quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Brasil tem maior número de mortes por Covid desde agosto

Nas últimas 24 horas, foram 1.224 mortes; já são quase 194 mil vítimas fatais no Brasil

Agência Estado

Publicado em 30/12/2020 às 21:59

Atualizado há 1 hora

Pandemia / Divulgação

Os registros de mortes por covid-19 nas últimas 24 horas chegaram a 1.224, o maior para um só dia desde 20 de agosto, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde.

A média móvel de mortes por covid-19, que registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana, ficou ontem em 668. O Brasil já registrou 193.940 mortes e 7.619.970 pessoas contaminadas.

Anteontem, o Centro de Contingência do Coronavírus do Estado de São Paulo, órgão ligado ao governo de São Paulo, e a Sociedade Paulista de Infectologia divulgaram notas manifestando preocupação com o aumento de casos e mortes pela covid-19 neste fim de ano. Em documento intitulado Carta pela Vida, especialistas do comitê destacaram a importância das medidas de proteção, como manter as mãos limpas, uso de máscara e álcool em gel e respeito ao distanciamento social.

"A situação atual exige que redobremos os esforços em favor do bem coletivo. A vacina está próxima, mas enquanto ela não chega a única forma de prevenção depende de cada um de nós. Mais do que nunca é preciso do envolvimento e solidariedade de todos", diz o texto do Centro de Contingência do Coronavírus do Estado de São Paulo.

Desobediência

Já a nota da Sociedade de Infectologia também cita os municípios paulistas que desobedeceram a fase vermelha do Plano São Paulo, a mais restritiva do plano estadual de reabertura econômica, nos dias 25 a 27 de dezembro, logo após o Natal. Um decreto da gestão João Doria (PSDB) estipulou no dia 22 que todo o Estado entrasse na fase vermelha durante essas datas e de 1.º a 3 de janeiro de 2021. A Secretaria de Desenvolvimento Regional notificou 19 municípios, a maioria no litoral.

Também ontem, o governo do Estado de São Paulo informou que registrou uma alta de 68% nos casos da covid-19 no mês de dezembro. Em relação aos óbitos, o crescimento foi de 57% em comparação aos 30 dias do mês de novembro. As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 65,2% na Grande São Paulo e 61,4% no Estado.

O Diário de Mogi


Leitos de UTI destinados aos pacientes com a Covid-19 estão com 80% de ocupação em Mogi

Soma das redes particular e pública é de 84 leitos, dos quais 68 estavam em uso, nesta terça-feira (29).

Natan Lira

Publicado em 30/12/2020 às 09:42

Atualizado há 26 minutos


Hospital Municipal de Mogi é referência no atendimento aos casos da Covid-19 na cidade. / Arquivo/O Diário

Os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados aos pacientes em tratamento da Covid-19 estavam com 80% de ocupação, segundo os números das redes particular e pública. 

A soma no município é de 84 leitos com respiradores, sendo 20 deles no Hospital Luzia de Pinho Melo, dos quais 17 estavam em uso. 

Já considerando Hospital Municipal , Santa Casa, Hospital Ipiranga, Hospital Santana, Biocor e Mogimater, a soma é de 64 leitos de UTI, sendo que 51 deles estavam com pacientes. 

Na enfermaria, Mogi das Cruzes tem 156 leitos, dos quais, pelo menos, 44 estavam ocupados. 

Estadual

Além do Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi, a rede estadual de saúde do Alto Tietê conta com outras duas unidades, o Santa Marcelina, em itaquaquecetuba, e o Regional de Ferraz de Vasconcelos. A taxa de ocupação da UTI nos três fica em 82,2%, levando em conta que 26 dos 38 leitos estavam em uso. 

O Diário de Mogi


domingo, 6 de setembro de 2020

BENEFÍCIO: Região recebe R$ 87 milhões do Bolsa Família

 18 horas atrás4 min. - Tempo de leitura

Larissa Rodrigues

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LEVANTAMENTO Mogi das Cruzes representa 36,2% do valor total recebido pelo Bolsa Família na região. (Foto: Eisner Soares)

No primeiro semestre deste ano, o Alto Tietê somou R$ 87.274.170 disponibilizados para o Bolsa Família. Mogi das Cruzes foi a cidade que recebeu a maior quantia, ficando com R$ 31.655.242 neste período. Salesópolis obteve o valor mais baixo – R$ 599.376,00. Agora, o Governo Federal estuda unificar o recebimento de benefícios no programa Renda Brasil, que receberá todos os atendidos no Bolsa Família, que será extinto.

A nova modalidade, entretanto, ainda vem sendo discutida e não chegou a ser incluída no Orçamento de 2021, que já foi enviado ao Congresso. Enquanto isso, a verba nacional para o Bolsa Família passará de R$ 29,485 bilhões em 2020 para R$ 34,858 em 2021. Já que a estimativa é de que, devido à pandemia do novo coronavírus, 15,2 milhões de famílias se enquadrarão nos critérios para receber o benefício no próximo ano, contra 13,2 milhões em 2020.

Quando for finalizado, o futuro programa, que pretende pagar benefícios à parte dos trabalhadores informais que hoje recebem o auxílio emergencial, poderá ser incluído no Orçamento de 2021 por meio de uma emenda no Congresso. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Renda Brasil vai consolidar 26 ou 27 programas sociais e garantiu que o programa reduzirá a desigualdade social, enquanto a desoneração da folha de pagamento ajudará a criar empregos.

Valor do Bolsa Família no Alto Tietê – 2020

Município Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Total

Mogi das Cruzes R$ 5.394.695,00 R$ 5.360.665,00 R$ 5.191.738,00 R$ 5.246.648,00 R$ 5.236.318,00 R$ 5.225.178,00 R$ 31.655.242,00

Arujá R$ 575.110,00 R$ 563.826,00 R$ 550.447,00 R$ 652.606,00 R$ 653.743,00 R$ 652.988,00 R$ 3.648.720,00

Biritiba Mirim R$ 304.762,00 R$ 305.090,00 R$ 298.011,00 R$ 349.745,00 R$ 349.663,00 R$ 349.581,00 R$ 1.956.852,00

Ferraz de Vasconcelos R$ 1.704.844,00 R$ 1.675.491,00 R$ 1.627.373,00 R$ 1.917.466,00 R$ 1.920.598,00 R$ 1.917.592,00 R$ 10.763.364,00

Guararema R$ 377.998,00 R$ 375.778,00 R$ 361.958,00 R$ 368.809,00 R$ 365.717,00 R$ 365.181,00 R$ 2.215.441,00

Itaquaquecetuba R$ 2.408.737,00 R$ 2.398.991,00 R$ 2.571.985,00 R$ 2.771.687,00 R$ 2.773.236,00 R$ 2.769.360,00 R$ 15.693.996,00

Poá R$ 1.344.595,00 R$ 1.347.202,00 R$ 1.289.934,00 R$ 1.306.355,00 R$ 1.306.318,00 R$ 1.302.965,00 R$ 7.897.369,00

Salesópolis R$ 95.834,00 R$ 95.284,00 R$ 93.933,00 R$ 105.029,00 R$ 104.764,00 R$ 104.532,00 R$ 599.376,00

Santa Isabel R$ 315.096,00 R$ 314.906,00 R$ 366.270,00 R$ 373.408,00 R$ 374.404,00 R$ 374.298,00 R$ 2.118.382,00

Suzano R$ 1.678.786,00 R$ 1.660.362,00 R$ 1.623.200,00 R$ 1.925.198,00 R$ 1.920.934,00 R$ 1.916.948,00 R$ 10.725.428,00

Total R$ 14.200.457,00 R$ 14.097.595,00 R$ 13.974.849,00 R$ 15.016.951,00 R$ 15.005.695,00 R$ 14.978.623,00 R$ 87.274.170,00

Fonte: Portal da Transparência do Governo Federal

Entre as dez cidades da região, Mogi representa hoje 36,2% do valor total recebido no Alto Tietê. Durante os seis primeiros meses do ano, a maior quantia disponibilizada para os mogianos foi de R$ 5.394.695, em janeiro. Já a menor foi de R$ 5.191.738, em março. Itaquaquecetuba recebeu o segundo maior valor, ficando com R$ 15.693.996 durante o semestre. O maior valor foi obtido em maio, com R$ 2.773.236 e o menor em fevereiro, com R$ 2.398.991.

Apesar de ser a terceira mais populosa da região, ficando atrás justamente de Mogi e Itaquaquecetuba, Suzano foi a quarta com o maior valor, recebendo R$ 10.725.428,00 divididos de janeiro a junho. Antes dela, Ferraz de Vasconcelos teve R$ 10.763.364, com variação significativa em alguns dos valores mensais. Março, por exemplo, teve a quantia mais baixa, com R$ 1.627.373, enquanto a mais alta foi em maio, quando o município recebeu R$ 1.920.598,00.

Depois dessas quatro primeiras cidades, os valores apresentam diminuição considerável, não alcançando mais a casa dos 10 milhões. Poá obteve um total de R$ 7.897.369 no semestre, com pagamentos que variam de R$ 1.289.934,00 a R$ 1.344.595. Arujá teve quantias que variaram de R$ 550.447 a R$ 653.743 e com isso recebeu R$ 3.648.720 no semestre.

Guararema obteve R$ 2.215.441 no período, enquanto Santa Isabel recebeu R$ 2.118.382. Para Biritiba Mirim foram disponibilizados R$ 1.956.852. Junto de Salesópolis, as três cidades são as menos populosas do Alto Tietê.

Fonte:O Diário de Mogi

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

PANDEMIA: Pancadões atormentam famílias de Sabaúna; moradores cobram fiscalização aos finais de semana

 16 horas atrás6 min. - Tempo de leitura

Eliane José

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PATRIMÔNIO Reformada, a Estação Ferroviária de Sabaúna está fechada por causa do isolamento social. (Foto: Eisner Soares)

Durante a semana, a Sabaúna pacata, quase sem trânsito, marca a rotina dos moradores. Porém, a partir das noites de sexta-feira a domingo, eles começaram a enfrentar o som alto de veículos de fora do distrito que estacionam em frente à Estação Ferroviária e ali permanecem até o início da madrugada. Notadamente nas últimas semanas, com o afrouxamento do isolamento social e a elevação da temperatura, os pancadões começaram a incomodar a vizinhança. Um abaixo-assinado circula entre os residentes e deverá ser entregue ao prefeito Marcus Melo (PSDB) e à Polícia, solicitando o reforço do policiamento e da fiscalização nos finais de semana.

