terça-feira, 28 de setembro de 2010

Hora do voto :Serra critica ação do PT que quer impedir uso de dois documentos

Candidato do PSDB alegou que o presidente aprovou a obrigatoriedade e agora quer "mudar as regras do jogo" .          


Com tudo: Serra aproveitou encontro feminino para criticar
a postura do PT às vesperas da eleição de outubro

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou ontem a ação direta de inconstitucionalidade (Adin 4467) impetrada pelo PT para derrubar a obrigatoriedade de dois documentos para votar: o título de eleitor e um documento oficial com foto. De acordo com ele, a exigência partiu de uma lei aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Essa foi uma lei aprovada pelo Lula", afirmou, após reunir-se no Esporte Clube Sírio em encontro com mulheres, organizado por sua esposa Mônica Serra.

Sobre a obrigatoriedade de dois documentos para votar, Serra defendeu: "Na verdade, é uma garantia para não ter enganação porque o título de eleitor não tem foto. Todo o processo eleitoral se organizou em função disso." E continuou: "O presidente da República, meses atrás, sancionou essa lei. Vem o PT de última hora querer mudar a regra do jogo? É muito esquisito."


No evento, Serra pediu que suas eleitoras multipliquem o voto e consigam convencer os eleitores indecisos na reta final da campanha. "Se cada um conquistar mais um voto, seriam votos demais, mas trata-se de uma média. Quem puder conquistar quatro ou cinco, maravilha. Sobretudo, quem for da área da saúde", afirmou.


Confiante na possibilidade de ir para o segundo turno com sua principal adversária, Dilma Rousseff (PT), Serra disse que o trabalho de conquista dos votos não termina no domingo. "É um trabalho grande que não termina domingo. Segunda-feira começa um trabalho que vai ter o dobro da intensidade de agora."


Aliados

Do encontro no Sírio participaram também o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), o governador do Estado, Alberto Goldman (PSDB), o candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, a vice-prefeita da capital, Alda Marco Antonio, além de mulheres de políticos aliados, como Ika Fleury, Fernanda Richa e Silvia Afif. A vice-prefeita fez um dos discursos mais inflamados.


Ao explicar porque as mulheres do local preferiam votar em Serra, em vez de Dilma e da candidata do PV, Marina Silva, ela afirmou: "Mulher que pensa como homem e age de forma autoritária, nós não queremos não. Mulher que nomeia o braço direito, que emprega a família inteira para fazer negociata, é ruim para nós."




Matéria publicada em 28/09/10
Anne Warth Agêcia Estado



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