quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

EM ESTUDO: Pedágio poderá ser instalado próximo a Arujá

14 horas atrás5 min. - Tempo de leitura
Eliane José

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Trecho entre Mogi e Arujá, que passa por duplicação, é um dos locais estudados para a instalação do pedágio. (Foto: Arquivo)
Uma das localizações estudadas para a instalação do pedágio de número 4 do projeto de concessão das rodovias litorâneas fica entre Mogi das Cruzes e Arujá, em um trecho entre as duas cidades que está sendo duplicado pelo Governo do Estado, segundo uma fonte que acompanha o movimento Pedágio Não. Outros trechos são analisados e deverão contar com tarifa diferenciada. A mobilização popular já conseguiu livrar o quilômetro 45 da mira da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), responsável pela elaboração do projeto para o Lote de Rodovias do Litoral Paulista.

Na semana passada, em uma resposta exclusiva a este jornal, a Artesp comunicou a desistência de instalar a praça de cobrança naquele quilômetro da Mogi-Dutra. Desde então, as atenções se voltaram para a localização planejada para o equipamento.

Sobre isso, a Artesp ainda não se posiciona. Indagada ontem, por meio de nota, a agência informou estar ciente das preocupações dos moradores sobre a localização da praça, que terá “tratamento tarifário diferenciado”. Porém, não indica prazos.

Lembra que foram recebidas “mais de 400 contribuições da sociedade civil nas audiências e consulta pública que estão sendo avaliadas pelos técnicos. Com todas as possibilidades técnicas viáveis, que garantam segurança, investimentos e modicidade tarifária, os estudos serão finalizados de maneira a garantir a realização das obras previstas no programa”. E conclui que não há data, nem prazo definidos para publicação do edital.

Entre os pontos analisados pela agência estadual estaria uma área existente no limite entre Mogi das Cruzes, Arujá e Itaquaquecetuba, onde haveria espaço físico para a instalação dos equipamentos de cobrança. Há uma área, inclusive, nas proximidades de um posto de balança previsto no traçado da duplicação entre Mogi das Cruzes e Arujá, obra custeada pelo governo do Estado e que deve ser entregue ainda neste ano.

A colocação de um ponto de cobrança em Mogi das Cruzes, em qualquer local, é condenada pelo movimento Pedágio Não e por lideranças políticas por causa dos impactos financeiros e sociais, desde meados do ano passado, quando foram veiculadas as primeiras notícias sobre a proposta da Artesp.

Representante do grupo, o empresário Paulo Cardoso de Melo Bocuzzi defende que independentemente do lugar, o pedágio é um inibidor da economia porque encarece os gastos com o transporte e do ciclo produtivo e financeiro (indústria, comércio, agricultura, prestação de serviços).

“Não apenas os moradores da região da Serra seriam impactados pela primeira proposta da Artesp, felizmente já descartada, mas de toda a cidade. Há estudos que mostram como um pedágio engessa o desenvolvimento da cidade onde ele é instalado”, comenta, defendendo a manutenção dos esforços populares e políticos contra o plano da Artesp.

O principal argumento do pleito é a desproporcionalidade entre os recursos financeiros que um pedágio renderá aos vencedores da concessão das rodovias litorâneas ao longo dos anos e os inconsistentes investimentos anunciados na malha rodoviária regional. Além disso, o custo do pedágio para quem vai percorrer menos do que 10 quilômetros e pagar a tarifa cheia, que corresponde aos 67 quilômetros da ligação litorânea.

Ao que se sabe, por enquanto, são previstas intervenções viárias de menor peso. Sequer se falou na duplicação total da Mogi-Bertioga, que congestiona em finais de semana comuns, quando o sol leva mais turistas às praias do litoral.

Movimento vai manter coleta de assinaturas

Apesar do recolhimento das assinaturas físicas recebidas nos 70 pontos de coleta existentes em Mogi das Cruzes, Suzano, Arujá, Bertioga e Itaquaquecetuba nesta semana, a busca de adesões ao documento será mantida pelo movimento Pedágio Não. Até ontem, 43 mil assinaturas, 10 mil no abaixo-assinado físico e 33 mil no virtual eram somadas pelos organizadores.

A reunião dos documentos é um dos preparativos para um encontro que as lideranças da ação Pedágio Não pretende ter com o vice-governador Rodrigo Garcia, para apresentar o posicionamento contrário à cobrança em Mogi das Cruzes.

