que esse crime pode ter sido um acidente é um uma provocação à sociedade mogiana. "O que houve foi um crime bárbaro, cometido por intolerância. Eles foram tão valentes ao correrem e gritarem ´ou pula ou morre´ e agora vão ser covardes ao ponto de dizerem, por favor, tenham piedade de mim? Não é assim que a justiça se faz".


Agora, a quatro dias do julgamento, vítima e advogado esperam que a justiça seja feita: "Ele precisa pagar pelo crime que cometeu. Ele devia ser homem e falar ´eu fiz mesmo e vou pagar pelo que fiz´. Até parece que foi ele quem perdeu um membro do corpo e um ente querido da família", apontou Cordeiro. "Ele (Parizatto) confessou a prática do crime na polícia e agora, de uma hora para outra, quer imputar a culpa aos colegas? O réu em sua defesa tem de apresentar teses, desde que sejam compatíveis com o processo", explicou Passos.




Fonte:Mogi News

Transporte público Arujá e Itaquá vão ganhar corredor

Projeto da EMTU, orçado em R$ 118 milhões, deve ser concluído até 2014 e atenderá 89 mil usuários por dia
Cibelli Marthos
Da Redação
Jorge Moraes

Novo corredor de ônibus vai ligar a Via Dutra e a Ayrton Senna
Arujá e Itaquaquecetuba devem receber um corredor de ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) que ligará as duas cidades. O objetivo do projeto, que atenderá os eixos nordeste e leste da região metropolitana de São Paulo, é facilitar a transposição das rodovias Presidente Dutra (BR-16) e Ayrton Senna (SP-70). De acordo com a Assessoria de Imprensa da EMTU, o corredor, que será concluído até 2014, deverá ampliar o atendimento da região, que concentra um grande número de pessoas. O investimento previsto é de R$ 118 milhões.


Segundo a estatal, no momento, está sendo feita a contratação do projeto funcional, por isso, ainda não é possível saber se serão construídos acesso ou viadutos especiais para a ligação entre os dois municípios. A EMTU informou apenas que está prevista a instalação de um terminal em cada cidade. Desses locais, partirão os ônibus que devem atender 89 mil usuários por dia. No caso de Itaquá, o corredor terá integração com a Linha 12-Safira (Brás Calmon Viana), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Caso a estrutura seja semelhante a outras já criadas no Estado, o corredor, que terá 13 quilômetros de extensão, poderá contar com faixas exclusivas para ônibus, redistribuição das paradas e readequação dos semáforos ao longo do traçado.


De acordo com a concessionária, apesar de a região já contar com 16 linhas intermunicipais operadas por concessionárias da EMTU/SP entre os dois municípios e também ser atendida pelos trens da CPTM, o transporte público dos municípios está "sensivelmente comprometido com o tráfego saturado da região", por isso a necessidade de se criar o corredor.


O projeto, que beneficiará Itaquá e Arujá, faz parte da política da empresa de incentivar o uso do transporte não poluente, "além de favorecer a mobilidade dos usuários nos seus deslocamentos". Assim como já é feito em outras cidades, o corredor que atenderá a região poderá contar com bicicletários e até mesmo ciclovias. Além do Alto Tietê, serão beneficiadas com corredores as regiões de Guarulhos, Itapevi, Cotia, São Mateus e Jabaquara.


Fonte:Mogi News

Notificação compulsória Comunicação de violência contra criança agora é obrigatória por lei

Treinamento em Mogi para reconhecer sinais de violência será dado pela Vigilância Epidemiológica Estadual
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Divulgação


Segundo conselheira tutelar, que comentou a lei, a população mogiana já tem consciência que comunicar violência é importante
O prefeito de Mogi das Cruzes, Marco Aurélio Bertaiolli, sancionou, há uma semana, a Lei de Notificação Compulsória. Com isso, casos de violência, comprovados ou suspeitos, envolvendo crianças e adolescentes, identificados nas redes pública e privada, devem ser obrigatoriamente notificados de forma online ao poder público. Com a lei, a administração já começa a preparar a capacitação dos profissionais. O treinamento para reconhecer sinais de violência será dado pela Vigilância Epidemiológica Estadual. 
A capacitação vai acontecer em várias etapas: a primeira vai contemplar os profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros. O segundo grupo a passar pelo treinamento serão os professores e diretores, seguidos de assistentes sociais e instituições. Por último, receberão as instruções o quarto grupo de profissionais, ligados à segurança como Corpo de Bombeiros, policias Militar e Civil, delegados. A previsão é que a capacitação comece, gradativamente, ainda este ano. 
Só neste ano, 100 denúncias de agressão a menores já foram comunicadas ao poder público. A comunicação da violência já era obrigatória, tanto na rede municipal de saúde, quanto privada. O que fortaleceu e incentivou a comunicação foi a implantação do Sistema Integrado de Saúde (SIS), que estabelece a troca de informações entre unidades municipais de saúde sobre o paciente. "Se uma criança é atendida às 8 horas em um posto de saúde e volta a ser atendida às 16 horas em outro posto, por exemplo, nós temos como saber e ter acesso às queixas registradas, aumentando a possibilidade de identificar situações de violência", destacou Cláudio Miyake. Até o final do ano, este processo vai ser ampliado com a implantação do prontuário eletrônico, que disponibiliza aos médicos da rede municipal a obtenção de dados mais precisos e sigilosos sobre o atendimento do paciente. 
Com a legislação em vigor, todas as denúncias de violência serão analisadas pelo Comitê Municipal de Investigação dos Casos de Violência e encaminhadas, de acordo com cada caso, para órgãos responsáveis, como o Conselho Tutelar e até a Delegacia de Polícia. "Posteriormente teremos condições de ampliar estas notificações a mulheres e idosos", afirmou Miyake.


