quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Governo de SP dá autonomia a municípios para seguir plano de volta às aulas

Decreto estadual vai detalhar normas sanitárias e epidemiológicas para que prefeituras avaliem reabertura opcional em setembro

Por da Região19 AGO 2020 - 17h15

Governo de SP dá autonomia a municípios para seguir plano de volta às aulas

Foto: Arquivo/DS


 O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), confirmou nesta quarta-feira (19) que as 645 prefeituras de São Paulo terão autonomia para decidir se vão ou não acompanhar o cronograma previsto pelo Estado para o retorno presencial às aulas nas redes pública e privada. A previsão é que as escolas possam reabrir parcialmente para aulas de recuperação a partir de 8 de setembro.

 “O decreto vai definir critérios objetivos para a volta opcional as aulas, lembrando também o papel e a autonomia das prefeituras, com base nas Vigilâncias Sanitárias locais, para a definição de normas mais restritivas”, explicou o Vice-Governador. “Há o compartilhamento de responsabilidade com os municípios. Desde o primeiro dia, o Plano São Paulo tem essa previsão e administração conjunta da pandemia”, acrescentou Garcia, que também é Secretário de Governo.

 A Secretária de Estado da Educação autorizou a abertura gradual das escolas nas cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo em duas datas distintas. A partir do dia 8 de setembro, a retomada atenderia apenas alunos com mais dificuldade de aprendizado em atividades de reforço. A retomada efetiva, mas ainda gradual e restrita do calendário letivo, é prevista para 7 de outubro.

 Mas o Secretário de Educação Rossieli Soares destacou que os prefeitos podem criar calendários próprios e planos mais restritivos, com base nos dados epidemiológicos regionais. Se uma eventual decisão municipal diferir do calendário proposto pelo Estado, a medida local valerá para todas as escolas públicas e privadas daquela cidade.

 “Os municípios têm a possibilidade de fazer vetos por questões de saúde, mas todo o processo desenhado pelo Estado está mantido. Eles não podem autorizar a abertura das escolas antes do dia 8 de setembro”, disse. “Continuamos trabalhando em conjunto com os municípios e os protocolos anunciados nas últimas semanas”, reforçou.

 Calendário previsto

 Para retomar atividades presenciais a partir de 8 de setembro, as escolas devem estar em regiões que estão há 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo. As unidades podem receber alunos para aulas de reforço, recuperação e atividades opcionais. 

 Nesta primeira etapa, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, o limite máximo é de até 35% dos alunos em atividades presenciais. Para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio, o limite máximo é de 20%.

 O retorno oficial das aulas é previsto para 7 de outubro, o que só ocorrerá se 80% das regiões estiverem por 28 dias seguidos na fase amarela do Plano São Paulo. A retomada será gradual e, na primeira etapa, vai atingir até 35% dos alunos.

Fonte:Diário de Suzano

Cidades: Competição de empreendedorismo tem inscrições abertas para alunos do Ensino Médio

Promovida pela Unicamp, competição online é totalmente gratuita

Por da Região19 AGO 2020 - 15h38

Competição de empreendedorismo tem inscrições abertas para alunos do Ensino Médio

Foto: Reprodução/ Google

Alunos do Ensino Médio do ensino público e privado podem se inscrever, até 27 de agosto, na competição de empreendedorismo Inova Jovem 2020 promovida pela Agência de Inovação Inova da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A competição online é totalmente gratuita.

 Para participar, os estudantes devem formar equipes de três a cinco alunos e inserir uma ideia de um projeto inovador, seja um produto, serviço ou processo. As inscrições devem ser feitas pela internet.

 No Inova Jovem, os alunos participarão de atividades capacitadoras com o objetivo de desenvolver modelos de negócio com impacto social. A novidade desta edição é a realização totalmente online, que facilita o acesso de equipes de todos os cantos do Brasil.

 Conteúdos

 Com o foco no desenvolvimento modelos de negócio que se sustentem financeiramente e ao mesmo tempo produzam benefícios para a sociedade, o projeto tem que estar baseado em um dos cinco Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), selecionados para a competição: Saúde e Bem-Estar; Educação de Qualidade; Energia Limpa e Acessível; Cidades e Comunidades Sustentáveis, e Consumo e Produção Responsáveis.

