Provedor disse que pretende fazer boletim de ocorrência policial diante da situação para a qual até agora não foi apresentada nenhuma solução
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Mayara de Paula
Calderaro: vai à polícia
Subiu para 13 o número de recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa de Mogi. Com isso, a unidade ultrapassou sua capacidade máxima de atendimento, que, desde o início da semana, se mantinha em 12 bebês, dos quais nove na UTI e outros em quartos de isolamento. Com 13 bebês, a direção da Santa Casa teve improvisar e, consequentemente, aumentou o risco de contaminação dos bebês internados.
"É uma batata quente que está assando em nossas mãos. Já acionamos a Central de Regulação de Oferta de Serviços da Saúde e não conseguimos transferir nem gestantes, nem bebês. A Vigilância Sanitária e Ministério Público também foram acionados, mas, até agora, nenhuma medida foi tomada. Só nos resta procurar a polícia", disse ontem o provedor Mário Calderaro, em referência a um registro de boletim de ocorrência de preservação de direitos que ele pretende fazer.
O secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri, admtiu que situação da Santa Casa de Mogi é crítica. "O número de partos no Estado aumentou 24% e houve superlotação em várias maternidades. E isso é impossível prever. A Central de Regulação faz todo possível para realizar as remoções", disse ele, sem estabelecer uma solução a curto prazo para o problema da Santa Casa. Cerri esteve ontem em Mogi acompanhando o governador Geraldo Alckmin na inauguração do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e outros eventos.
O promotor de Justiça de Mogi, Fernando Lupo, informou que continua analisando o documento enviado pela diretoria da Santa Casa de Mogi das Cruzes que detalha as dificuldades no atendimento às gestantes de alto risco e bebês prematuros que necessitam de cuidados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
Fonte:Mogi News
