sábado, 29 de abril de 2017

Para médicos e enfermeiros Saúde promove capacitação à rede

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Objetivo é facilitar acesso aos métodos contraceptivos
A Secretaria Municipal de Saúde promoveu nesta semana uma capacitação sobre planejamento familiar para profissionais da Rede Básica. O objetivo é facilitar o acesso da população às informações sobre os métodos contraceptivos em função de avanços mais recentes, como a realização de cirurgias de laqueadura e vasectomia no Hospital Municipal de Mogi das Cruzes.
A Capacitação do Protocolo de Planejamento Familiar Revisado foi ministrada para médicos e enfermeiros que atuam em todos os Postos de Saúde e unidades da Estratégia Saúde da Família (USF) da cidade. "A principal mudança é que as orientações sobre métodos contraceptivos não cirúrgicos passam a acontecer na própria unidade, o que possibilitará a ampliação do atendimento aos grupos com indicação para métodos cirúrgicos", explica a enfermeira obstetra Gisele Franco Menichelli, do Programa de Planejamento Familiar da Secretaria Municipal de Saúde.
Fazem parte dos contraceptivos não cirúrgicos, os métodos reversíveis, hormonais ou de barreira, como pílula anticoncepcional, injeção e os preservativos masculino e feminino.
Já os casos com indicação para cirurgia de laqueadura ou vasectomia, que são métodos irreversíveis, e a implantação de Dispositivo Intrauterino (DIU), serão encaminhados ao Pró-Mulher.

Fonte:Mogi News

Sindicato vai tentar reverter multa contra a greve

29 de abril de 2017  QUADRO DESTAQUE  
Lojas fecharam as portas durante a manifestação. (Foto: Edson Martins)
Lojas fecharam as portas durante a manifestação. (Foto: Edson Martins)

SILVIA CHIMELLO
O juiz da Vara da Fazenda Pública de Mogi das Cruzes, Bruno Machado Miano, informou nesta sexta-feira (28) que ainda não tem uma definição sobre a aplicação da multa que estava prevista para o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários de Mogi das Cruzes e Região por ter aderido à greve geral desta sexta-feira.

“Cabe à Prefeitura avaliar e informar se houve descumprimento total ou parcial da decisão”, esclarece Miano. O juiz observa também que o Sindicato pode se manifestar e ingressar com agravo de instrumento à sua decisão de deferir a liminar em ação civil pública ajuizada contra a entidade pela Prefeitura de Mogi para impedir a paralisação do transporte coletivo no Município, sob pena de multa de R$ 500 mil.


A assessoria jurídica do Núcleo Intersindical do Alto Tietê, que envolve mais de 25 sindicatos de trabalhadores do Alto Tietê, informou que vai tentar um acordo para evitar prejuízos ao Sindicato dos Rodoviários. A intenção é tentar convencer a Prefeitura e a Justiça sobre a legitimidade do movimento grevista deflagrado em todo o País contra as reformas trabalhistas e previdenciárias, e pedir que a Prefeitura e a Justiça desistam de aplicar a multa de R$ 500 mil à entidade sindical por ter aderido à paralisação.

A informação foi repassada pelo assessor do Núcleo, o advogado Carlos Alberto Zambotto, que pretende tratar do assunto depois do feriado. Ele disse que vai agendar um encontro com representantes da Prefeitura e o juiz Miano. “Consideramos inoportuna a liminar que define o movimento como ato político, sem reivindicação, o que não é verdade. Os trabalhadores defendem uma causa justa e explícita contra as reformas trabalhistas e previdenciárias que colocam em risco os direitos adquiridos”, argumenta.

A decisão judicial teve objetivo de evitar a interrupção de serviços essenciais. O juiz alega que a paralisação de protesto não se configura uma greve trabalhista, quando se frustra uma negociação entre as partes. Por isso, deve seguir as exigências legais que preservam os direitos da coletividade.

Os serviços essenciais não foram paralisados. A Prefeitura registrou apenas atraso de funcionários responsáveis pela coleta de sangue em três unidades de saúde pela manhã, mas outros profissionais foram remanejados para atender à população.