 Para a transformação dos projetos em modelos de negócios, os estudantes receberão as capacitações necessárias para empreender: workshop de inovação, canvas e negócios sociais; treinamentos de pitch e mentorias com profissionais de vasta experiência no mercado.

 Avaliação

 Após a capacitação, as equipes devem entregar os canvas para serem avaliados e concorrerem a uma vaga para a final online. As finalistas competirão com apresentações em forma de pitch no dia 23 de outubro, às 15h.

 As seis equipes com os melhores modelos de negócio avaliados irão para a final e poderão concorrer a até R$ 5 mil reais por equipe, mais certificados. Mais informações podem ser conferidas no regulamento e os interessados devem tirar dúvidas pelo e-mail inovajovem@inovaunicamp.org.

 Sobre o Inova Jovem

 O Inova Jovem foi criado em 2014, com o objetivo de apresentar o empreendedorismo como opção de carreira para jovens do Ensino Médio, além de suprir a falta desse tipo de cultura nas escolas. A competição, que já capacitou mais de 2.100 alunos, no ano passado bateu seu recorde de participação: 173 equipes inscritas, 681 alunos dispostos em sete estados brasileiros e o Distrito Federal.

 Fonte:Diário de Suzano

Alto Tietê: Greve paralisa 70% dos Correios

Os funcionários dos Correios entraram em greve nacional e, pelo menos, 420 dos 600 trabalhadores do setor que atuam no Alto Tietê estão paralisados. O número representa 70% de adesão ao movimento. Os dados foram fornecidos pelo Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios de São Paulo (SINTECT-SP).
A greve começou anteontem e não tem prazo para término.
A paralisação, coordenada pelo sindicato da categoria, reivindica o cumprimento de um Acordo Coletivo firmado em 2019, por meio de arbítrio do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Segundo o sindicato, a direção dos Correios retirou 70 das 79 cláusulas firmadas e cancelou o reajuste salarial.
O acordo trata de uma série de reivindicações negociadas ao longo de décadas pela categoria. A maioria delas é em relação a compensações de salários e outros direitos trabalhistas. Atualmente, a média salarial de um funcionário dos correios é de R$ 1,7 mil. "Não estamos fazendo greve para exigir nenhum aumento salarial ou novo benefício. Queremos apenas a manutenção do Acordo Coletivo que foi julgado pelo TST", declarou Douglas Melo, diretor de comunicação do SINTECT-SP.
Melo informou, ainda, que o corte das cláusulas do acordo por parte da direção dos Correios significa a redução de vários direitos básicos dos trabalhadores como, vale alimentação, licença-maternidade, indenização por morte, pagamentos de adicional noturno e horas extras. "Pedimos o apoio da população, pois nossa causa é justa. Estamos falando da retirada do sustento de nossas famílias em um momento que enfrentamos, na linha de frente, a maior pandemia do último século", disse o diretor de comunicação, informando também que a categoria está sobrecarregada e não consegue dar conta de todo o trabalho sozinha, uma vez que, desde 2011 não são realizadas novas contratações para repor mais de 30 mil vagas.
Os Correios emitiram um posicionamento sobre a greve e informaram que a paralisação dos empregados é parcial - 83% do efetivo total no Brasil está trabalhando regularmente. Sobre as negociações, a empresa informou que nenhum direito foi retirado, apenas foram adequados os benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado e a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa.
Segundo o sindicato que defende os trabalhadores dos Correios, "é sorrateira e lamentável a nota distribuída à imprensa pela direção da empresa sobre a greve da categoria. Ela traz inúmeras inverdades, com a afirmação de que "os Correios não pretendem suprimir direitos", e distorções grotescas da realidade, como a afirmação de que está "resguardando os vencimentos dos empregados".
*Texto supervisionado pelo editor.
 
