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Heitor Herruso
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Compositor, cantor, carnavalesco, produtor cultural, atual presidente da Escola de Samba Águia de Prata e líder da Associação do Casarão da Mariquinha, José Luiz da Silva, o Rabicho, está deixando Mogi das Cruzes. Com novos desafios artísticos assumidos no Rio de Janeiro, ele não poderia deixar a cidade sem antes se despedir. E exatamente é isso o que fará nesta quarta-feira, no Bistrô Itapeti, no Socorro, quando recebe vários nomes para um último ‘Samba no Quintal’, a partir das 18 horas.
A roda de samba será composta por alguns dos amigos que Rabicho formou ao longo dos últimos anos em que esteve à frente do Casarão da Mariquinha: Alex Constantino, Bruna Moura, Evandro dos Reis, Guilherme Bandeira, Gustavo Castro Lima, Helô Rossi e Lívia Barros. No repertório, além de músicas autorais, sucessos de Wilson Moreira, João Nogueira, Paulinho da Viola, Dona Ivone Lara e outros sambistas.
Para o gestor cultural que será beneficiado com a renda da bilheteria, a fim de minimizar os custos da ida à capital fluminense, o evento representa não um “adeus”, mas um “até logo”. “Já está dando o sentimento de saudade… Estivemos juntos estes anos todos, e vou carregá-los (os artistas mogianos) comigo. Vamos estabelecer um intercâmbio e o Rio vai ficar mais próximo do que todos imaginam”, diz.
E é verdade. Afinal, no próximo dia 15 de novembro, o quarteto Dona da Rua, formado pelas instrumentistas, cantoras e compositoras Lívia Barros, Helô Ferreira, Verônica Borges e Juliana Cardoso Rodrigues estará na nova casa de Rabicho, o Spaço Fractal, na Lapa.
Mas se a conexão com Mogi é tão forte, porque deixar a cidade agora, aos 62 anos? “Para mim este convite, que surgiu a partir do trabalho no Mariquinha, é gratificante, pois estive no Rio nas décadas de 1970 e 1980 para me engajar como artista, e já tinha forte conexão com a produção cultural. Agora chegou a hora de retomar este trabalho”.
Vale lembrar que apesar de mogiano e muito conhecido por aqui, Rabicho já trabalhou a cultura em Suzano, Bertioga e também em Salvador, na Bahia. A diferença dessa vez é que o momento de hoje o permite retomar certas lacunas que fazem parte de sua carreira desde a adolescência, como a “relação com a música, o samba e o carnaval”, já que “diferente do atleta, o artista revigora e fica melhor ao envelhecer”.
Os ingressos para a edição especial do ‘Samba no Quintal’ custam R$ 10,00 e podem ser adquiridos na bilheteria do Bistrô Itapeti, que está localizado ao número 75 da Rua Coronel Fernão Guedes de Souza, no Socorro. Outras informações estão disponíveis em
Fonte:O Diário de Mogi
