quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Abastecimento de água Mogi terá mais quatro reservatórios


Eles permitirão reforçar o abastecimento de água em pontos críticos da cidade pelo menos até o ano de 2015
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Equipamento utilizado pelo Semae permite identificar vazamento sob o solo com maior precisão
O diretor-geral do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), Marcus Melo, anunciou ontem a construção de mais quatro reservatórios de água que representarão um reforço e tanto no abastecimento de várias regiões da cidade. Jundiapeba e Vila Oroxó terão o problema resolvido até 2015. Já moradores de 11 bairros da região nordeste da cidade como Vila Pomar, Vila São Sebastião, Vila Moraes, entre outros, devem receber água em quantidade razoável durante os próximos dois anos e em 2014 terão pleno abastecimento.


Entre os novos reservatórios previstos no Plano Diretor de Água o que está em fase mais adiantada é o segundo em fase de instalação na Vila Pomar. A unidade, com capacidade para armazenar 4 milhões de litros de água, será custeada com R$ 10 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento e que já foram liberados pela Caixa Econômica Federal. As obras, segundo o diretor do Semae, devem ter início ainda neste ano e beneficiarão 67 mil pessoas da Vila Pomar, Vila Brasileira, Vila São Sebastião, Vila Moraes, Jardim Ivete, Vila Rachel, Vila Rei, Cidade Jardim, Jardim Rubi e Fazenda Cuiabá. 
"O processo licitatório para a contratação do projeto executivo já está em andamento. Logo em seguida faremos a concorrência para a empresa que irá executar as obras, o que deverá ocorrer neste ano. Como a previsão é de que a obra dure em torno de dois anos, então, acredita-se que todo o problema esteja resolvido até 2014", afirmou Marcus Melo. Até lá, segundo o diretor do Semae, os moradores que residem naquela região da cidade deverão contar com o reservatório de 200 mil litros, inaugurado há cerca de dois meses. 
Em Jundiapeba, será construído também um reservatório com capacidade para armazenar até 4 milhões de litros. No distrito, segundo moradores, a falta de água é constante aos fins de semana e dias mais quentes do ano. "Já identificamos o terreno para a construção do novo reservatório e em breve iremos contratar o projeto executivo. Até o fim do ano, devem começar as obras", frisou Melo. 
O mesmo prazo de construção deste e de outros dois reservatórios na Vila Oroxó (cada um com capacidade de armazenamento de 2 milhões de litros de água), segundo ele, é de dois a três anos a partir do início dos trabalhos. "Precisamos aguardar a conclusão do projeto executivo para avaliar os gastos, mas, de início, ao que tudo indica, o próprio Semae vai custear essas obras. Portanto, nossa meta é resolver o problema nessas regiões até 2015", reforçou.


Perdas
Melo também estabeleceu como meta atingir o índice de 20% de perda da água produzida no município; hoje, é de 50%. A Estação de Tratamento de Água (ETA) instalada em César de Souza é responsável pela produção de 180 litros de água por segundo para abastecer parte da cidade. Contudo, metade é desperdiçada em razão de vazamento, troca de hidrômetros e ligações clandestinas. 
Para atingir a meta estabelecida, Marcus Melo decidiu criar no fim do ano passado um grupo de trabalho constituído de funcionários de vários setores da autarquia para promover ações de identificação e combate aos vazamentos, além de investir na ampliação da equipe técnica. "Vamos realizar, em breve, um concurso público para contratação de novo pessoal, entre os quais, para trabalhar no geofoneamento", anunciou. O diretor da autarquia se refere ao método de detecção de um vazamento com auxílio de um geofone, aparelho semelhante a um estetoscópio, que permite detectar, ampliar e filtrar ruídos no subsolo que podem apontar prováveis vazamentos na rede. Este método foi utilizado por funcionários da autarquia durante toda madrugada e parte do dia de ontem para detectar um dos vazamentos na região da Vila Brasileira, que deixou cerca de 300 residências sem água no fim de semana. 
"Era um vazamento não visível, daqueles que não saem do solo. Aí só o geofoneamento para identificar", frisou Marcus Melo. No início da tarde de ontem, após a confirmação do vazamento, todo o abastecimento às residências na região da Vila Pomar havia sido normalizado, segundo o diretor-geral do Semae. 
O diretor da autarquia revela que, em média, ocorrem de 80 a 95 vazamentos por dia. "Isso é o número das solicitações e queixas que chegam pelo telefone 115. Ou seja, o prejuízo pode ser ainda maior", admite. Outra forma de reduzir em curto e médio prazo a perda na produção de água e que está sendo realizada pela autarquia é a substituição dos hidrômetros. 
A projeção do Plano Diretor é de que sejam necessários investimentos de R$ 54 milhões para troca dos mais de 120 mil equipamentos na cidade. Apesar da várias reclamações de consumidores, o diretor disse que irá manter o serviço de substituição dos hidrômetros. (N.A.)


Fonte:Mogi News