sábado, 10 de dezembro de 2011

Semae Novos hidrômetros reduzem perdas

O processo de substituição dos aparelhos é responsável pela modernização da rede de água do município
Divulgação

Na semana passada, o ouvidor geral do município, Romildo Campello, fez uma visita à bancada de testes de aparelhos do Semae
O programa de substituição dos hidrômetros colocado em prática pelo Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) vem sendo responsável por um processo de modernização da rede de equipamentos instalada no município. A idade média do parque de hidrômetros de Mogi das Cruzes superava a casa dos 20 anos, enquanto a média das maiores companhias de água do País gira entre 4 e 6 anos. Esta mudança contribui para a redução global de perda de água da cidade, além de estimular seu uso racional. 
Os hidrômetros são aparelhos mecânicos e, com o passar do tempo, seu funcionamento fica comprometido. Os equipamentos são aferidos segundo os critérios do Inmetro e, em regra, deveriam ser trocados a cada cinco anos. "Aqui em Mogi das Cruzes, nunca foi feita uma substituição desta natureza. Temos hidrômetros com mais de 30 anos de uso, que simplesmente não realizavam a marcação da água. A troca dos hidrômetros não aumenta a conta de ninguém. Os aparelhos novos apenas passam a fazer a marcação correta e justa do consumo", afirma o diretor-geral Marcus Melo.


Mogi das Cruzes possui 100 mil ligações de água. Com a modernização dos hidrômetros, a expectativa é de que a idade média dos aparelhos caia para pouco menos de 10 anos - índice ainda elevado em comparação com o de outras companhias de água do Brasil. A Sabesp, por exemplo, mantém uma média de 3,8 anos de idade para seus hidrômetros instalados na Grande São Paulo, com trocas periódicas.


Na bancada de testes de hidrômetros do Semae, uma avaliação simples ajuda a entender a situação. Em um mesmo encanamento, são ligados vários hidrômetros - novos e antigos, de forma aleatória. A bancada simula as condições de abastecimento de uma residência e permite que o operador regule as vazões de água. Com vazões menores, de até 20 metros cúbicos por hora, os hidrômetros antigos simplesmente não fazem registro de consumo, enquanto os novos realizam a marcação correspondente.


Esta vazão é considerada pequena, mas, em um dia, representa 14,4 mil litros de água por mês. "O desgaste dos hidrômetros compromete o sistema de marcação, como acontece em qualquer equipamento mecânico. Já os aparelhos novos fazem a marcação correta, com precisão", explica o chefe do Setor de Fiscalização do Semae, César Dulgher.




Redução de perdas
O engenheiro e especialista em saneamento Mário Augusto Bággio, que em agosto ministrou uma capacitação sobre redução de perdas de água aos funcionários do Semae, destacou as ações colocadas em prática na cidade, como, por exemplo, a substituição e individualização de hidrômetros - que ocorrem em condomínios comerciais e residenciais.


Segundo Bággio, os grandes consumidores - grandes estabelecimentos comerciais e indústrias - devem ter seus hidrômetros substituídos no máximo a cada três. Já para as residências, a idade máxima dos aparelhos não deve ultrapassar cinco anos.


Estas medidas, segundo o especialista, contribuem em escala global para que o município consiga controlar e reduzir suas perdas de forma contínua.


Fonte:Mogi News