quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Ferraz Grávida acusa médico de receitar abortivo


Marlene de Almeida Silva, de 35 anos, aponta suposto erro médico no Hospital Regional de Ferraz ao ter tomado abortivo para expelir feto
Ariane Noronha 
Da Redação
Mayara de Paula

Marlene e o marido Justino disseram que pretendem entrar com processo contra o Hospital Regional
Um suposto erro médico por parte do Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos mudou os planos da dona de casa Marlene de Almeida Silva, de 35 anos. Ela, que estava grávida de nove meses de uma menina, deu entrada na unidade às 10 horas do último sábado, depois de ter tido um sangramento. Ao conferir os batimentos cardíacos do bebê, o médico afirmou que a criança estava morta e que daria medicamentos abortivos à mãe para expelir o feto. Mesmo ela dizendo que sentia a criança viva, Marlene foi medicada. Doze horas depois, o mesmo médico que atestou o óbito fez um novo exame e teria ouvido o coração do bebê bater. 
Assustado, o profissional teria levado a dona de casa imediatamente para uma sala de emergência para realizar o parto, uma cesariana, mas já era tarde. De acordo com relatos da mãe, a criança nasceu morta devido à grande quantidade de medicamentos que ela já havia ingerido. "Não estava sentindo dor até me darem a primeira dose do abortivo. A partir daí comecei a ficar mal, com muitas dores. Foi aí que me deram outro remédio, disseram apenas que era para aliviar a dor", contou Marlene. Durante a gravidez, a dona de casa disse que fez todos os exames pré-natal em uma clínica particular e tudo corria bem com a bebê. 
A mãe narra o que teria sido uma alta dosagem de abortivos que teria recebido durante o exame médico. "Ele disse que a criança não estava viva, me deu um comprimido para dilatar o útero, que a criança teria de sair de parto normal. Me deram três comprimidos ao longo do dia. Quando foi 00h50 de domingo, ele (o médico) olhou para o pano que eu estava segurando desde manhã, quando a bolsa estourou, e me perguntou há quanto tempo estava daquele jeito. Respondi que desde quando cheguei no hospital e foi aí que ele veio me examinar mais uma vez. Nesse momento foi que ele viu que o coração da minha criança estava batendo", explicou a mãe, muito abalada. 
Resposta
A Secretaria de Estado da Saúde informou, em nota, que Marlene de Almeida Silva deu entrada no Hospital Regional Doutor Osíris Florindo Coelho, em Ferraz de Vasconcelos às 13h20 de sábado com diagnóstico de óbito fetal e como o feto não estava encaixado na bacia da mãe, a indução do parto normal para expeli-lo causaria muita dor na mãe. Desta forma, a equipe médica optou por realizar uma cesariana. A assessoria de Imprensa da Pasta salientou ainda que esse tipo de procedimento é comum nos casos em há morte fetal. Questionada sobre o fato de que a mãe disse ter ouvido o coração da menina bater, o hospital esclareceu que para realizar o parto é necessário o uso de um aparelho chamado sonar, que capta os batimentos do coração da mãe, que, por conta do abalo emocional, certamente ela confundiu com o do bebê.


Fonte:Mogi News