sexta-feira, 19 de junho de 2020

NACIONAL: Abraham Weintraub deixa o Ministério da Educação

8 horas atrás4 min. - Tempo de leitura
Avatar
Agencia Estado
Compartilhe!

SAÍDA O ministro da Educação, Abraham Weintraub anuncia que deixará o governo. (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasi)
Em vídeo publicado nas redes sociais, o ministro da Educação, Abraham Weintraub anunciou nesta quinta-feira (18) sua saída do governo. O presidente Jair Bolsonaro vinha sendo pressionado a fazer um gesto de trégua ao Supremo Tribunal Federal (STF), e aparece ao lado de Weintraub no vídeo com o anúncio da demissão, a exemplo do que fez com Regina Duarte. Weintraub foi o décimo a cair desde o início do governo.

“Eu estou saindo do MEC, vou começar a transição agora e nos próximos dias eu passo o bastão para o ministro que vai ficar no meu lugar, interino ou definitivo. Neste momento, não quero discutir os motivos da minha saída, não cabe. O importante é dizer que recebi o convite para ser diretor de um banco, já fui diretor de um banco no passado, volto ao mesmo cargo, porém no Banco Mundial”, disse Weintraub em vídeo publicado no Twitter.

Após a fala de Weintraub no vídeo, Bolsonaro diz que é “um momento difícil para todos”, mas afirmou que vai manter os compromissos de campanha. “É um momento difícil, todos os meus compromissos de campanha continuam de pé. A confiança você não compra, você adquire. Todos que estão assistindo são maiores de idade e sabem o que o Brasil está passando. O momento é de confiança, jamais deixaremos de lutar pela liberdade”, declarou

Segundo o agora ex-ministro, ele deve assumir uma representação brasileira na diretoria do Banco Mundial, que fica sediado em Washington, nos Estados. O atual secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, nome ligado ao guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, é cotado para assumir seu lugar na pasta.

Weintraub ficou 14 meses no cargo, período no qual acumulou desavenças com reitores, estudantes, parlamentares, chineses, judeus e, mais recentemente, ministros do Supremo. O argumento dos que defendiam a demissão era de que ele se tornou um gerador de crises desnecessárias justamente no momento em que o presidente, pressionado por pedidos de impeachment, inquérito e ações que podem levar à cassação do mandato, tenta diminuir a tensão na Praça dos Três Poderes.

A permanência no posto se tornou insustentável após Weintraub se reunir, no domingo, 14, com manifestantes bolsonaristas e voltar a atacar ministros do Supremo. O grupo desrespeitou uma ordem do governo do Distrito Federal, que proibiu protestos na Esplanada dos Ministérios.

No encontro, o agora ex-ministro repetiu a crítica a magistrados: “Eu já falei a minha opinião, o que faria com esses vagabundos”. A declaração remete ao que ele já havia dito na reunião ministerial do dia 22 de abril. À época, Weintraub afirmou que, por ele, colocaria na cadeia os ministros da Corte, a quem classificou como “vagabundos”. Weintraub responde a um processo por causa dessa afirmação.

Na segunda-feira, 15, Bolsonaro chegou a recriminar a ida do seu ministro ao ato, dizendo que ele não foi “prudente”. Na ocasião, já indicava que o auxiliar seria demitido.

Amigo dos filhos do presidente, Weintraub vinha resistindo no cargo nos últimos meses por manter o apoio da ala ideológica do governo, da qual fazia parte. Ao nomear um “olavista” como substituto, Bolsonaro reduz as críticas que poderiam surgir em sua base mais radical.

Gestão na educação também foi contestada

Weintraub assumiu o cargo em abril do ano passado, no lugar do professor Ricardo Vélez Rodriguez, demitido por apresentar “problemas de gestão”, nas palavras do próprio Bolsonaro.

Embora seguisse com prestígio na ala ideológica, a gestão de Weintraub também era alvo de críticas na comunidade acadêmica e no meio político. Como mostrou o Estadão nesta quarta-feira, radiografia feita na pasta por uma comissão da Câmara indicou uma série de “omissões” do ministro durante o enfrentamento da crise do coronavírus no País. O grupo já havia apontado em novembro “paralisia” nas ações da pasta.

Logo após assumir o ministério, Weintraub também enfrentou protestos em todo o País contra o corte nos orçamentos de universidades federais. Em entrevista ao Estadão, ele afirmou que reduziria os repasses a instituições que não apresentassem o desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, promovessem “balbúrdia” em seus câmpus.

