segunda-feira, 25 de julho de 2016

Eduardo Suplicy é preso durante reintegração de posse

PANORAMA


 25 de julho de 2016  Comentários (0)  Panorama, QUADRO DESTAQUE  Like
O ex-senador e candidato a vereador Eduardo Suplicy (PT) foi preso na manhã desta segunda-feira (25), durante uma ação de reintegração de posse da Polícia Militar, na Zona Oeste de São Paulo. A tropa de choque da Polícia Militar lançou bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar um grupo de sem-teto que impedia a reintegração. Suplicy chamou o ato da PM de “inaceitável” e que sua detenção foi “truculenta”.

A polícia informou que o ex-senador Eduardo Suplicy (PT) liderou uma ação para impedir a passagem dos tratores para destruir os barracos. O ex-senador e os moradores deitaram no chão para impedir a passagem dos tratores. Segundo a polícia, Suplicy foi detido e encaminhado para prestar depoimento na delegacia. “A truculência da Polícia Militar do governo Alckmin é inaceitável. Se fazem isso com um ex-senador da República, imagine o que sofre a população que tanto precisa de apoio”, disse o petista em sua página em uma rede social.

A reintegração
O protesto começou por volta das 5h desta segunda-feira (25) quando a polícia chegou ao terreno ocupado, na rua Carlos Faria e com mais de 11 mil metros quadrados, no Jardim Raposo Tavares, para retirar os moradores.

Os manifestantes fizeram barricadas e atearam fogo durante a manifestação na rua José Porfírio de Souza para tentar impedir a chegada do oficial de Justiça. Eles também obrigaram o motorista e o cobrador de um ônibus a desembarcarem, e cruzaram o veículo na rua.

Por volta das 8h, a tropa de choque chegou ao local para retirar as famílias. Segundo a PM, os moradores atearam fogo em um ônibus -que foi controlado rapidamente- e atiraram pedras e pedaços de paus contra a polícia. Os policiais revidaram com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.

Fonte:O Diário de Mogi

Nelson Albissú na Entrevista de Domingo

CIDADES
24 de julho de 2016  Comentários (0)  Cidades  1
Nelson Albissu é escritor e dramaturgo. (Foto: Arquivo)
Nelson Albissu é escritor e dramaturgo. (Foto: Arquivo)

ELIANE JOSÉ
Aos 22 anos, o escritor e dramaturgo Nelson Albissú foi estudar à noite para concluir o primeiro grau, inacabado na meninice. O autor de 64 títulos infantis, publicados em espanhol, francês, inglês e, daqui a pouco, em mandarim, lamenta ter conhecido Monteiro Lobato adulto. Na adolescência, devorou Freud e a obra de Jorge Amado. Alma e mão de escritor vão amadurecer mais tarde, quando escritos bobos, em guardanapos da lanchonete do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade Braz Cubas foram parar na mesa de José Veiga, dono de conhecida gráfica mogiana e, depois, impressos. Leitor de jornal, revista, livro, bula de remédio, Nelson Albissú diz nunca ter pensado em teatro e literatura até conhecer Clarice Jorge, Adamilton Andreucci, Gil Fuentes. Nem os amigos mais chegados acreditavam que ele deixaria a promissora carreira na indústria para seguir pelo caminho oposto, já pai dos quatro primeiros filhos, aos 34 anos. Nelson está a um mês dos 68 anos. Para esta Entrevista de Domingo o traçado era contornar a vida acadêmica e pública do paulistano nascido num parto natural no bairro do Ipiranga, na Capital, os tempos vividos em Santo André, a vinda para Mogi das Cruzes durante a instalação da Resana (hoje,  Reichold Do Brasil) num grande terreno da Vila Cintra, em Braz Cubas, e a experiência contra o câncer no pâncreas, que o surpreendeu na última noite do Carnaval que passou. Logo no início ele freia: “Eu não gostaria de falar sobre a doença. Ainda trato de algo que não consigo definir”. Pedido feito, atendido em parte, acompanhe trechos da envolvente fala sobre a vida, amizade, velhice, presente e futuro:

Nelson, conte sobre sua origem.
Nasci numa madrugada fria, no final de agosto, na casa onde morávamos, no Ipiranga, em São Paulo. A parteira era Amábile, que ficou conhecida por ter ido presa, depois, por um parto malsucedido. O meu nome foi escolhido para ser de um irmão, nascido antes de mim, e que morreu cedo. O meu pai, Casemiro Albissú, era contra repetir o nome, queria Luiz Carlos, em homenagem ao Prestes, líder comunista que ele idolatrava. Minha mãe, Lourdes Marin, insistiu e fui registrado Nelson.

