Cinco meses após a posse, a ineficiência engole o governo Dilma RousseffA presidente não conseguiu tocar obras e conter o desperdício de dinheiro público. Aos poucos, a imagem de boa gerente se desfaz e especialistas dizem que só murro na mesa não basta
Publicação: 15/05/2011 08:08 Atualização: 15/05/2011 08:19
Durante a última campanha eleitoral, os marqueteiros fizeram questão de construir uma imagem de grande gestora para a então candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff. Nos bastidores, seus defensores alardeavam atributos como a falta de paciência com a ineficiência, contra a qual reagia com irritação e, algumas vezes, murros na mesa. Pois passados quase cinco meses de governo, a figura de gerentona começa a se desfazer. A administração Dilma está se transformando em sinônimo de obras paradas, projetos adiados e promessas na gaveta. Para piorar, a continuidade da era Lula impõe resistências a necessárias mudanças de práticas no funcionamento da máquina. Resultado: sempre elogiada pelo trabalho à frente do Ministério de Minas e Energia e da Casa Civil e intitulada mãe do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a presidente está sendo engolida pela burocracia.
Não à toa, a inação do governo começa a assustar investidores e empresários, mais do que cientes da pressa do Brasil em superar gargalos na infraestrutura, que têm jogado pesado para empurrar a inflação para além do centro da meta de 4,5% perseguida pelo Banco Central. Observa-se uma tremenda dificuldade dos principais atores na condução dos investimentos — os ministérios do Planejamento, das Cidades, dos Transportes e da Integração Nacional — por falta de competência. Mesmo em fases de mais recursos para obras, muito pouco se transforma em realidade. Somente em restos a pagar — despesas autorizadas, mas não desembolsadas — há R$ 124 bilhões na contabilidade pública. E mais: sobram problemas na coordenação interministerial, entraves jurídicos e irregularidades de toda ordem.
Diante desse quadro desalentador, especialistas em finanças públicas afirmam que murro na mesa e puxão de orelha são insuficientes para Dilma entregar o que prometeu no tempo desejado. Para fazer seu governo sair do lugar, ela precisará aliar vontade política com reformas institucionais, votadas pelo Congresso. “A União tem sérios problemas financeiros e de gestão. O gasto é alto, rígido e ruim e a cobrança de impostos, ineficiente e injusta. Para resolver tais problemas em definitivo, é preciso mudar a cultura de gastar mais e depois correr atrás de dinheiro para cobrir despesas”, diz o economista Raul Velloso.
Ele lembra que a maioria dos países tem gastos de pessoal elevados e se debate com os mesmos dramas do Estado brasileiro: excesso de servidores em áreas não essenciais, salários mais altos do que os do setor privado em funções semelhantes, regimes jurídicos inadequados e despesas engessadas. “O Brasil, contudo, gasta mais em pessoal do que a média dos países de perfil semelhante. Ou seja, temos mais a ajustar do que os outros, sob pena de o contribuinte pagar a mais alta carga tributária do mundo emergente sem a contrapartida desejável de prestação de serviços pelo setor público”, ressalta.
Apesar dos evidentes sinais de paralisia, assessores da Presidência da República, da Casa Civil e do Ministério do Planejamento garantem ao Correio que tudo está funcionando na mais perfeita ordem. Mas, pelo sim, pelo não, Dilma instalou na última quarta-feira, a Câmara de Gestão, Desempenho e Competitividade. O novo órgão do Palácio do Planalto, formado por quatro ministros e quatro grandes empresários, tem a missão de identificar gargalos e propor soluções baseadas em experiências bem-sucedidas no país e no exterior, para, nas palavras da presidente, “transformar o Estado, tornando-o meritocrático e profissional”. Porém, mesmo dentro do governo não se acredita em uma revolução. A visão é de que se trata de mais uma estrutura para pouco resultado prático.
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Choque de gestão para segurar a popularidade com o brasileiro Até prioridades, como aeroportos e Minha Casa, Minha Vida, estão empacadasDiante desse quadro desalentador, especialistas em finanças públicas afirmam que murro na mesa e puxão de orelha são insuficientes para Dilma entregar o que prometeu no tempo desejado. Para fazer seu governo sair do lugar, ela precisará aliar vontade política com reformas institucionais, votadas pelo Congresso. “A União tem sérios problemas financeiros e de gestão. O gasto é alto, rígido e ruim e a cobrança de impostos, ineficiente e injusta. Para resolver tais problemas em definitivo, é preciso mudar a cultura de gastar mais e depois correr atrás de dinheiro para cobrir despesas”, diz o economista Raul Velloso.
