domingo, 29 de maio de 2011

Ação ‘facebookiana’ cria o grupo

Ação ‘facebookiana’ cria o grupo


KARINA MATIAS





"É um movimento ‘facebookiano’". O fotógrafo Jorge Beraldo criou a expressão para definir o começo do Grupo Mogiano de Ação Contemporânea (GMAC). Sempre preocupado com as questões urbanas e culturais da Cidade, o profissional resolveu postar em seu perfil no Facebook uma imagem do projeto do arquiteto Guilherme Mattos para o Centro Cultural de Mogi, que conquistou o segundo lugar em um concurso promovido pela Prefeitura nos anos 90. A publicação veio acompanha da frase: "Adote essa ideia: Centro Cultural, já demorou muito".
O post gerou uma grande repercussão. Foram 58 comentários, incluindo o do próprio autor do trabalho. Mattos ampliou a discussão ressalvando que, embora seja importante ter esse tipo de investimento em Mogi, o centro de produção e cultura é a própria Cidade. "Imagina se as indústrias fossem abertas à comunidade. As escolas poderiam promover visitas programadas e desenvolver essa educação", expõe o arquiteto, acrescentando que universidades e outras instituições também poderiam ter um contato maior com o Município.
Foi de toda esta discussão que surgiu o embrião do Grupo Mogiano de Ação Contemporânea, o que explica a expressão de Beraldo citada acima. E o movimento permanece no Facebook agora com uma página própria, em que são realizadas discussões do trabalho, divulgações de encontros, publicação de fotos e atração de novos integrantes. "A proposta teve uma aceitação incrível. E o grupo está aberto no face para que quem quiser participar", salienta o arquiteto.
Além de Mattos e Beraldo, o GMAC conta com a adesão de outros profissionais, dentrE eles o apresentador Leandro Sérgio e seu pai Armando Sérgio da Silva, ex-secretário municipal de Cultura, e os arquitetos Paulo Pinhal, Fernando Yamazaki e Fernanda Pincelli.
O debate sobre o Mercado Municipal é um dos primeiros realizados pelo grupo, que já discute outros projetos, como o leitor poderá conferir nesta e na página 2. Dentre estas propostas, está a da criação de um museu ao ar livre da memória dos logradouros de Mogi, projeto de Armando Sérgio, retomado agora pelo grupo. A ideia é apresentar no local quem foi Ricardo Vilela, Agostinho Caporali e outras pessoas que dão nomes a ruas do Município.
Outros projetos também poderão ser revistos nas discussões do grupo, como o idealizado por Guilherme Mattos para o Largo do Carmo, que chegou a ser apresentado na primeira gestão do prefeito Junji Abe (DEM), mas foi preterido pela proposta do Grupo Pão de Açúcar. "Era uma interpretação diferente, em que se buscava a condição de reconhecer a importância das Igrejas do Carmo como patrimônio histórico. Hoje, passa lá caminhão, ônibus. Existe uma Cidade desenhada para o automóvel e o que esse grupo quer mostrar para a sociedade é que podemos, devemos e precisamos de uma Cidade desenhada para o homem, para a sua arquitetura, para sua qualidade de vida, para a sua expansão", finaliza Mattos.


Fonte:O Diário de Mogi