Até ontem, o deputado Marcos Damasio (PL) ainda não havia conseguido agendar a reunião, prometida por ele ao movimento Pedágio Não na semana passada.

Paulo Cardoso de Melo Boccuzzi, do Pedágio Não, tem articulado encontros com interlocutores como o deputado federal Marco Bertaiolli (PSB). “Independentemente de qual partido a liderança for, nós precisamos agregar mais pessoas a essa bandeira”, disse ele, reconhecendo a importância da criação da Comissão Especial de Vereadores (CEV) para tratar do assunto.

Os vereadores deverão ouvir os posicionamentos de integrantes da Artesp, da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado e das secretarias municipais de Obras e Planejamento e Urbanismo para entender as bases do projeto do pedágio, e se a Prefeitura foi consultada e deu aval para as obras programadas pelo Estado nos planos da concessão para o perímetro urbano de Mogi.

Fonte:O Diário de Mogi

DESFILE: Vila Industrial vai homenagear Clara Nunes na avenida

17 horas atrás3 min. - Tempo de leitura
Larissa Rodrigues
Larissa Rodrigues
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Integrantes da Unidos da Vila Industrial preparam o desfile de domingo em busca do tricampeonato. (Foto: Elton Ishikawa)
Sem citar o nome de Clara Nunes na letra do samba, o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Unidos da Vila Industrial faz uma homenagem à cantora no Carnaval deste ano. Mais do que isso, ressalta a luta do povo escravizado e explorado no Brasil, com o enredo “O Canto das Três Raças”. A apresentação poderá ser conferida este domingo, na avenida Cívica, no desfile das escolas de samba de Mogi das Cruzes.

“Com o tema deste ano estamos completando uma trilogia, sendo que com os dois últimos enredos fomos os campeões do Carnaval. O primeiro falava sobre resiliência, enquanto no ano passado o tema foi Yggdrasil. Nós entramos no desfile porque queremos muito o tricampeonato e estamos indo lá buscar. Para ganhar da gente tem que fazer melhor e espero que isso seja difícil”, enfatizou o presidente da agremiação, Emerson Rodrigues da Silva, o Lézinho.

A confiança na vitória fica ainda mais forte por todo o Carnaval já estar pronto. São 600 componentes, que estarão divididos em 16 alas e quatro carros alegóricos. Tudo já foi finalizado no último domingo e segundo o responsável, agora eles estão apenas melhorando o que for possível. Desta maneira, é possível que os integrantes da escola descansem e entrem focados na avenida.

No total, a agremiação precisou investir cerca de R$ 120 mil na produção, sendo que R$ 40 mil são provenientes de repasse da Prefeitura. “A gente tinha que apresentar um Carnaval somente com esse dinheiro, mas a nossa diretoria não aguenta isso. Nós queremos mostrar uma coisa diferente, que o Carnaval mogiano tem potencial para fazer algo legal, e que as pessoas reconheçam a força do nosso trabalho”, reforçou Lézinho.

O presidente reconhece que a escola perdeu a força em seu bairro de origem e confessa que grande parte dos componentes do desfile é de outras regiões. Ele acredita, porém, que isso mostra o bom trabalho que a agremiação vem fazendo tendo em vista que 30 dias antes do evento todas as fantasias já haviam sido vendidas.

“O canto das três raças”

Oh mãe áfrica

Seus filhos vêm aclamar!

Arrancados do seu chão

Jogados no porão

No tumbeiro a navegar

Hoje sou mercadoria

Trago no peito a marca da covardia

Real meu sangue escravo na cor

Sem meu batuque e identidade nagô

Meu canto não ecoou

No cativeiro

Forjando a cicatriz da ignorância

No sangue derramado a intolerância

Olhai por nós senhor

Os filhos deste chão

Na crueldade, vejo a esperança

No sofrimento um irmão

Vencendo preconceitos

Tenho meus direitos

Mostro meu valor

Um canto livre por liberdade

Imponho respeito, dignidade

Hoje o quilombo e a favela é aqui

Becos e vielas

Faz a vila se unir

De punhos cerrados

A mordaça não vai calar

Vem lutar

Ninguém ouviu um soluçar

Triste lamento ecoou

No canto das três raças

Não sou escravo de nenhum senhor

Lei do sossego: Comerciantes e polícia irão traçar meta contra pancadão

Lei do sossego:
Comerciantes e polícia irão traçar meta contra pancadão
Região onde se concentra alguns bares vem sendo palco para bailes funks, com som alto, muita sujeira e drogas
Foto: Divulgação


