quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Insegurança Comerciantes da Vila Joia convivem com o medo

Estabelecimentos estão sendo assaltados com frequência no bairro; comunidade quer rondas
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Erick Paiatto

Sousa e a esposa, donos de um mercadinho, já enfrentaram assaltos. Para ser preciso: foram 14
"A gente trabalha com medo". Esta frase resume a sensação de insegurança vivida pelos comerciantes e moradores da Vila Joia. Segundo eles, assaltos e furtos se tornaram rotineiros no bairro. As pessoas afirmam que os crimes ocorrem até mesmo durante o dia e que o medo é um sentimento constante para aqueles que têm estabelecimentos na região. A sensação de falta de segurança das pessoas aumentou ainda mais desde segunda-feira, quando, em uma tentativa de assalto a uma mercearia, um homem de 71 anos foi baleado.


O proprietário do comércio, Valreliano Raimundo de Sousa, de 50 anos, afirmou que este foi o 14° assalto em seu estabelecimento. "Os bandidos vem a qualquer hora do dia. Este último assalto foi por volta das 8h15, mas eles já vieram às 10 horas e no momento em que estávamos fechando", informou. Ele explica que normalmente os criminosos acabam levando todo o dinheiro que tem no caixa e maços de cigarro. "Todos os assaltos que sofremos foram à mão armada. Precisamos aqui de mais policiamento preventivo", declarou.


Sousa afirma que em nenhum outro caso houve disparo com arma. "Muitas pessoas nos perguntam se vamos deixar o bairro, mas se fizer isso, para onde eu vou?", indagou o comerciante. Ele destacou que o número de crimes cresceu nos últimos meses. "Nos últimos três meses, sofremos três assaltos. Muitas pessoas aqui do bairro sofrem com o mesmo problema", garantiu.


A esposa de Sousa, Gisélia Maria de Pinho, 49, argumentou que além dos comércios da região, as casas também estão sendo furtadas e roubadas. "Isso está ocorrendo em todo o bairro. Dificilmente passam viaturas da polícia para fazer as rondas", disse. Os comerciantes pedem reforço no policiamento da região. "Queremos que uma câmera também seja instalada aqui na rua. Essa medida pode não resolver nosso problema, mas irá coibir outros crimes", argumentou Sousa.


A sensação de insegurança e medo também toma conta do comerciante Idaci Gregório, 51. Ele conta que sua loja de ferragens foi furtada há duas semanas. "Eles estouraram a porta e levaram o computador, a impressora e produtos da loja. Cálculo R$ 4 mil de prejuízo só com a porta", contabilizou.


O presidente da Comissão Permanente de Segurança e Transportes da Câmara Municipal, vereador Expedito Ubiratan Tobias (PR), acredita que o déficit de policiais na cidade é um dos principais responsáveis pelos crimes que estão ocorrendo. "Falta efetivo de policiais e estratégia dos comandantes da polícia. O contato direto com a população também precisa ser maior", disse.




Polícia
O comandante do 17° Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel José Francisco Braga, afirmou que o policiamento na área foi reforçado. "Trabalhamos com estatísticas e não percebemos o crescimento de crimes nesta região. No entanto, estamos empenhados em controlar e evitar que crimes ocorram novamente", explicou.


Fonte:Mogi News