Cidade concentra o maior número de ligações clandestinas de energia elétrica, segundo levantamento feito pela concessionária EDP Bandeirante
Ariane Noronha
Da Região
Mayara de Paula
Moradores fazem ligações clandestinas para não terem de pagar pelo serviço prestado por empresas
Entre as dez cidades do Alto Tietê, Itaquaquecetuba concentra 80% das ligações clandestinas de energia elétrica, popularmente conhecidas como "gatos". No total, são 5.626 famílias da região que usam os serviços da concessionária EDP Bandeirante Energia de forma irregular, segundo último levantamento da concessionária, sendo que 4,5 mil delas são somente de Itaquá. A quantidade de casos nesse município é 86% maior que o segundo colocado no ranking, que é Mogi das Cruzes, com 623 imóveis cadastrados.
Suzano está logo atrás, com 245 cadastros de famílias em situação irregular, constatados pela companhia de energia. Em seguida, vem Ferraz de Vasconcelos, com 113 casos; Poá, com 76; Guararema, com 66; Biritiba, com 2; e Salesópolis, com apenas um caso. Quanto aos municípios de Arujá e Santa Isabel, a concessionária responsável pelo abastecimento de energia é a Elektro Eletricidade, que foi procurada pela reportagem do MN para informar os dados, mas nenhum representante da empresa foi encontrado.
Os dados sobre as demais cidades foram passados pela gestora-executiva de medição de energia da EDP Bandeirante, Solange Regina Gonçalves Silva, que destacou ainda alguns bairros mais problemáticos quando o assunto é furto de energia. "Alguns dos bairros do Alto Tietê com mais problemas são o Miguel Badra e o Jardim Planalto, em Suzano; o Jardim TV e a Pedreira, em Ferraz de Vasconcelos; e Jundiapeba, em Mogi".
Segundo informações da Assessoria de Imprensa da empresa, os furtos são maiores em municípios onde não há controle nem fiscalização das ocupações irregulares e desordenadas, que, somada a outros fatores sociais, impedem a EDP Bandeirante de manter a total regularização.
"A ligação clandestina, conhecida como ´gato´, é uma prática perigosa e pode colocar em risco a vida das pessoas, além de ser crime, com pena prevista de um a quatro anos de reclusão, mais o pagamento de multa", informou a empresa.
Fonte:Mogi News
