quarta-feira, 1 de novembro de 2017

INFORMAçãO: O poder do PR e os viadutos para Mogi

INFORMAçãO:
O poder do PR e os viadutos para Mogi

 28 de outubro de 2017  Informação 
Os dias que antecederam a votação do arquivamento da segunda denúncia da Procuradoria Geral da Republica contra Michel Temer (PMDB), foram pródigos em notícias e comentários sobre as negociações do principal articulador do PR, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, e o presidente da República, em torno dos quase 40 votos da bancada republicana. O ex-parlamentar mostrou seu altíssimo poder de fogo ao conseguir retirar da lista de privatizações do governo o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e interferir diretamente na transferência de voos internacionais para o Aeroporto da Pampulha, em Minas Gerais. Os resultados das negociações foram positivos para ambos os lados. Temer obteve os votos que precisava para se manter no cargo, enquanto Costa Neto conquistou as mudanças que pleiteava em nome do partido. O PR, aliás, continua dando as cartas à frente do Ministério dos Transportes, desde o governo Lula, passando por Dilma, até chegar ao atual. Tudo isso para lembrar que Mogi das Cruzes possui uma reivindicação pendente na área federal dos Transportes, que continua um verdadeiro nó a ser desatado. Trata-se da construção de dois viadutos sobre a linha férrea, um na altura da Avenida Cavalheiro Nami Jafet, na Vila Industrial, e outro próximo à Avenida Guilherme Giorgi no Distrito de Jundiapeba. Ambas as obras, decisivas para que o Expresso Leste possa estender até o Centro de Mogi o percurso de todas as suas viagens, chegaram a ser anunciadas com festas pelo próprio Costa Neto, quando ainda era deputado. Os projetos, entretanto minguaram, por conta de denúncias sobre o excesso de influência do parlamentar junto ao Ministério e ao DNIT. E jamais foram retomados, em que pesem algumas investidas, sem sucesso, do deputado federal Márcio Alvino (PR), no início do atual mandato. Costa Neto, entretanto, continua em débito com a Cidade e poderia ter usado o seu poder político para assegurar os viadutos, que Mogi espera há tanto tempo. As obras, entretanto, continuam no papel. Talvez porque o ex-deputado não tenha mais projetos eleitorais próprios e não precise dos votos mogianos para futuros pleitos. Afinal, para quem consegue brecar a privatização de um aeroporto do porte de Congonhas, a construção de dois viadutos seria café pequeno. Ou não?

Fonte:O Diário de Mogi