segunda-feira, 25 de julho de 2011

Histórias do ex-prefeito Waldemar Costa Filho (XIX)

Waldemar tinha por hábito não deixar perguntas sem respostas durante as coletivas que costumava conceder. Se fosse pego de surpresa com alguma pergunta, tratava de encontrar uma saída, a mais absurda que fosse, desde que não deixasse transparecer indícios de dúvida ou indecisão. Eleito em 1976 para seu segundo mandato, ele acabara de assumir o cargo, quando recebeu os repórteres locais para uma entrevista coletiva, em seu escritório da antiga Praça João Pessoa, hoje Largo do Rosário. Os tempos eram outros, os problemas da Cidade também. A certa altura da coletiva, entre perguntas sobre os planos para retomar as obras da Mogi-Bertioga e outros temas de maior peso, alguém se lembrou de questionar o prefeito sobre a solução que ele daria para o problema dos os cães vadios, que aumentava em progressão geométrica por toda a Cidade. Waldemar recebeu a pergunta como se fosse um direto no fígado. Colocou os dedos polegar e indicador sobre a fronte, sinal de que sentira o golpe, abaixou a cabeça e permaneceu assim, absorto, por alguns segundos, até que veio a solução: "Já que o problema dos cães vadios incomoda tanto a vocês, quero lhes informar que a partir da próxima semana, vou resolver isso, da melhor maneira possível". E diante dos olhares incrédulos de seus interlocutores, explicou seu plano infalível. "Na segunda-feira, vou mandar amarrar uma cadela no cio atrás da carrocinha. Quando for juntando o maior número de cachorros em torno dela, o motorista vai tocando o veículo, bem devagar, até o Canil Municipal e, chegando lá, todos serão presos e tirados de circulação". A repercussão da história foi imediata. E enquanto senhoras mogianas reagiam escandalizadas, o "Jornal da Tarde", de São Paulo, chegava às bancas com um pequeno desenho de cães acompanhado de um diminuto texto, em meio a duas enormes manchetes sobre guerras da época. Junto aos animais, uma pequena e saborosa chamada: "Armadilha para cães em Mogi: amor". Bons tempos aqueles em que a Cidade virava manchete nacional por coisas tão inocentes...




Em Minas


O chef mogiano José Barattino será, ao lado do conhecidíssimo Alex Atala, uma das principais atrações do Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, em Minas Gerais, que acontecerá entre os dias 19 e 28 de agosto. A participação de Barattino, cozinheiro do Restaurante e Hotel Emiliano, em São Paulo, acontecerá dia 27 de agosto, quando ele irá preparar pratos finos à base de ingredientes genuinamente brasileiros, como castanha do Pará e abóbora, entre outros.




 Foco ajustado


A Corregedoria do Detran volta a ajustar o foco de seu binóculo sobre repartições congêneres do Alto Tietê. Mais uma vez na rota Mogi-São Paulo, com paradas entre as estações de Suzano e Ferraz de Vasconcelos. No bolso, passagens compradas por R$1,80; se for da terceira idade ou estudante, sai por uma quebrada de R$ 0,40.




 Visita


Após se extasiar com tudo o que viu durante seu recente tour pela França, Espanha e Portugal, o prefeito Marco Bertaiolli acaba de receber um convite para conhecer o Projac, central de produções da Rede Globo de Televisão, localizado em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ainda foi agendada a data para a visita.




Tietê


A terceira etapa do Projeto Tietê, voltado para despoluição do manancial, chegou à Região em abril, com investimento de R$ 40, 8 milhões para saneamento em Arujá; em Itaquá e Suzano, em maio, com obras de R$ 210,8 milhões e R$ 69,9 milhões, respectivamente. Poá receberá R$ 20,3 milhões. Mogi não está na lista. Tem serviço autônomo de águas e esgotos. Os demais são atendidos pela Sabesp.




No futuro, a Sabesp será mais importante que a Petrobrás.


Jornalista Heródoto Barbeiro, ressaltando a importância da água, durante palestra, ontem, em Jundiapeba



Fonte:O Diário de Mogi