A frase foi usada por estudantes durante atos nas ruas e o MEC precisou recuar, estendendo o bloqueio de verba para todas as universidades federais. Recentemente, os ataques a Weintraub aumentaram nas redes sociais após sua resistência em adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mesmo assim, em maio, o governo confirmou que o Enem será postergado, por causa da pandemia do coronavírus.

A decisão, porém, expôs mais um capítulo da queda de braço dentro do governo. Bolsonaro teve de enquadrar Weintraub após ser informado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que sofreria derrota no Congresso se insistisse em manter a data do Enem.

Fonte:O Diário de Mogi

PANORAMA: Pandemia de Covid-19 começa a se estabilizar em Mogi, avalia secretário de Saúde

18 horas atrás3 min. - Tempo de leitura
Silvia Chimello

Compartilhe!

ALERTA O secretario municipal de Saúde, Henrique Naufel, diz que mogianos precisam manter cuidado preventivo. (Foto: arquivo)
Tudo indica que Mogi das Cruzes já passou pelo platô de pico de casos de contaminação e de internação na rede hospitalar que atende pacientes com a Covid-19. Nas últimas semanas houve uma pequena redução nos casos registrados no município e a curva da evolução da doença está se estabilizando. A avaliação é feita pelo secretário municipal de Saúde, Henrique Naufel, que mesmo assim afirma que o momento exige muita cautela e que ainda é preciso aguardar mais alguns dias para confirmar se essa tendência de queda vai se manter após o início da flexibilização de algumas atividades econômicas.

Os números apurados desde a semana passada pela secretaria demonstram que os casos de contágio continuam acontecendo, só que em uma velocidade bem menor. Esses mesmos resultados estão sendo observados na quantidade de óbitos registrados em Mogi. Houve ainda redução nas internações e ocupações das Unidades de Terapia Intensiva (UTI), como demostram os balanços publicados por O Diário e também pela Prefeitura, que faz a atualização todos os dias. O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) confirma queda na região de 60% nos casos de Covid-19 nos primeiros 15 dias de junho em relação à última quinzena de maio. As mortes recuaram em 13%.

O secretário ressalta que essa tendência só será confirmada nos próximos dias. Ele alega que o desafio nesse momento será manter os níveis de estabilidade com a reabertura de atividades do comércio e de serviços, autorizada Governo do Estado, que deu sinal verde para Mogi e Alto Tietê migrar da fase 1, vermelha, para a dois, laranja, no Plano São Paulo. “Ainda vamos demorar alguns dias para avaliar o comportamento do vírus com o aumento de pessoas nas ruas”, reforça o secretário, que mais uma vez destaca a importância de a população contribuir com esse processo, seguindo os protocolos de segurança, as medidas de isolamento social, uso de máscaras e todas as regras para combater o vírus.

Ontem, por exemplo, o isolamento em Mogi estava em 44%, considerado bem abaixo do ideal de 70%. “A população teve um certo relaxamento, o que é natural depois de tanto tempo de confinamento, mas não pode haver relaxamento. As medidas precisam ser reforçadas e todos os cuidados também para que a cidade siga em frente com o plano de reabertura”, lembrando que a mudança para uma nova fase, a terceira, envolve a somatória de vários fatores como ocupação de leitos, isolamento, aumento de casos e de óbitos, entre outros que irão demonstrar se a situação está sob controle.

Fonte:O Diário de Mogi
18 horas atrás3 min. - Tempo de leitura
Silvia Chimello

Compartilhe!

ALERTA O secretario municipal de Saúde, Henrique Naufel, diz que mogianos precisam manter cuidado preventivo. (Foto: arquivo)
Tudo indica que Mogi das Cruzes já passou pelo platô de pico de casos de contaminação e de internação na rede hospitalar que atende pacientes com a Covid-19. Nas últimas semanas houve uma pequena redução nos casos registrados no município e a curva da evolução da doença está se estabilizando. A avaliação é feita pelo secretário municipal de Saúde, Henrique Naufel, que mesmo assim afirma que o momento exige muita cautela e que ainda é preciso aguardar mais alguns dias para confirmar se essa tendência de queda vai se manter após o início da flexibilização de algumas atividades econômicas.

Os números apurados desde a semana passada pela secretaria demonstram que os casos de contágio continuam acontecendo, só que em uma velocidade bem menor. Esses mesmos resultados estão sendo observados na quantidade de óbitos registrados em Mogi. Houve ainda redução nas internações e ocupações das Unidades de Terapia Intensiva (UTI), como demostram os balanços publicados por O Diário e também pela Prefeitura, que faz a atualização todos os dias. O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) confirma queda na região de 60% nos casos de Covid-19 nos primeiros 15 dias de junho em relação à última quinzena de maio. As mortes recuaram em 13%.

