sexta-feira, 13 de abril de 2012

Álvaro Bovolenta Moradores pedem mais segurança


Depois de acidente que matou três pessoas e deixou outras seis feridas, bairro quer mudanças no trânsito
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Erick Paiatto

Na avenida onde ocorreu o acidente, os restos de construção das casas que foram destruídas ainda estavam espalhados
Um dia após o trágico acidente que matou três pessoas e feriu outras seis, no Conjunto Residencial Álvaro Bovolenta, os moradores das casas atingidas ainda estavam abalados. Os restos de tijolos ainda estavam pelo chão, resultado do forte impacto do ônibus e do carro contra as residências. Os vizinhos têm medo de novos acidentes e pedem que a mão de direção da avenida Pedro Machado seja única e que os caminhões sejam proibidos de circular pela via.


"Era uma tragédia anunciada", resumiu a agente de organização escolar Norma Sueli Goulart, de 52 anos, que estava dormindo com a mãe quando ouviu o barulho da colisão do ônibus e do carro contra o muro de sua casa. Ela contou que diversos acidentes já ocorreram na área. "Alguma providência precisa ser tomada. Pedimos que os engenheiros de tráfego deixem a via em mão única, para que os moradores só subam, e que os veículos pesados também sejam proibidos de passar por aqui", afirmou.


Norma teme que novos acidentes graves voltem a ocorrer: "A gente não consegue dormir direito. Ouvimos muitas freadas e derrapagens nesta rua. Foi uma grande tragédia que lamentamos que tenha ocorrido", acrescentou. Ela contou que pensa até em se mudar da via. "Essa era uma ideia que eu já tinha por causa dos constantes acidentes, mas agora a intenção ficou mais forte", destacou.


A cabeleireira Doroteia Gonçalves, 45, afirmou que os moradores precisam ter muito cuidado ao saírem com os carros da garagem ou para estacionar na rua. "Não é seguro estacionar os carros aqui. De imediato, a Prefeitura poderia colocar mais sinalização e até mesmo um radar para inibir a alta velocidade dos veículos. Pedimos que a mão única seja implantada para os motoristas apenas subirem, mas sabemos que isso leva um tempo, enquanto isso, estas medidas poderiam ajudar", argumentou.


O militar reformado Genival Fontes da Silva, 64, disse que, há cerca de cinco anos, um caminhão atingiu algumas casas e dois carros. "Queremos a mão única, porque o desvio pode ser feito pela rua Jardelina de Almeida Lopes. O motorista vai ter de andar uns dois quilômetros a mais, no entanto, isso é melhor do que perder vidas", ressaltou.


Os estragos nas casas ainda estavam sendo contabilizados pelos moradores. A dona de casa Ana Paula Castro, 40, informou que a empresa Suzantur, proprietária do ônibus que atingiu as casas, disse por meio de um advogado que vai ressarcir os prejuízos. "Eles pediram para que façamos três orçamentos para apresentá-los e disseram que vão mandar uma assistente social, mas até agora ninguém apareceu", afirmou. Já Norma contou que a empresa de ônibus não procurou sua família para falar sobre ressarcimento.




Prefeitura
O secretário municipal de Transportes, Carlos Nakaharada, informou que a pasta fará estudos para verificar que medidas podem ser tomadas para melhorar a segurança do ponto. Segundo ele, o local conta com sinalização adequada, como placas de declive, limite de velocidade e pintura de solo.


Fonte:Mogi News