quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Supermercados eliminam sacolas










Representantes dos grandes supermercados que atuam no comércio mogiano selaram um acordo ontem e, a partir do próximo dia 25, não irão mais disponibilizar, de forma gratuita, sacolas plásticas descartáveis para acondicionar as compras. As opções oferecidas aos consumidores passarão a ser, preferencialmente, as sacolas reutilizáveis e as caixas de papelão. Alguns estabelecimentos, pelo menos na fase inicial, ainda vão ter as famosas "sacolinhas", mas vão cobrar por elas o preço mínimo de R$ 0,19 por unidade.


Na reunião promovida pela diretoria regional da Associação Paulista de Supermercados (Apas), na sede do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes (Sincomércio), os representantes do Maktub, Semar, Veran, Alabarce, Extra, D’avó e Shibata confirmaram a adesão dos supermercados de Mogi na campanha "Vamos Tirar o Planeta do Sufoco", uma iniciativa da Apas em parceria com o Governo do Estado, que visa conscientizar a sociedade sobre os impactos do consumo exagerado de sacolinhas descartáveis, em especial, no meio ambiente.


Como não há uma lei que obrigue a retirada das sacolas descartáveis de circulação (leia mais nesta página), a adesão à campanha é opcional. Mas os supermercadistas locais têm a ciência de que só com a participação de todos será possível reduzir os impactos no meio ambiente, sem prejuízos da perda de consumidores para o concorrente.


"Tem que ser uma coisa unânime. Se o consumidor não encontrar a sacola descartável num supermercado, também não pode encontrar no outro. É preciso que todos estejam comprometidos com isso", argumenta Marco Antônio Valência Mori, supervisor geral da rede Semar que, a princípio, vai aderir à campanha pelo fim das sacolas descartáveis apenas nas lojas de Mogi.


Pelo menos duas grandes redes – Extra e D’avó – vão abolir de imediato as sacolinhas, inclusive, sem a opção de cobrar por elas. Ou seja, a partir do dia 25, os clientes desses supermercados terão de se valer das caixas de papelão, sacolas retornáveis ou mesmo carrinhos de feira. "Esse é um compromisso do Grupo Pão de Açúcar em todo o Estado. Não vamos ter nenhuma sacola descartável", adianta Maria Aparecida Oliveira, gerente regional do Extra.


O mesmo vai acontecer no D’avó, segundo garante o gerente Farid José. "Essa é uma campanha bem parecida com a do cigarro, que hoje está cada vez num lugar mais escondido. Se todos participarem, vamos ter sucesso", sustenta.


A maioria dos supermercados, no entanto, continuará oferecendo a opção das sacolas descartáveis aos clientes, mas vão passar a cobrar um preço adicional por elas. O valor pode variar de loja para loja, mas o custo mínimo é de R$ 0,19, o que significa que se utilizar 10 sacolas para acondicionar suas compras, o consumidor vai ter de desembolsar R$ 1,90 a mais.


Esse é o caso, por exemplo, do Shibata, que é um dos incentivadores da campanha pelo fim das sacolas descartáveis. "Tecnicamente, não temos caixas de papelão em volume suficiente para acondicionar todo o volume de compras que hoje é colocado nas sacolas descartáveis, por isso mesmo, estamos estimulando o consumidor a usar as bolsas retornáveis. E esse é um processo gradativo. Estamos começando por Mogi exatamente porque aqui a população já pede opções como as caixas de papelão", destaca Fernando Shibata, diretor dos Supermercados Shibata e diretor regional da Apas.


Segundo ele, a adesão dos supermercados locais representará mais uma cidade livre das sacolas descartáveis, a exemplo do que já acontece em Jundiaí, pioneira na iniciativa, que já completou um ano e registra a marca de 600 mil sacolas reutilizáveis e a retirada de 264 milhões de plástico descartável do meio ambiente.


Atualmente, a campanha "Vamos Tirar o Planeta do Sufoco" está em implantação em 117 cidades do Estado de São Paulo, incluindo Mogi das Cruzes.


Fonte:O Diário de Mogi