E o Albissú?
É sobrenome da família de origem árabe, das Astúrias, na Espanha. Significa ‘o branco”, embora os meus traços sejam árabes.

Seu pai era comunista?
Era. Ele foi lavrador em Taubaté, de onde saiu em busca do sonho de ser operário, industriário na Capital, quando o meu avô morreu. Trabalhou com os ingleses nas Linhas Correntes, que só admitiam gente “bonita”. Em São Paulo, por causa das opiniões dele, a família foi muito perseguida – ele estendia um fio de arame na porta de entrada até onde estava dormindo, para ser avisado da chegada da Polícia. Por isso, foram viver em Santo André.

E você, adotou o comunismo?
Não, não e devo isso ao meu tio, Nestor. Quando tinha 18 anos e  já trabalhava, fui comprar o meu primeiro terreno. Eu  já era casado, com a Geny. E precisei de um fiador, falo com um e com outro e foi ele quem me fiou. Em casa, todos eram comunistas, minha avó jogou fora todos os santos. Acreditavam na promessa de que os comunistas iriam dar casa para todos. Imagine, nem  na Alemanha o regime deu certo. O meu tio era desacreditado porque bebia, mas disse e eu gravei: enquanto todos esperam pela casa dos comunistas, eu já tenho a minha casa.

A família morava junta?
Sim, moramos com a minha avó Maria Francisca. Para mim, foi dela que herdei a sensibilidade. Tinha conhecimentos natos, olhava o céu, e reconhecia as estrelas, constelações; olhava uma planta e sabia como se chamava, para que servia.

E como foi a infância?
Muito diferente. Com 8 anos já trabalhava de maneira informal com a venda de tijolos, areia, depois, porcelanas. Com 13 anos e meio fui registrado. Discordo do tratamento dado agora a quem trabalha cedo. Era uma forma de aprender um ofício. Conheço homem com 23 anos sem um dinheiro no bolso, quando tem, o pai quem deu.

E as memórias desse tempo?
O menino que há em mim não acaba.

Você casou com 18 anos?
É quase uma tradição na minha família. Casei com 18 anos e meio, minha filha, com 17 e meio, e tenho uma bisneta, e uma filha, com apenas 22 anos.

E quando você veio para Mogi?
Vim quando a Resana estava sendo instalada em Braz Cubas, por isso, tenho raízes “brascubenses”. Trabalhei ali 19 anos, quando comecei uma vida totalmente diferente, fui dar aula, de manhã, tarde e noite, em Santos, onde atuei durante 26 anos, na Faculdade Lusíada, como professor, na UniSantos, na gradução e com a terceira idade, e na área da Cultura, no Colégio de Coração de Maria. Ia no domingo, voltava na quarta-feira, quando comecei na Cultura (Prefeitura, em Mogi),e, como o horário era flexível, trabalhava de dia e de noite.

Da indústria para a sala de aula?
As coisas acontecem na minha vida, e de repente. Um dia eu me vi fazendo mestrado na USP, nunca sonhei com isso. Meu pai era um analfabeto e não acreditava nessa coisa de escola. Desde criança os professores viram algum talento para redação, tirava nota, não aprendi o português. Eu estudei somente até o quarto ano. Depois, fui trabalhar, e voltei para a escola aos 22 anos. Na Faculdade de Direito, na UBC (a primeira foi de Administração de Empresas), uma amiga, Marilena, reuniu o que eu escrevia em guardanapos e mandou para o José Veiga, dono da gráfica Veiga. Um dia ele me liga e pergunta se poderia publicar. E eu, sempre prático, do setor administrativo, perguntei: quanto vai custar? Ele: nada. Eu nunca fui artista e até hoje não sou um poeta. Quando escrevo, sempre tenho a noção do início, meio e fim da história, da peça.