Fonte:Mogi News

Educação: Após 5 meses, MEC dará internet para aluno pobre

 Programa atende 400 mil alunos com renda mensal familiar inferior a 1,5 salário (R$ 522,50)

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Benefício do aporte de internet vai até 31 de dezembro e custará R$ 24 milhões

Depois de cinco meses da suspensão das aulas presenciais em decorrência da Covid-19, o Ministério da Educação (MEC) anunciou ontem programa de fornecimento de dados de internet para que estudantes de baixa renda de universidades e institutos federais acompanhem o ensino a distância.

"Fiquei contente embora, num primeiro momento, pudesse entender que foi um pouquinho tarde para tomarmos essa iniciativa", disse o ministro da Pasta, Milton Ribeiro, durante coletiva de imprensa. Ele atribuiu a demora ao percurso administrativo público e à burocracia interna.

Inicialmente, o programa vai atender 400 mil alunos com renda mensal familiar por pessoa até 0,5 salário mínimo (R$ 522,50), em duas modalidades. Para aqueles que já têm pacote de dados móveis, será oferecido bônus. Para os que não têm, serão entregues chips com pacotes de dados.

A instituição de ensino ficará encarregada de entregar as informações dos estudantes para as operadoras. Segundo o MEC, o programa vai entrar em vigência em agosto para estudantes das 25 universidades e 15 institutos federais que já retomaram o ensino de forma remota. As demais vão receber o benefício conforme retomarem as aulas a distância.

Os planos vão de 5 GB a 40 GB, capacidades com base em uma média mensal de uso de 20 GB, considerada pelo ministério e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) na elaboração do programa. Com orçamento de R$ 24 milhões, o benefício vai se estender até 31 de dezembro, duração do estado de calamidade pública decretado pela Câmara dos Deputados. Segundo a Pasta, a continuidade pode ser revista, a depender da evolução da pandemia.

Alunos que não residirem nos municípios em que existem campus das instituições federais deverão ser avaliados caso a caso. "Onde nenhuma das operadoras (envolvidas no programa) atender, a universidade vai tratar de forma específica", disse o secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas de Souza.

Por meio de programa suplementar, as universidades podem atender com recursos próprios alunos com renda familiar per capita mensal de 0,5 até 1,5 salário mínimo

(R$ 1.567,50) - perfil considerado de vulnerabilidade social. São 900 mil alunos na rede federal que correspondem a esse intervalo de renda. De acordo com o diretor-geral da RNP, Nelson Simões, esse programa lança as bases para inclusão de banda larga também nos domicílios dos alunos, facilitando a implementação de um modelo que mescle educação a distância e presencial no futuro.

No dia 4, o MEC publicou portaria que autoriza as instituições federais de educação profissional técnica de ensino médio a suspenderem as aulas presenciais ou substituí-las por aulas a distância até 31 de dezembro, por causa da Covid-19.

Fonte:Mogi News

COVID-19: Dez respiradores estão sem uso no hospital Dr. Arnaldo Pezzuti

 16 horas atrás3 min. - Tempo de leitura

Eliane José

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SONHO A ocupação de ala do Centro de Reabilitação Dr. Arnaldo, em Jundiapeba, é esperada desde 2017. (Foto: arquivo)

Recebidos no mês passado, os dez respiradores encaminhados para o Centro Especializado em Reabilitação Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, no distrito de Jundiapeba, estão guardados. Representantes da Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB) Rede Santa Casa, que iniciaram alguns contatos com o Governo do Estado para operar os 60 novos leitos para o tratamento da Covid-19, deixaram a unidade alguns dias atrás, para surpresa dos funcionários que chegaram a se animar com a possibilidade de abertura das vagas, sobretudo as da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O antigo hospital-colônia completou 92 anos neste mês, e é tombado como patrimônio histórico.

Questionada, a Secretaria de Estado da Saúde não responde sobre o processo de instalação dos leitos anunciados em maio passado e repete que a unidade poderá suprir “eventuais necessidades de ampliação de leitos para assistência aos pacientes com a doença”. Procurada, a AHBB não retornou à reportagem.

