"Com exceção da radioterapia, que será implantada posteriormente, todos os demais tipos de tratamento de câncer serão realizados no Luzia de Pinho Melo para atender os pacientes de toda a Região", enfatizou Luiz Carlos Viana, diretor clínico do hospital mogiano.
Segundo ele, o Luzia de Pinho Melo absorverá a demanda do centro oncológico em dois tipos de pacientes: os que hoje fazem hormonioterapia e os que são submetidos à quimioterapia.
No primeiro caso se encaixam a maioria dos pacientes – cerca de 600 –, os quais precisam de acompanhamento ambulatorial, mas fazem uso de medicação em casa. Esses terão as consultas agendadas a partir de quarta-feira e passarão pelos médicos a partir do dia 7. Todos passarão por avaliação de oncologistas e terão o seguimento de seu tratamento no hospital estadual.
"Já temos os nomes de todos os pacientes e o diagnóstico deles já foi avaliado inclusive pelo Icesp (Instituto de Câncer do
Estado de São Paulo) dentro do processo de transição. Esses pacientes serão agora atendidos pelos médicos do Luzia e terão continuidade nos tratamentos", assegura o diretor clínico.
Nos outros casos, que são os que requerem quimioterapia, há inicialmente 78 pacientes que serão transferidos do "Dr. Flávio Isaias" para o Luzia de Pinho Melo. Desses, 36 recebem medicação endovenosa e, outros 42, via oral. "Esses pacientes serão atendidos já na próxima semana", informa Viana. A princípio, eles deverão passar por uma triagem.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o objetivo é evitar ao máximo o deslocamento de pacientes para a cidade de São Paulo e garantir que os pacientes sejam tratados próximos de suas residências. Dos pacientes atendidos no Centro Oncológico, apenas 12, avaliados como casos especiais, neste momento não poderão realizar a quimioterapia no Luzia. Temporariamente eles serão encaminhados ao Icesp, mas a Secretaria irá garantir o transporte deles a São Paulo.
Para absorver essa nova demanda de pacientes, o Luzia de Pinho Melo passou por uma pequena reestrutura interna, mais precisamente para implantar a ala de quimioterapia. Os pacientes da hormonoterapia, no caso, serão atendidos nos consultórios que existem no ambulatório. A equipe de oncologistas também foi reforçada e, segundo o diretor clínico, conta com cinco profissionais.
"O Luzia de Pinho Melo sempre teve o atendimento oncológico e, inclusive, é a referência para cirurgias, além da emergência. O serviço, agora, será ampliado com os tratamentos de hormonoterapia, quimioterapia e, depois, de radioterapia. Vamos seguir os protocolos do Icesp e também os nossos", afirmou o diretor Luiz Carlos Viana.
Fonte:O Diário de Mogi