quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Igreja católica Trabalho na cidade é elogiado por autoridades


Noemia Alves
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Junji: "Grande líder"
A nomeação do bispo diocesano de Mogi das Cruzes, dom Airton José dos Santos, à condição de arcebispo da Diocese de Campinas, por determinação do papa Bento XVI, tornou-se pública nas primeiras horas da manhã de ontem nos principais sites das instituições de comunicação e organizações católicas. A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a rede Canção Nova e a Arquidiocese de Campinas reproduziram a determinação do papa por volta das 9 horas e apresentaram breve perfil e trajetória do bispo. Por conta disso, nas rodas de conversa da cidade e até nas redes sociais da Internet, o assunto comum era a saída de dom Airton e o trabalho que realizou ao longo dos últimos sete anos. 
O prefeito Marco Bertaiolli (PSD) classifica dom Airton como um "grande parceiro da administração municipal". "Sua passagem por Mogi foi marcada pelo fortalecimento da religião católica e pela valorização e pelo crescimento da Festa do Divino Espírito Santo, maior manifestação religiosa e cultural de nossa cidade. Dom Airton também se mostrou uma liderança engajada na defesa dos interesses de Mogi das Cruzes e de seu povo", disse, em nota encaminhada por sua Assessoria de Imprensa. 
O deputado federal Junji Abe (PSD), que era prefeito da cidade quando José dos Santos chegou à Diocese, disse ter sentido um misto de alegria e tristeza com a notícia. "Por um lado, fico muito feliz e orgulhoso pelo reconhecimento do papa à atuação exemplar do nosso bispo diocesano, que, sem sombra de dúvida, coleciona méritos para cumprir mais essa importante missão em sua admirável jornada eclesiástica. Por outro lado, como cidadão mogiano, católico e admirador de dom Airton, sinto que a comunidade católica do Alto Tietê perde um legítimo líder religioso. Ele deixará uma enorme lacuna, como resultado de seu devotado trabalho à frente da Diocese de Mogi". Para Junji Abe, dom Airton, tido como por alguns como um bispo conservador, teve demonstração de cidadania, "quando rejeitou, com todas as letras, o patrocínio, para a Festa do Divino, da empresa que insiste em instalar um aterro sanitário no distrito do Taboão, à revelia do veemente repúdio popular".


"Mogi perde um grande líder religioso, mas mantém o cidadão. Porque o que dom Airton fez em defesa de Mogi e de seus moradores demonstra muito amor pela cidade". 
O festeiro do Divino Espírito Santo, Josmar Cassola Silva, também disse ter ficado surpreso e "entristecido" com a notícia e garantiu que não haverá mudanças na edição da festa deste ano.

Fonte:Mogi News