quarta-feira, 25 de maio de 2011

código: Sindicatos apoiam emenda florestal

código:
Sindicatos apoiam emenda florestal
Projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados, mas ainda precisa passar pelo Senado para entrar em vigor
Larissa Almeida
Da Reportagem Local
Guilherme Berti
Maria Inês: "Precisa de mais discussão"
Depois de muita discussão, a Emenda 164 do Novo Código Florestal, que estende aos Estados o poder de decidir sobre atividades agropecuárias em Áreas de Preservação Permanente (APPs), foi aprovada na madrugada de ontem pela Câmara dos Deputados. Apesar de o projeto ainda ter de passar pelo Senado e, caso obtenha também a aprovação, seguirá ainda para a Presidência, os sindicatos rurais de Mogi das Cruzes e de Biritiba Mirim já conseguem ver com bons olhos a decisão.
Segundo o engenheiro agrônomo e coordenador de Agronegócios do Sindicato Rural de Mogi, Renato Augusto Abdo, mesmo que essa seja a primeira etapa para a aprovação do código, já pode ser considerada uma vitória.
O engenheiro disse que o sindicato vai esperar o novo código ser aprovado de vez para iniciar um trabalho de orientação com os produtores da cidade: "São várias determinações dentro do novo código, portanto, será necessário analisar ainda a situação de cada produtor, que poderá ser ou não beneficiado pelo código".

O presidente do Sindicato Rural de Biritiba Mirim, Ronald Tuda, espera que o novo código florestal auxilie muito os pequenos produtores, presentes no município. Ele acredita que, quando de fato o novo código entrar em vigor, cerca de 450 produtores poderão avançar suas produções dentro de suas propriedades. "Muitas áreas aqui estão próximas de rios e a plantação fica limitada, já que existe um ponto específico onde pode ser plantado", afirmou.
A favor do novo código, o deputado federal Junji Abe (DEM), que participou da votação na Câmara, defende a proposta, principalmente porque o código que vigora atualmente foi promulgado no ano de 1965, sendo necessário um novo, pois, para ele, as atividades agrícolas são responsáveis pelo destaque em nível internacional que o Brasil tem.

"Aqueles que foram contra, nunca cultivaram nada, tanto que no meu discurso da semana passada enfatizei a importância do agronegócio, praticado por grandes produtores ou por pequenos, como os de Mogi e região. Além disso, o novo código propõe, por exemplo, que, ao plantar próximo a rios, o produtor faça uma compensação, mantendo em 15 metros, a contar da margem do rio, uma mata ciliar", explicou o deputado.
O parlamentar disse que também existe a preocupação de que o novo código seja descentralizado, ou seja, que cada Estado consiga se adequar à sua realidade, se utilizando da mesma lei. Junji citou que o Estado de São Paulo não pode ter a mesma lei de uso e ocupação do solo que a Amazônia e que, na primeira oportunidade, se reunirá com os representantes do Sindicato Rural de Mogi para conversar sobre o novo código e o trabalho que podem desenvolver de orientação com os produtores da cidade.



Meio ambiente
Para a secretária do Verde e Meio Ambiente de Mogi, Maria Inês Soares Costa Neves, o novo código precisa ser mais discutido: "Gostaria de ver uma discussão mais abrangente e que haja um controle. E esse controle é a preservação".

Fonte:Mogi News