Conviveu com os poetas mogianos?
Sim, com o João Evangelista, Inocêncio Candelária (colunista de O Diário), Botyra Camorim. Tem um caso engraçado: no final do governo Waldemar Costa Filho, o Roberto Monteiro cuidava da Cultura e foi jornalista de O Diário, me convidou para um encontro de escritores e saiu uma briga terrível, porque se fez uma enquete sobre a reativação do Centro Mello Freire de Cultura. Eu não entendia nada daquilo, votei com a maioria. Foi criado o Centro Mello Freire de Cultura e a Nyssia de Freitas Meira, queridíssima amiga, a grande delegada da gramática, me convidou para ser o secretário. Fazer ata para a Nyssia? Eu disse: não, não, não. E ela: sim, sim, sim. Eu fui, imagine você! Não gosto de fazer atas, mas cuidei delas no Grupo de Administradores de Pessoal (GAP), onde tenho amigos até hoje.

E depois?
Comecei a circular com esse pessoal, durante o governo do prefeito Antonio Carlos Machado Teixeira, com Armando Sérgio da Silva na Cultura, e com outros, Adamilton, Denerjânio (Tavares de Lira). E, depois, a Prefeitura promoveu um concurso de Prosa e Verso. Foram 287 concorrentes, e eu consegui o primeiro no lugar nas duas categorias. O vencedor recebia um cheque. E a Clarice me ligava, na Resana, falando que eu teria de ir buscar. Bem, a indústria é uma coisa rígida, ninguém sai assim, quando quer. Ela me disse: você conhece a Clarice Jorge? Eu respondo, não. E combinamos para eu pegar o dinheiro com ela, à noite, no Colégio São Marcos, onde ela ensaiava o Teatro Experimental Mogiano (TEM). Eu fui uma, duas vezes…

E como foi esse contato com o teatro?
Nos laboratórios não entrava na minha mente aquilo “de o ator se sentir uma semente”, o processo de criação. Sempre fui do administrativo, mas aquilo me encantava. Conheci o Gil Fuentes, que queria montar a Maria Minhoca, da Maria Clara Machado, mas precisava de um ator, que não aparecia. E eu fui ser o João Buldog, sem prática nenhuma. Descobri que gostava dos bastidores, da teoria, da dramaturgia. O ensino brasileiro fala da prosa, do verso, nunca estimula a leitura de uma peça de teatro, que tem uma carpintaria exclusiva, uma engrenagem própria. Por que ninguém monta Machado de Assis? Porque as peças dele não têm essa carpintaria.

Nasce a primeira peça, a Última Estação – Se Tivéssemos Tempo?
Eu escrevi em 1984, escrevi e mostrei para a Clarice, que não disse se gostou ou não gostou. Ela é assim. Só respondeu: ‘Vou montar’. Foi um tempo de grande movimentação teatral, tanto que criamos uma federação de teatro. Não tinha nem videocassete, tinha peça de teatro toda noite.

A peça seguiu?
Quando você pensa em teatro, em ser ator, pensa em fazer sucesso na Globo. E não é assim. Li na Folha de S. Paulo sobre o festival de teatro do Sesi, falei com a Clarice, e ela: “é carta marcada, não vamos entrar”. Inscrevi e entramos, eram 12 peças inscritas e a única de autor vivo era a minha. O restante era Shakespeare, Nelson Rodrigues, o que tinha morrido mais recente.

A indústria ficou no passado?
Os amigos acreditavam que, quando eu pedi demissão, iria montar um negócio, um açougue. Me entrego ao que faço. Na Resana eu plantava uma árvore, adquiria um ventilador, vibrava. A empresa estava mais do que na minha camisa, era meu sangue. Sempre fui um ‘bom escravo’, diz um amigo, e eu fui totalmente feliz lá. E o mesmo ocorreu depois, em Santos, com a terceira idade, e em Mogi. Eu amo Mogi de coração, há 42 anos. Quando cheguei, o Mário Ioshida (já falecido, morador de Braz Cubas) me viu com o meu fusca velho, calça boca de sino e cabelo a lá Beatles, não deixou nem eu sair do carro, ele pegou e me levou ao Sesi, para conhecer o diretor. Como a dizer, aqui não é terra de ninguém. E Mogi tem isso, veja o nosso Arquivo Histórico, poucas cidades tiveram mogianos que pensaram em preservar sua história como aqui.