Esse transtorno soma-se a outras preocupações das famílias por causa da pandemia da Covid-19, cujo meio de prevenção é não promover aglomerações de pessoas. Além dos pancadões, moradores como a professora Claudia Franco, vice-presidente da Sociedade Amigos de Sabaúna se preocupam com outra rotina que não se alterou desde março: o grande número de esportistas, sobretudo ciclistas, que passam pela região central do destino ou fazem ponto final, ali, dos treinos de final de semana.

“O grande problema é que estamos na pandemia e o morador não consegue nem mesmo ir comprar um pão, no domingo pela manhã, ou estacionar o carro para ir à missa, porque o número de ciclistas, é muito grande. Aqui, em Sabaúna, não houve isolamento total, aos finais de semana”, reprova Cláudia, acreditando que uma fiscalização constante seria um meio de ordenar as visitas e inibir as aglomerações.

TEMOR Claudia Franco cobra a fiscalização aos finais de semana. (Foto: Eisner Soares)

Moradora em frente à Estação Ferroviária recém-reformada, mas fechada por causa da crise sanitária, Cleide Soares, afirma que são duas situações distintas – o pancadão, e a grande movimentação de ciclistas, com impactos diferentes na vida local. “No pancadão do último domingo, a Guarda Municipal foi chamada e não veio, o que nos atendeu, após algum tempo de espera, foi o setor de Fiscalização da Prefeitura”, contou, comentando que impedir o som alto é tarefa complicada. “Quando o pessoal da Prefeitura chega, com o giroflex acionado, o som é abaixado, e fica nisso”, considera.

O assunto foi tratado na sessão da Câmara de quarta-feira, quando vereadores solicitaram a atenção da Guarda Municipal aos bairros que têm registrado o aumento dos pancadões, prática proibida por lei municipal, independente do decreto da pandemia.

Já o que diz respeito aos esportistas de final de semana, Cleide destaca que a maioria toma os cuidados, como o uso das máscara, mas o grande número de pessoas causa alguns inconvenientes, como a utilização das calçadas e de trechos da rua para o estacionamento da bicicletas. “Os moradores do lugar precisam disputar espaço com as bicicletas, em determinados horários”, indica.

Apesar desse inconveniente, os ciclistas são bem-vindos. Integrante do Conselho Deliberativo da associação que defende Sabaúna, ela sugere o encontro de soluções para ordenar as visitas, uma situação considerada por parte dos moradores, como uma saída para o desenvolvimento econômico do distrito. “Nós queremos o desenvolvimento sustentável, o turismo como um aliado para a geração de empregos para os moradores que precisam se deslocar para trabalhar até em outras cidades. Não queremos o crescimento de Sabaúna”, acentua.

Provocada sobre como aliar essa meta à tranquilidade e qualidade de vida do lugar, ela responde que será necessário o engajamento da comunidade local, na busca de saídas para a boa convivência entre todos, e do poder público municipal.

“Se ligarmos para a Guarda Municipal e, ao invés dela chegar uma hora depois, ela vir em 20, 30 minutos, teremos como prevenir os pancadões, por exemplo”.

Nos finais de semana, a Guarda Municipal tem atendido reclamações e solicita as ligações de moradores para flagrantes a situações como os pancadões.

O abaixo-assinado em elaboração visa fortalecer os pedidos de fiscalização.

Reforma da estação atrai os visitantes

A reforma da Estação Ferroviária de Sabaúna foi entregue em agosto, inclusive com uma área de lazer, onde foram instalados brinquedos infantis. Planejado para ser um Museu Ferroviário, gerido pela Associação Nacional de Preservação, com nova pintura e melhorias, o prédio tem atraído muitas pessoas, mesmo com as portas ainda cerradas. A beleza desse patrimônio arquitetônico e histórico de um dos pontos de partida para o desenvolvimento de Mogi das Cruzes inspira uma parada para fotografias e a contemplação da paisagem.

Isso seria mesmo o esperado, não fosse 2020 um ano marcado pela expansão do Sars CoV-2, o nome do coronavírus que transmite a Covid-19. “Sabaúna não fechou como Luis Carlos, ou a região central de Guararema”, compara Claudia Franco, vice-presidente da Sociedade Amigos de Sabaúna. Para além dessa questão pontual (veja matéria nesta página), o poder de atração de Sabaúna embala um projeto turístico da Prefeitura Municipal para a região.

Além da reforma da estação, iniciada em outubro de 2017 e marcada por paralisações até a conclusão, há um mês, há uma expectativa de se reativar as viagens turísticas do trem até o ponto de parada que vai completar, em janeiro próximo, 128 anos.

O comerciante Marcelo Triboni, proprietário de uma das padaria do lugar, é um dos defensores desse plano. Para ele, hoje Sabaúna recebe corredores, ciclistas, trilheiros, sobretudo nas manhãs dos finais de semana, e não turistas, propriamente ditos.

TREINOS Marcelo Triboni afirma que ciclistas são ‘público tranquilo’. (Foto: Eisner Soares)

Triboni destaca que distrito ainda não tem uma estrutura para o turismo. Isso acontecerá, opina, com a abertura do Museu Ferroviário e as viagens de trem.

Rota da Luz

Nas próximas semanas, Sabaúna deverá receber um outro tipo de visitante. O distrito está na Rota da Luz, um traçado iniciado em Mogi das Cruzes e com término em Aparecida, criado pelo Governo do Estado para retirar os romeiros da perigosa travessia a pé, pela rodovia Presidente Dutra. Marcelo Triboni acredita que, com a pandemia, o número de devotos por este caminho será menor. “No ano passado, em meados de setembro, o movimento era grande; neste ano, isso deve diminuir”, completa.

Fonte:O Diário de Mogi

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

 Entrevista com Marcus Melo: queda na receita e combate à Covid-19

20 horas atrás8 min. - Tempo de leitura

Carla Olivo

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Marcus Melo diz que a cidade acertou na estrutura de combate ao coronavírus, mas os equipamentos conquistados, como respiradores para leitos de UTI, terão de ser reavaliados para compor o sistema hospitalar (foto: Eisner Soares)

Com a diminuição de cerca de R$ 100 milhões na arrecadação de Mogi das Cruzes neste ano, a Prefeitura Municipal espera manter o equilíbrio das finanças nos últimos meses de 2020 por conta de legislações do Governo Federal que permitiram postergar pagamentos de contribuições previdenciárias e de financiamentos junto a órgãos oficiais. A afirmação é do prefeito e pré-candidato à reeleição Marcus Melo (PSDB), que prevê maiores dificuldades em 2021, quando, segundo ele, não há indícios de apoio da União aos municípios. O chefe do Executivo também enfatiza que a queda no orçamento dificulta a criação, ampliação e manutenção dos serviços. Em um balanço sobre o trabalho para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) até o momento, Melo avalia que a cidade faz o caminho certo, implantou o Hospital de Campanha, ampliou leitos de UTI, investiu em medicamentos e equipamentos de segurança para os profissionais e criou protocolos únicos entre poder público e a iniciativa privada. Mas ainda não há definição sobre a volta às aulas presenciais. Confira a entrevista a O Diário:

De que maneira a pandemia da Covid-19 afetou a administração, principalmente o orçamento?

Temos uma redução da receita da ordem de quase R$ 100 milhões. Todos os recursos que a Prefeitura recebe são para reinvestir em benefício da população em serviços, atividades, manutenção, reformas, melhorias, e essa redução acaba inibindo o início de novos serviços, a ampliação e mesmo a manutenção das atividades. Houve uma recomposição por parte do Governo Federal e algumas legislações permitiram à Prefeitura postergar os pagamentos, como o Instituto de Previdência, e também os financiamentos junto aos órgãos oficiais. Então, neste ano, vamos conseguir equilibrar as contas por causa destes ajustes, mas no ano que vem não há nenhum indício do que haverá de apoio aos municípios. Entendo que até o final deste ano, as coisas vão permanecer sem grandes dificuldades. Mas para retornarmos à normalidade, dependemos ainda da solução de uma vacina, que esperamos que seja o mais rápido possível.

Qual é o balanço do trabalho contra a pandemia em Mogi até o momento?

Este é o maior desafio das nossas vidas, enfrentado com muita transparência. As tomadas de decisões foram feitas para salvar vidas. Mogi fez o caminho certo, colocou um hospital de campanha, ampliou os leitos de UTI, investiu em equipamentos de segurança para os profissionais, aquisição de medicamentos e criou protocolos únicos entre poder público e a iniciativa privada. Foi a primeira vez que houve um grande encontro entre o público e o privado, então, teve uma forte união que proporcionou salvar muitas vidas. Entendo que logo no primeiro momento, nós enfrentamos o problema, não corremos da reta como muita gente correu e nem ficamos assistindo. Fomos resolutivos, conseguimos resolver as necessidades que tínhamos naquele momento e preparamos a cidade para este enfrentamento.

Como a cidade se prepara para a possível volta das aulas presenciais? Isso deve ocorrer este ano?

Não consigo responder isso neste momento. Vamos ter algumas reuniões nos próximos dias entre escolas municipais, os diretores que representam os alunos, os pais de estudantes, junto com as escolas estaduais, professores, alunos, e também as particulares. Cada uma tem sua realidade e necessidade e entendo que temos que respeitar as pessoas, os professores, as mães, mas qualquer retomada agora ou em qualquer momento tem que ser segura para todos. A palavra que vem em primeiro lugar é a saúde das pessoas e isso mais do que nunca dentro das escolas.

E a expectativa de Mogi para a chegada à fase verde do Plano São Paulo?

