quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Mais bebês Autorizada ampliação de leitos na UTI Neonatal da Santa Casa local

Governo estadual aprovou a utilização de mais três leitos para internações dos recém-nascidos de risco
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Jorge Moraes

Com aval da Secretaria de Saúde do Estado, hospital receberá mais recursos. Mais de 50% dos bebês nascidos na Santa Casa têm sido encaminhados para a UTI
A Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes já está apta para ampliar o atendimento às crianças prematuras em sua maternidade. A Comissão de Intergestores Bipartite do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria da Saúde Estadual, aprovou a ampliação do número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do hospital mogiano de seis para nove leitos disponibilizados às internações dos recém-nascidos. Na verdade, o governo estadual está oficializando um tipo de atendimento que há tempos é realizado pela Santa Casa de Mogi, referência regional para partos de alto risco. Desde a crise no hospital, ocorrida no início de 2010, com uma sequência de mortes de bebês prematuros por conta de infecção hospitalar, a UTI da Santa Casa estava sempre com superlotação. 
"Todos os seis leitos ficam ocupados e às vezes, sem ter para onde transferir outros recém-nascidos, acabávamos utilizando dois leitos extra", admite o provedor da Santa Casa, Mário Calderaro. Desde a desinterdição da maternidade, em abril de 2010, várias vistorias foram feitas no hospital, que chegou a receber um parecer favorável da Vigilância Sanitária Estadual às condições físicas e de estrutura (número de funcionários) na unidade, uma das exigências do Ministério da Saúde. 
Restava apenas a aprovação do pedido no colegiado da saúde, que reúne secretários municipais dos dez municípios do Alto Tietê, e da própria Secretaria de Estado da Saúde. Agora, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o processo será encaminhado ao governo federal, que será responsável pelo repasse da verba. 
"Nosso gasto mensal extra com a UTI é de R$ 170 mil por mês e que é coberto com o programa Pró-Santa Casa", ressalta. Ele se refere à prorrogação do programa do governo do Estado. Por mais seis meses, o hospital mogiano, referência em maternidade e atendimento às gestantes de alto risco no Alto Tietê, receberá R$ 200 mil para investir exclusivamente no setor neonatal. 
No ano passado foram, em média, 300 por mês. Em julho deste ano, 427 partos. E mais de 50% dos bebês nascidos no hospital têm necessitado do uso da UTI Neonatal, que será ampliada.


Fonte:Mogi News