Waldemar tinha por hábito não deixar perguntas sem respostas durante as coletivas que costumava conceder. Se fosse pego de surpresa com alguma pergunta, tratava de encontrar uma saída, a mais absurda que fosse, desde que não deixasse transparecer indícios de dúvida ou indecisão. Eleito em 1976 para seu segundo mandato, ele acabara de assumir o cargo, quando recebeu os repórteres locais para uma entrevista coletiva, em seu escritório da antiga Praça João Pessoa, hoje Largo do Rosário. Os tempos eram outros, os problemas da Cidade também. A certa altura da coletiva, entre perguntas sobre os planos para retomar as obras da Mogi-Bertioga e outros temas de maior peso, alguém se lembrou de questionar o prefeito sobre a solução que ele daria para o problema dos os cães vadios, que aumentava em progressão geométrica por toda a Cidade. Waldemar recebeu a pergunta como se fosse um direto no fígado. Colocou os dedos polegar e indicador sobre a fronte, sinal de que sentira o golpe, abaixou a cabeça e permaneceu assim, absorto, por alguns segundos, até que veio a solução: "Já que o problema dos cães vadios incomoda tanto a vocês, quero lhes informar que a partir da próxima semana, vou resolver isso, da melhor maneira possível". E diante dos olhares incrédulos de seus interlocutores, explicou seu plano infalível. "Na segunda-feira, vou mandar amarrar uma cadela no cio atrás da carrocinha. Quando for juntando o maior número de cachorros em torno dela, o motorista vai tocando o veículo, bem devagar, até o Canil Municipal e, chegando lá, todos serão presos e tirados de circulação". A repercussão da história foi imediata. E enquanto senhoras mogianas reagiam escandalizadas, o "Jornal da Tarde", de São Paulo, chegava às bancas com um pequeno desenho de cães acompanhado de um diminuto texto, em meio a duas enormes manchetes sobre guerras da época. Junto aos animais, uma pequena e saborosa chamada: "Armadilha para cães em Mogi: amor". Bons tempos aqueles em que a Cidade virava manchete nacional por coisas tão inocentes...
Em Minas
O chef mogiano José Barattino será, ao lado do conhecidíssimo Alex Atala, uma das principais atrações do Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, em Minas Gerais, que acontecerá entre os dias 19 e 28 de agosto. A participação de Barattino, cozinheiro do Restaurante e Hotel Emiliano, em São Paulo, acontecerá dia 27 de agosto, quando ele irá preparar pratos finos à base de ingredientes genuinamente brasileiros, como castanha do Pará e abóbora, entre outros.
Foco ajustado
A Corregedoria do Detran volta a ajustar o foco de seu binóculo sobre repartições congêneres do Alto Tietê. Mais uma vez na rota Mogi-São Paulo, com paradas entre as estações de Suzano e Ferraz de Vasconcelos. No bolso, passagens compradas por R$1,80; se for da terceira idade ou estudante, sai por uma quebrada de R$ 0,40.
Visita
Após se extasiar com tudo o que viu durante seu recente tour pela França, Espanha e Portugal, o prefeito Marco Bertaiolli acaba de receber um convite para conhecer o Projac, central de produções da Rede Globo de Televisão, localizado em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ainda foi agendada a data para a visita.
Tietê
A terceira etapa do Projeto Tietê, voltado para despoluição do manancial, chegou à Região em abril, com investimento de R$ 40, 8 milhões para saneamento em Arujá; em Itaquá e Suzano, em maio, com obras de R$ 210,8 milhões e R$ 69,9 milhões, respectivamente. Poá receberá R$ 20,3 milhões. Mogi não está na lista. Tem serviço autônomo de águas e esgotos. Os demais são atendidos pela Sabesp.
No futuro, a Sabesp será mais importante que a Petrobrás.
Jornalista Heródoto Barbeiro, ressaltando a importância da água, durante palestra, ontem, em Jundiapeba
Fonte:O Diário de Mogi