Júlia Guimarães
Até março de 2012, a Prefeitura de Mogi das Cruzes terá erradicado as cinco maiores áreas de risco da Cidade, localizadas no Jardim Layr, Oroxó, Favela do Cisne e margens do Córrego dos Canudos e do Rio Jundiaí. O processo de remoção das famílias foi iniciado ainda no primeiro ano da atual gestão e a previsão é de que seja concluído no início de 2012. No total, 786 núcleos familiares serão beneficiados pela medida e encaminhados para unidades habitacionais do programa federal "Minha Casa, Minha Vida", construídas em diversas localidades do Município.
Na manhã de ontem, a Prefeitura deu prosseguimento ao processo de erradicação das áreas de risco e iniciou a mudança dos moradores da Favela do Cisne, uma das áreas com maiores históricos de alagamentos na Cidade. No total, há 36 núcleos familiares no local, sendo que o grupo será removido por partes (leia mais nesta página). Os moradores irão para um empreendimento popular de Jundiapeba. O condomínio terá um total de oito edifícios, sendo que dois deles foram inaugurados na semana passada. O local também receberá as 410 famílias que ocupam irregularmente as margens do Rio Jundiaí.
A Prefeitura de Mogi prepara ainda 36 remoções de moradores da área de risco do Oroxó, que serão encaminhados para unidades habitacionais em construção no Distrito de César de Souza. Outras 180 famílias que fizeram ocupação ilegal das margens do Córrego dos Canudos serão enviadas aos condomínios Antonieta I e II, em Braz Cubas. Boa parte delas já foi retirada da área de risco e está acomodada em imóveis pagos pelo programa municipal "Aluguel Solidário".
De acordo com a coordenadora de Habitação da Prefeitura, Dalciani Felizardo, a intenção da Administração Municipal é concluir as remoções de todas essas áreas até março do próximo ano. "Não temos um cronograma detalhado de entrega das próximas unidades habitacionais porque dependemos das chuvas. Mas estamos trabalhando com o prazo máximo até março do ano que vem. Quando concluirmos o trabalho, teremos erradicado todas as cinco maiores áreas de risco da Cidade".
As primeiras desocupações em Mogi das Cruzes ocorreram logo nos primeiros dias do mandato do prefeito Marco Bertaiolli (PSD), quando ele esteve pessoalmente nas encostas do Jardim Layr e retirou de lá as famílias mais ameaçadas pelos possíveis deslizamentos. A remoção total das ocupações irregulares do Bairro ocorreu em 2010, sendo que as pessoas foram encaminhadas para o programa "Aluguel Solidário". Por fim, neste ano, 124 famílias receberam as chaves de seus apartamentos e se mudaram para os condomínios Orquídea e Azaléia, na Vila Pomar.
O prefeito Marco Bertaiolli informou que a Prefeitura deverá realizar um monitoramento constante dos locais onde forem feitas as remoções, para evitar novas ocupações (leia mais nesta página). Na Favela do Cisne, as demolições dos barracos foram feita imediatamente após a saída das famílias.
Chacareiros
A coordenadora Dalciane Felizardo explica que além dos moradores das áreas de risco, a Prefeitura também fará a acomodação de 160 famílias de chacareiros, que ocupam áreas particulares no Conjunto Santo Ângelo. Ela explica que essas pessoas fazem parte de uma "demanda específica" e serão encaminhadas para os empreendimentos de Jundiapeba.
Fonte:O Diário de Mogi