Resultados
O projeto ainda precisa de algumas adequações para que ocorra a comunicação entre diversos setores da cidade, mas já apresenta resultados. 


Ajuda
Segundo a conselheira tutelar Mônica Marques, a própria população já tem consciência que comunicar casos de violência é importante. "A notificação compulsória vai nos ajudar a chegar até aqueles pais que, por um motivo ou outro, não foi flagrado anteriormente. Além disso, estas denúncias devem partir das escolas". Outro papel importante da lei, segundo ela, é apresentar ao município a real demanda de atendimento, e nortear os investimentos. "Temos apenas cinco psicólogos para atender toda a população de Mogi, por exemplo. O sistema integrado de comunicação pode ajudar o poder público a identificar os problemas familiares que acabam nas agressões, e proporcionar apoio a estas famílias, com a contratação de mais psicólogos, entre outras ações", explicou.


Fonte:Mogi News

Na sala de aula Educadores discutem violência em alta de alunos contra professores

Casos mais recentes serviram para mais uma vez mostrar a fragilidade do sistema educacional no País
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Inês: sucateamento da escola
Sociedade violenta, falta de investimentos em projetos educacionais e estrutura física, valores ligados ao consumo, transformação da escola em "guardadores de crianças" e a desvalorização do professor. Estes foram alguns dos motivos apontados por educadores e professores ouvidos pelo Mogi News sobre um tema que repercutiu negativamente no Estado na semana passada: as cenas de violência cometidas por alunos contra professores dentro das salas de aula. 
Na segunda-feira da semana passada, um estudante mogiano de 14 anos agrediu uma professora de Matemática na Escola Estadual Euryclides de Jesus Zerbini, no Jardim Margarida. A vítima foi atingida por um soco nas costas, depois de ter pegado o celular da carteira do aluno. O jovem teria se recusado a desligar o aparelho. 
Dois dias depois, um novo caso de violência. Este com proporções gigantescas. Um aluno de 10 anos da 4ª série da Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, atirou na professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38. Em seguida, ele se matou com um tiro na cabeça.


Os casos serviram para mais uma vez mostrar a fragilidade do sistema educacional, comprovada por meio das entrevistas feitas com seis profissionais de educação. Eles tiveram um discurso quase uníssono em afirmar que o caso de São Caetano deve ser usado como marco para mudar o sistema educacional brasileiro.


Opiniões
A conselheira regional do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Inês Paz, avaliou que "a política de sucateamento trouxe como reflexo as tensões para dentro da sala de aula". "A escola deixou de ser um local da busca pelo conhecimento e se transformou em um depósito de crianças", afirmou.


Já o coordenador da Apeosp de Mogi das Cruzes, Roberto Fukumaro, acredita que a família precisa ser co-responsável pela educação dos jovens. "Os parentes hoje em dias não têm conseguido identificar comportamentos anormais dentro de casa. Hoje, a escola é um ambiente hostil, muito em reflexo da sociedade", disse.


Com 35 anos de experiência na rede pública de ensino, a professora e ex-vereadora de Mogi, Sônia Sampaio, destacou que "chegou o momento do governo e da sociedade definirem o que desejam a partir de agora da educação brasileira. "Episódios como estes chocam a todos, mas se não tomarmos uma atitude eles se tornarão fatos rotineiros", salientou.


O presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo, Celso Napolitano, que representa os educadores da rede particular de ensino, tem um posicionamento semelhante ao da ex-vereadora. "O desprestígio social do professor gera essa violência injustificada. Enquanto tudo que o aluno faz é permitido, nada que o professor realiza é respaldado. Se a progressão continuada é um assunto polêmico na rede pública, o aluno/cliente é o mal na rede particular. Se o pai paga, o aluno é obrigado a ser aprovado", revelou. "A sociedade precisa tomar o seu lugar e passar a discutir como sair desta situação e este é o ano para isso, quando o governo elabora o Plano Nacional da Educação que definirá as diretrizes para os próximos 10 anos", alertou.


Fechar para balanço
"Chegou a hora das escolas chamarem alunos, governantes e educadores reunir todo mundo e fechar as portas das instituições de ensino para fazer um balanço", salientou o historiador e professor universitário Mario Sérgio de Moraes. 
"Há algum tempo que o mundo é movido pelo consumismo. O mercado é voraz e ninguém tem mais o sentido de solidariedade. A escola está inserida neste meio e o que acontece fora da sala de aula, também acontece dentro dela", comparou.


A historiadora Ivone Marques conta ser "preciso separar o caso de São Caetano, por se tratar de um fato isolado, causado por um problema patológico". "De maneira geral, a escola perdeu o sentido original de educar e hoje é tratada como uma aprisionadora de alunos". "Se perguntarmos para 10 estudantes se eles aprendem mais na sala de aula ou na internet, pelos menos nove dirão internet. A degeneração cultural traz como reflexo a aglutinação de jovens aprisionados horas dentro das escolas", opinou.


Fonte:Mogi News