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Silvia Chimello
PERDA Mauricio Chermann
estava internado com Covid-19. (Foto: arquivo)
A morte de um dos fundadores e ex-reitor do Centro Universitário Braz Cubas, Mauricio Chermann, teve muita repercussão na cidade. Entidades ligadas ao setor de educação, lideranças, amigos e muitos admiradores do professor lamentaram a perda e destacaram a participação dele no desenvolvimento tecnológico e inovação no processo de introdução da educação a distância (EAD) nas universidades.
O educador, de 93 anos, que dedicou sua vida ao ensino, faleceu no último domingo (30), vítima de Covid-19, após 21 dias internado no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. A filha, Eliane, disse que o pai deixa um grande legado para o ensino a distância, “um dos métodos de ensino que hoje tem sido fundamental por causa da pandemia”, destaca. Ele deixa outros dois filhos: Davi e Débora, e também netos e bisnetos.
A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), além de destacar o entusiasmo para introdução do sistema EAD no ensino superior brasileiro, enumera outras contribuições do professor Chermann para a educação, como a implantação do Núcleo de Arqueologia e do Centro de Computação Gráfica da Braz Cubas, a informatização de museus em Salvador e a atuação na Comissão Mista do Crédito Educativo junto ao Ministério da Educação (MEC), na Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) e no Conselho dos Reitores das Universidades Brasileiras (Crub).
O prefeito Marcus Melo (PSDB) afirma que a história do professor Mauricio está diretamente ligada à educação mogiana. “Ele foi o pioneiro na instalação de um curso superior em Mogi, como conta uma reportagem publicada há algum tempo pelo jornal O Diário. Hoje, nossa cidade desponta como um dos polos universitários mais importantes do País, mas tudo começou pelas mãos de Mauricio Chermann há quase 60 anos. É uma perda dolorosa para Mogi, uma mente brilhante que dedicou sua vida à educação”, comentou.
“Ele era um homem à frente do seu tempo, um visionário”, enfatiza a pesquisadora Luci Bonini, que acompanhou todo o processo para implantação do sistema EAD na Braz Cubas. “Sempre visitava outros países para trazer novas tecnologias. O nome dele está gravado na memória histórica sobre a mudança de políticas educacionais do ensino superior no nosso país”, enfatizou.
Veja mais detalhes da história de Chermann, na Entrevista de Domingo, que ele concedeu a O Diário em 2017.
Fonte:O Diário de Mogi