Com um pouco mais de tempo, entendo que estamos aprendendo, embora ainda fique a preocupação com uma segunda onda, como se percebe em alguns países da Europa, onde é grande o número de confirmações nos jovens. Nós, brasileiros, e os mogianos também, aprendemos a conviver com a doença, o uso de máscara, distanciamento e higienização. Muitas empresas estão retomando as atividades com todos os protocolos e o que é muito importante e precisamos todos trabalhar juntos é a retomada dos empregos e de algumas atividades que ainda estão interrompidas.

Quais os momentos mais difíceis e os principais desafios contra a Covid-19 na cidade?

Logo no início, por conta da incerteza do que vinha pela frente, foi muito difícil. Fizemos uma análise conservadora de que o número de óbitos, proporcional ao de idosos na cidade e à população, seria da ordem de 180 a 1,8 mil mortes. Então, se preparar para aquilo que não tínhamos conhecimento foi muito complicado. Montamos um hospital de campanha com capacidade para atender 200 pessoas, mas no início da pandemia não tínhamos resposta se iríamos usar os 200 leitos ou precisaríamos de 400 ou 600. Houve a questão dos jazigos que foram construídos porque vimos no mundo afora caixões na rua e ficamos preocupados com as mortes que ocorreriam na cidade, como de fato estamos hoje com mais de 300 óbitos. Em Manaus, foram abertas valas comuns para enterrar as pessoas. E não estamos tratando de números, mas sim da vida de pessoas, de pais, mães, irmãos. Então, o maior desafio mesmo foi no início, sem saber o que vinha pela frente, e quando aconteceu uma falta de unidade do ponto de vista do Governo Federal de ter uma diretriz. Então, cada cidade, prefeito e gestor foi tomando suas decisões de acordo com as orientações de seus técnicos. Aqui tivemos, desde o primeiro momento, a orientação de profissionais de saúde especialistas, como o atual secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, que me acompanhou quando tive o coronavírus, e o Dr. Henrique Naufel, que tinha acabado de assumir como secretário e nos deu todas as diretrizes e orientações corretas.

Após a pandemia, como a cidade deve ficar em número de leitos de UTI?

A questão dos leitos de UTI depende da realidade dos hospitais. O Hospital Municipal foi construído para ter quartos de enfermaria e 10 leitos de UTI dentro do que é sua função. São realizadas cirurgias e no pós-cirúrgico algumas pessoas precisam ser encaminhadas para a UTI. A situação dos leitos de UTI será uma análise da própria equipe técnica. Conseguimos respiradores, mas estes leitos são de UTI Covid, que é muito diferente de um leito de UTI hospitalar, isso também no Luzia e nos hospitais privados. Os equipamentos que vieram e que conseguimos, inclusive de doações, ficarão para ajudar, mas os leitos de UTI não só em Mogi, mas no Brasil todo serão reavaliados.

Como foi a experiência do senhor e da família com a Covid?

No começo, fiquei muito preocupado com minha vida, a da esposa e dos filhos. A pergunta era por que comigo vai ser tranquilo se não foi para outras pessoas? Percebo pessoas com a mesma faixa etária minha e até mais novas que perderam a vida. Foi muito preocupante, mas graças a Deus passamos bem e, no nosso caso, conseguimos vencer esta doença em casa.

De que forma o senhor vê as recentes investigações do Gaeco sobre contratos feitos pela Prefeitura durante a pandemia?

O Tribunal de Contas fez uma análise de aquisições em todo o Estado de São Paulo e não conseguiu se atentar exatamente à questão do momento da pandemia. No caso específico do álcool em gel e de máscaras, a iniciativa privada que fornece estes produtos para as empresas, não só do setor público, mas também privadas, subiram muito o preço. Quando o Tribunal de Contas fez a análise de preços, três meses depois, as coisas já estavam normalizadas. No caso das máscaras, quem foi lesada foi a Prefeitura, tanto é que entrei com ação pedindo a devolução dos valores e as máscaras estão à disposição da empresa até hoje. Quem faz uma compra tem direito de arrependimento em 7 dias para devolver o produto e pegar o dinheiro de volta. Identificamos que o valor estava muito alto e solicitei à Procuradoria que entrasse com ação para devolver 5 mil máscaras N95, compradas a R$ 80,00 cada, e receber este dinheiro. Este processo está na Justiça e pedi ao Ministério Público que auxilie o município, porque quem foi lesado foi a Prefeitura, que pagou um valor muito alto que a empresa e o mercado ofereciam naquele momento, por isso pedi a devolução. Faltou naquele momento uma gestão do Governo Federal para normatizar e inibir os abusos que estes empresários cometeram. Mas se naquele momento tivéssemos que adquirir máscara para salvar vidas, teríamos feito isso de qualquer maneira. Tínhamos, em média, no início do ano, o uso de 2 mil máscaras por mês e, da noite para o dia, passamos a ter a necessidade de 20 mil a 30 mil máscaras por semana. O mercado no mundo não estava preparado para isso e houve aumento de valores no mundo inteiro.

E a questão da construção de sepulturas, também investigada?

Os jazigos foram uma preocupação porque a cidade já tem um problema antigo da falta de locais nos cemitérios. Isso não é um problema de hoje e houve a preocupação, em março, com o desafio da possibilidade de se ter 1,8 mil óbitos. Tivemos que tomar a decisão de construir locais para que estes mogianos pudessem enterrar seus entes queridos. A Prefeitura fez a contratação de acordo com a legislação existente, o serviço foi entregue e está sendo utilizado. É uma obra de engenharia, com referências oficiais, que foi feita pelos próprios colaboradores da Prefeitura.

Fonte:O Diário de Mogi

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Custo do Legislativo: Morador de Mogi gasta R$ 73 para financiar o Legislativo

Custeio com Câmara de Vereadores é 10% maior do que levantamento feito anteriormente pelo Tribunal de Contas

O custo de manutenção da Câmara Municipal para cada morador de Mogi das Cruzes aumentou 10% no último ano. Com base em setembro de 2018 até agosto do ano passado, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), calculou que cada morador de Mogi pagava, na ocasião, R$ 66 para manter o Parlamento funcionando. No estudo mais recente sobre o tema, a Corte calcula R$ 73 anuais para a manutenção do Legislativo municipal.

O levantamento toma como base a chamada despesa corrente, que envolve o pagamento de contas e pessoal. As despesas de capital, que se referem a compras de máquinas, bens e imóveis não fazem parte do cálculo.

O TCE reuniu informações de gastos dos 644 municípios paulistas, exceto a capital, que tem um tribunal de contas próprio, e fez um balanço dos recursos utilizados, trazendo um levantamento que tem o objetivo de promover a transparência do uso dos recursos públicos e incentivar a população a exercer o controle social dos gastos.

A Câmara de Mogi possui 23 vereadores que entre os períodos de maio de 2019 até abril deste ano, tiveram um gasto com pessoal e custeio de aproximadamente R$ 32.624.843,81. O gasto é aproximadamente R$ 3,6 milhões maior do que o apresentado no levantamento anterior.

Portanto, a cidade que possui uma população de cerca de 445 mil, tem um gasto de R$ 73 por morador.

Chamada de "Mapa das Câmaras", a ferramenta foi desenvolvida pelo Departamento de Tecnologia da Informação (DTI) em conjunto com a Divisão de Auditoria Eletrônica do Estado de São Paulo (Audesp) e tem como principal objetivo tornar públicos os recursos utilizados por vereadores e o impacto que o poder Legislativo causa frente aos orçamentos dos municípios.

No Alto Tietê, o custo mais alto em relação à quantidade de moradores se dá em Arujá, onde cada morador desembolsa R$ 159,41 anualmente. No último ano, R$ 14.318.711,54 foram empregados para manutenção do Legislativo, que representa quase 90 mil arujaenses.

Em Suzano, os gastos figuram abaixo do R$ 100 por morador. Para o gasto total de R$ 26.848.708,26, os quase 300 mil habitantes pagam R$ 90,21 por ano.

Sessão da Câmara de Mogi das Cruzes

No total, o financiamento do Parlamento de Arujá foi de R$ 14.318.711,54

Gastos Câmaras Municipais Alto Tietê

Cidade Gasto por morador Gasto total


Arujá R$ 159,41 R$ 14.318.711,54

Biritiba Mirim R$ 79,89 R$ 2.604.106,73

Ferraz de Vasconcelos R$ 57,51 R$ 11.172.260,94

Guararema R$ 71,29 R$ 2.124.151,12

Itaquaquecetuba R$ 37,13 R$ 13.768.961,65

Mogi das Cruzes R$ 73,18 R$ 32.624.843,81

Poá R$ 133,48 R$ 15.676.992,29

Salesópolis R$ 85,13 R$ 1.459.077,74

Santa Isabel R$ 109,04 R$ 6.257644,66

Suzano R$90,21 R$ 26.848.708,26

Custo médio/ Total R$89,62 R$ 126.855.458,74

Fonte: Tribunal de Contas do Estado

Fonte:Mogi News

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Congresso Nacional: Senado oficializa defesa para reeleição

 Na primeira manifestação oficial sobre o assunto, o Senado defendeu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de os presidentes das duas casas do Congresso se reelegerem

Foto: Antonio Augusto/Câmara dos Deputados

Constituição veda a reeleição na mesma legislatura

Na primeira manifestação oficial sobre o assunto, o Senado defendeu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de os presidentes das duas casas do Congresso se reelegerem. O documento escancara a intenção do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) de continuar no comando do Legislativo por mais um mandato. A articulação também conta com a participação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A Constituição veda essa possibilidade na mesma legislatura, mas o Senado recorre a dois pareceres diferentes - da Mesa Diretora e da Advocacia da Casa - para sustentar a tese de que a regra pode ser flexibilizada.

Em um dos documentos, o Senado cita que a proibição de um parlamentar se reeleger do Legislativo teve como origem um ato da ditadura militar. O argumento é de que a norma foi incorporada à Constituição de 1988 na esteira do artigo que também proibiu a reeleição de presidente da República, mas que este já foi derrubado.