O idoso foi tema do mestrado?
Eu fiz a escola de teatro com o Antunes Filho. E fiz mestrado em teatro, na área de teoria dramática, em sete anos, antes eram 10 anos, e hoje, em um ano e meio, veja você. Quando surgiu a ideia, “Os Velhos de Jorge Andrade”, o crítico Sábato Magaldi [1927-2016], falecido na semana passada, disse que eu não iria conseguir. Ele morava no mesmo prédio do Jorge Andrade [1922-1984], acompanhou a criação das dez peças que são interligadas e fazem uma grande costura sobre a história do Brasil, do índio aos anos do ouro, do café e a industrialização de São Paulo. Eu defendi que o personagem era um idoso, e o Magaldi falava que não era.  Depois, me diria: nem o Jorge Andrade tinha essa noção. Foi nota de louvor de toda a banca. Tratei o velho como velho, e não com a frescura de hoje, de terceira idade, idoso.

O que mudou?
Nós temos um bom estatuto do idoso, que disciplina o que é e como deve ser tratado um idoso. O que as pessoas não compreendem é que há um coração de rapaz e uma perna de velho dentro de um corpo idoso. Tem gente muito velha aos 40 anos e velhos fantásticos aos 90 anos. A felicidade desse idoso me encanta. Quando a Clarice encena pela primeira vez, usa chinelos de dedo, havaianas, saia surrada e lenço. Hoje, 30 anos depois, a Maria Amélia, com 73 anos, usa blusinha de alcinha em cena. Essa é a grande mudança. A peça se tornou atemporal.

O idoso está mais protegido?
O estatuto é muito bom, mas não será implantado da noite para o dia, há uma caminhada para isso.

Dentro de casa também?
Sim, e o Estado diz que primeiro ele é responsabilidade da família, depois da sociedade, por último dele. E há casos de violência, graves. Nunca é um terceiro que tirou o dinheiro de um idoso, é um filho, um neto, um sobrinho. Nem todo velho é doente.  O nosso papel é conectar secretarias – Saúde, Cultura, Educação, além de promover ações.

E você gosta dessa atuação?
Gostava muito de atuar na Cultura, tivemos grandes momentos, o Mateus (Sartori) faz ótimo trabalho, iniciado pelos que o antecederam, Armando Sérgio, Adamilton, Denerjânio, e outros. Mas, sinto que me realizo mais com o idoso.

O idoso sempre esteve na sua obra.
É uma ficha que caiu depois. Em grande parte dos livros tem uma avó, um velho. O coral de vozes para mudar tem de começar pela criança, que não percebe o idoso. Aliás, na criança habita já o idoso. E muitos dão conta disso. É interessante a relação da criança com o idoso. Observe os dois juntos, é um encontro criativo, sem mentira. O idoso diz não gosto disso, e a criança também. A criança me diz: tio, não gostei daquele desenho azul porque não gosto do azul.

Nelson, você voltará a escrever em O Diário?
Quem sabe. Estou num período de ‘inação’… E confesso que sou bastante infiel com o meu leitor. Nos tempos do jornal o prazer era encontrar as pessoas que liam as crônicas. Com o livro também é assim. Encontro adultos que dizem, li O Bicho Homem (1989), a Charalina (1989). Esse é o maior prazer da vida do autor: aquela criança virou moço ou moça e guarda o que leu na lembrança.

E como você começou a escrever para criança?
Aconteceu, compreende (uma palavra sempre presente na conversa). Era amigo da Telume Helen, uma artista que trabalhava no Bradesco, de echarpe, vaso de flor na mesa, cabeça de poeta. Ela desenhava, eu escrevia. Ela era do Grupo Zapt, de bonecos, e eu a convidei para fazermos o Antunes Filho, em São Paulo, íamos de trem. Hoje, atua com o cenógrafo Ferroni. Foi assim, comecei a escrever, deu certo. A mesma coisa ocorreu quando o prefeito Bertaiolli me convidou para ir para a Coordenadoria do Idoso porque ficou sabendo do meu trabalho  em Santos. Estou aqui, e feliz.

E o que você tem feito?
Com o câncer, eu me trato, fico por conta disso. Tenho mais lido, leio muito. A TV me aborrece, eu acho tudo muito repetitivo, o repórter me fala à noite, a mesma coisa que disse à tarde. Não estou em depressão. O câncer não subiu para a minha cabeça. A vida continua me encantando. Sem ser um falso romântico, gosto de viver, de ouvir as pessoas, de saber de suas histórias, de estar com os amigos, como o Adamilton, que me diz que ainda vamos sentar na Praça Oswaldo Cruz para ver Mogi passar, e eu brinco, eu sentarei no Largo do Carmo, onde vive o teatro.

