quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Agora é para valer Consumidor terá de se virar sem as sacolinhas a partir do dia 25

Sacolinhas plásticas não serão oferecidas de forma gratuita nos supermercados de Mogi das Cruzes
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Alécio informou que cada mogiano consome 66 sacolas biodegradáveis por mês, sendo que 55 são distribuídas pelos supermercados
As grandes redes de supermercados de Mogi das Cruzes não irão mais oferecer sacolinhas de forma gratuita. A medida será adotada a partir do próximo dia 25 e atende a um termo de cooperação assinado em maio de 2011, entre o governo estadual e a Associação Paulista de Supermercados (Apas).
Os clientes levarão as mercadorias em caixas de papelão, que serão colocadas gratuitamente à disposição, ou utilizarão sacolas retornáveis. Alguns estabelecimentos comerciais terão sacolas biodegradáveis, mas elas serão vendidas a um custo aproximado de R$ 0,20.


O acordo de diminuir a circulação das sacolas foi fechado na tarde de ontem durante uma reunião realizada pela diretoria regional da Apas e que contou com a participação de representantes das maiores redes varejista do município. O encontro ocorreu na sede do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi (Sincomércio).


Uma campanha de orientação ao consumidor será colocada em prática nos próximos dias nos supermercados que aderiram ao acordo. O objetivo será explicar os motivos que levarão à retirada do material. Funcionários estão sendo qualificados para incentivar e apresentar as justificativas da retirada das sacolinhas. Os representantes destacaram que a campanha em Mogi será utilizada como piloto com o objetivo de expandir a iniciativa para todo o Alto Tietê.


O diretor regional da Apas, Fernando Shibata, comemorou o resultado do encontro. "Superou as expectativas e chegamos a um acordo. Quem ganha com isso é o meio ambiente", afirmou. Antes do consenso em banir a distribuição gratuita, os participantes da reunião assistiram a uma reportagem exibida pelo programa Fantástico, da Rede Globo, a qual revelou que 27% do lixo encontrado no mar são formados pelas "sacolas de supermercado".
O gestor ambiental Jonas Alécio, que trabalha na Solam Soluções Ambientais, empresa parceira da Apas, informou que cada mogiano consome 66 sacolas biodegradáveis por mês, sendo que 55 são distribuídas pelos supermercados. Toda a cidade gera 85 toneladas mensais deste tipo de material, que, mesmo sendo biodegradável, ou seja, com um tempo muito menor de decomposição quando comparado com as feitas de plástico, pode igualmente poluir os rios e entupir bueiros. As sacolas plásticas estão proibidas em Mogi desde 2010, por meio de uma lei de autoria do vereador Protássio Ribeiro Nogueira (PSD), que estava presente na reunião.


A presidente da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), Tânia Fukusen, destacou que a iniciativa adotada pelos supermercadistas pode refletir em outros segmentos do comércio. "O fator multiplicador em breve será notado, porque os consumidores ficarão mais conscientes", disse.


A gerente do Extra Mogi, Maria Aparecida Oliveira, afirmou que as unidades mogianas não trabalharão com sacolas biodegradáveis. "Ofereceremos caixas de papelão e venderemos sacolas retornáveis por R$ 2,99. Nossos funcionários estão sendo capacitados há mais de 60 dias", disse. O gerente geral do D´Avó Supermercado, Farid José, contou que colocará sacolinhas biodegradáveis à venda, "mas a recomendação é incentivar a utilização de caixas de papelão ou sacola reutilizável".


Fonte:Mogi News