A manifestação cita ainda que a emenda à Constituição que autorizou a reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso, aprovada em 1997, só não foi estendida aos cargos de chefe do Legislativo por uma questão política. "A análise histórica dos precedentes mostra que eles foram construídos, aparentemente, para resolver situações imediatamente contemporâneas àqueles momentos da política nacional", diz o parecer assinado pelo secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira. (E.C.)

Fonte:Mogi News

Presencial: Retorno das aulas é tema de reunião

 Representantes de escolas particulares se reuniram ontem com o Comitê da Retomada Gradativa, Diretoria Regional de Ensino e com a Secretaria Municipal de Educação para tratar sobre o possível, mas ainda não confirmado, retorno das aulas presenciais neste ano

Foto:

Representantes de escolas particulares se reuniram ontem com o Comitê da Retomada Gradativa, Diretoria Regional de Ensino e com a Secretaria Municipal de Educação para tratar sobre o possível, mas ainda não confirmado, retorno das aulas presenciais neste ano.

Com o avanço para a fase amarela do Plano São Paulo, no último dia 13, praticamente todos os setores da atividade econômica e comercial tiveram liberação para retorno, com exceção das escolas, que continuam fechadas desde março. No encontro de ontem, o comitê mogiano traçou três primordiais quesitos a serem cumpridos para que a volta das aulas presenciais ocorra em 7 de outubro, como prevê o governo do Estado. 

Será necessário que cada escola, no âmbito privado ou estadual, contate sua comunidade escolar para colher a opinião dos integrantes do sistema sobre o retorno das aulas. Após o posicionamento oficial da comunidade, as escolas precisarão entregar os resultados à Diretoria Regional. Além disso, ainda em setembro, serão finalizados os protocolos de segurança sanitária, para que, posteriormente, um terceiro item seja concluído: o treinamento do pessoal envolvido no funcionamento da rede escolar.

"Existe um plano estadual que contempla a possibilidade de retomada das aulas presenciais em 7 de outubro, mas ainda não é uma data certa", reforçou o presidente do comitê mogiano e vice-prefeito, Juliano Abe (MDB). Segundo o representante do grupo de trabalho da Prefeitura, caso as metas não sejam atingidas, o retorno em 7 de outubro está descartado. "Além destes itens, precisamos manter os indicadores referentes à pandemia estáveis. Isso é tão primordial quanto a execução deste planejamento", completou.

Inadimplência

As escolas particulares do Alto Tietê sentiram considerável aumento na inadimplência no pagamento das mensalidades durante o período de pandemia do novo coronavírus. As instituições de ensino ouvidas pela reportagem, em maio, já afirmavam estar tratando individualmente a negociação das mensalidades. (F.A.)

Fonte:Mogi News

Rodovia Mogi-Dutra: Líder de movimento contra pedágio apoia posição de Melo

Em repercussão à reportagem publicada pelo Grupo Mogi News, ontem, um dos líderes do movimento contrário ao pedágio em Mogi das Cruzes, o professor Paulo Bocuzzi, afirmou que a fala "mais incisiva" do prefeito Marcus Melo (PSDB) descartando a instalação do pedágio na rodovia Mogi-Dutra (SP-88) no município é "válida" e "animadora"

Foto: Mariana Acioli

Instalação de praça de pedágio na Mogi-Dutra virou assunto polêmico para o Estado

Em repercussão à reportagem publicada pelo Grupo Mogi News, ontem, um dos líderes do movimento contrário ao pedágio em Mogi das Cruzes, o professor Paulo Bocuzzi, afirmou que a fala "mais incisiva" do prefeito Marcus Melo (PSDB) descartando a instalação do pedágio na rodovia Mogi-Dutra (SP-88) no município é "válida" e "animadora".

"Eu me sinto muito satisfeito com a confiança do nosso principal governante contra o pedágio. Muito positivo, algo que não víamos antes", disse o organizador do movimento que, desde outubro passado, vem manifestando sua insatisfação em relação a proposta da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). "Sobretudo no início, quando o projeto foi apresentado, ele (prefeito Melo) não demonstrou exatamente sua opinião sobre o assunto. Eu vejo que ele aguardou a opinião pública para se posicionar. Agora mais incisiva, vejo com bons olhos", disse Bocuzzi.

O prefeito Melo disse nesta semana que o município não receberá o posto de cobrança pretendido pelo departamento estadual, por meio da concessão de rodovias. "Pedágio em Mogi passa longe. Não teremos, não vou deixar instalar um pedágio aqui", descartou o chefe do Executivo.

Embora a fala animadora do chefe do Executivo municipal represente um importante apoio ao movimento resistente à proposta do posto de cobrança, Bocuzzi se mostra preocupado com o silêncio da classe política e da própria população sobre o tema, muito em razão da pandemia do coronavírus (Covid-19). "Os estudos da Artesp estão avançando. Recebo contato das pessoas falando sobre o contador de veículos em diversos pontos da Rota do Sol. Está muito claro, que o projeto continua avançando", alertou Bocuzzi, afirmando ainda que há um movimento para que o assunto não seja amplamente discutido entre a classe política.

O representante do movimento "Pedágio Não" disse que o grupo irá se manifestar novamente, ainda neste ano, respeitando as medidas de segurança contra a Covid-19 e de forma criativa. Ainda não há data para o ato.

Com o recente posicionamento categórico do prefeito Melo, a possibilidade do pedágio se afasta, podendo o posto de cobrança ser instalado em outro ponto da rodovia, em Arujá.

A possibilidade que era ventilada logo após a oficialização do cancelamento do posto de cobrança no km 45 da Mogi-Dutra foi a alteração do projeto que resultaria na colocação do pedágio nos limites da cidade vizinha.

Concessão

A Artesp possui planos concretos para a região: duplicação da estrada do Pavan, fortalecimento da Rota do Sol, com a eliminação de semáforos; implantação de oito novos viadutos; construção de cinco acessos e retornos e a instalação de dez novas passarelas. A proposta também incluía a instalação de um pedágio no km 45 da Mogi-Dutra, já descartada, entretanto, quando questionada sobre a instalação de uma praça de pedágio em outros pontos da via, a agência paulista dá poucos detalhes e informa que a prioridade é a conclusão da duplicação da Mogi-Dutra, na ligação entre as duas cidades.

Fonte:Mogi News

REDE BÁSICA: Baixa procura por consultas na rede de saúde de Mogi ainda persiste

 30 de agosto de 20205 min. - Tempo de leitura

Larissa Rodrigues

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PERFIL Unidades de saúde da cidade voltaram a ampliar o atendimento ao público, mas mantêm cuidados como limite de público em prédios. (Foto: arquivo)

Mesmo com o frio intenso nos últimos dias, a demanda nos pronto atendimentos de Mogi das Cruzes não aumentou. Na verdade, os números vêm caindo desde o início da pandemia do novo coronavírus. De maio a julho de 2019, as unidades mogianas prestaram 138.410 atendimentos de saúde, enquanto no mesmo período deste ano, esta quantidade diminuiu quase 45%, ficando com 76.377. No Pró-Criança, a queda foi de 53%, indo de 13.044 para 6.134.

A Secretaria Municipal de Saúde destaca que a procura por atendimentos de urgência e emergências caiu significativamente e que essa queda se mantém acentuada. Especificamente no caso das crianças, o período de isolamento (sem aulas e outras atividades em grupo) está contribuindo para prevenir, além do Covid-19, doenças comuns no período de inverno.

Desta forma, além do Pró-Criança, todos os outros serviços registraram queda na demanda. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Universo foram 8.435 atendimentos a menos entre maio e julho deste ano, comparado aos mesmos meses do ano passado. Já na UBS de Jundiapeba a queda foi de 4.894 assistências, indo de 20.192 para 15.298.

O Hospital Municipal, que funciona como Centro de Referência do novo coronavírus, também apresentou uma queda significativa no pronto atendimento, que tem atendido somente os casos de Covid. Em maio, de 2019 foram prestados 8.719 assistências, enquanto no mesmo mês deste ano o número caiu para 2.346. No comparativo entre junho dos dois anos a quantidade foi de 8.158 para 3.710, enquanto em julho foi de 5.511 para 4.632. No total, foram 11.700 atendimentos a menos.

Já na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Oropó, a diminuição durante os três meses foi de 49%. Em 2019, foram 27.614 atendimentos, enquanto desta vez foram 14.075. Na UPA do Rodeio a queda foi um pouco maior, de 51%, indo de 32.326 no mesmo período do ano passado, para 15.771 agora.

Consultas

Demanda em Pronto Atendimento – Mai a Jul

Unidade 2019 2020

Hospital Municipal 22.388 10.688

Pró-Criança 13.044 6.134

UBS Jardim Universo 22.846 14.411

UBS Jundiapeba 20.192 15.298

UPA Oropó 27.614 14.075

UPA Rodeio 32.326 15.771

Total 138.410 76.377

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde

Ao final de março, a Prefeitura suspendeu o agendamento de consultas pelo número 160, do Sistema Integrado de Saúde (SIS). O serviço foi retomado no dia 20 de julho e, antes disso, a Secretaria de Saúde atendeu todos aqueles que já tinham seus horários marcados mas que precisaram ser suspensos em decorrência da pandemia. Desde a retomada, mais de 6 mil agendamentos já foram realizados. A Clínica Médica e a Ginecologia têm sido as especialidades mais procuradas.

A fim de evitar aglomerações e manter o distanciamento social, as consultas têm sindo marcadas em horários mais espaçados. Além disso, os agendamentos dependem também da disponibilidade de vagas e outras especificidades. Odontologia, por exemplo, mantém apenas atendimentos de urgência e emergência.

Os pacientes que precisam passar por clínico geral, pediatra ou ginecologia, especialidades ofertadas na Rede Básica, devem entrar em contato para o agendamento das novas consultas seguindo o mesmo calendário semanal adotado antes da suspensão dos serviços: às segundas-feiras acontece o agendamento para ginecologia; às terças-feiras para clínica geral; e às quartas-feiras pediatria. Nas quintas-feiras e sextas-feiras são agendadas vagas remanescentes ou desistências.