O Diário acompanha os desdobramentos do anúncio sobre a ativação desses leitos há anos. Primeiro, a ala foi reformada para se dedicar ao tratamento da dependência química e psiquiatria. Os quartos foram mobiliados com camas, as paredes ganharam nova pintura. Essa história já dura algum tempo, quando a demanda por atendimento a dependentes químicos cresceu, pressionando o poder público a receber esses pacientes.


Em 2017, por exemplo, o Governo do Estado anunciou um investimento de R$ 2,2 milhões para a instalação de 60 leitos para internações breves. O setor passaria a ter 82 vagas.

Com o tempo, o lugar continuou contando com os 22 leitos iniciais. O plano foi sendo esquecido. Até maio último quando uma das apostas para o enfrentamento da Covid-19 passou a ser a abertura de 60 vagas, sendo uma parte delas, de UTI.

Com o recuo da curva de internação nos hospitais públicos, o projeto para o Dr. Arnaldo foi minguando, apesar de alguns passos terem sido dados. Os dez respiradores chegaram à unidade e uma organização social, a Rede Santa Casa, que atua em UTIs em diversas cidades, confirmou a possibilidade de assumir a empreitada.

Inclusive, foram feitos contatos para a seleção dos profissionais que poderiam trabalhar na nova ala. Dias atrás, no entanto, essas pessoas receberam a informação de que o plano não seria mais tocado em frente.

Outro complicador foi um erro no dimensionamento dos espaços existentes no prédio que iria receber os leitos de UTI, o que exigiria uma metragem maior para acomodar os equipamentos.

Essas informações, O Diário reuniu por meio de fontes da área da saúde. Oficialmente, a Secretaria de Estado da Saúde repete que segue monitorando o tratamento à Covid-19 e destaca o conforto existente com o quadro hospitalar atual do Alto Tietê – que possui 636 leitos SUS voltados para Covid-19, sendo 453 de UTI, e a demanda registrada neste momento da pandemia.

No domingo, a taxa de ocupação das vagas regional era de 57%, e de enfermaria 41%. Indagada pontualmente sobre o futuro dos respiradores, a secretaria não respondeu.

E o futuro dessa ala no Dr. Arnaldo? Boa pergunta. De concreto segue o sonho de colaboradores do tradicional hospital mogiano de potencializar a capacidade física do Centro de Reabilitação considerado como uma unidade de retaguarda para pacientes crônicos, e responsável por serviços reconhecidos por serem altamente específicos. Um exemplo: o atendimento a crianças e adultos que dependem da estrutura hospitalar para viver e são assistidos no programa “Quando a UTI é uma Casa”, aberto há 13 anos.

Fonte:O Diário de Mogi

PESQUISA: Estudo aponta áreas de risco em Mogi das Cruzes

15 horas atrás9 min. - Tempo de leitura

Natan Lira

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COMPLICADO Rua Alexandre Andreotti, em Jundiapeba, ficou alagada em uma das fortes chuvas que atingiram a cidade no inicio de 2020. (Foto: arquivo)

A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente entregou às prefeituras do Alto Tietê os resultados do Mapeamento de Riscos de Movimentos de Massa e Inundações, que aponta as áreas que oferecem algum tipo de risco (R) e a classificação pela gravidade, que vai de 1 a 4. Em Mogi das Cruzes foram pontuados 374 setores (pontos) que requerem atenção. Com o estudo, a administração municipal pode elencar quais demandas mais simples consegue resolver e, nos casos mais graves, o material repassado pelo Governo do Estado serve como pré-projeto para busca de financiamento a fim de solucionar os problemas.

O relatório separa as ocorrências em dois grandes grupos. No primeiro, os riscos de escorregamento e movimentos em massa nas áreas urbanas. Dos 63 setores verificados, as classificações “nulo ou quase nulo”, “muito baixo e baixo” e “médio” ficaram com 15 áreas cada uma. Em risco “alto” estavam 16 setores, além de 2 em muito “alto”.

Quando verificado o risco de inundação e processos correlatos, o total de áreas que pontuaram para demandas foi de 311, das quais 94 estavam com risco “baixo”, 159 em “moderado”, 40 para “alto” e 18 em “muito alto”.


