sexta-feira, 13 de abril de 2012

MP denúncia 4 no caso da moto



TRAGÉDIA A moto aquática ficou desgovernada na Praia de Guaratuba
Arquivo
O empresário José Augusto Cardoso, padrinho do adolescente e dono da moto aquática, o seu empregado, o caseiro Erivaldo Francisco, que levou a embarcação para o mar, além dos mecânicos Thiago Veloso Lins e Aílton Bispo de Oliveira foram denunciados ontem pelo Ministério Público pelos crimes de homicídio culposo (sem intenção) e lesão corporal culposa.


O caso na fase processual terá início após o juiz do Fórum de Bertioga, aceitar a denúncia formalizada pela Promotoria.


Os mecânicos estão envolvidos porque teriam sido imprudentes, já que fizeram a revisão na moto aquática e não trocaram um peça enferrujada.


Em 18 de fevereiro, um adolescente, de 13 anos, filho de um empresário mogiano no ramo de autopostos, resolveu brincar com a moto do padrinho, a qual ficou desgovernada no mar e atropelou Grazielly Lames, de 3 anos, filha de Cirleide Rodrigues Lames; era o primeiro passeio da garota à Praia de Guaratuba.


O menor infrator, que foi sindicado por homicídio culposo estava acompanhado de um colega, de 14 anos, filho de um executivo também de Mogi. O menor acusado continua em liberdade, estudando e levando a sua vida sem problemas . O grupo ainda responde pelo atropelamento de Andreia dos Santos Silva.


No caso do caseiro e do padrinho do adolescente que dirigia o veículo, a Promotoria pediu o aumento de pena em um terço por eles não terem procurado diminuir a consequência de seus atos e não prestar auxílio às vítimas.


Também foi pedido o aumento de pena no caso dos mecânicos, que fizeram a lubrificação do jet ski dias antes do acidente, atestando que o equipamento estava em perfeito estado de funcionamento e poderia ser utilizado.A pena para homicídio culposo varia de um a três anos de detenção e a pena para lesão corporal culposa, de dois meses a um ano de detenção.


O adolescente que dirigia o jet ski vai responder por ato infracional. O juiz da Infância e Juventude vai determinar se ele deve cumprir medida socioeducativa.


O acidente aconteceu no sábado de Carnaval. Uma testemunha-chave disse que o menino acelerou o jet ski de forma "repentina, violenta e total". O veículo teria empinado, quicado na água e seguido em alta velocidade até atingir a criança. A lei proíbe menores de 18 anos de dirigir jet ski.


O caso foi transferido da Delegacia de Bertioga para a Seccional no início de março "devido à sua complexidade e repercussão", segundo a polícia. À época, no entanto, informações da TV Globo apontavam que o inquérito tinha sido concluído e que ninguém tinha sido indiciado.


Fonte:O Diário de Mogi