Uma filosofia, antes do ponto final.
Eu não gosto dessa coisa do “se’ eu fosse, se tivesse. Eu digo: se não tem uma viola para tocar, bate um pandeiro, faça do jeito que dá para ser feito. Não dá para ser um aposentado na vida. Aposenta quando morrer. Conheci a energia elétrica com 10 anos, a televisão com 16 anos, passei a infância com o nariz preto de fuligem, da lamparina, que era mais barata do que o lampião, que tinha o risco de quebrar. Quando eu penso nisso digo, eu andei.


Fonte:O Diário de Mogi

Exame toxicológico passa a ser obrigatório para renovar CNH

CIDADES

25 de julho de 2016  Comentários (0)  Cidades  Like
A partir de agora, os motoristas com habilitação nas categorias C, D e E serão obrigados, no Estado de São Paulo, a realizar o exame toxicológico para renovar ou obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A exigência foi estabelecida pela lei federal 13.103/15, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e regulamentada pela resolução 529 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), em vigor em todo o país desde março deste ano. Mesmo quem não utiliza a CNH para fins profissionais precisa se submeter ao exame.

O teste é feito mediante a coleta de cabelo, pelo ou unhas com o objetivo de detectar o consumo de substâncias psicoativas que comprometam a capacidade de direção. O resultado precisa dar negativo para os três meses anteriores ao teste, pois a janela de detecção é de 90 dias.

O 1º passo é o cidadão escolher o laboratório de sua preferência. Como são estabelecimentos comerciais, as empresas seguem a livre demanda de mercado e a legislação federal veta tabelar o preço que cobrado por elas (o custo varia entre R$ 295 e R$ 380). A relação da rede de coleta credenciada pode ser consultada no site do Denatran, no seguinte link:http://www.denatran.gov.br/toxicologico_novo.htm.

Com o laudo do resultado em mãos, o condutor poderá agendar a ida ao Detran.SP e seguir o procedimento padrão para renovar a CNH ou mudar para a categoria pretendida. Esse laudo deverá ser apresentado no momento do comparecimento na agência e ao médico credenciado para avaliar os candidatos à habilitação.

O passo a passo para saber como renovar ou mudar a categoria está disponível no portal www.detran.sp.gov.br, na área “CNH-Habilitação”. As taxas referentes ao exame psicotécnico e à emissão da carteira de motorista só devem ser pagas se o cidadão for considerado apto após realizar o exame toxicológico e o exame médico. No caso de mudança de categoria, o condutor também não deve pagar o valor referente às aulas práticas da autoescola e da aplicação da prova prática de direção veicular antes de saber se poderá continuar o processo.

Quem for reprovado e ficar impedido de tirar a CNH terá de esperar três meses, contados da data de realização do exame, para fazer um novo teste. O motorista que não quiser realizar o exame toxicológico tem a opção de pedir o rebaixamento da categoria ao Detran.SP, retornando para a CNH B, que dá o direito de dirigir automóvel com peso bruto total de até 3,5 mil quilos e com lotação de até oito lugares, excluído o motorista. A solicitação só pode ser feita antes de ser submetido ao teste.

Atualmente, existem quase 5,2 milhões de CNHs registradas nas categorias C, D e E no Estado de São Paulo, que permitem conduzir caminhão, ônibus e carreta, respectivamente.

Fonte:O Diário de Mogi


Condemat prepara seminário de políticas para as mulheres

Câmara Técnica

Evento ocorrerá no dia 4 de agosto, em Mogi das Cruzes, em comemoração aos dez anos da Lei Maria da Penha
Foto: Divulgação