O secretário ressalta que essa tendência só será confirmada nos próximos dias. Ele alega que o desafio nesse momento será manter os níveis de estabilidade com a reabertura de atividades do comércio e de serviços, autorizada Governo do Estado, que deu sinal verde para Mogi e Alto Tietê migrar da fase 1, vermelha, para a dois, laranja, no Plano São Paulo. “Ainda vamos demorar alguns dias para avaliar o comportamento do vírus com o aumento de pessoas nas ruas”, reforça o secretário, que mais uma vez destaca a importância de a população contribuir com esse processo, seguindo os protocolos de segurança, as medidas de isolamento social, uso de máscaras e todas as regras para combater o vírus.

Ontem, por exemplo, o isolamento em Mogi estava em 44%, considerado bem abaixo do ideal de 70%. “A população teve um certo relaxamento, o que é natural depois de tanto tempo de confinamento, mas não pode haver relaxamento. As medidas precisam ser reforçadas e todos os cuidados também para que a cidade siga em frente com o plano de reabertura”, lembrando que a mudança para uma nova fase, a terceira, envolve a somatória de vários fatores como ocupação de leitos, isolamento, aumento de casos e de óbitos, entre outros que irão demonstrar se a situação está sob controle.

Fonte:O Diário de Mogi

INVESTIGAÇÃO: Ex-assessor de Flavio Bolsonaro, Queiroz é preso em imóvel do advogado da família Bolsonaro em Atibaia

13 horas atrás3 min. - Tempo de leitura
Avatar
Agencia Estado
Compartilhe!

Fabricio Queiroz é ex-assessor de Flavio Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
O policial militar aposentado Fabrício Queiroz foi preso nesta quinta-feira (18), em Atibaia, no interior de São Paulo, numa operação da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo, segundo informações da Globo News. Queiroz é ex-assessor parlamentar do gabinete de Flávio Bolsonaro, quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro. Ele estava num imóvel do advogado de Flávio e não teria reagido.

A prisão faz parte de desdobramento da investigação que apura esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que é o desvio de públicos por meio da devolução parcial de salário pelos assessores. Ele também é investigado por lavagem de dinheiro fazendo transações imobiliárias com valores de compra e venda fraudados.

Queiroz é investigado pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro após um relatório do Coaf, revelado pelo Estadão em dezembro de 2018, apontar movimentação atípica em sua conta de R$ 1,2 milhão. Em abril de 2019, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário de Queiroz, do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e de outras 84 pessoas e nove empresas entre 2007 e 2018.

Imóvel

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) confirmou que o imóvel em que Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso mais cedo na cidade de Atibaia (SP) é um escritório do advogado Frederick Wassef. O criminalista defende o filho do presidente Jair Bolsonaro no caso que apura suposto esquema de “rachadinha” de verbas no seu antigo gabinete como deputado estadual.

Em nota, o MP-SP relata que o Gaeco foi responsável por levantar informações sobre o terreno no município paulista e pela confirmação do alvo da operação. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça do Rio de Janeiro, a pedido do Grupo de Combate à Corrupção (Gaecc) do Ministério Público fluminense. A promotoria informa ainda que Queiroz será transferido para o Rio ainda nesta quinta-feira (18). O ex-assessor foi levado para a capital paulista.

Operação

Os Ministérios Públicos do Rio e de São Paulo deflagraram na manhã desta quinta-feira, 18, a operação Anjo, e prenderam o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz em Atibaia, cidade do interior de São Paulo. Além dele, a operação mira o servidor da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) Matheus Azeredo Coutinho, os ex-funcionários da casa Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.

A operação está relacionada ao inquérito sobre as “rachadinhas” no gabinete do filho do presidente Flávio Bolsonaro à época em que era deputado estadual.

Contra outros suspeitos de participação no esquema, a Justiça fluminense decretou medidas cautelares que incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, o comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas.

Queiroz começou a ser investigado pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro após um relatório do Coaf, revelado pelo Broadcast/Estadão em dezembro de 2018, apontar movimentação atípica em sua conta de R$ 1,2 milhão. Em abril de 2019, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do seu sigilo fiscal e bancário, do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e de outras 84 pessoas e 9 empresas entre 2007 e 2018.

Fonte:O Diário de Mogi