quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Lixo Moradores querem que a Pajoan pague indenização


Bras Santos
Da Reportagem Local
Jorge Moraes

Estrada do Ribeiro está interditada desde 2010 por causa de uma explosão que ocorreu na Pajoan
Cansados dos abusos praticados pela Empreiteira Pajoan e dos prejuízos e transtornos causados pela operação irregular do aterro sanitário instalado no bairro do Pinheirinho, em Itaquaquecetuba, que mesmo interditado há dez meses ainda prejudica vários bairros, moradores do município decidiram recorrer à Justiça com pedidos de indenização. 
O MN apurou que nas últimas três semanas ao menos sete famílias que residem no entorno do aterro ingressaram no Fórum de Itaquá com pedidos de indenização. Em todas as ações, elaboradas com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do município, os moradores pedem indenização de R$ 10 mil. 
Essas ações foram distribuídas para a primeira, a segunda e a terceira varas da Justiça de Itaquá. Até o fim da tarde de ontem, nenhum dos pedidos tinha sido julgado, mas a expectativa de quem acompanha o sofrimento dos moradores que vivem ao lado do aterro sanitário é de que a Justiça decida em favor das famílias. 
O advogado Gustavo Ferreira, que desde 2010 acompanha e denuncia irregularidades na operação do depósito de resíduos, avaliou que os pedidos de indenização são procedentes.


"É lógico que caberá à Justiça de Itaquá decidir, mas quem conhece a situação das famílias que moram nos bairros no entorno do aterro sabe que elas estão abandonadas. Os moradores têm sido prejudicados de forma sistemática pelas deficiências na operação do aterro e pela falta de fiscalização e punição por parte dos órgãos municipais e estaduais, que deveriam impedir a Pajoan de continuar cometendo abusos", argumentou o advogado. 
Ele acrescentou que muitas crianças que estão crescendo em bairros com o Jardim Lucinda e o Louzada sofrem com problemas respiratórios. Por outro lado, a estrada do Ribeiro, interditada desde abril de 2010 pela montanha de lixo que explodiu na região norte do aterro, continua fechada.


A situação afeta a circulação dos pedestres e veículos que precisam fazer o caminho para seguir até a região central de Itaquá. 
"Os moradores estão abandonados e não restava alternativa senão a de acionarem, de forma individual, a Justiça em busca de indenização pelos prejuízos sofridos", completou Ferreira. 
A direção da Pajoan poderá ser manifestar hoje sobre a iniciativa dos moradores de buscar apoio na Justiça.


Fonte:Mogi News