Em entrevista a O Diário, Claudio José Ferreira, pesquisador científico do Instituto Geológico – órgão vinculado à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente, explicou que o trabalho teve abordagem inovadora ao utilizar diferentes escalas. Primeiro, o levantamento mapeia todo o território dos municípios. Depois, em uma escala menor, foram observadas as áreas críticas para a fase dos estudos locais.


“Esses setores derivaram de áreas-alvo que efetivamente a equipe foi a campo para uma escala em que constatou algum risco. Eles foram classificados entre R1 a R4, e essa classificação vai do menor risco (1) a questões mais críticas (4). Para cada setor há uma ficha de campo específica com toda a caracterização do que foi identificado. Às vezes, a Prefeitura não consegue resolver um problema mais grave sem financiamento. Mas, às vezes, um ‘R1’ pode ser sanado com mais rapidez, até para não virar um ‘R2’”, pontua Ferreira.


Paulo César Fernandes da Silva, pesquisador científico do IG e que junto com Ferreira integra o Núcleo de Geologia de Engenharia Ambiental, pontuou que para se chegar à classificação de risco do local são verificados tanto o perigo quanto a vulnerabilidade. O primeiro verificou a incidência das inundações, por exemplo, o volume de água acumulado, enquanto o segundo avaliou a infraestrutura do local como a situação do solo e das casas daquele perímetro.


“Em caso de inundação, o perigo mostra a declividade do terreno e a ocorrência dos registros. Em campo, a gente percebe se tem trinca no chão, nas casas ou o histórico de outros escorregamentos. Esses elementos determinam o perigo e a vulnerabilidade e, consequentemente, o risco que representam”, destacou.


Os pesquisadores pontuaram que esses riscos nem sempre são iminentes. Há casos em que eles dependem ainda de outros fatores, como o climático.


Além de enviar os relatórios às prefeituras, a equipe técnica vai agendar com cada administração uma apresentação mais detalhada a fim de pontuar, com maior abrangência, o que as cidades podem usar em cada escala de trabalho. O interesse, neste caso, parte do poder público verificar se o estudo vai nortear novas ações, o Plano Diretor, ou se pretende criar um planejamento de resiliência para as questões climáticas.


“A Prefeitura vai saber se pode atuar em determinado setor com recursos próprios, mas também verificar um setor muito crítico, em que precisa da ajuda dos governos estadual ou federal. Ela já tem estudo para mostrar e comprovar a necessidade. O documento serve até mesmo para a Secretaria de Habitação verificar as moradias que realmente precisam ser demolidas e realocadas”, detalhou Ferreira.


Pesquisa teve início após deslizamento


O Mapeamento de Riscos de Movimentos de Massa e Inundações surgiu após o Governo do Estado contratar financiamento junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD), via Departamento de Estradas de Rodagem (DER), para mapeamento geográfico da rodovia Mogi-Bertioga (SP-98), que em 2018 sofria uma série de deslizamentos de terra.

Na ocasião, no entanto, o empréstimo oferecia o fortalecimento institucional. Então, o Instituto Geológico propôs um componente de gestão de risco e verificou que todos os mapeamentos feitos na Região Metropolitana de São Paulo estavam desatualizados. Portanto, foi proposta e aceita pelo Banco Mundial a realização do mapeamento dos 38 municípios que integram a área.


Dentro de dois ou três meses, o mapeamento da Mogi-Bertioga será finalizado e apresentado pelos técnicos. Ontem, eles divulgaram apenas que o estudo considerou a rodovia inteira, quilômetro por quilômetro. Atualmente, está sendo concluída a análise em campo.

Com investimento de quase R$ 2,9 milhões, a pesquisa teve início em maio de 2018 e está prevista para ser concluída no final deste ano com a entrega da análise de riscos voltada às rodovias.

Nessa primeira etapa está prevista ainda a entrega da integração do gerenciamento de risco de desastres no setor de Logística e Transportes, onde o enfoque é a infraestrutura rodoviária. Já a segunda etapa do estudo vai entregar outros 27 levantamentos de municípios da Região Metropolitana de São Paulo.