Indústria e Comércio registram perdas

ELIANE JOSÉ E
SILVIA CHIMELLO
Algumas empresas suspenderam as atividades parcial ou totalmente durante o dia de ontem. Um levantamento realizado pela Diretoria Alto Tietê do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) apontou que a maior parte das indústrias operara dentro da normalidade, com alguns ajustes internos para suprir os atrasos e as faltas de colaboradores. Não havia, ontem, uma avaliação sobre as perdas, mas a interrupção altera a rotina de produção e provoca reflexos num momento de paralisia dos negócios. Em nota, o Ciesp destacou que “a sexta-feira” transcorreu sem maiores problemas para as indústrias.


Houve quem optasse por dispensar os trabalhadores, com a anuência destes, para que um outro dia de trabalho compensasse a medida. Isso ocorreu em plantas industriais de Mogi das Cruzes e a opção será trabalhar no dia 26 de julho, Dia da Padroeira, Santana. O mesmo quadro é descrito por sindicalistas que acompanharam a saída e entrada de turnos no período da manhã. Os dois principais sindicatos, dos Metalúrgicos e dos Papeleiros, registraram uma adesão parcial, principalmente nos momentos da presença de carros de som, na portaria das fábricas que operam por turnos.

Paulo Fernandes de Souza, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, afirmou que empresas da região onde atua, a Vila São Francisco, aderiram ao movimento, mas admitiu que foram feitos acordos com as chefias para que os funcionários não tivessem descontados os dias de trabalho. A greve ocorreu numa sexta-feira, véspera do feriado de 1º de Maio, Dia do Trabalho. “Entendemos essa situação porque três dias de trabalho descontados fazem falta no final do mês para o funcionário”, acrescentou. Sobre o dia de luta, ele afirmou que, pela primeira vez, o ato conseguiu reunir todas as centrais sindicais pelo “tamanho das perdas que estão em discussão e que colocam todos os trabalhadores no mesmo barco. Todos sairão perdendo e, se não houver união, a aprovação é certa”.

Educação

Outro setor que registrou adesão ao protesto foi o da educação pública, com a ausência de professores, mas a manutenção das atividades na maioria das unidades de ensino. De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp) houve paralisação em mais da metade das escolas públicas. O número diverge do apresentado pela Secretaria de Estado da Educação: segundo a Pasta, 99% das unidades funcionaram ontem.

Também houve o fechamento de algumas escolas particulares por motivos de segurança e falhas no transporte público. A maioria, no entanto, não suspendeu as aulas. Na rede municipal, não houve o fechamento de escolas.

Comércio

Alguns comerciantes ficaram visivelmente incomodados com o fechamento das lojas durante a passagem dos manifestantes, ontem, em ruas como a Dr. Deodato Wertheimer, Paulo Frontin e José Bonifácio. Mas foram convencidos pelos policiais militares a baixarem as portas, que rapidamente eram reabertas. “Eles vão pedir hospital, saúde, ruas pavimentadas e melhores. Estão defendendo interesses próprios”, disse Duarte Rosa Batista, lojista da Rua Coronel Souza Franco. Já trabalhadores, mesmo impedidos de se juntar ao protesto, o aprovavam. “Se pudesse saía, porque os direitos dos trabalhadores estão sendo reduzidos”, disse Nalda Souza, de 43 anos, há 15 anos comerciária.

Em poucas fachadas, os manifestantes encontraram maior resistência. Na maioria das vezes, os comerciantes, conhecidos dos manifestantes, cediam aos pedidos. Mas, com ressalva. Claudio Kussano foi um deles. “Não está certo obrigar o comerciante a fechar a loja”, resumiu. Ao ser questionado sobre o rumo da economia e da política, também sintetizou: “É tão difícil dar uma opinião. Eu sei que estamos vivendo os piores anos do comércio, reduzi o quadro de funcionários e não vejo perspectiva tão cedo. Somente a educação pode mudar algo, não agora. Agora o que vemos são pessoas defendendo os próprios interesses, como os políticos”. Pai de dois filhos, Kussano vê o futuro dos dois em outro país.

Em nota, a Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) afirmou que a sexta-feira foi de prejuízo para o comércio. “Embora as lojas tenham aberto as portas, o movimento de consumidores foi reduzido. Muitas pessoas ficaram com medo de irem às ruas e o fato dos bancos estarem fechados também afugentou a população. Com pouca gente circulando, o volume de vendas automaticamente foi menor, o que é ruim neste período”, informou.

Fonte:O Diário de Mogi