Em reunião anteontem, integrantes do grupo definiram a estrutura do seminário
O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) vai promover, no dia 4 de agosto, o 1º Seminário de Políticas Públicas para Mulheres. O evento terá como foco a comemoração dos dez anos da Lei Maria da Penha e vai ser realizado em Mogi das Cruzes, com a participação de palestrantes convidados.
Iniciativa da Câmara Técnica de Políticas Públicas para Mulheres do Condemat, que reúne representantes das 11 cidades do Alto Tietê, o seminário vai destacar os avanços decorrentes da Lei Maria da Penha, considerada uma das três melhores legislações do mundo de enfrentamento à violência contra as mulheres, assim como os desafios que ainda se apresentam aos municípios na atenção para a mulher.
"A Lei Maria da Penha gerou avanços e, cada vez mais, precisa ser estudada para que seja fortalecida. O seminário vai chamar a atenção para isso e também será importante para unificar o trabalho realizado nos municípios", destacou Valda Rocha, secretária da Mulher de Poá e coordenadora da Câmara Técnica de Políticas Públicas para Mulheres do Condemat.
Em reunião anteontem, as integrantes do grupo de trabalho definiram a estrutura do seminário, que será voltado principalmente para profissionais que atuam em áreas de atendimento ao público feminino, como os conselhos municipais, delegacias e Centros de Referência de Assistência Social (Cras).
As palestras do 1º Seminário de Políticas Públicas para Mulheres do Alto Tietê terão as participações da promotora de Justiça Maria Gabriela Prado Manssur, coordenadora do Núcleo de Combate à Violência contra a Mulher do Ministério Público; do professor e psicólogo Leandro Feitosa Andrade, coordenador do grupo de homens no Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde; e da delegada Rosmary Correa, titular da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher do Brasil, ex-deputada estadual e presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina.


Fonte:Mogi News

Obras: Até dezembro, Itaquá terá 25 unidades médicas reformadas

Postos e outros setores de atendimento em saúde são revitalizados para melhorar a qualidade dos serviços
A partir da próxima semana e até o fim deste ano, a Prefeitura de Itaquaquecetuba entregará 25 unidades médicas totalmente revitalizadas. O anúncio foi feito ontem pelo secretário de Saúde e de Finanças, William Harada, durante solenidade que marcou a entrega da nova Unidade Básica de Saúde (UBS) Caiuby.
O posto, instalado há quase 20 anos no distrito, dos quais 12 sem receber serviços de manutenção, foi totalmente reformado por determinação do prefeito Mamoru Nakashima (PSDB), num investimento de pouco mais de R$ 150 mil.
"Na verdade, o que estamos fazendo aqui hoje (ontem) e iremos fazer nos demais postos e todas as unidades de serviços médicos da cidade é, nada mais, nada menos, do que oferecer o mínimo de condições de trabalho aos funcionários da rede municipal, com equipamentos e infraestrutura, e melhores espaços para recepção e atendimento dos pacientes", afirmou Harada.
Ele disse que quando o atual governo assumiu a administração, faltava praticamente tudo nas unidades: médicos, enfermeiros, medicamentos, insumos e até papel higiênico. "Diante desta situação caótica e com poucos recursos à disposição, tivemos de adotar uma postura de priorizar o básico, começar a fortalecer nosso alicerce. Investimos na contratação de médicos e enfermeiros, compra de medicamentos para dar melhor assistência à população e, mais tarde, promover melhorias nas instalações dos prédios. É o caminho inverso, do ponto de vista político, mas queremos fazer direito, dar o melhor para a população e não fazer cena ou enganar o povo", reforçou.
População
Para Ivaneide de Lima, de 28 anos, tal postura adotada pela gestão Mamoru Nakashima é a mais correta. "De nada adianta ter um posto grande, lindo, limpo, sem ter médicos ou enfermeiros suficientes para o atendimento. E aqui no Caiuby, nos últimos anos, observei que houve ampliação de médicos e a qualidade do serviço também ficou melhor. É claro que a reforma do posto vai melhorar ainda mais, porém, não fossem pelas pessoas que aqui trabalham, de nada adiantaria", comentou ele, que reside no Jardim Tame e caminha cerca de 30 minutos para ter atendimento para si e o filho, o pequeno Enzo, de oito meses.
Antiga moradora do bairro, dona Rita Francisca, 86, e sua filha Cléia Nogueira, 55, são só elogios ao governo atual. "Está tudo ótimo aqui no Caiuby. Os médicos são muito bons, atenciosos. Não tenho do que reclamar", disse Rita. "O prefeito está certo: tem de investir primeiramente em pessoal e depois na parte estética dos postos. Ambos são importantes, mas na saúde o atendimento humanizado deve estar em primeiro lugar", acrescentou Cléia.
A dona de casa Verônica Aleixo Silva, 20 também diz estar satisfeita com o atendimento na UBS do Caiuby. "Desde a recepção até a saída do consultório médico sou sempre bem atendida".
Além da UBS Caiuby, a Prefeitura de Itaquá já reformou as unidades do Morro Branco, Monte Belo e do Marengo Baixo e ainda constam na programação o setor de ambulância, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e outros postos de saúde do município.


