sexta-feira, 13 de abril de 2012

Santa Casa Crise em UTI é problema regional, diz prefeito


E, portanto, de acordo com Bertaiolli, o governo estadual tem de resolver, e não a Prefeitura de Mogi. Superlotação na Santa Casa continua
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Unidade de saúde ganhou nome de médico. Na solenidade, prefeito Bertaiolli disse que problemas na região sobrecarregam a Santa Casa de Mogi
"O problema de superlotação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa de Mogi é um problema regional que compete à Secretaria de Estado da Saúde resolver e não à Prefeitura de Mogi". A declaração foi dada ontem ao Mogi News pelo prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD) após cerimônia de entronização do patrono Aziz Ansarah Rizek na Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Nova Aparecida, no distrito de César de Souza. 
Bertaiolli fez o comentário em razão da decisão do juiz da Vara da Fazenda Pública de Mogi das Cruzes, Bruno Machado Miano, que determinou, por meio de liminar, que a Prefeitura e o governo estadual "adotem as providências necessárias para prover a cidade, no prazo de 72 horas (após a notificação), de cinco leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, seja de forma direta (pelos hospitais Luzia de Pinho Melo ou Arnaldo Pezzuti) ou indireta (pagando os leitos disponíveis nos hospitais particulares Mogi D´or e Santana), enquanto permanecer a situação de insuficiência de vagas na Santa Casa de Misericórdia de Mogi. Caso a medida não seja cumprida, a Prefeitura estará sujeita a receber multa diária de R$ 5 mil, e o Estado à pena de R$ 20 mil por dia. 
A administração municipal e o governo informaram que não tinham sido notificados até o fim da tarde de ontem, mas, segundo apurou o Mogi News, a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Mogi já avalia medidas que possam evitar que a administração municipal arque com a multa por possíveis descumprimentos da decisão judicial.


"Trata-se de uma questão regional, de falta de leitos nas maternidades da região e que está sobrecarregando a Santa Casa de Mogi. É um problema do governo do Estado e ele é quem terá de resolver", reforçou Bertaiolli, que na manhã de hoje estará reunido com o secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri, e à tarde irá acompanhá-lo em visita aos órgãos de Imprensa para apresentação das propostas de soluções do governo do Estado aos diversos problemas nos hospitais de Mogi e da região. 


Emergência
No despacho, proferido no dia 9 último, o juiz Bruno Machado Miano esclarece que "a criação dos cinco leitos é para atender a demanda emergencial, evitando riscos irreparáveis aos menores. Já as nove vagas precisam ser criadas para que a Santa Casa inicie o processo de adequação (reforma) das dependências". 
Até o início da tarde de ontem, segundo informou a direção da Santa Casa de Mogi por meio de sua Assessoria de Imprensa, nenhuma gestante ou recém-nascido teve transferência. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal ontem era ocupada por 14 bebês - cinco a mais que sua capacidade total. A Secretaria de Estado da Saúde, procurada pelo jornal, não quis se manifestar sobre a decisão judicial sob o argumento de que "ainda não foi notificada".

Fonte:Mogi News