domingo, 15 de janeiro de 2012

Oito anos depois Agora tem até árvore, diz o caseiro


Jorge Moraes

Lima: "Natureza esté de volta"
Se existe alguém que pode comprovar a evolução do processo de descontaminação da área que serviu como lixão na Volta Fria, esta pessoa é caseiro Benedito Ribeiro de Lima, de 65 anos. Há oito anos vivendo em uma casa na frente do antigo depósito irregular, ele garante que a natureza começou a ganhar espaço no terreno que recebeu toneladas de lixo. "Claro que houve evolução, tem até árvore", disse. "Quando eu cheguei aqui era um descampado e agora já tem muito verde".


Lima, conhecido como Seu Té, é aposentado e ganha uma ajuda de custo para controlar a entrada e saída do terreno. "O pessoal da Cetesb e da Prefeitura sempre estão por ai furando o solo. Algumas pessoas ainda tentam pescar no lago, mas não posso deixar", revelou. Ele mora sozinho e tem a companhia dos cachorros Branco e Nero, das galinhas e seis vacas que cria em um terreno próximo. "A recomendação é não deixar os animais no espaço que recebia os detritos. A Vigilância Sanitária analisou os bichos e não encontrou nenhuma contaminação", disse. "Eu vivia com meu irmão e minha sobrinha, mas, infelizmente, ele morreu assassinado e a menina começou a trabalhar em outro lugar e precisou mudar", contou o tio "coruja" com a sobrinha que conquistou um cargo em uma empresa de engenharia ambiental.


Com uma vida simples, ele reclama apenas do cheiro durante a noite e madrugada. Antes de ser caseiro, Seu Té vivia em outro local. "Tinha uma casa onde foi construída a praça Leon Feffer. Na época não tinha nenhum elemento de área de lazer. Era só mato e a criação de búfalos do meu patrão". (C.L.)


Fonte:Mogi News