quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

E agora? AME atenderá 70% menos da capacidade


Além das consultas, os exames e a realização das cirurgias também sofreram uma queda significativa por determinação do governo do Estado
Jamile Santana
Da Reportagem Local

Ambulatório nem foi inaugurado e já teve cota de atendimento reduzida; Prefeitura não ficou satisfeita e tentará reverter a situação
O Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Mogi das Cruzes deve ser inaugurado em fevereiro atendendo 70% abaixo de sua capacidade do total de consultas realizadas por mês. A Secretaria de Estado da Saúde divulgou no Diário Oficial um edital suspendendo parte do repasse à Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) no valor de R$ 561.165,37 de custeio do atendimento. Das 11 mil consultas por mês que a unidade pode realizar, o governo irá custear apenas 3.400. 
Além das consultas, os exames e a realização das cirurgias também sofreram uma queda significativa. A unidade poderá realizar por ano apenas 729 procedimentos cirúrgicos, uma média de 60 por mês, volume bem abaixo do prometido pelo Estado. A reformulação nos procedimentos técnicos do ambulatório não agradou. O secretário-adjunto de Saúde, Marcelo Cusátis, irá pedir intervenção do prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD) para agendar uma audiência com o secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri. 
O edital de suspensão foi publicado no Diário Oficial do dia 15 de dezembro. "Fomos informados pela gestora do AME que houve este corte e ficamos surpresos, principalmente agora com a crise no ambulatório do hospital Santa Marcelina, em Itaquaquecetuba", informou o secretário-adjunto. Segundo ele, o prefeito quer uma data definitiva para a inauguração da unidade, e deverá pedir também um posicionamento oficial do Estado quanto ao atendimento do AME. Na manhã de ontem, os primeiros equipamentos começaram a ser descarregados na unidade, que fica na Vila Santista. 
Mesmo com a publicação da suspensão no Diário Oficial, a Secretaria de Estado da Saúde informou que não realiza corte no custeio antes da inauguração das unidades, mas admitiu que o ambulatório não deve iniciar as atividades atendendo 11 mil consultas por mês. Segundo a secretaria, a implantação do atendimento é gradativa. Até o momento, o Estado já repassou R$ 4,7 milhões à SPDM.


Fonte:Mogi News