As unidades de saúde seguem ainda todos cuidados de segurança necessários, respeitando limites de público, uso de máscaras e um planejamento especial para tentar garantir a segurança dos pacientes e profissionais, uma vez que as unidades ainda atendem eventuais demandas espontâneas suspeitas de Covid-19. Também foram alteradas as rotinas dos profissionais em suas respectivas unidades de trabalho.

Cidade registra 12 casos de meningite até agosto

Há tempos que a meningite deixou de ser uma doença típica de inverno, mantendo casos registrados em todos os períodos. Porém, é importante ficar atento que alguns dos sintomas se assemelham aos sintomas de doenças de frio, como a gripe. Em Mogi das Cruzes este ano, foram registrados 12 casos de meningite até agora, sendo nove bacterianas, duas meningocócicas e uma por pneumococos.

Na meningite bacteriana, os sintomas incluem início súbito de febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço. Muitas vezes há outros sinais, como mal estar, náusea, vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz) e status mental alterado (confusão).

Já na meningocócica, além dos sintomas descritos acima, podem aparecer outros como fadiga, mãos e pés frios, calafrios, dores severas ou dores nos músculos, articulações, peito ou abdômen (barriga), respiração rápida, diarreia e manchas vermelhas pelo corpo. Enquanto na meningite viral os sinais também são semelhantes e podem incluir ainda irritabilidade, sonolência ou dificuldade para acordar do sono e letargia (falta de energia).

Geralmente, a transmissão na meningite bacteriana, é de pessoa a pessoa, por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções das vias aéreas superiores (do nariz e da garganta). Já na meningite viral a transmissão é fecal-oral. Devido à gravidade do quadro clínico, os casos suspeitos de meningite sempre são internados nos hospitais, por isso, ao se suspeitar de um caso, é urgente a procura por um pronto-socorro hospitalar para avaliação médica.

Fonte:O Diário de Mogi

ANÁLISE: Em avaliação sobre Mogi, prefeito Marcus Melo elege a infraestrutura e o emprego como desafios

 30 de agosto de 20209 min. - Tempo de leitura

Carla Olivo

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DUAS FACES Apesar de destacar a qualidade de vida e o potencial de desenvolvimento ofertada por Mogi das Cruzes, o prefeito Marcus Melo admite as dificuldades encontradas para atender os bairros que nasceram sem pavimentação e saneamento básico, apontados por ele, como um dos desafios da administração pública. (Foto: arquivo)

A retomada da geração de empregos e das atividades ainda paralisadas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), além da ampliação de investimentos em saneamento, pavimentação, saúde, educação e segurança, e a construção de espaços públicos para atividades esportivas e de lazer, são os principais desafios de Mogi das Cruzes, que na próxima terça-feira completa 460 anos de emancipação político-administrativa. A avaliação é do prefeito e pré-candidato à reeleição Marcus Melo (PSDB) em entrevista a O Diário, a quatro meses do término do seu atual mandato.

No balanço das conquistas e principais demandas da cidade de 450 mil habitantes, o tucano aponta a falta de recursos agravada nos últimos seis meses pelos impactos da atual crise, que levou à redução de diversas despesas e revisão de contratos, impedindo a realização de projetos, a exemplo da continuidade dos trabalhos de revitalização da região central, mas enfatiza que o município conseguiu priorizar as obras já em andamento, mesmo que com alteração no cronograma de entrega, e garantir a manutenção de serviços em várias áreas. Confira a entrevista:

Conquistas dos 460 anos

A cidade tem que comemorar tudo o que tem e o que já fez nestes 460 anos. Mogi das Cruzes é um município muito bom para morar e viver, tem uma boa qualidade de vida e o melhor daqui, como sempre digo, é o povo mogiano. Temos que comemorar, por mais que neste ano não possamos ter festas, desfile cívico e eventos. Precisamos ser muito gratos pela cidade. Mogi tem sua característica própria e nos últimos anos, a Prefeitura, no que cabe a ela em seus compromissos, não só no período em que eu estou prefeito, porque temos que ser gratos aos prefeitos que um dia estiveram aqui, tem conseguido que a cidade esteja sempre em uma condição diferenciada quando se faz uma avaliação em comparação com outros municípios do Brasil e até de outros locais do mundo. Enfim, temos que comemorar tudo o que Mogi nos oferece, uma boa saúde e educação, as características que ela possui, a preservação ambiental e toda a história destes 460 anos.

História x modernização

Precisamos nos lembrar da nossa história, de que chegamos aqui antes do descobrimento dos bandeirantes e que Mogi é uma das cidades que deu origem a vários municípios. São José dos Campos pertencia a Mogi, assim como Biritiba Mirim, Salesópolis, Jacareí e Suzano. Lembrar desta história e da amizade com estas cidades é muito importante para sabermos onde estamos. Esta questão de preservar a história e a questão ambiental deve sempre ser lembrada porque precisamos deixar para as próximas gerações uma cidade melhor do que aquela que nós encontramos.

Desafios

É preciso manter tudo funcionando e atender as necessidades das pessoas, porque cada uma tem suas particularidades. O maior desafio sempre é manter a cidade funcionando com segurança, respeitando a questão ambiental, com um progresso organizado, e conseguir controlar tudo isso. O papel do poder público é manter a ordem dentro do convívio da sociedade das pessoas. Aliás, este é um desafio muito grande, não de hoje, mas da própria história da humanidade, manter a ordem e o convívio entre as pessoas para que possamos evoluir, porque o ser humano não é fácil.

A cidade do futuro

A Mogi das Cruzes do futuro vai ser uma cidade onde a gente possa crescer pessoalmente e proporcionar dias felizes. O grande desafio da vida é ter dias felizes, com tranquilidade e segurança, onde as coisas funcionem bem. Nos últimos 20 a 30 anos, estamos vivendo uma transformação da informação e de relacionamento, e a sociedade mudou muito. Precisamos construir uma sociedade através do respeito e do diálogo, respeitando as diferenças para que possamos chegar a um denominador comum, onde todos possam demonstrar seus interesses e desejos. A cidade tem que ser um local de paz, alegria e harmonia.

O que não faria?

Fizemos tanta coisa que é difícil falar em deixar de fazer algo. A gente aprende com tudo o que faz ou deixa de fazer. Tudo é aprendizado, quando faz e quando não se faz, porque aprendemos também errando. Um dos erros que cometi foi a questão do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que não teria feito, mas foi um aprendizado. Confesso que gostaria de ter feito mais pela cidade e temos vários projetos e ideias que não conseguimos tirar do papel por causa do momento econômico que estamos vivendo. Queria fazer mais em todas as áreas, investir mais em saúde, educação, segurança, infraestrutura, para proporcionar mais qualidade de vida às pessoas em geral, na cidade inteira.

Cortes de despesas

Tivemos uma diminuição dentro daquilo que é possível, suspendemos as aquisições de compras e tudo aquilo que pode ser postergado. Naturalmente, tivemos que reduzir despesas em todas as áreas, o que foi feito por todos os colaboradores, e reavaliamos contratos. Mas, por outro lado, também tivemos a preocupação de manter tudo funcionando. Nas escolas, por exemplo, houve a diminuição do funcionamento, mas com a manutenção dos empregos, inclusive das organizações sociais. Não tivemos despesas em eventos na cultura, lazer e turismo, por conta da própria pandemia e, consequentemente, houve uma redução natural de despesas nestas áreas. Outra preocupação foi manter as obras que já tinham sido iniciadas, porque quando há paralisação, a retomada dos trabalhos se torna muito mais cara, então, apertamos o cinto e estamos dando continuidade a estas obras, com readequação do cronograma. Se havia a previsão de terminar um trabalho em um determinado mês, estamos postergando isso para que possamos cumprir com estas entregas.

Deficiência

Falta recurso de uma maneira geral para podermos fazer tudo o que as pessoas precisam. Mogi ainda hoje tem bairros sem pavimentação, mas são locais em que isso não existe desde a criação. Temos locais que precisam de investimentos em saneamento básico e existe uma necessidade grande de ofertar mais espaços públicos destinados ao lazer e às atividades esportivas, principalmente aos finais de semana, a fim de melhorar ainda mais a qualidade de vida das pessoas. Mas tudo isso não foi implementado por conta da falta de recursos de uma maneira geral.

Final de mandato

O centro das atenções é manter tudo funcionamento no meio de toda esta crise causada pela pandemia. Precisamos todos nos unir para a retomada dos empregos e das atividades que ainda estão paralisadas. A Prefeitura depende que as coisas funcionem corretamente para que as pessoas possam retomar o dia a dia e os empresários consigam empreender. Não tenho a preocupação de entregar ou não obras. Quero que as coisas funcionem, que as pessoas consigam tocar suas vidas e todos possamos chegar ao final de 2020 com saúde e vivos. O desafio agora é a retomada para os próximos anos, mas sou muito otimista e entendo que o ser humano, o brasileiro e o mogiano têm uma grande capacidade de retomada, de querer trabalhar, empreender e retornar à normalidade.

Mogi +Ecotietê

Este é um projeto que foi discutido por mais de um ano entre os técnicos da Prefeitura, representantes da Associação de Engenheiros e Arquitetos e a sociedade em geral. A cidade se desenvolve muito e este grupo de trabalho identificou que esta região leste, de César de Souza, precisa de mais investimentos para poder acompanhar o crescimento do município nos próximos 50 anos. Temos alguns gargalos, principalmente nas áreas de mobilidade e saneamento. O rio Tietê, por exemplo, que ajudou a cidade a começar a crescer no passado, começa a ser poluído naquela região. E, simplesmente, quando ele foi poluído, a cidade virou as costas. Queremos, em um futuro próximo, devolver e inserir o rio na cidade, como já é feito em outros países do mundo todo. Mogi tem uma legislação ambiental bastante rígida, mas precisamos salvar o Tietê. Este é um projeto ambiental, de mobilidade e de criação de parques e áreas de lazer. Durante a análise realizada pela Prefeitura, ouvindo a população, as pessoas nos pediram mais áreas de lazer e cultura e, quando se pede isso em primeiro lugar, é porque se entende que a saúde e a educação estão bem. Há um lado muito positivo nisso. Queremos tornar Mogi uma cidade que tenha atendimento em todas as áreas. A saúde é muito bem avaliada pela população, mas não é obra pronta e sempre pode ser melhorada. A educação em Mogi recebe investimentos há muitos anos e temos um ensino de excelência, mas manter tudo isso em ordem na cidade é desafiador, principalmente diante das atuais dificuldades que todos nós estamos enfrentando.

