domingo, 15 de janeiro de 2012

Alckmin estuda aumento de efetivo


SABRINA PACCA
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) garantiu, ontem, durante cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, em que um convênio entre Prefeitura de Mogi e Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência foi assinado (leia mais nesta página), que os índices criminais da Cidade, bem como seus dados demográficos, passarão por estudos técnicos para que se tenha conhecimento da real necessidade do aumento do efetivo policial tão esperado por autoridades e sociedade civil, de forma geral. No entanto, o tucano deixou claro que o benefício não atenderá pedidos políticos.
"Nós ultrapassamos 100 mil policiais militares no Estado de São Paulo e a distribuição da Polícia não é política, ela é técnica. A Polícia tem por indicadores as necessidades, a população, ou seja, uma série de critérios que são seguidos para que ela vá distribuindo policiamento de patrulha, força tática, bases comunitárias. Nós vamos ter uma nova formatura em março de 2012, de muitos policiais e vamos colocar 200 novas bases comunitárias para a Polícia no Estado, além de entregar tablets, que são computadores pessoais para ajudar no trabalho. Neste ano, tivemos um aumento de pessoal grande, com investimento em recursos humanos, valorização pessoal. Demos aumento muito forte, incentivamos a carreira e a tecnologia. Tanto é que São Paulo saiu do quarto Estado mais violento para 25º e somos nós que vamos preparar polícias do Brasil para a Copa do Mundo de 2014. Quanto a Mogi, não tenho informações sobre aumento do efetivo porque precisa ainda desse estudo técnico. Repito que não é uma decisão política, não é pedido do governador, do prefeito, do deputado", afirmou Alckmin.
Apesar dessa posição do governador, na semana passada, após várias críticas sobre o aumento da criminalidade e a falta de efetivo para Mogi das Cruzes, o comando do 17o Batalhão da Polícia Militar informou a chegada de um reforço de 29 homens e, principalmente, a inclusão do Município na "Operação Verão", o que implicará num efetivo extra de 22 pms durante toda a estação, já a partir desta sexta-feira.
De acordo com as informações transmitidas pelo comandante do 17oBatalhão, o tenente-coronel José Francisco Braga ao prefeito Marco Bertaiolli (PSD), os 29 policiais fazem parte do compromisso assumido pelo comandante geral da PM no Estado, coronel Álvaro Camilo, de até o final do ano enviar mais homens para suprir o déficit local - número considerado baixo por Bertaiolli, que afirmou que o "reforço não resolve o problema das polícias em Mogi" e que "a PM mogiana continua com um déficit de 9% em relação ao efetivo estipulado de 522 homens".