domingo, 15 de maio de 2011

"Aterro Não": Protesto amplia cadastro para audiência

"Aterro Não":
Protesto amplia cadastro para audiência
Grupo contra o Lixão recrutou assinaturas para a apresentação do EIA/Rima do aterro sanitário da Queiroz Galvão
Larissa Almeida
Da Reportagem Local
Guilherme Bertti

Munícipes contrários a instalação do Lixão preencheram cadastro para participar da audiência pública
Lideranças do movimento "Aterro Não" estiveram ontem no largo do Rosário, na região central de Mogi, protestando contra a instalação do aterro sanitário da Queiroz Galvão, no distrito do Taboão. Na manifestação, os ativistas pediam às pessoas contrárias a instalação do Lixão que preenchessem um cadastro para participarem da audiência pública de apresentação do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do aterro sanitário da Queiroz Galvão marcada para 21 de junho. Cerca de três mil pessoas já se cadastraram, desde o início do movimento.
Segundo o ativista e presidente da Associação dos Guerrilheiros do Itapeti, Mário Berti, a manifestação que vai acontecer todos os sábados a partir de agora, deve ser repetida também amanhã, quando o prefeito Marco Bertaiolli (DEM) se reunirá com o secretário de Estado do Meio Ambiente, Bruno Covas, para pedir a prorrogação, por 90 dias, da audiência pública.

Berti, que estava presente ontem na manifestação, disse que apesar da reunião entre o prefeito e o secretário estar marcada para as 15 horas, os representantes do "Aterro Não" estarão desde cedo com o caixão, que se tornou símbolo do movimento, em frente à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), em São Paulo. "Estaremos reforçando a nossa revolta, no dia em que a reunião acontecerá".
Motivo também de revolta para os manifestantes foi a decisão da juíza Ana Carmem de Souza Silva, que suspendeu de forma imediata o auto de infração que fechou o boxe, onde a Queiroz Galvão colocou o EIA/Rima do aterro sanitário, no Mogi Plaza Center, no bairro Mogilar, para consulta pública.
"Estamos analisando o que pode ser feito em relação à reabertura do boxe, pois existem várias situações que devem ser acertadas, uma delas é o fato do lugar não ter espaço suficiente para comportar muitas pessoas, além disso, existe uma resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) que fala da necessidade de ter um especialista para explicar os termos técnicos do relatório para as pessoas que forem consultar o documento, tanto que já solicitamos isso na Justiça", contou o ambientalista José Arraes.

Boxe
Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi, Marco Soares, a Prefeitura que fechou o boxe do lixão deve ser comunicada dessa decisão de reabrir o local imediatamente. "Temos de unir forças com a municipalidade para contestar essa reabertura". Mesmo com a decisão, o boxe do EIA/Rima permaneceu fechado ontem. A reportagem esteve no local e foi informada pelos seguranças do Mogi Plaza Center que ninguém compareceu ao espaço.

Fonte:Mogi News