Revitalização do centro

Temos conversado bastante com a Associação Comercial de Mogi das Cruzes sobre o projeto de revitalização da região central e, atualmente, estamos realizando a troca de toda a iluminação antiga por lâmpadas de LED. Desenvolvemos projetos internos para dar continuidade à esta revitalização no centro, mas não conseguimos recursos para isso. Na hora em que houver capacidade, devemos retomá-los.

Disputa eleitoral

Sou pré-candidato à reeleição, agora estamos no período da pré-campanha, começando a conversar com os pré-candidatos e a preparar as convenções, que o meu partido, o PSDB, realizará no próximo dia 5 de setembro.

Coligações partidárias

Estou conversado com vários partidos que já me apoiaram há quatro anos, quando me elegi prefeito, e que estão conosco no mesmo projeto. Mas prefiro aguardar as convenções para tornar oficial este número de coligações e dizer quais são os partidos que estão nos apoiando.

Apoio BertaiolliEstamos conversando com todos os partidos e tenho falado também com o deputado federal Marco Bertaiolli, que foi o meu apoiador nas últimas eleições, trabalhamos juntos e espero contar com o apoio dele por conta da preocupação que ele tem com a cidade e pelo projeto que tenho, que é de continuidade da administração dele. Estive presente em tudo o que ele implementou e meu compromisso é que possamos sempre melhorar. Então, estamos conversando e espero contar com o apoio dele também nas eleições deste ano.

Fonte:O Diário de Mogi

ATUALIZADO: Pioneiro do ensino superior em Mogi, Mauricio Chermann morre aos 93 anos de Covid-19

8 horas atrás2 min. - Tempo de leitura

Silvia Chimello

PERDA Mauricio Chermann

estava internado com Covid-19. (Foto: arquivo)

A morte de um dos fundadores e ex-reitor do Centro Universitário Braz Cubas, Mauricio Chermann, teve muita repercussão na cidade. Entidades ligadas ao setor de educação, lideranças, amigos e muitos admiradores do professor lamentaram a perda e destacaram a participação dele no desenvolvimento tecnológico e inovação no processo de introdução da educação a distância (EAD) nas universidades.

O educador, de 93 anos, que dedicou sua vida ao ensino, faleceu no último domingo (30), vítima de Covid-19, após 21 dias internado no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. A filha, Eliane, disse que o pai deixa um grande legado para o ensino a distância, “um dos métodos de ensino que hoje tem sido fundamental por causa da pandemia”, destaca. Ele deixa outros dois filhos: Davi e Débora, e também netos e bisnetos.

A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), além de destacar o entusiasmo para introdução do sistema EAD no ensino superior brasileiro, enumera outras contribuições do professor Chermann para a educação, como a implantação do Núcleo de Arqueologia e do Centro de Computação Gráfica da Braz Cubas, a informatização de museus em Salvador e a atuação na Comissão Mista do Crédito Educativo junto ao Ministério da Educação (MEC), na Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) e no Conselho dos Reitores das Universidades Brasileiras (Crub).

O prefeito Marcus Melo (PSDB) afirma que a história do professor Mauricio está diretamente ligada à educação mogiana. “Ele foi o pioneiro na instalação de um curso superior em Mogi, como conta uma reportagem publicada há algum tempo pelo jornal O Diário. Hoje, nossa cidade desponta como um dos polos universitários mais importantes do País, mas tudo começou pelas mãos de Mauricio Chermann há quase 60 anos. É uma perda dolorosa para Mogi, uma mente brilhante que dedicou sua vida à educação”, comentou.

“Ele era um homem à frente do seu tempo, um visionário”, enfatiza a pesquisadora Luci Bonini, que acompanhou todo o processo para implantação do sistema EAD na Braz Cubas. “Sempre visitava outros países para trazer novas tecnologias. O nome dele está gravado na memória histórica sobre a mudança de políticas educacionais do ensino superior no nosso país”, enfatizou.

Veja mais detalhes da história de Chermann, na Entrevista de Domingo, que ele concedeu a O Diário em 2017.

Fonte:O Diário de Mogi

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Governo de SP dá autonomia a municípios para seguir plano de volta às aulas

Decreto estadual vai detalhar normas sanitárias e epidemiológicas para que prefeituras avaliem reabertura opcional em setembro

Por da Região19 AGO 2020 - 17h15

Governo de SP dá autonomia a municípios para seguir plano de volta às aulas

Foto: Arquivo/DS


 O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), confirmou nesta quarta-feira (19) que as 645 prefeituras de São Paulo terão autonomia para decidir se vão ou não acompanhar o cronograma previsto pelo Estado para o retorno presencial às aulas nas redes pública e privada. A previsão é que as escolas possam reabrir parcialmente para aulas de recuperação a partir de 8 de setembro.

 “O decreto vai definir critérios objetivos para a volta opcional as aulas, lembrando também o papel e a autonomia das prefeituras, com base nas Vigilâncias Sanitárias locais, para a definição de normas mais restritivas”, explicou o Vice-Governador. “Há o compartilhamento de responsabilidade com os municípios. Desde o primeiro dia, o Plano São Paulo tem essa previsão e administração conjunta da pandemia”, acrescentou Garcia, que também é Secretário de Governo.

 A Secretária de Estado da Educação autorizou a abertura gradual das escolas nas cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo em duas datas distintas. A partir do dia 8 de setembro, a retomada atenderia apenas alunos com mais dificuldade de aprendizado em atividades de reforço. A retomada efetiva, mas ainda gradual e restrita do calendário letivo, é prevista para 7 de outubro.

 Mas o Secretário de Educação Rossieli Soares destacou que os prefeitos podem criar calendários próprios e planos mais restritivos, com base nos dados epidemiológicos regionais. Se uma eventual decisão municipal diferir do calendário proposto pelo Estado, a medida local valerá para todas as escolas públicas e privadas daquela cidade.

 “Os municípios têm a possibilidade de fazer vetos por questões de saúde, mas todo o processo desenhado pelo Estado está mantido. Eles não podem autorizar a abertura das escolas antes do dia 8 de setembro”, disse. “Continuamos trabalhando em conjunto com os municípios e os protocolos anunciados nas últimas semanas”, reforçou.

 Calendário previsto

 Para retomar atividades presenciais a partir de 8 de setembro, as escolas devem estar em regiões que estão há 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo. As unidades podem receber alunos para aulas de reforço, recuperação e atividades opcionais. 

 Nesta primeira etapa, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, o limite máximo é de até 35% dos alunos em atividades presenciais. Para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio, o limite máximo é de 20%.

 O retorno oficial das aulas é previsto para 7 de outubro, o que só ocorrerá se 80% das regiões estiverem por 28 dias seguidos na fase amarela do Plano São Paulo. A retomada será gradual e, na primeira etapa, vai atingir até 35% dos alunos.

Fonte:Diário de Suzano

Cidades: Competição de empreendedorismo tem inscrições abertas para alunos do Ensino Médio

Promovida pela Unicamp, competição online é totalmente gratuita

Por da Região19 AGO 2020 - 15h38

Competição de empreendedorismo tem inscrições abertas para alunos do Ensino Médio

Foto: Reprodução/ Google

Alunos do Ensino Médio do ensino público e privado podem se inscrever, até 27 de agosto, na competição de empreendedorismo Inova Jovem 2020 promovida pela Agência de Inovação Inova da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A competição online é totalmente gratuita.

 Para participar, os estudantes devem formar equipes de três a cinco alunos e inserir uma ideia de um projeto inovador, seja um produto, serviço ou processo. As inscrições devem ser feitas pela internet.

 No Inova Jovem, os alunos participarão de atividades capacitadoras com o objetivo de desenvolver modelos de negócio com impacto social. A novidade desta edição é a realização totalmente online, que facilita o acesso de equipes de todos os cantos do Brasil.

 Conteúdos

 Com o foco no desenvolvimento modelos de negócio que se sustentem financeiramente e ao mesmo tempo produzam benefícios para a sociedade, o projeto tem que estar baseado em um dos cinco Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), selecionados para a competição: Saúde e Bem-Estar; Educação de Qualidade; Energia Limpa e Acessível; Cidades e Comunidades Sustentáveis, e Consumo e Produção Responsáveis.

 Para a transformação dos projetos em modelos de negócios, os estudantes receberão as capacitações necessárias para empreender: workshop de inovação, canvas e negócios sociais; treinamentos de pitch e mentorias com profissionais de vasta experiência no mercado.

 Avaliação

 Após a capacitação, as equipes devem entregar os canvas para serem avaliados e concorrerem a uma vaga para a final online. As finalistas competirão com apresentações em forma de pitch no dia 23 de outubro, às 15h.

 As seis equipes com os melhores modelos de negócio avaliados irão para a final e poderão concorrer a até R$ 5 mil reais por equipe, mais certificados. Mais informações podem ser conferidas no regulamento e os interessados devem tirar dúvidas pelo e-mail inovajovem@inovaunicamp.org.

 Sobre o Inova Jovem

 O Inova Jovem foi criado em 2014, com o objetivo de apresentar o empreendedorismo como opção de carreira para jovens do Ensino Médio, além de suprir a falta desse tipo de cultura nas escolas. A competição, que já capacitou mais de 2.100 alunos, no ano passado bateu seu recorde de participação: 173 equipes inscritas, 681 alunos dispostos em sete estados brasileiros e o Distrito Federal.