Problemas estão localizados em 52 bairros

Carla Olivo

O Mapeamento de Riscos de Movimentos de Massa e Inundações aponta áreas em 52 bairros de Mogi com possibilidade de inundação, solapamento e escorregamento. Ao todo são 31.193 imóveis, sendo 8.555 com risco de movimentação de terra e 22.638 sob ameaça de alagamento.

O secretário municipal de Segurança, Paulo Roberto Madureira Sales, explica que o estudo do Instituto Geológico vai contribuir para o monitoramento realizado pela Prefeitura de Mogi. “O foco deste mapeamento mais técnico é a análise do tipo de solo, o que colabora com nosso trabalho porque é mais detalhado, mas como esta pesquisa teve início há dois anos e meio, algumas áreas apontadas já foram corrigidas, a exemplo da região de Jundiapeba, onde fizemos um trabalho que evitou novas inundações como as ocorridas em 2017. Temos um controle completo de todas as áreas de risco de Mogi, com o número de imóveis, de famílias e de pessoas que neles moram”, explica.

No mapeamento de Mogi, há 143 famílias cinco áreas com risco de deslizamento nos bairros Jardim São Paulo, Residencial Itapeti e jardins Piatã, Nova União e Aeroporto III. Já 598 famílias estão em outros cinco pontos da Ponte Grande, Chácaras Guanabara, Jundiapeba e Jardins Santos Dumont, Aeroporto e Náutico, com possibilidade de sofrer inundações e enchentes. Os riscos de alagamentos se encontram em 20 áreas que ficam no centro, Ponte Grande, Mogilar, Socorro, Nova Mogilar, Mogi Moderno, Vila Estação, Jundiapeba, Braz Cubas, Jardim Layr, César de Souza, Sabaúna e Vila Natal.

O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Daniel Teixeira de Lima, explica que o mapeamento do IG é o primeiro do tipo realizado no Alto Tietê a pedido das prefeituras da região. “Havia uma grande demanda por este estudo que ajuda no planejamento de cidade, não só pela Prefeitura, mas para a gestão pública como um todo e também para a população. Aponta, por exemplo, a necessidade de desassoreamento do rio tietê, que a cidade já vinha batalhando e conseguiu aprovar o recurso para o DAEE fazê-lo neste ano, além do desassoreamento do rio Jundiaí, que vem sendo cobrado há mais de 10 anos. Outro ponto é a proteção e recuperação das margens, que já fazemos desde 2017, quando iniciamos um estudo com a UMC (Universidade de Mogi das Cruzes), que se transformou no Plano da Mata Atlântica, no Plano Diretor, que tem o corredor ecológico ambiental e o plano de arborização”, detalha.

Lima também enfatiza que um dos embasamentos para o estudo de risco é a política estadual de mudanças climáticas. “Com o mapeamento de calor se detecta a necessidade de arborização e se faz o programa para evitar o maior número de enchentes, porque onde há um mapa de calor formado, a tendência é a maior intensidade de chuva e a tendência de risco de alagamento”, diz.

O mapeamento, na avaliação de Lima, vai servir para ensinar a minimizar e conviver com os riscos. “Um dos exemplos é aquela área onde houve deslizamento, há décadas, no Jardim Layr. As famílias foram retiradas da encosta, que hoje é arborizada e não houve mais deslizamento no local. A recuperação vegetal auxilia neste sentido. Este mapeamento é mais amplo e visa olhar o município do ponto de vista da micro e macrodrenagem. Temos recurso aprovado para construção de mais dois parques à beira do Tietê, o saneamento dos córregos do Lavapés e Canudos, ampliação do tratamento de água, tudo isso colabora para evitar e minimizar estes riscos. Com base neste relatório técnico será mais um dos instrumentos de gestão e organização de políticas públicas dos municípios tanto nas questões para o Estado fazer, assim como as prefeituras e a população”, conclui.