Fonte:Mogi News

Inês Paz (PSOL) Uma opção à esquerda

Luana Nogueira

Pré-candidata do PSOL já foi vereadora em dois mandatos e agora tenta se tornar a 1ª prefeita de Mogi, com foco na periferia e nos excluídos
Foto: Erick Paiatto


Pre candidatura de Ines Paz
A ex-vereadora Inês Paz, de 64 anos, é a pré-candidata do PSOL para disputar em outubro a eleição para a Prefeitura de Mogi das Cruzes. Ligada à política desde a juventude, a professora concorrerá novamente para tentar se tornar a primeira prefeita do município.
De esquerda, ela ajudou a fundar o PT e o PSOL. A pré-candidata falou de sua visão sobre Mogi e avaliou os desafios que a cidade impõe aos candidatos.
Mogi News: Como se interessou pela política?
Inês Paz: O que me atraiu foi a defesa de uma sociedade justa e igualitária, independentemente de estar vinculada a um partido ou não. Na juventude já comecei a discutir as contradições da sociedade em que vivemos. No percorrer da vida percebi que um dos instrumentos para fazer com que uma sociedade seja justa é o partido.
MN: Quando foi sua primeira eleição?
Inês: Foi em 1992, como candidata a vereadora e fiquei como segunda suplente. Em 2000, fui eleita para a Câmara. Em 2005, deixei o PT e no mesmo ano ajudei a formar o PSOL. Organizei o partido na cidade. De 2005 a 2008 fui vereadora pelo PSOL.
MN: Como você enxerga Mogi?
Inês: A cidade, para quem é mogiano e tem certa vivência, mudou totalmente seu perfil. Mas diria que mesmo com uma arrecadação bastante alta, Mogi continua com rincões de pobreza e bairros que não têm nem o básico. Ela tem uma pequena parte de desenvolvimento, pois o grosso do município está abandonado de serviços essenciais. Acho que hoje há somente foco onde está o investimento e o desenvolvimento.
MN: Quais são os desafios da cidade?
Inês: Nossa bandeira central para a cidade é a inversão de prioridade, pois isso ainda não ocorreu. Para nós, o central é a periferia. O nosso investimento, a nossa dedicação é nessa questão dos bairros afastados e da população pobre. Outro ponto que acho importante, mas que aqui não existe, e nesse aspecto Mogi está atrasada, é a participação popular.
MN: Quais áreas vê como prioritárias?
Inês: Temos cinco questões básicas para a cidade, que são a saúde, a educação, a mobilidade urbana e a segurança, que sabemos que não é de responsabilidade do prefeito, mas a cidade tem muito o que contribuir, pois vemos a questão dos assassinatos e das chacinas da juventude. O último item são os direitos individuais, que pega a questão da comunidade LGBT, da mulher, do negro e do jovem.
MN: Como vê administrar Mogi em um período de crise?
Inês: A crise atinge todos os setores, mas sabemos que também há manipulação de dados dessa crise, porque o Brasil é rico. Uma das questões que vamos fazer é um enfrentamento, uma aliança com as cidades do Alto Tietê, pois os municípios são os que mais contribuem com os impostos e acabam não recebendo o retorno. A questão da crise é como você vai administrar o dinheiro.
MN: Como está a sua pré-campanha?
Inês: O PSOL tem perfil e ideologia que não aparecem apenas nas eleições, tem trabalho no seu dia a dia. Por isso, nossa atuação não muda muito. A diferença é que a população, por estar em um momento eleitoral, acaba discutindo mais essa questão. Tenho minhas ações, independentemente de estar ou não vereadora. Estamos organizando nossa chapa de pré-candidatos a vereador, pois é importante que eles tenham um bom desempenho. Visitamos os filiados, os bairros, discutimos a cidade e ouvimos o que a população acha mais importante.
MN: Como será a sua campanha?
Inês: A nossa campanha não é de hoje, sempre foi sem financiamento de empreiteira. Temos dificuldade de montar uma estrutura, às vezes, necessária para a campanha, mas vamos fazer da forma que der. Se tivermos condições, com a arrecadação que faremos junto com a militância e com os amigos, de alugar um local no centro, vamos fazer. Caso não dê, procuraremos a casa de amigos e faremos nossa banquinha no Largo do Rosário, que é nossa tradição, para ter contato com as pessoas.
MN: Quanto tempo de televisão o PSOL terá?
Inês: De 7 a 10 segundos. Não foi diferente nas campanhas de 2008 e 2012. A televisão é um instrumento muito importante, pois percebemos que quando aparecemos em um programa eleitoral ou debate, por exemplo, isso repercute, os munícipes vêm debater. Depois, há o desdobramento com a panfletagem de casa em casa, que é a campanha que fazemos.
MN: Como estão as parcerias?
Inês: O PSOL é construído coletivamente, tanto no nacional e estadual, quanto no municipal. Avançamos bastante no que se refere a coligações. Em Mogi sempre estivemos abertos e essas conversas não foram encerradas. Estamos dialogando com o PT e avançando em algumas coisas. Não fazemos coligação com partidos que consideramos de direita.
MN: O candidato a vice da chapa já foi escolhido?
Inês: O PSOL decidiu pelo Jorge Paz. Nossos nomes devem ser oficializados na convenção do dia 31, às 10 horas. Ainda vamos definir o local.
MN: Por que você deve ser eleita?
Inês: Porque sou a única proposta colocada nas eleições como alternativa para a população excluída. Tenho a proposta de candidatura que realmente está preocupada com a cidade como um todo e não apenas com aqueles que detém o poder econômico.