Assunto foi tratado com prefeito, secretário e comerciantes; encontro com Polícia Militar será no dia 27
 O prefeito de Mogi das Cruzes, Marcus Melo (PSDB), confirmou ontem que a Polícia Militar (PM) vai participar da formulação das estratégias de ações para conter os bailes funks em algumas ruas da cidade, conhecidos como pancadões. Ficou acordado que a Polícia Militar será a responsável por ouvir os comerciantes e apresentar também as atividades de segurança, em debate debate que ocorrerá no dia 27 deste mês, no 17º Batalhão da Polícia Militar de Mogi, às 17 horas.
Ontem, em reunião com alguns comerciantes que atuam nas regiões onde ocorrem os pancadões, o prefeito Melo esclareceu as medidas de segurança já exercidas no município. Também esteve presente o secretário municipal de Segurança, Paulo Roberto Sales, que detalhou por meio de imagens e vídeos todas as ações de policiamento, como grandes apreensões e prisões por tráfico de drogas para diminuir os prejuízos causados aos empreendedores destas áreas. 
Além dos comerciantes de diversos setores que têm empreendimentos na rua Narciso Lucarini e em vias próximas, como na Ricardo Vilela, o vereador Marcos Furlan (MDB) também marcou presença.
De acordo com a figura pública, a reunião de ontem foi muito proveitosa e os comerciantes tiveram diversos esclarecimentos do poder público. "Sabemos que os pancadões atrapalham muito os comerciantes destas áreas, não só em questões de segurança como também da diminuição de clientes por se tornarem áreas de risco. Com as filmagens que mostram abordagens nestes locais, ficamos mais tranquilizados em saber que algo está sendo feito", acrescentou.
O secretário municipal de Segurança também avaliou a reunião como um encontro positivo. "Conseguimos especificar para os comerciantes da rua Manoel Tavares, Carmela Dutra e entre outras, tudo o que estamos realizando em prol da segurança deles e de seus clientes", disse.
*Texto supervisionado pelo editor.
Vereador sugere fechamento de via
Como parte da solução para os problemas que comerciantes estão passando nas proximidades da rua Narciso Lucarini, onde às sextas-feiras centenas de jovens se reúnem na rua, o vereador Protássio Ribeiro Nogueira (PSD) sugeriu ao secretário de Trânsito, José Luiz de Almeida, que a via fosse totalmente interditada às sextas-feiras e aos sábados, no período noturno
Como parte da solução para os problemas que comerciantes estão passando nas proximidades da rua Narciso Lucarini, onde às sextas-feiras centenas de jovens se reúnem na rua, o vereador Protássio Ribeiro Nogueira (PSD) sugeriu ao secretário de Trânsito, José Luiz de Almeida, que a via fosse totalmente interditada às sextas-feiras e aos sábados, no período noturno. De acordo com o parlamentar, tal medida ajudaria no controle dos pancadões frequentes no local, pelo possível maior fluxo de guardas e policiais.
"Os carros já não conseguem passar por ali mesmo, de qualquer jeito essa medida pode facilitar o trabalho da PM. Fecha a rua a partir das 19 horas das sextas e aos sábados", disse o parlamentar.
A situação, de acordo com o parlamentar, está prestes a se repetir na rua paralela à Narciso Lucarini, a rua Carmela Dutra, onde, no inicio da via, no cruzamento com a Narciso Yague Guimarães, grupos de jovens se reúnem, fechando a calçada e invadindo a via.
"Quem passa pela Carmela Dutra, no lado oposto da farmácia, já vê essa situação também, ninguém consegue passar pela calçada", denunciou o parlamentar, afirmando que na via, há garrafas de bebidas, mesas de bar entre outros itens que impedem o fluxo normal de pessoas.
Na sessão da última terça-feira, na Câmara Municipal, os vereadores afirmaram que a situação não deve ser difícil de ser resolvida, ou controlada, visto que há um forte sistema de monitoramento, que pode identificar as pessoas que comercializam drogas no local. Mesmo com este cenário conturbado, onde centenas de jovens se encontram com o constante uso de drogas, os vereadores pediram cautela aos policiais, para que as operações deem resultado sem nenhum ferido.

Fonte:Mogi News