Áreas

As áreas apontadas no mapeamento do Instituto Geológico com risco de inundação estão na Chácaras Guanabara, Jardim Margarida, Botujuru, Vila São Paulo, Sabaúna, Parque Morumbi, Jardim São Pedro, Vila Suíssa, Vila Moares, César de Souza, Jardim Cíntia, Vila Nova Aparecida, Conjunto Habitacional Jeferson da Silva, Taiaçupeba, Socorro, Jardim Modelo, Vila Paulista, Ponte Grande, Jardim Náutico, Vila Áurea, Rodeio, Mogilar, Centro, Vila Tietê, Praça Francisca de Campos Melo Freire, Vila Oliveira, Vila Natal, Jardim Santista, Mogi Moderno, Caputera, Conjunto Residencial Nova Bertioga, Vila Ressaca, Conjunto Residencial Álvaro Bovolenta, Conjunto Habitacional Ana Paula, Cocuera, Jardim Aeroporto, Jardim Santos Dumont, Jardim Layr, Jardim Oropó, Braz Cubas, Quatinga, Vila Moraes, Jardim Ivete, Biritiba Ussu, Vila Cintra e Jardim Piatã.

De acordo com o estudo, há áreas com risco de solapamento no Jardim Margarida, Jardim Cíntia, Vila Paulista, Praça Francisca de Campos Melo Freire, Vila Natal, Mogi Moderno, Jardim Ivete, Conjunto Residencial Álvaro Bovolenta, Vila Moraes e Quatinga.

Já os riscos de escorregamento ficam na Vila Nova Aparecida, Vila Oliveira, Jardim Universo, Vila Cecília, Jardim Aeroporto, Jardim Planalto, Conjunto Residencial do Bosque, Rodeio, Braz Cubas, Parque Residencial Itapeti, Jardim Margarida, Jardim São Pedro, Mogi Moderno e Vila Ipiranga.

Fonte:O Diário de Mogi

CPTM: Empresa faz anteprojeto para modernização de estações de Mogi das Cruzes

14 horas atrás2 min. - Tempo de leitura

Larissa Rodrigues

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MELHORIA Estação Mogi das Cruzes da CPTM, na região central, deve passar por reforma e modernização. (Foto: arquivo)

Iniciado em janeiro deste ano, o chamamento público que recebeu inscrições de empresas interessadas em realizar o anteprojeto de reforma e modernização de três estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), sendo elas a Estudantes, a central e a Jundiapeba, foi concluído. Ontem, a estatal revelou que a FH1 Participações e Empreendimentos Imobiliários Ltda. foi a vencedora. Esta etapa é essencial para que o edital, ainda sem data de lançamento, seja elaborado.

Nenhuma outra empresa foi selecionada, já que a FH1 é a única a cumprir os requisitos estipulados pela CPTM. A responsabilidade técnica fica por conta do escritório de Ciro Pirondi, profissional conhecido na Capital e residente em Mogi. Outras três empresas estavam aptas a apresentar os documentos, mas não o fizeram no período estipulado, sendo eliminadas do processo.

Desta forma, o anteprojeto apresentado poderá ser utilizado parcial ou totalmente no futuro processo de licitação de concessão para exploração comercial das três estações para a iniciativa privada, cujo edital deve ser publicado até o final de 2020. A FH1 poderá participar do processo de licitação amplo junto a outras concorrentes.

As estações da cidade integram a Linha 11-Coral da CPTM e representam metade dos pontos de parada, já que no total são oito. Ainda assim, Mogi ficou para trás e aguarda pela reforma desde o governo Marco Bertaiolli (PSD), que esteve à frente da Prefeitura de 2009 a 2016. Mesmo com a demora, não foi incluída a estação Braz Cubas, que fica no distrito mais populoso do município. Segundo a estatal, um projeto específico está em desenvolvimento para o espaço, com previsão de conclusão ainda este ano.

Há dois anos, a estação Mogi recebeu obras de adequação de acessibilidade, que contemplaram a instalação de rampas, pisos e mapas táteis, vaga de embarque e desembarque preferencial, rebaixamentos de calçada, dentre outros itens. Jundiapeba, Braz Cubas e Estudantes também receberam intervenções de acessibilidade.

Fonte:O Diário de Mogi