Prefeito não concorda com a possibilidade cogitada pelo Estado de enviar pacientes da cidade para Guarulhos
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
O prefeito Marco Bertaiolli participou ontem da primeira sessão do ano da Câmara Municipal
Envolvido em supostas irregularidades, o Hospital do Câncer "Doutor Flávio Isaías Rodrigues" teve o atendimento defendido pelos vereadores mogianos durante a primeira sessão do ano, na tarde de ontem. A instituição corre o risco de ser descredenciada e parar de receber verba do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma auditoria realizada pela Secretaria de Estado da Saúde apontou falhas em prontuários e uma suspeita de que o hospital pode ter desviado R$ 20 milhões.
O prefeito Marco Bertaiolli (PSD) participou da primeira sessão e defendeu que os pacientes mogianos continuem a ser atendidos na cidade. Ele quer que haja duas unidades de tratamento para a doença, uma em Mogi e outra em Guarulhos. A declaração foi dada após o Estado divulgar nota sobre a possibilidade de as vítimas de câncer do Alto Tietê passarem a ser atendidas em Guarulhos.
"Há algum tempo que venho notando um trabalho feito pelo secretário estadual de Saúde (Giovanni Guido Cerri) para diminuir a importância do hospital mogiano, a fim de passar o atendimento para ao Luzia (Hospital Luzia de Pinho Melo). O que causa estranheza é que a tal auditoria que mostrou os problemas teve como base cerca de 100 pessoas atendidas por planos de saúde e, quando falaram com os pacientes do SUS, 100% deles negaram que havia irregularidades", afirmou Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB).
"Não se pode ameaçar de descredenciamento, como fez o secretário, sem dar oportunidade de defesa", avaliou Mauro Araújo (PMDB). O presidente da Câmara, Rubens Benedito Fernandes (PR), o Bibo, disse que agendará uma reunião com representantes da secretaria estadual.
Fonte:Mogi News