 Fonte:Diário de Suzano

Alto Tietê: Greve paralisa 70% dos Correios

Os funcionários dos Correios entraram em greve nacional e, pelo menos, 420 dos 600 trabalhadores do setor que atuam no Alto Tietê estão paralisados. O número representa 70% de adesão ao movimento. Os dados foram fornecidos pelo Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios de São Paulo (SINTECT-SP).
A greve começou anteontem e não tem prazo para término.
A paralisação, coordenada pelo sindicato da categoria, reivindica o cumprimento de um Acordo Coletivo firmado em 2019, por meio de arbítrio do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Segundo o sindicato, a direção dos Correios retirou 70 das 79 cláusulas firmadas e cancelou o reajuste salarial.
O acordo trata de uma série de reivindicações negociadas ao longo de décadas pela categoria. A maioria delas é em relação a compensações de salários e outros direitos trabalhistas. Atualmente, a média salarial de um funcionário dos correios é de R$ 1,7 mil. "Não estamos fazendo greve para exigir nenhum aumento salarial ou novo benefício. Queremos apenas a manutenção do Acordo Coletivo que foi julgado pelo TST", declarou Douglas Melo, diretor de comunicação do SINTECT-SP.
Melo informou, ainda, que o corte das cláusulas do acordo por parte da direção dos Correios significa a redução de vários direitos básicos dos trabalhadores como, vale alimentação, licença-maternidade, indenização por morte, pagamentos de adicional noturno e horas extras. "Pedimos o apoio da população, pois nossa causa é justa. Estamos falando da retirada do sustento de nossas famílias em um momento que enfrentamos, na linha de frente, a maior pandemia do último século", disse o diretor de comunicação, informando também que a categoria está sobrecarregada e não consegue dar conta de todo o trabalho sozinha, uma vez que, desde 2011 não são realizadas novas contratações para repor mais de 30 mil vagas.
Os Correios emitiram um posicionamento sobre a greve e informaram que a paralisação dos empregados é parcial - 83% do efetivo total no Brasil está trabalhando regularmente. Sobre as negociações, a empresa informou que nenhum direito foi retirado, apenas foram adequados os benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado e a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa.
Segundo o sindicato que defende os trabalhadores dos Correios, "é sorrateira e lamentável a nota distribuída à imprensa pela direção da empresa sobre a greve da categoria. Ela traz inúmeras inverdades, com a afirmação de que "os Correios não pretendem suprimir direitos", e distorções grotescas da realidade, como a afirmação de que está "resguardando os vencimentos dos empregados".
*Texto supervisionado pelo editor.
 
Fonte:Mogi News

Educação: Após 5 meses, MEC dará internet para aluno pobre

 Programa atende 400 mil alunos com renda mensal familiar inferior a 1,5 salário (R$ 522,50)

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Benefício do aporte de internet vai até 31 de dezembro e custará R$ 24 milhões

Depois de cinco meses da suspensão das aulas presenciais em decorrência da Covid-19, o Ministério da Educação (MEC) anunciou ontem programa de fornecimento de dados de internet para que estudantes de baixa renda de universidades e institutos federais acompanhem o ensino a distância.

"Fiquei contente embora, num primeiro momento, pudesse entender que foi um pouquinho tarde para tomarmos essa iniciativa", disse o ministro da Pasta, Milton Ribeiro, durante coletiva de imprensa. Ele atribuiu a demora ao percurso administrativo público e à burocracia interna.

Inicialmente, o programa vai atender 400 mil alunos com renda mensal familiar por pessoa até 0,5 salário mínimo (R$ 522,50), em duas modalidades. Para aqueles que já têm pacote de dados móveis, será oferecido bônus. Para os que não têm, serão entregues chips com pacotes de dados.

A instituição de ensino ficará encarregada de entregar as informações dos estudantes para as operadoras. Segundo o MEC, o programa vai entrar em vigência em agosto para estudantes das 25 universidades e 15 institutos federais que já retomaram o ensino de forma remota. As demais vão receber o benefício conforme retomarem as aulas a distância.

Os planos vão de 5 GB a 40 GB, capacidades com base em uma média mensal de uso de 20 GB, considerada pelo ministério e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) na elaboração do programa. Com orçamento de R$ 24 milhões, o benefício vai se estender até 31 de dezembro, duração do estado de calamidade pública decretado pela Câmara dos Deputados. Segundo a Pasta, a continuidade pode ser revista, a depender da evolução da pandemia.

Alunos que não residirem nos municípios em que existem campus das instituições federais deverão ser avaliados caso a caso. "Onde nenhuma das operadoras (envolvidas no programa) atender, a universidade vai tratar de forma específica", disse o secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas de Souza.

Por meio de programa suplementar, as universidades podem atender com recursos próprios alunos com renda familiar per capita mensal de 0,5 até 1,5 salário mínimo

(R$ 1.567,50) - perfil considerado de vulnerabilidade social. São 900 mil alunos na rede federal que correspondem a esse intervalo de renda. De acordo com o diretor-geral da RNP, Nelson Simões, esse programa lança as bases para inclusão de banda larga também nos domicílios dos alunos, facilitando a implementação de um modelo que mescle educação a distância e presencial no futuro.

No dia 4, o MEC publicou portaria que autoriza as instituições federais de educação profissional técnica de ensino médio a suspenderem as aulas presenciais ou substituí-las por aulas a distância até 31 de dezembro, por causa da Covid-19.

Fonte:Mogi News

COVID-19: Dez respiradores estão sem uso no hospital Dr. Arnaldo Pezzuti

 16 horas atrás3 min. - Tempo de leitura

Eliane José

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SONHO A ocupação de ala do Centro de Reabilitação Dr. Arnaldo, em Jundiapeba, é esperada desde 2017. (Foto: arquivo)

Recebidos no mês passado, os dez respiradores encaminhados para o Centro Especializado em Reabilitação Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, no distrito de Jundiapeba, estão guardados. Representantes da Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB) Rede Santa Casa, que iniciaram alguns contatos com o Governo do Estado para operar os 60 novos leitos para o tratamento da Covid-19, deixaram a unidade alguns dias atrás, para surpresa dos funcionários que chegaram a se animar com a possibilidade de abertura das vagas, sobretudo as da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O antigo hospital-colônia completou 92 anos neste mês, e é tombado como patrimônio histórico.

Questionada, a Secretaria de Estado da Saúde não responde sobre o processo de instalação dos leitos anunciados em maio passado e repete que a unidade poderá suprir “eventuais necessidades de ampliação de leitos para assistência aos pacientes com a doença”. Procurada, a AHBB não retornou à reportagem.

O Diário acompanha os desdobramentos do anúncio sobre a ativação desses leitos há anos. Primeiro, a ala foi reformada para se dedicar ao tratamento da dependência química e psiquiatria. Os quartos foram mobiliados com camas, as paredes ganharam nova pintura. Essa história já dura algum tempo, quando a demanda por atendimento a dependentes químicos cresceu, pressionando o poder público a receber esses pacientes.


Em 2017, por exemplo, o Governo do Estado anunciou um investimento de R$ 2,2 milhões para a instalação de 60 leitos para internações breves. O setor passaria a ter 82 vagas.

Com o tempo, o lugar continuou contando com os 22 leitos iniciais. O plano foi sendo esquecido. Até maio último quando uma das apostas para o enfrentamento da Covid-19 passou a ser a abertura de 60 vagas, sendo uma parte delas, de UTI.

Com o recuo da curva de internação nos hospitais públicos, o projeto para o Dr. Arnaldo foi minguando, apesar de alguns passos terem sido dados. Os dez respiradores chegaram à unidade e uma organização social, a Rede Santa Casa, que atua em UTIs em diversas cidades, confirmou a possibilidade de assumir a empreitada.

Inclusive, foram feitos contatos para a seleção dos profissionais que poderiam trabalhar na nova ala. Dias atrás, no entanto, essas pessoas receberam a informação de que o plano não seria mais tocado em frente.

Outro complicador foi um erro no dimensionamento dos espaços existentes no prédio que iria receber os leitos de UTI, o que exigiria uma metragem maior para acomodar os equipamentos.

Essas informações, O Diário reuniu por meio de fontes da área da saúde. Oficialmente, a Secretaria de Estado da Saúde repete que segue monitorando o tratamento à Covid-19 e destaca o conforto existente com o quadro hospitalar atual do Alto Tietê – que possui 636 leitos SUS voltados para Covid-19, sendo 453 de UTI, e a demanda registrada neste momento da pandemia.

No domingo, a taxa de ocupação das vagas regional era de 57%, e de enfermaria 41%. Indagada pontualmente sobre o futuro dos respiradores, a secretaria não respondeu.

E o futuro dessa ala no Dr. Arnaldo? Boa pergunta. De concreto segue o sonho de colaboradores do tradicional hospital mogiano de potencializar a capacidade física do Centro de Reabilitação considerado como uma unidade de retaguarda para pacientes crônicos, e responsável por serviços reconhecidos por serem altamente específicos. Um exemplo: o atendimento a crianças e adultos que dependem da estrutura hospitalar para viver e são assistidos no programa “Quando a UTI é uma Casa”, aberto há 13 anos.

Fonte:O Diário de Mogi

PESQUISA: Estudo aponta áreas de risco em Mogi das Cruzes

15 horas atrás9 min. - Tempo de leitura

Natan Lira

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COMPLICADO Rua Alexandre Andreotti, em Jundiapeba, ficou alagada em uma das fortes chuvas que atingiram a cidade no inicio de 2020. (Foto: arquivo)

A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente entregou às prefeituras do Alto Tietê os resultados do Mapeamento de Riscos de Movimentos de Massa e Inundações, que aponta as áreas que oferecem algum tipo de risco (R) e a classificação pela gravidade, que vai de 1 a 4. Em Mogi das Cruzes foram pontuados 374 setores (pontos) que requerem atenção. Com o estudo, a administração municipal pode elencar quais demandas mais simples consegue resolver e, nos casos mais graves, o material repassado pelo Governo do Estado serve como pré-projeto para busca de financiamento a fim de solucionar os problemas.

O relatório separa as ocorrências em dois grandes grupos. No primeiro, os riscos de escorregamento e movimentos em massa nas áreas urbanas. Dos 63 setores verificados, as classificações “nulo ou quase nulo”, “muito baixo e baixo” e “médio” ficaram com 15 áreas cada uma. Em risco “alto” estavam 16 setores, além de 2 em muito “alto”.