Fonte:Mogi News

Gratuito: Atendimento na Defensoria cresce em Mogi

Com crise e desemprego elevado, número de pessoas que procuram o serviço público aumentou na cidade
Foto: Daniel Carvalho


População é atendida de segunda a sexta-feira, das 8 às 9h30, no Jardim Armênia
Entre janeiro e junho deste ano a Defensoria Pública de Mogi das Cruzes, que abrange também o município de Biritiba Mirim, realizou uma média de 3 mil atendimentos por mês. A maior parte dos casos refere-se a assuntos da Vara da Família, tais como divórcios, pensão alimentícia e solicitações de guarda de menores.
Para o defensor público Gediel Claudino de Araújo Júnior, entre os fatores responsáveis pela crescente demanda está a crise econômica vivenciada pelo País, bem como a popularidade da entidade. "Temos atendido até 200 pessoas por dia. A crise impacta devido ao aumento do desemprego. Com isso as pessoas acabam não tendo condições financeiras de contratarem um advogado. Além disso, a procura tem crescido nos últimos anos porque a Defensoria tornou-se mais conhecida. E também devemos considerar que os cidadãos estão cada vez mais indo em busca de seus direitos", disse.
Araújo destacou ainda a importância do papel exercido pela entidade. "A Defensoria consegue viabilizar que o cidadão, mesmo carente, consiga pleitear seus direitos. Nós atendemos todos os tipos de casos da área Civil e oferecemos serviço psicológico e de assistência social para mulheres vítimas de violência, dependentes químicos em busca de internação, entre outros", ressaltou.
Segundo ele, ao contrário do que muitos pensam, o atendimento vai muito além de uma simples orientação jurídica. "A conversa inicial, quando somos procurados, é apenas a ponta do 'iceberg'. Depois disso há todo o trâmite processual necessário para que a pessoa possa ter seu direito reconhecido. Então a demanda hoje é excessiva, principalmente se considerarmos que a Defensoria abrange três varas criminais e apenas dois defensores. O ideal é que fosse ao menos um por vara", avaliou.
A sede da Defensoria Pública está localizada na rua Francisco Martins,30, no Jardim Armênia. O horário de funcionamento para entrada de processos é de segunda a sexta-feira das 8 às 9h30.
A recomendação é que ao procurar atendimento o munícipe esteja munido de documentos básicos de identificação, comprovantes de renda pessoal e familiar, bem como comprovante de endereço. "O serviço prestado pela Defensoria não substitui o da OAB. É necessário que as pessoas comprovarem que se encaixam no perfil alvo."

Fonte:Mogi News