Ele lembra que a maioria dos países tem gastos de pessoal elevados e se debate com os mesmos dramas do Estado brasileiro: excesso de servidores em áreas não essenciais, salários mais altos do que os do setor privado em funções semelhantes, regimes jurídicos inadequados e despesas engessadas. “O Brasil, contudo, gasta mais em pessoal do que a média dos países de perfil semelhante. Ou seja, temos mais a ajustar do que os outros, sob pena de o contribuinte pagar a mais alta carga tributária do mundo emergente sem a contrapartida desejável de prestação de serviços pelo setor público”, ressalta.
Apesar dos evidentes sinais de paralisia, assessores da Presidência da República, da Casa Civil e do Ministério do Planejamento garantem ao Correio que tudo está funcionando na mais perfeita ordem. Mas, pelo sim, pelo não, Dilma instalou na última quarta-feira, a Câmara de Gestão, Desempenho e Competitividade. O novo órgão do Palácio do Planalto, formado por quatro ministros e quatro grandes empresários, tem a missão de identificar gargalos e propor soluções baseadas em experiências bem-sucedidas no país e no exterior, para, nas palavras da presidente, “transformar o Estado, tornando-o meritocrático e profissional”. Porém, mesmo dentro do governo não se acredita em uma revolução. A visão é de que se trata de mais uma estrutura para pouco resultado prático.
O povo tem o governo que merece. Não adianta reclamar, só poderemos mudar a ineficiência em 2014. Enquanto isso, teremos um congresso subserviente ao Planalto, que não defende as necessidades nacionais e votam apenas interesse de fundo de quintal.| Denuncie |
e mais ainda vem por ai o apagão da segurança publica que em todo Brasil o investimento e muito pouco fruto do descaso de muitos governo e sabe quem ira pagar por tudo!| Denuncie |
Cadê o meu comentário...| Denuncie |
A Presidente Dilma Rousseff precisa caminhar com suas próprias pernas.| Denuncie |
Li que o Palloci, aumentou seu patrimônio em 20 vezes nestes últimos 4 anos, pouco competente, Lulinha de trabalhador assalariado em milionário, isso que é competencia, são só dois exempos. Eles estão muito bem, esse projetos são apenas os meios de iludir o povo. Ou estou errado avança Brasil. PT PT| Denuncie |
UAI... Nunca neste País se viu tanta desorganização em todos os níveis. Isso leva tempo para corrigir.| Denuncie |
O PT nunca soube governar nada, o Presidente Lula imperrou o País em seus oito anos de governo, uma verdadeira colônia de férias, sua sorte é que pegou a economia em ordem, o País sem inflação e a classe trabalhadora segurando o pepino, não fosse isso, seu governo seria um desastre maior,com a Dilma?| Denuncie |
Quem disse e quem acredita que propraganda é suficiente para uma boa gestão está pagando pelo equívoco. O governo Dilma é tão mediocre como o de Lula, corrupção, incompetencia e muito gasto em propraganda.| Denuncie |
Só os imbecis q votaram nessa parasita não sabiam o q ia acontecer. Mas o Lula tem grande culpa nisso tudo, deu enormes aumentos para o funcionalismo público e aí inchou muito mais a folha de pagamento. Sancionou o aumento para os funcionários do Senado, etc. Fora PT,suma do mapa.Isso é uma vergonha!| Denuncie |
Pres. Dilma Rousseff a senhora tem que dar uma sacudidela no País. Mostrar o seu punho forte. Dizer aos seus corregionários porque está no Poder. Vamos Presidenta a hora é agora. Punho firme.| Denuncie |
Até a presente data Dilma Rousseff não fez nada ainda pelo Brasil e nem pelos brasileiros. O custo de vida aumentou. Os juros almentarem. A incerteza política também. Começa a reinar a desconfiança na Presidente. Será que elea vai levar o Brasil no banho-maria. Manter-se no poder.| Denuncie |
Parece que o Brasil precisa de uma profunda reforma institucional. Infraero privatizada sem perguntas. Estradas concedidas logo e PETROBRAS perder perder o monopolio e servidor publico perder as regalias (pelo menos aqueles que as tem como aqueles do congresso e tribunais, o que nao sao todos).| Denuncie |