Quando verificado o risco de inundação e processos correlatos, o total de áreas que pontuaram para demandas foi de 311, das quais 94 estavam com risco “baixo”, 159 em “moderado”, 40 para “alto” e 18 em “muito alto”.


Em entrevista a O Diário, Claudio José Ferreira, pesquisador científico do Instituto Geológico – órgão vinculado à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente, explicou que o trabalho teve abordagem inovadora ao utilizar diferentes escalas. Primeiro, o levantamento mapeia todo o território dos municípios. Depois, em uma escala menor, foram observadas as áreas críticas para a fase dos estudos locais.


“Esses setores derivaram de áreas-alvo que efetivamente a equipe foi a campo para uma escala em que constatou algum risco. Eles foram classificados entre R1 a R4, e essa classificação vai do menor risco (1) a questões mais críticas (4). Para cada setor há uma ficha de campo específica com toda a caracterização do que foi identificado. Às vezes, a Prefeitura não consegue resolver um problema mais grave sem financiamento. Mas, às vezes, um ‘R1’ pode ser sanado com mais rapidez, até para não virar um ‘R2’”, pontua Ferreira.


Paulo César Fernandes da Silva, pesquisador científico do IG e que junto com Ferreira integra o Núcleo de Geologia de Engenharia Ambiental, pontuou que para se chegar à classificação de risco do local são verificados tanto o perigo quanto a vulnerabilidade. O primeiro verificou a incidência das inundações, por exemplo, o volume de água acumulado, enquanto o segundo avaliou a infraestrutura do local como a situação do solo e das casas daquele perímetro.


“Em caso de inundação, o perigo mostra a declividade do terreno e a ocorrência dos registros. Em campo, a gente percebe se tem trinca no chão, nas casas ou o histórico de outros escorregamentos. Esses elementos determinam o perigo e a vulnerabilidade e, consequentemente, o risco que representam”, destacou.


Os pesquisadores pontuaram que esses riscos nem sempre são iminentes. Há casos em que eles dependem ainda de outros fatores, como o climático.


Além de enviar os relatórios às prefeituras, a equipe técnica vai agendar com cada administração uma apresentação mais detalhada a fim de pontuar, com maior abrangência, o que as cidades podem usar em cada escala de trabalho. O interesse, neste caso, parte do poder público verificar se o estudo vai nortear novas ações, o Plano Diretor, ou se pretende criar um planejamento de resiliência para as questões climáticas.


“A Prefeitura vai saber se pode atuar em determinado setor com recursos próprios, mas também verificar um setor muito crítico, em que precisa da ajuda dos governos estadual ou federal. Ela já tem estudo para mostrar e comprovar a necessidade. O documento serve até mesmo para a Secretaria de Habitação verificar as moradias que realmente precisam ser demolidas e realocadas”, detalhou Ferreira.


Pesquisa teve início após deslizamento


O Mapeamento de Riscos de Movimentos de Massa e Inundações surgiu após o Governo do Estado contratar financiamento junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD), via Departamento de Estradas de Rodagem (DER), para mapeamento geográfico da rodovia Mogi-Bertioga (SP-98), que em 2018 sofria uma série de deslizamentos de terra.

Na ocasião, no entanto, o empréstimo oferecia o fortalecimento institucional. Então, o Instituto Geológico propôs um componente de gestão de risco e verificou que todos os mapeamentos feitos na Região Metropolitana de São Paulo estavam desatualizados. Portanto, foi proposta e aceita pelo Banco Mundial a realização do mapeamento dos 38 municípios que integram a área.


Dentro de dois ou três meses, o mapeamento da Mogi-Bertioga será finalizado e apresentado pelos técnicos. Ontem, eles divulgaram apenas que o estudo considerou a rodovia inteira, quilômetro por quilômetro. Atualmente, está sendo concluída a análise em campo.

Com investimento de quase R$ 2,9 milhões, a pesquisa teve início em maio de 2018 e está prevista para ser concluída no final deste ano com a entrega da análise de riscos voltada às rodovias.

Nessa primeira etapa está prevista ainda a entrega da integração do gerenciamento de risco de desastres no setor de Logística e Transportes, onde o enfoque é a infraestrutura rodoviária. Já a segunda etapa do estudo vai entregar outros 27 levantamentos de municípios da Região Metropolitana de São Paulo.

Problemas estão localizados em 52 bairros

Carla Olivo

O Mapeamento de Riscos de Movimentos de Massa e Inundações aponta áreas em 52 bairros de Mogi com possibilidade de inundação, solapamento e escorregamento. Ao todo são 31.193 imóveis, sendo 8.555 com risco de movimentação de terra e 22.638 sob ameaça de alagamento.

O secretário municipal de Segurança, Paulo Roberto Madureira Sales, explica que o estudo do Instituto Geológico vai contribuir para o monitoramento realizado pela Prefeitura de Mogi. “O foco deste mapeamento mais técnico é a análise do tipo de solo, o que colabora com nosso trabalho porque é mais detalhado, mas como esta pesquisa teve início há dois anos e meio, algumas áreas apontadas já foram corrigidas, a exemplo da região de Jundiapeba, onde fizemos um trabalho que evitou novas inundações como as ocorridas em 2017. Temos um controle completo de todas as áreas de risco de Mogi, com o número de imóveis, de famílias e de pessoas que neles moram”, explica.

No mapeamento de Mogi, há 143 famílias cinco áreas com risco de deslizamento nos bairros Jardim São Paulo, Residencial Itapeti e jardins Piatã, Nova União e Aeroporto III. Já 598 famílias estão em outros cinco pontos da Ponte Grande, Chácaras Guanabara, Jundiapeba e Jardins Santos Dumont, Aeroporto e Náutico, com possibilidade de sofrer inundações e enchentes. Os riscos de alagamentos se encontram em 20 áreas que ficam no centro, Ponte Grande, Mogilar, Socorro, Nova Mogilar, Mogi Moderno, Vila Estação, Jundiapeba, Braz Cubas, Jardim Layr, César de Souza, Sabaúna e Vila Natal.

O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Daniel Teixeira de Lima, explica que o mapeamento do IG é o primeiro do tipo realizado no Alto Tietê a pedido das prefeituras da região. “Havia uma grande demanda por este estudo que ajuda no planejamento de cidade, não só pela Prefeitura, mas para a gestão pública como um todo e também para a população. Aponta, por exemplo, a necessidade de desassoreamento do rio tietê, que a cidade já vinha batalhando e conseguiu aprovar o recurso para o DAEE fazê-lo neste ano, além do desassoreamento do rio Jundiaí, que vem sendo cobrado há mais de 10 anos. Outro ponto é a proteção e recuperação das margens, que já fazemos desde 2017, quando iniciamos um estudo com a UMC (Universidade de Mogi das Cruzes), que se transformou no Plano da Mata Atlântica, no Plano Diretor, que tem o corredor ecológico ambiental e o plano de arborização”, detalha.

Lima também enfatiza que um dos embasamentos para o estudo de risco é a política estadual de mudanças climáticas. “Com o mapeamento de calor se detecta a necessidade de arborização e se faz o programa para evitar o maior número de enchentes, porque onde há um mapa de calor formado, a tendência é a maior intensidade de chuva e a tendência de risco de alagamento”, diz.

O mapeamento, na avaliação de Lima, vai servir para ensinar a minimizar e conviver com os riscos. “Um dos exemplos é aquela área onde houve deslizamento, há décadas, no Jardim Layr. As famílias foram retiradas da encosta, que hoje é arborizada e não houve mais deslizamento no local. A recuperação vegetal auxilia neste sentido. Este mapeamento é mais amplo e visa olhar o município do ponto de vista da micro e macrodrenagem. Temos recurso aprovado para construção de mais dois parques à beira do Tietê, o saneamento dos córregos do Lavapés e Canudos, ampliação do tratamento de água, tudo isso colabora para evitar e minimizar estes riscos. Com base neste relatório técnico será mais um dos instrumentos de gestão e organização de políticas públicas dos municípios tanto nas questões para o Estado fazer, assim como as prefeituras e a população”, conclui.

Áreas

As áreas apontadas no mapeamento do Instituto Geológico com risco de inundação estão na Chácaras Guanabara, Jardim Margarida, Botujuru, Vila São Paulo, Sabaúna, Parque Morumbi, Jardim São Pedro, Vila Suíssa, Vila Moares, César de Souza, Jardim Cíntia, Vila Nova Aparecida, Conjunto Habitacional Jeferson da Silva, Taiaçupeba, Socorro, Jardim Modelo, Vila Paulista, Ponte Grande, Jardim Náutico, Vila Áurea, Rodeio, Mogilar, Centro, Vila Tietê, Praça Francisca de Campos Melo Freire, Vila Oliveira, Vila Natal, Jardim Santista, Mogi Moderno, Caputera, Conjunto Residencial Nova Bertioga, Vila Ressaca, Conjunto Residencial Álvaro Bovolenta, Conjunto Habitacional Ana Paula, Cocuera, Jardim Aeroporto, Jardim Santos Dumont, Jardim Layr, Jardim Oropó, Braz Cubas, Quatinga, Vila Moraes, Jardim Ivete, Biritiba Ussu, Vila Cintra e Jardim Piatã.

De acordo com o estudo, há áreas com risco de solapamento no Jardim Margarida, Jardim Cíntia, Vila Paulista, Praça Francisca de Campos Melo Freire, Vila Natal, Mogi Moderno, Jardim Ivete, Conjunto Residencial Álvaro Bovolenta, Vila Moraes e Quatinga.

Já os riscos de escorregamento ficam na Vila Nova Aparecida, Vila Oliveira, Jardim Universo, Vila Cecília, Jardim Aeroporto, Jardim Planalto, Conjunto Residencial do Bosque, Rodeio, Braz Cubas, Parque Residencial Itapeti, Jardim Margarida, Jardim São Pedro, Mogi Moderno e Vila Ipiranga.

Fonte:O Diário de Mogi